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MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES QUANTO AO OBJECTO

- Obrigações genéricas;

- Obrigações pecuniárias;

- Obrigações de juros.

Obrigações genéricas

Art.º 208.º (para que o negócio jurídico seja válido, o objecto tem de ser física e
legalmente possível, que não seja contrário á lei ou à ordem pública, nem ofensivo dos
bons costumes e, por fim, que seja determinável. (atenção, não diz, determinada!) – esta
última parte relaciona-se com a classificação das obrigações em função do género ou na
base de um dado género, ou seja, as obrigações genéricas.

Art.º 539.º - o objecto (mediato) não aparece fixado de uma forma concreta, como
sucede com as obrigações específicas, mas im de obrigações em que se depara com uma
indeterminação mais ou menos extensa do seu objecto, e já que ele é individualizado
por um género e delimitado por uma dada quantidade. Ex: B compromete-se a entregar
a A 100 exemplares de uma dada obra.

Género = notas essenciais que aglutinam as coisas e as distinguem de outras, mas não
pode ser tão extenso que fique prejudicada a determinabilidade da prestação.

Não são obrigações genéricas as obrigações alternativas, porque nestas últimas os


objectos possíveis para a prestação são tomados pelas partes como possibilidades de
prestação concretamente pensadas.

A obrigação genérica pressupõe uma escolha!

A determinação do objecto, isto é a concentração da obrigação genérica significa a


passagem do objecto de um estado de indeterminação para um de determinação ---»
passa a ser uma obrigação específica.

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Casos em que a concentração se opera (art.º 541.º):

- acordo das partes;

- extinção do género;

- mora do credor;

- art.º 797.º.

A concentração verifica-se no momento em que a coisa é “separada”, isto é, a partir da


altura em que o devedor a individualiza.

A escolha é feita supletivamente pelo devedor, ou é confiada a um credor ou a um


terceiro (arts. 539.º e 542.º).

Questão do risco:

Será só em função da concentração que se pode entender verificado o efeito translativo


do domínio para que apontam não só o art.º 408.º, como o art.º 1317.º. Daí resulta que,
se num contrato de compra e venda, o perecimento da coisa (genericamente
determinada) se verifica antes da concentração, o risco corre por conta do alienante; e,
ao invés, por conta do adquirente, se o perecimento tem lugar depois dela.

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