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Curso de Direito
4º ano
Segundo Semestre
Cadeira:
Direito Bancário e Seguros
Tema:
Os sujeitos da relação bancária
- O banqueiro como sujeito da relação jurídica bancária
- O cliente: menores, interditos e inabilitados
- Objecto da relação jurídica bancária
- Abertura de conta
Discentes:
Joanito Lucas Alberto
Filipe Dionizio Nhamaze
José Machulane
Castigo Guene Alberto
BEIRA, 2023
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Curso de Direito
4º ano
Segundo Semestre
Cadeira:
Direito Bancário e Seguros
Tema:
Os sujeitos da relação bancária
- O banqueiro como sujeito da relação jurídica bancária
- O cliente: menores, interditos e inabilitados
- Objecto da relação jurídica bancária
- Abertura de conta
Discentes:
Joanito Lucas Alberto
Filipe Dionizio Nhamaze
José Machulane
Castigo Guene Alberto
BEIRA, 2023
Índice
Capitulo I – Introdução ................................................................................................. 1
Conclusão ................................................................................................................... 13
1.3. Metodologia
DEMO FONSECA (2012, p.14) defende que a ciência tem a forma própria de se
desenvolver e, a metodologia é que detém o apanágio do tratamento da forma de fazer
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ciência. Pois, a metodologia ocupa-se dos caminhos e procedimentos para o descortino
da realidade teórica e prática, afinal esta é a finalidade da ciência.
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Capitulo II- Os sujeitos da relação jurídica bancária
O banco como sujeito, surge portanto, necessariamente, uma instituição de crédito, uma
sociedade financeira ou uma empresa de investimento, na enumeração da lei “banqueiro”,
segundo a tradição continental.
Habitual;
Lucrativa; e
Tendencialmente exclusiva.
Os bancos são, apenas, um dos tipos admitidos de instituição de crédito. No entanto, por
se tratar da forma mais impressiva e historicamente moldante, eles deram o nome ao ramo
global “ Direito bancário”.
A ideia de “ prática profissional” deixa-se precisar com recurso aos seguintes parâmetros:
Prática habitual
É uma prática habitual na medida em que o banqueiro não se limita, como em qualquer
profissão a praticar actos ocasionais ou isolados, antes os leva a cabo em cadeia, numa
sequência articulada.
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Prática lucrativa
Sendo uma prática lucrativa o banqueiro pretende cobrir os custos da sua actividade e,
ainda, realizar um determinado lucro; mesmo quando, por razões conjunturais ou de
fundo, haja prejuízos, a actuação desenvolve-se com uma mira de benefício; por isso, toda
a organização do banqueiro assume, de modo necessário, uma feição empresarial.
A prestação de serviços pode ser definida como qualquer actividade fornecida no mercado
de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de
crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de carácter laboral.
2.3. O Cliente
A pessoa que contacte com o banqueiro é, tradicionalmente, designada “cliente do
banqueiro” ou, simplesmente, cliente.
Os clientes podem ser classificados em função da sua própria natureza. Teremos clientes
singulares e colectivos e dentro destes, associações, sociedades ou instituições de diversa
natureza, pública ou privada.
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Tem actualidade uma contraposição entre pequenos e grandes clientes: aos primeiros é
dispensada uma tutela pelas regras de protecção do consumidor.
Em princípio, todo aquele que têm capacidade patrimonial privada, isto é, quem tenha
capacidade para a prática de determinado acto patrimonial, tem, salvo excepção,
capacidade para o fazer em modo bancário.
No tocante aos menores, a regra básica é a da incapacidade artigo 123º do CC. Os menores
devem ser representados junto do banqueiro artigo 124º do CC numa regra que, nos
termos prescritos e com as devidas adaptações, se aplica aos interditos artigo 138º do CC
e aos inabilitados, artigo 153. Todos do Código Civil através da assistência de um curador.
Contudo, há excepções a ter em conta, artigo 127º do Código Civil. Poucos actos
bancários poderão ser considerados próprios da vida corrente do menor nos termos do
artigo 127, n°1, al, b); provavelmente, apenas seriam admitidas, por essa via, pequenas
operações de câmbio.
No entanto:
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O menor poderá praticar os actos bancários relativamente a bens que haja
adquirido pelo seu trabalho artigo 127º, n°1, al, a), do Código Civil;
O menor autorizado a exercer determinada actividade, relativamente aos bens que
lhe advenham por essa via, poderá, igualmente, fazê-lo artigo 127º, n°1, al, c) do
mesmo diploma legal.
A aplicação do artigo 127 do código civil e a prática permitem que haja actos bancários
crescentemente praticados por menores.
A defesa do consumidor procura tratar dos vícios redibitórios, compra e venda e outros
institutos tradicionais, dando nova roupagem a alguns dos institutos do direito civil e
comercial de modo a torná-los mais modernos e consentâneos com a revolução
tecnológica e de mercado.
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A corrente finalista defende que o destinatário final é o fático e Econômico do bem, que
poderá ser pessoa física ou jurídica; destacado que não basta retirar o produto da cadeia
produtiva, mas sim não adquiri-lo com fins de revenda ou uso profissional. Tal posição
evoluiu com o entendimento de dever ser adoptada a posição mais branda na
interpretação, pois, tendo em vista que se deve enfocar a vulnerabilidade do adquirente,
a corrente defende estarem enquadrados nesta posição as pequenas empresas e os
profissionais liberais.
Toda relação de consumo envolve basicamente duas partes bem definidas: de um lado, o
adquirente de um produto ou serviço, denominado consumidor; e, de outro, o fornecedor
aquele que disponibiliza produtos e/ou serviços. Tal relação está baseada na satisfação
das vontades humanas, e vem a gerar produção, circulação de mercadorias e riqueza.
Sujeitos;
Objecto; e
Finalidade.
Os sujeitos
O objecto
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O objecto da relação é o produto que é qualquer bem móvel ou imóvel, material ou
imaterial, ou serviço que é qualquer actividade fornecida no mercado de consumo,
mediante uma remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeiras, de crédito e
securitárias, salvo as decorrentes das relações de carácter laboral.
Dai se dizer operações activas como aquelas em que a instituição financeira é quem presta
o capital, a título de empréstimo, para um determinado tomador. Tornam o banco credor.
O objecto da relação jurídica bancária não é uno. Pode-se considerar como seu típico,
especialmente quando se refere às operações bancárias, a mobilização do crédito.
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Neste caso, a prestação compõe-se de um dar e de um fazer. Fornecer crédito é tornar
disponível e entregar ao tomador determinado valor monetário. Variam os modos em que
se ajustam a entrega e, especialmente, as obrigações das partes no tocante a tempo, modo
e garantia dos créditos objecto da relação jurídica. Assim também quando alguém
deposita sob a guarda do banco determinada quantia em dinheiro, sob obrigação de
remuneração ou não, se tem a obrigação de fazer, assegurando a integridade dos recursos
em depósito.
Professor WATY o diz que, o objecto da relação Jurídica Bancária é o facto jurídico que
o origina e que tenha objecto especificamente bancária. Resulta daqui que o objecto
bancário é determinante para que a situação seja bancária, não bastando que o acto tenha
como sujeito um banco.
A abertura de conta não deve ser tomada como um simples contrato bancário, a ordenar
entre outros contratos dessa natureza: ela opera como um acto nuclear cujo conteúdo
constitui, na prática, o troco comum dos actos bancários subsequentes. Como por uma
vez sucede com os elementos mais básicos, o papel da abertura de conta passa
desapercebido: muitas vezes ela era confundida ou com uma vulgar conta-corrente, ou
com o depósito bancário recentemente, esse aspecto vem sendo corrigido: entre nós e no
estrangeiro.
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A abertura de conta não dispõe de qualquer regime legal explícito. Ela assenta, no
essencial, nas cláusulas contratuais gerais dos bancos e nos usos bancários. Neste
momento, supomos haver já um conjunto de elementos que permitirão estabilizar uma
linha dogmática coerente. Antes de examinar as diversas facetas de abertura de conta,
podemos adiantar que ela traduz um negócio jurídico explicito. Impõe-se, por isso,
avançar algumas noções jurídicas que condicionam o seu entendimento.
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dirigidas ao banqueiro e para todas as ordens inerentes, máxime: para assinatura de
cheque, caso seja emitido.
A conta-corrente bancária;
O giro bancário.
Implicitamente, temos aqui uma assunção pelo banqueiro, de todo o serviço de caixa
relacionado com a conta aberta. De notar que, nalgumas cláusulas contratuais gerais a
própria celebração do contrato de abertura de conta depende de um depósito inicial,
enquanto, noutras, isso não sucede. E na verdade é concebível uma abertura de conta com
uma subsequente conta-corrente bancaria, sem qualquer depósito: a conta funcionaria na
base da concessão de crédito ou de cobranças feitas, pelo banqueiro, a terceiro.
A convenção de cheque;
A emissão de cartões;
A concessão de crédito por descobertos em conta.
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A convenção de cheque fica na disponibilidade do banqueiro: todas as “condições”
reservam, a este, o direito de não emitir cheques.
São, ainda, tratados diversos outros aspectos, como o foro competente e a lei aplicável, o
sigilo bancário e a cessação do contrato.
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Conclusão
Finda a realização do trabalho em apreço, se tem por concluído que os sujeitos da relação
jurídica bancária é o banqueiro ou o banco e os seus clientes, e esta relação se constitui
basicamente a partir do momento em que o cliente e o banqueiro concluam em princípio
um primeiro negócio significativo, normalmente esta relação consiste na abertura de
conta onde se estabelece, entre eles, uma afinidade social e económica que por sua vez
pressupõe-se ser o objecto principal. Essa relação tenderá a ter continuidade. Surgindo
mais negócios entre ambos, ela intensificar-se-á na medida em que esta relação coexistir
e ambas as partes terão deveres de conduta derivados da boa-fé. Quanto aos clientes
menores, interditos e inabilitados, concluímos que, a situação jurídica bancária destes, em
princípio a regra básica é a da incapacidade – artigo 123 do CC, no entanto, podem aceder
à banca na medida em que estejam em causa actos ao alcance da sua capacidade de
exercício, quando isso não suceda, deverão ser representados ou assistidos, nos termos
legais.
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Referências bibliográficas
Legislação consultada:
CÓDIGO CIVIL_Moçambique
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