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Avaliação:
1. TRABALHO INDIVIDUAL: relatório individual, cerca de 15 páginas, tipo
de letra arial ou times to rome, tamanho: 12, espaçamento: 1,5 mm, notas de
rodapé – tamanho 10, espaçamento: simples 06.07.2020 (40%);
2. TESTE: A DEFINIR DATA = (60%) 29.06.2020
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VÁRIOS AUTORES - Introdução ao Direito, coordenação de Pedro Trovão do Rosário.
Almedina, 2018: 151-154.
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DIREITO BANCÁRIO E DIREITO DOS SEGUROS – UAL - DIREITO 2019/2020 – 4º ANO, 2º SEMESTRE
Bibliogragia:
Banco de Portugal: regime geral das instituições de crédito e
sociedades financeiras tem sido objeto de sucessivas alterações – DL nº
298/1992, de 31.12. aqui é onde vamos encontrar a parte da natureza pública
do Direito Bancário e enquadra o exercício da atividade bancária e tudo isto
sujeito à entidade supervisora que é o Banco de Portugal.
Manual de Direito Bancário, 2ª edição, quid iuris, na vertente pública, já
estão um pouco desatualizadas, relativamente às operações bancárias ainda
esta atualizado. A atividade bancária é algo que contatamos diariamente, é
importante que tínhamos uma visão enquadrada.
Manual de Direito Bancário, Professor António Meneses Cordeiro.
Manual de Direito Bancário e Seguros, Professor João Clavão da Silva.
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DIREITO BANCÁRIO E DIREITO DOS SEGUROS – UAL - DIREITO 2019/2020 – 4º ANO, 2º SEMESTRE
Programa:
1 - Introdução: Noção e características do direito bancário
2 - Relacionamento do direito bancário com outras disciplinas jurídicas
3 - A actividade bancária no ordenamento jurídico português
4 - Regime de acesso e de exercício da actividade bancária
5 - Enquadramento institucional
6 - União Bancária: noção e estrutura
7 - Os três pilares da União Bancária
8 - Supervisão centralizada (MUS)
9 - Resolução de instituições bancárias (MUR)
10 - Garantia de depósitos
11 - Supervisão bancária: prudencial e comportamental
12 - Normas e Códigos de Conduta
13 - Responsabilidade das Instituições de Crédito
14 - Operações bancárias: abertura de conta, depósito, concessão de crédito,
desconto, prestação de garantias.
15 – Outras operações bancárias
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que já é nossa conhecida, nos direitos reais classificação das coisas: móveis e
imóveis.
Os diversos tipos de instituições de crédito previstos na lei são, em
geral, definidos por um conjunto de carateristicas especificas que, têm a ver
com o seu objecto, com as operações que lhe são permitidas e com as que lhe
são vedadas e por fim, com o montante mínimo de capital social exigido.
Destas caracteristicas especificas, importa salientar que as instituições de
crédito que não sejam os bancos só podem efectuar as operações permitidas
pelas normas legais e regulamentares que regem a sua atividade, conforme
dispõe, o nº 2, artigo 4.º, RGICSF. Entendeu-se que não existe uma definição
em concreto de sociedade financeira, encontra-se especificado na lei os tipos
de instituições de crédito, no artigo 3.º, RGICSF, que é uma lista
exemplificativa de instituições de crédito: os bancos; as caixas económicas
que integram a caixa central de crédito agrícola mútuo e as caixas de crédito
agrícola mútuo; as instituições financeiras de crédito; as instituições financeiras
de crédito; as instituições de crédito hipotecário e outras empresas que
corresponde à definição do artigo anterior, como tal sejam qualificadas por lei.
A partir de 2012, foram revogadas algumas alíneas, muitas entidades que
vinham enunciadas na redação anterior, foi entendido que deixa de fazer
sentido serem instituições de crédito e passaram a constar da lista das
sociedades financeiras. Assim sendo, são instituições de crédito: os bancos,
nos termos do artigo 4.º, nº 1, RGICSF, aqui encontramos a essência da
actividade bancária: as operações passivas, ativas e neutras.
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atos e contratos realizados por si podem ser titulados por documento particular
ou por simples troca de correspondência, com exceção de atos sujeitos a
registo, os quais devem constar de documento exigidos pro lei para a prova do
ato a registar, nos termos do artigo 9.º, nº 6, do DL nº 287/93 e dos artigos
16.º, 45.º, 65.º, do DL nº 48.953. Face ao exposto, quanto às demais
instituições de crédito, apenas praticam as operações permitidas nas normas
legais e regulamentares que regem a atividade, nomeadamente as que se
referem ao objeto de cada tipo de instituição; ás operações que lhes são
permitidas e às quais lhe são vedadas e à fixação do capital mínimo, conforme
dispõe nº 2, artigo 4.º, RGICSF.
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As instituições financeiras de crédito - alínea d), artigo 3.º, RGICSF (PP: 171)
Este novo tipo de instituição de crédito foi criado pelo DL nº 186/2002,
de 21.08, tendo como objecto a prática de todas as operações permitidas aos
bancos, com a exceção da recepção de depósitos. Em relação à emissão de
moeda eletrónica, a prática desta operação fica dependente de autorização do
Banco de Portugal, conforme dispõe nº 2, artigo 5.º, DL 42/2002, de 02.03.
As instituições financeiras de crédito, cujo objetivo criado para permitir
a concretização de projetos empresariais de reagrupamento de actividades
financeiras numa única entidade jurídica sem forçar a constituição de redes de
captação de depósitos, o que levaria à atribuição do estatuto de banco pelas
entidades em causa. De todo o modo, no âmbito do DL nº 186/2002, de 21.08,
são consideradas uma espécie de instituição de crédito que possam
desenvolver todas as actividades hoje permitidas às sociedades de locação
financeira; às sociedades de factoring e às sociedades financeiras para
aquisições a crédito, e por isso é um instrumento eficiente de concorrência em
mercado aberto.
As instituições de crédito hipotecário - alínea e), artigo 3.º, RGICSF (PP: 171)
O DL nº 59/2006, de 20.03, veio introduzir no nosso ordenamento jurídico
um novo tipo de instituição de crédito, que são as chamadas instituições de
crédito hipotecário tem a ver com a estrutura operativa da sua atividade. As
instituições de crédito hipotecário baseiam-se em concessão, aquisição e
alienação de créditos garantidos por hipoteca sobre bens imóveis com intituinto
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vertente supervisora, que é reguladora das atividades que são exercidas pelos
respetivos agentes.
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subir ou descer, poder benéfica ou pode ser prejudicial para o cliente ou para a
entidade bancária; risco das operações fora do balanço, embora estejam
legalmente permitidas na atividade bancária. Por exemplo, a prestação de uma
garantia autónoma em que o cliente apresenta junto da obra que concorreu
para construir, garantia diz que vai pagar na primeira solicitação, apesar de não
traduzir nem numa operação de débito, nem de crédito, no entanto vai-se
repercutir no passivo do Banco. As operações fora de balanço quando correm
bem o Banco, são uma “mina de dinheiro” para este, quando correm mal e num
leque de garantias prestadas forem a baixo, podem provocar danos no balanço
do Banco.
O papel desempenhado pelos Bancos na disponibilização de serviços de
consultadoria e prestação de informações aos seus clientes, é um paradigma
de informação assimétrica, quando os clientes precisam avançar numa
situação financeira e não sabem o que estão a fazer, nos termos dos quais de
assume que os diferentes agentes económicos possuem elementos de
informação, que podem usar para satisfazer as necessidades de quem os
procura e da majoração dos seus lucros. Neste sentido, os Bancos têm acesso
a uma informação mais minunciosa, credível, sedimentada, viável, estável e
eficiente, que lhes permite exercer uma função de monitorização muito
relevante de acompanhamento e avaliação neste tipo de situações. O que
corresponde à modalidade de ciclo de vida, derivado da utilização de
financiamento mediante intermediários.
Em síntese, os Bancos podem ser definidos como as empresas de
distribuição que, no quadro geral da recepção de depósitos e da concessão de
crédito, gerem os conflitos resultantes da circulação monetária e cuja
actividade se desdobra no exercicio de funções de disponiblização de liquidez
e de meios de pagamento, de transformação de activos, de gestão do risco e
de prestação de consultadoria e de informação aos agentes económicos, numa
perspectiva de relacionamento longo e duradouro com a clientela.
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Moeda e dinheiro: ensaio de uma distinção e sua relevância (PP: 266 a 290)
A vertente bancária do sistema financeiro, trabalha com dinheiro ou com a
moeda, e por isso o dinheiro é uma componente da moeda. Quer do ponto de
vista económico, quer do ponto de vista jurídico, dinheiro e moeda são
realidades parecidas, pese embora não totalmente concordantes. Nesse
sentido, retêm-se a ideia de moeda é mais abragente do que a ideia de
dinheiro, até porque o facto de ser moeda tudo o que satisfaça as condições
económicas essenciais dessa qualificação. A moeda expressa requisitos
fundamentais, consideradas caracteristicas de especial relevância,
designadamente, da aceitabilidade, da disponibilidae; da trocabilidade ou
liquidez, verificando-se outras caracteristicas que podem estar associadas que
são acessórias, da qualidade padronizada, da divisibilidade, da raridade e da
durabilidade.
A moeda para o sistema económico constitui um instrumento de troca, de
medida de valor e de reserva de liquidez, ao passo que para a ciência jurídica,
esta traduz-se num meio de pagamento, uma unidade de medida de valores e
um instrumento de capitalização de valores patrimoniais.
Por exemplo, uma barra de outro preenche os requisitos, o problema vem
aqui, a moeda é tudo o que possa satisfazer os requisitos dessas noções da
ciência económica e da ciência jurídica. A questão que se coloca, se nós
formos almoçar ao restaurante e levarmos quatro lasquinhas de ouro que até
valem €100,00, para pagar €20,00, o que o empregado nos vai dizer em
circunstancias normais, não aceita essa forma de pagamento, até porque não é
a forma de pagamento das obrigações pecuniárias – artigo 550.º, do CC –
princípio nominalista, o legislador ao reportar-se à moeda que tenha em curso
legal no país à data em que for efetuado e pelo valor nominal. Temos aqui que
definir o que é o dinheiro, é aquilo que cumpre as obrigações pecuniárias sem
possibilidade de recusa por parte do credor (o empregado não pode recusar a
nota de €20,00, como meio de pagamento de uma obrigação pecuniária). O
dinheiro é uma especialidade que integra o grupo geral de moeda, só o
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Estabelecer a distinção entre estes dois mecanismos que vem na lei, mas
que lei não nos dá uma definição em direta, estabelecer os parametros de
distinção entre a superintendência e a supervisão do sistema financeira
que naturalmente no contexto do RGICSF, é supervisão sob a vertente
bancaria do sistema fianceira. Os paramentros que podemos concluir tem a ver
com o âmbito de intervenção e com o sentido. A superintendência visa a
garantia e assegurando a intervenção do mercado monetário financeiro e
cambial é elememento ativo e passivo da prossecução da , ou seja, a
superintendência parte do genéro para a espécie, e por isso a superintendência
é exercida pelo governo especialmente através do Ministro das Finanças e
quando seja necessário tomar determinadas medidas a intervenção do governo
é concretizada através de Portaria primeiro ministro e do Ministro das Finanças
ainda que ouvido o Banco de Portugal.
No que diz respeito à supervisão propriamente dita, já partimos da
espécie para o genero, supervisão visa garantir a solidez da vertente bancário,
o rigor de procedimentos desse sistema, de maneira a garantir também que a
vertente bancária do sistema financeiro é um elemento ativo integrante,
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representativos.
4 - O Banco de Portugal regulamenta, por aviso, os requisitos mínimos que as instituições de
crédito devem satisfazer na divulgação ao público das condições em que prestam os seus
serviços.
5 - Os contratos celebrados entre as instituições de crédito e os seus clientes devem conter
toda a informação necessária e ser redigidos de forma clara e concisa.
6 - O Banco de Portugal estabelece, por aviso, regras imperativas sobre o conteúdo dos
contratos entre instituições de crédito e os seus clientes, tendo em vista garantir a
transparência das condições de prestação dos correspondentes serviços.
7 - A violação dos deveres previstos neste artigo constitui contraordenação punível nos termos
da alínea h) do artigo 210.º do presente Regime Geral.
8 - As instituições de crédito ficam obrigadas a enviar anualmente, no mês de janeiro, uma
fatura-recibo, sem qualquer custo, discriminando todas as comissões e despesas associadas a
conta de depósito à ordem suportadas no ano civil anterior, ao seu respetivo titular.
9 - A fatura-recibo referida no número anterior designa uma declaração global recapitulativa de
todas as comissões e despesas associadas a conta de depósito à ordem, não prejudicando as
obrigações de faturação e declarativas previstas na legislação fiscal.
10 - A fatura-recibo prevista no n.º 8 deve conter as seguintes informações:
a) A comissão unitária cobrada por cada serviço e o número de vezes que o serviço foi
utilizado durante o período abrangido e, nos casos em que os serviços estejam combinados
num pacote, a comissão cobrada pelo pacote, o número de vezes que a comissão
correspondente ao pacote de serviços foi cobrada durante o período abrangido e a comissão
adicional cobrada por qualquer serviço que ultrapasse a quantidade abrangida pela comissão
do pacote, quando existam;
b) O montante total das comissões cobradas durante o período abrangido para cada serviço,
cada pacote de serviços prestados e qualquer serviço que ultrapasse a quantidade abrangida
pela comissão do pacote;
c) A taxa de juro aplicada à facilidade de descoberto ou à ultrapassagem de crédito associada
à conta de pagamento e o montante total dos juros cobrados relativamente ao saldo a
descoberto durante o período abrangido, sempre que aplicável;
d) A taxa de juro remuneratória aplicada à conta de pagamento e o montante total dos juros
auferidos durante o período abrangido, sempre que aplicável;
e) O montante total das comissões cobradas para todos os serviços prestados durante o
período abrangido.
11 - A fatura-recibo prevista no n.º 8 deve, ainda, obedecer às seguintes características:
a) Ter uma apresentação e disposição claras, que facilite a leitura, com carateres de tamanho
legível;
b) Adotar o formato de apresentação normalizado e o símbolo comum, estabelecido nas
normas técnicas de execução adotadas pela Comissão Europeia;
c) Ser exato, não induzir em erro e encontrar-se expresso na moeda da conta de pagamento
ou, se o consumidor e o prestador de serviços de pagamento assim tiverem acordado, noutra
moeda;
d) Conter o título «extrato de comissões» no topo da primeira página, junto de um símbolo
comum, de forma a permitir a sua distinção de qualquer outra documentação;
e) Ser redigido em português, salvo se o consumidor e o prestador de serviços de pagamento
tiverem acordado noutra língua.
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ao banco e a todos os que com ele mantêm contacto profissional, que tenham
acesso por via disso a informações de clientes, de alguma forma as utilizarem
em proveito próprio ou de terceiros.
O impacte das normas comportamentais é especialmente relevante entre
o relacionamento de bancos e clientes, podem ser agrupados em três
categorias de deveres: a categoria dos deveres de salvaguarda dos interesses
dos clientes, onde pontifica a execução fiel dos actos e negócios que integrem
a relação negocial; a do dever de informação, que salvaguarda a favor dos
clientes; e por fim a do dever de segredo profissional, ancorado no direito à
reserva da vida privada do cliente, serve de indicador de confiança inerente à
sustentabilidade da relação negocial bancária.
Os interesses cuja a tutela que está aqui em causa, isto é, a entidade
bancária deve cuidar os interesses do cliente como um bom pai de famíla,
dever de informação, etc. Imediatamente há outros interesses aqui em causa
que são os interesses dos clientes que são protegidos e tutelados que a lei
impõe às entidades bancárias, está qui em causa a proteção dos clientes. As
instituições bancárias devem respeitar as regras de concorrência que são os
interesses sistemáticos, porque o sistema financeiro se funda no princípio da
livre e sã concorrência, qualquer procedimento que viole as regras de
concorrência tem consequências.
A supervisão comportamental ou extrínseca, precavê os comportamentos
dos Bancos que vendam “gato por levre” e os comportamentos que possam
violar as regras da sã. Tudo isto esta interligado, quando o sistema garante que
os Bancos atuam de forma regular no seu relacionamento com os clientes,
também se esta a tutelar o interesse do sistema, porque se os clientes não
tiverem confiança nas entidades bancárias o sistema colapsa. Esse colapso
atualmente, teria consequências nefastas na economia. A supervisão
comportamental tem em vista o modo como as Instituições que integram o
sistema (perspetiva extrínseca) não tem a ver com a visão da instituição em si
própria, isto é, tem a ver com o comportamento da Instituição perante terceiros.
A supervisão prudencial ou intríseca, quando se determina que um banco
não pode utilizar a totalidade do dinheiro que recebe do público, ou seja, tem
de reter que é designada por taxa de liquidez. Esta causa algumas
preocupações, que tem a ver com a estabilidade económica das Instituições
Financeiras, o que esta aqui em causa é a preocupação de saber como a
Instituição cuida de si própria de maneira a assegurar permanentemente da
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representativos.
4 - O Banco de Portugal regulamenta, por aviso, os requisitos mínimos que as instituições de
crédito devem satisfazer na divulgação ao público das condições em que prestam os seus
serviços.
5 - Os contratos celebrados entre as instituições de crédito e os seus clientes devem conter
toda a informação necessária e ser redigidos de forma clara e concisa.
6 - O Banco de Portugal estabelece, por aviso, regras imperativas sobre o conteúdo dos
contratos entre instituições de crédito e os seus clientes, tendo em vista garantir a
transparência das condições de prestação dos correspondentes serviços.
7 - A violação dos deveres previstos neste artigo constitui contraordenação punível nos termos
da alínea h) do artigo 210.º do presente Regime Geral.
8 - As instituições de crédito ficam obrigadas a enviar anualmente, no mês de janeiro, uma
fatura-recibo, sem qualquer custo, discriminando todas as comissões e despesas associadas a
conta de depósito à ordem suportadas no ano civil anterior, ao seu respetivo titular.
9 - A fatura-recibo referida no número anterior designa uma declaração global recapitulativa de
todas as comissões e despesas associadas a conta de depósito à ordem, não prejudicando as
obrigações de faturação e declarativas previstas na legislação fiscal.
10 - A fatura-recibo prevista no n.º 8 deve conter as seguintes informações:
a) A comissão unitária cobrada por cada serviço e o número de vezes que o serviço foi
utilizado durante o período abrangido e, nos casos em que os serviços estejam combinados
num pacote, a comissão cobrada pelo pacote, o número de vezes que a comissão
correspondente ao pacote de serviços foi cobrada durante o período abrangido e a comissão
adicional cobrada por qualquer serviço que ultrapasse a quantidade abrangida pela comissão
do pacote, quando existam;
b) O montante total das comissões cobradas durante o período abrangido para cada serviço,
cada pacote de serviços prestados e qualquer serviço que ultrapasse a quantidade abrangida
pela comissão do pacote;
c) A taxa de juro aplicada à facilidade de descoberto ou à ultrapassagem de crédito associada
à conta de pagamento e o montante total dos juros cobrados relativamente ao saldo a
descoberto durante o período abrangido, sempre que aplicável;
d) A taxa de juro remuneratória aplicada à conta de pagamento e o montante total dos juros
auferidos durante o período abrangido, sempre que aplicável;
e) O montante total das comissões cobradas para todos os serviços prestados durante o
período abrangido.
11 - A fatura-recibo prevista no n.º 8 deve, ainda, obedecer às seguintes características:
a) Ter uma apresentação e disposição claras, que facilite a leitura, com carateres de tamanho
legível;
b) Adotar o formato de apresentação normalizado e o símbolo comum, estabelecido nas
normas técnicas de execução adotadas pela Comissão Europeia;
c) Ser exato, não induzir em erro e encontrar-se expresso na moeda da conta de pagamento
ou, se o consumidor e o prestador de serviços de pagamento assim tiverem acordado, noutra
moeda;
d) Conter o título «extrato de comissões» no topo da primeira página, junto de um símbolo
comum, de forma a permitir a sua distinção de qualquer outra documentação;
Artigo 77.º-E Deveres especiais na comercialização ao retalho de produtos e
instrumentos financeiros pelas instituições de crédito
1 - No âmbito da comercialização ao retalho de produtos e instrumentos financeiros, quer os
mesmos tenham sido criados e instruídos por si ou por outra instituição de crédito, as
instituições de crédito, antes da celebração do respetivo contrato ou subscrição do produto,
prestam ao cliente todas as informações adequadas, em papel ou noutro suporte duradouro,
sobre as condições, os custos, encargos e todos os riscos associados ao produto,
nomeadamente quanto à rentabilidade do mesmo e o nível de perdas que podem ocorrer.
2 - Para garantir a transparência e a comparabilidade dos produtos oferecidos, as informações
referidas no número anterior devem ser prestadas ao cliente na fase pré-contratual e devem
contemplar os elementos caracterizadores dos produtos propostos, a entidade emitente e
todas as informações relevantes, para a tomada de decisão por parte do cliente.
3 - O Banco de Portugal pode, através de aviso, emitir as normas regulamentares necessárias
à concretização do disposto no presente artigo.
4 - Sem prejuízo do recurso a outros instrumentos de supervisão, o Banco de Portugal pode
ordenar a suspensão da comercialização ao retalho de produtos e instrumentos financeiros
sempre que as instituições de crédito não cumpram o disposto nos números anteriores.
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respeite a uma decisão ou matéria que exija, nos termos da lei, a notificação ou consulta
daquele membro do Governo ou possa implicar a utilização de fundos públicos.
f) A administração tributária, no âmbito das suas atribuições.
g) As comissões parlamentares de inquérito da Assembleia da República, no estritamente
necessário ao cumprimento do respetivo objeto;
h) A Assembleia da República nos estritos termos previstos em regime legal especial de
transparência e escrutínio de operações de capitalização, resolução, nacionalização ou
liquidação de instituições de crédito com recurso, direto ou indireto, a fundos públicos.
3 - O Banco de Portugal pode trocar informações, no âmbito de acordos de cooperação que
haja celebrado, com autoridades de supervisão de Estados que não sejam membros da União
Europeia, em regime de reciprocidade, quanto às informações necessárias à supervisão, em
base individual ou consolidada, das instituições de crédito com sede em Portugal e das
instituições de natureza equivalente com sede naqueles Estados.
4 - O Banco de Portugal pode ainda trocar informações com autoridades, organismos e
pessoas que exerçam funções equivalentes às das autoridades mencionadas no proémio do
n.º 1 e nas alíneas a) a c), f) e g) do mesmo número em países não membros da União
Europeia, devendo observar-se o disposto no número anterior.
5 - Ficam sujeitas a dever de segredo todas as autoridades, organismos e pessoas que
participem nas trocas de informações referidas nos números anteriores.
6 - As informações recebidas pelo Banco de Portugal nos termos das disposições relativas a
troca de informações só podem ser utilizadas:
a) Para exame das condições de acesso à atividade das instituições de crédito e das
sociedades financeiras;
b) Para supervisão, em base individual ou consolidada, da atividade das instituições de crédito,
nomeadamente quanto a liquidez, solvabilidade, grandes riscos e demais requisitos de
adequação de fundos próprios, organização administrativa e contabilística e controlo interno;
c) Para aplicação de sanções;
d) No âmbito de ações judiciais que tenham por objeto decisões tomadas pelo membro do
Governo responsável pela área das finanças ou pelo Banco de Portugal no exercício das suas
funções de supervisão e regulação;
e) Para efeitos da política monetária e do funcionamento ou supervisão dos sistemas de
pagamento;
f) Para assegurar o funcionamento correto dos sistemas de compensação em caso de
incumprimento, ainda que potencial, por parte dos intervenientes nesse mercado.
g) No âmbito de inquéritos parlamentares cujo objeto inclua especificamente a investigação ou
exame das ações das autoridades responsáveis pela supervisão das instituições de crédito ou
pela legislação relativa a essa supervisão.
7 - O Banco de Portugal só pode comunicar informações que tenha recebido de entidades de
outro Estado-Membro da União Europeia ou de países não membros com o consentimento
expresso dessas entidades e, se for o caso, exclusivamente para os efeitos autorizados.
Artigo 82.º Cooperação com países terceiros
Os acordos de cooperação referidos no n.º 3 do artigo 81.º só podem ser celebrados quando
as informações a prestar beneficiem de garantias de segredo pelo menos equivalentes às
estabelecidas no presente Regime Geral e tenham por objetivo o desempenho de funções de
supervisão que estejam cometidas às entidades em causa.
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preocupação foi desde logo, a de garantir que não havia mistura entre os
interesses dos órgãos da administração e dos interesses da própria instituição.
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6.º, CSC. Resulta daqui que um administrador de uma sociedade e prestar uma
garantia de uma sociedade de que é dono, pode estar aqui em causa um
conflito de interesses, é contrário ao fim social, a não ser que haja um, é um
pouco nesta linha de orientação, o RGICSF, decidiu consagrar algumas
normas no artigo 85.º, RGICSF, esta aqui em causa é evitar que a instituição
de crédito se envolva com situações de conflito, enquanto sociedade comercial
e que se rege pelas mesmas regras. O artigo 86.º A, RGICSF, consigna os
mecanismos organizacionais e administrativos, como os mecanismos de
compliance (desenvolve-se ao nível de todas as sociedades, conjunto de
disciplinas a fim de cumprir e se fazer cumprir as normas legais e
regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para
as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar
quaisquer desvios ou inconformidades que possam ocorrer), de estrutura da
entidade comercial, quadro de mecanismos que assegura a Sociedade
Comercial em causa cumpre escrupulosamente a atividade a que esta sujeita e
dinamizam os procedimentos que obviem esse incumprimento. São os
mecanismos que a sociedade adota para cumprimento das regras. Essa
própria função dos mecanismos de compliance, conforme resulta do artigo
86.º-B, RGICSF, que vem também incluido no conflito de interesses que tem
a ver com a remuneração das pessoas, de maneira a garantir que o funcionário
bancário previligie sempre o interesse da instituição em detrimento do cliente.
CAPÍTULO IV Conflitos de interesses
Artigo 85.º Crédito a membros dos órgãos sociais
1 - Sem prejuízo do disposto nos n.os 6 e 7, as instituições de crédito não podem conceder
crédito, sob qualquer forma ou modalidade, incluindo a prestação de garantias, quer direta
quer indiretamente, aos membros dos seus órgãos de administração ou fiscalização, nem a
sociedades ou outros entes coletivos por eles direta ou indiretamente dominados.
2 - Presume-se o caráter indireto de concessão de crédito quando o beneficiário seja cônjuge,
unido de facto, parente ou afim em 1.º grau de algum membro dos órgãos de administração ou
fiscalização ou uma sociedade direta ou indiretamente dominada por alguma ou algumas
daquelas pessoas, podendo tal presunção ser ilidida antes da concessão do crédito, perante o
conselho de administração da respetiva instituição de crédito, a quem cabe tal verificação,
sujeita a comunicação prévia ao Banco de Portugal, nos termos de procedimento a definir por
instrução.
3 - Para os efeitos deste artigo, é equiparada à concessão de crédito aquisição de partes de
capital em sociedades ou outros entes coletivos referidos nos números anteriores.
4 - Ressalvam-se do disposto nos números anteriores, as operações de caráter ou finalidade
social ou decorrentes da política de pessoal, bem como o crédito concedido em resultado da
utilização de cartões de crédito associados à conta de depósito, em condições similares às
praticadas com outros clientes de perfil e risco análogos.
5 - (Revogado.)
6 - O Banco de Portugal pode determinar a aplicação do artigo 109.º aos membros de outros
órgãos que considere exercerem funções equiparáveis e às sociedades ou outros entes
coletivos por eles dominados.
7 - O disposto nos n.os 1 a 4 não se aplica às operações de concessão de crédito de que
sejam beneficiárias instituições de crédito, sociedades financeiras ou sociedades gestoras de
participações sociais que se encontrem incluídas no perímetro de supervisão em base
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consolidada a que esteja sujeita a instituição de crédito em causa, nem às sociedades gestoras
de fundos de pensões, empresas de seguros, corretoras e outras mediadoras de seguros que
dominem ou sejam dominadas por qualquer entidade incluída no mesmo perímetro de
supervisão.
8 - Os membros do órgão de administração ou fiscalização de uma instituição de crédito não
podem participar na apreciação e decisão de operações de concessão de crédito a sociedades
ou outros entes coletivos não incluídos no n.º 1 de que sejam gestores ou em que detenham
participações qualificadas, bem como na apreciação e decisão dos casos abrangidos pelo n.º
7, exigindo-se em todas estas situações a aprovação por maioria de pelo menos dois terços
dos restantes membros do órgão de administração e o parecer favorável do órgão de
fiscalização.
9 - As operações realizadas ao abrigo do disposto neste artigo, no que a beneficiários e
montantes se refere, são discriminados no relatório anual da instituição de crédito em causa.
Artigo 86.º-A Mecanismos organizacionais e administrativos
1 - As instituições de crédito devem dispor de mecanismos organizacionais e administrativos
adequados à natureza, escala e complexidade da sua atividade que possibilitem, de forma
eficaz, a identificação de possíveis conflitos de interesses, a adoção de medidas adequadas a
evitar ou a reduzir ao mínimo o risco da sua ocorrência e a adoção de medidas razoáveis
destinadas a evitar que, verificada uma situação de conflito de interesses, os interesses dos
seus clientes sejam prejudicados.
2 - Caso verifiquem, com um grau de certeza razoável, que os mecanismos organizacionais e
administrativos adotados são insuficientes para evitar riscos de prejuízo para os interesses do
cliente, as instituições de crédito devem, em momento prévio ao da aquisição de produtos ou
serviços por parte do cliente, prestar-lhe informação clara e precisa sobre a origem e a
natureza dos conflitos de interesses em causa e, bem assim, sobre as medidas adotadas para
mitigar os riscos identificados.
3 - A informação a prestar nos termos do número anterior deve ser transmitida através de
documento em papel ou noutro suporte duradouro e deve ser suficientemente detalhada para
permitir, tendo em conta a natureza do cliente, que este tome uma decisão informada.
4 - Os mecanismos organizacionais e administrativos a implementar pelas instituições de
crédito nos termos previstos nos números anteriores devem possibilitar a identificação, a
prevenção ou a mitigação de situações de conflito entre os interesses dos clientes e os das
instituições de crédito, incluindo os dos titulares dos seus órgãos sociais, colaboradores,
pessoas que lhes prestem serviços a título permanente ou ocasional e quaisquer sociedades
que com elas estejam em relação de domínio ou de grupo, ou entre os interesses de diferentes
clientes que surjam ou possam surgir, designadamente os que decorram ou possam decorrer
da aceitação de incentivos de terceiros, da própria remuneração da instituição de crédito e
demais estruturas de incentivos.
Artigo 86.º-B Remuneração e avaliação do pessoal
1 - As instituições de crédito devem definir uma política de remuneração e de avaliação de
desempenho para as pessoas singulares que têm contacto direto com clientes bancários no
âmbito da comercialização de depósitos e produtos de crédito e, bem assim, das pessoas
singulares que, direta ou indiretamente, estão envolvidas na gestão ou supervisão daquelas
pessoas.
2 - A política de remuneração e de avaliação das pessoas referidas no número anterior não
pode prejudicar a sua capacidade para atuar no interesse dos clientes, devendo, em particular,
assegurar que as medidas relativas a remuneração, objetivos de vendas ou de outro tipo não
são suscetíveis de incentivar as pessoas em causa a privilegiar os seus próprios interesses ou
os interesses das instituições de crédito em detrimento dos interesses dos clientes.
3 - As instituições de crédito avaliam, com periodicidade mínima anual, a política de
remuneração, adotando, sempre que necessário, as medidas que se mostrem adequadas a
assegurar que a mesma tem em devida consideração os direitos e interesses dos clientes e
não cria incentivos para que os interesses dos clientes sejam prejudicados.
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iii) A percentagem do total de fundos próprios nos termos do artigo 92.º do referido
Regulamento em base consolidada das instituições de crédito-mãe que beneficiam do
exercício da faculdade prevista no n.º 3 do artigo 7.º do referido Regulamento, representado
por fundos próprios detidos em filiais situadas em países terceiros.
5 - Caso o Banco de Portugal exerça a faculdade prevista no n.º 1 do artigo 9.º do
Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de
2013, divulga as seguintes informações:
a) Os critérios aplicados para determinar se existem impedimentos significativos, de direito ou
de facto, atuais ou previstos, a uma transferência rápida de fundos próprios ou ao reembolso
imediato de passivos;
b) O número de instituições de crédito-mãe que beneficiam do exercício da faculdade prevista
no n.º 1 do artigo 9.º do referido Regulamento, e o número dessas instituições de crédito-mãe
com filiais em países terceiros;
c) Numa base agregada para Portugal:
i) O montante total dos fundos próprios das instituições de crédito-mãe que beneficiam do
exercício da faculdade prevista no n.º 1 do artigo 9.º do referido Regulamento, e que sejam
detidos em filiais situadas em países terceiros;
ii) A percentagem dos fundos próprios totais das instituições de crédito-mãe que beneficiam do
exercício da faculdade prevista no n.º 1 do artigo 9.º do referido Regulamento representado por
fundos próprios detidos em filiais situadas em países terceiros;
iii) A percentagem do total de fundos próprios exigidos ao abrigo do artigo 87.º do referido
Regulamento das instituições de crédito-mãe que beneficiam do exercício da faculdade
prevista no n.º 1 do artigo 9.º do referido Regulamento representado por fundos próprios
detidos em filiais situadas em países terceiros.
Exemplos: o NOVO BANCO, traduz um erro a variados níveis: decisão da
sua constituição, erro de precepitação da solução da qual não existia nenhum
modelo e um erro de concretização; a sua resolução foi uma experiência que
funcionou mal. O quadro regulador desta matéria, transpõe as diretivas da UE,
mas o que esta em causa estas injeções de capital resultam em primeira linha
dos compromissos assumidos pelo Estado Português e a Empresa que
adquiriu o NOVO BANCO. A TAP, também precisou de financiamento.
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