25/03/2024

ARA0506 – CLÍNICA MÉDICA DE AVES E SUÍDEOS

Docente: Nathalya Carneiro
DEFINIÇÃO
 São doenças infecciosas bacterianas agudas ou crônicas causadas pelas
salmonelas.

 Infectam praticamente todos os animais, inclusive o homem

 PNSA (Plano Nacional de Sanidade Avícola)

SALMONELOSES  Doença de notificação obrigatória – caso confirmado

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA SAÚDE PÚBLICA

 Zoonose de distribuição mundial
 Podem provocar grandes perdas na produção
 Contaminação de produtos alimentícios de origem avícola

 Acelerada disseminação e difícil controle no ambiente de criação das aves.  Humanos → febre tifoide, febres entéricas, septicemias e enterocolites

 Custos adicionais na limpeza e desinfecção dos galpões.

SAÚDE PÚBLICA LEGISLAÇÃO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 78, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2003
Normas Técnicas para Controle e Certificação de Núcleos e Estabelecimentos Avícolas como
livres de S. Gallinarum e de S. Pullorum e Livres ou Controlados para S.Enteritidis e para S.
Typhimurium

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 56, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2007

Estabelece os procedimentos para registro, fiscalização e controle de estabelecimentos avícolas.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 20, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016

Controle e o monitoramento de Salmonella spp. Nos estabelecimentos avícolas comerciais de
frangos e perus de corte e nos estabelecimentos de abate de frangos, galinhas, perus de corte e
reprodução, registrados no serviço de inspeção federal (SIF).

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ETIOLOGIA ETIOLOGIA
 Família Enterobacteriaceae  Sorotipos que infectam as aves, podendo causar três enfermidades distintas:

 Gênero de duas espécies:

Salmonella Pullorum → Pulorose
 Salmonella enterica - 2.610 sorovares

 Salmonella bongori - 23 sorovares.

Salmonella Gallinarum → Tifo Aviário
 Bastonetes gram negativos

 Anaeróbicos facultativos Salmonella spp. → Paratifo aviário S.Typhimurium

S. Gallinarum
S. Enteritidis e S.Typhimurium
 Capazes de viver no trato intestinal.

ETIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA
 Relativamente resistentes a vários fatores ambientais  Pulorose → doença aguda que acomete principalmente aves jovens
 Capacidade de resistir à dessecação e ao congelamento  Geralmente fatal
 Podem sobreviver no ambiente em períodos que variam de meses à anos.
 Tifo aviário → atinge principalmente aves adultas
 Mortalidade variando de 40 a 80%
CAPACIDADE DE
FORMAR BIOFILME
 Paratifo aviário → acomete principalmente aves jovens
 Mortalidade é rara em aves > 4 semanas de vida

PULOROSE PULOROSE
 Diarreia branca, Septicemia fatal dos pintinhos  Hospedeiro natural: galinha

 Relato em: perus, faisões, canário, codornas e papagaios.

 S. Pullorum

 É mais comum em aves jovens – até 3 semanas de idade

Aves adultas → as que sobrevivem se tornam portadoras crônicas

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PULOROSE

TRANSMISSÃO
 Vertical transovariana
 Vertical extragenital
 Ovo contaminado no momento da postura → casca – cloaca
 Nascimento → pintainho – casca contaminada

Belo Horizonte (Minas Gerais

https://www.scielo.br/j/pvb/a/YzZ93ppRqLySWJg8DpMDgqM/?format=pdf&lang=en

PULOROSE PULOROSE

SINAIS CLÍNICOS SINAIS CLÍNICOS

 Sonolência
 Fraqueza
 Apatia
 Perda de apetite
 Diarreia

 Mortalidade: 2-3 dias após a eclosão até 2ª sem de vida

 Aves adultas → podem ser inaparentes

TIFO AVIÁRIO TIFO AVIÁRIO

 Fontes de contaminação de lotes de aves de produção:
 Salmonella Gallinarum
 Aquisição de aves contaminadas

 Pode acometer aves de qualquer idade, mas é mais comum em aves adultas
 Matrizes infectadas

 Mais sensíveis: aves de postura, reprodução e pesadas  Infecção cruzada no incubatório

 Podem ser portadoras: aves migratórias e silvestres (papagaios, patos)  Contaminação ambiental nos galpões de criação.

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TIFO AVIÁRIO TIFO AVIÁRIO

TRANSMISSÃO TRANSMISSÃO
 Principalmente: forma horizontal  Aves ao redor contraem a enfermidade bicando a carcaça da ave morta,
adoecem e vão a óbito, sendo fonte de contaminação para outras aves ao
 Ingestão de água ou ração contaminada redor
 Ambiente – cama, equipamentos, fômites

 Moscas

 Cascudinhos

 Roedores

 Ser Humano

TIFO AVIÁRIO TIFO AVIÁRIO

TRANSMISSÃO
 Investigaram a possibilidade de transmissão transovariana de SG para a
progênie, para tanto:
1) Infectaram aves adultas e examinaram os ovos.
Antes de ir a óbito a ave parou de botar e os ovos produzidos não continham SG;
TRANSMISSÃO
3) Contaminaram a casca, abaixo da casca e a gema de ovos férteis.
• Contaminações superficiais não resultaram em multiplicação bacteriana e as
aves nasceram saudáveis.
• Quando a contaminação foi na gema, não houve desenvolvimento do embrião
e o conteúdo do ovo continha SG em abundância.

2) Infectaram as aves com menos SG e as trataram com atb para não virem a
óbito.
Examinaram por várias semanas os ovos produzidos por estas aves. Nenhum
estava positivo;

TIFO AVIÁRIO

SINAIS CLÍNICOS PARATIFO AVIÁRIO

 PI: 4 – 7 dias → evoluem até a terceira semana
 Mais comuns → S. Enteritidis e S.Typhimurium
 Prostração
 Fraqueza
 Aves jovens mais suscetíveis
 Anorexia
 Diarreia – amarelo-esverdeada  Aves adultas – pode confundir com outras doenças bacterianas
 Anemia
 Podem apresentar tremor (visível na cabeça e no pescoço)  Mais sensíveis: Perus e galinhas

 Acomete: aves, mamíferos, répteis, insetos e roedores.

 Mortalidade: entre 7-14 dias de infecção

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PARATIFO AVIÁRIO

TRANSMISSÃO TRANSMISSÃO SALMONELOSES

 Horizontal e vertical

 Principal: via oral

 Aerossóis

 Água e alimentos contaminados com material fecal

 Fômites

 Seres humanos, outros animais, roedores – importantes na disseminação

PATOGENIA PATOGENIA
Principal PE: via oral Dispõem de Células de defesa:
Mecanismos para impedir bactérias se replicam
a ação dessas células.
Trato intestinal

Corrente sanguínea
Se aderem às células Capturada por células de
epiteliais defesa

Injetam um conjunto Rearranjo do Bactérias são Inicialmente:

Fígado e baço Sistema reprodutivo e digestório
de proteínas citoesqueleto das células englobadas e captadas

ACHADOS DE NECROPSIA ACHADOS DE NECROPSIA

https://www.scielo.br/j/abmvz/a/3Wxnvyjj5bqqZfggFfYYrLn/?format=pdf&lang=en

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ACHADOS DE NECROPSIA

https://eventos.uceff.edu.br/eventosfai_dados/artigos/agrotec2017/631.pdf

DIAGNÓSTICO
 Provas sorológicas
 Não tem diferenciação entre as Salmonella spp.
 Imunohistoquímica
 Isolamento
 PCR

 Podem ser enviados fragmentos de fígado, baço, coração, ceco, fezes,

ovário ou soro.

DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
PULOROSE e TIFO AVIÁRIO

 Tratamento não recomendado para reprodutoras

 PNSA - preconiza a eliminação dos plantéis de aves reprodutoras portadores

de S. gallinarum ou S. pullorum.

Fezes de aves - cloaca ou solo. Soroaglutinação pelo método lento em tubo. X

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TRATAMENTO TRATAMENTO
 Aves domésticas e/ou extinção
Uso de antibióticos:
 Sulfonamidas
 Reduz temporariamente a mortalidade, mas não elimina a bactéria do lote.
 Nitrofuranos

 Pode intoxicar as aves  Enrofloxacina

 Dificulta a realização de exames microbiológicos para isolamento da bactéria  Associações de atb

CONTROLE E PREVENÇÃO CONTROLE E PREVENÇÃO

 Obter aves de origem segura e devidamente vacinadas.

 Desinfecção do ambiente e vazio sanitário

 Água e ração ofertadas às aves precisam estar isentas de contaminação

 Isolamento e restrição de contato com outros hospedeiros e vetores

 Destino correto de aves mortas

 Manejo das excretas

VACINAÇÃO VACINAÇÃO
 VACINAÇÃO PROIBIDA

 Granjas de reprodução do tipo linhas puras, bisavós, avós e SPF

 VACINAS VIVAS E INATIVADAS

 Matrizes - salmonelas paratíficas

 Aves de postura comercial ou de corte

Vacina inativada contra o Tifo Aviário Salmonella Enteritidis e
(Salmonella Gallinarum Cepa 9R). Salmonella Enteritidis
Salmonella gallinarum Salmonella Typhimurium.

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 SURTO DE SALMONELA EM CODORNAS

 https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/85401/000909463.pdf?sequence
=1&locale-attribute=pt_BR#page=50

 MANUAL – CONTROLE DE SALMONELA GALINHAS POEDEIRAS

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1064907/1/final
8399novo.pdf