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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS

ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA


ENFERMIDADES BACTERIANAS E VIRAIS

CORONAVIROSE E RAIVA

Letícia Filgueiras
INFORMES
• Disciplina Patologia Veterinária:

• Próxima aula, dia 25/08 não vai ter a pratica – Pois precisamos concluir o assunto;

• Próxima data a confirmar;

Vestimentas:
Jaleco;
Sapato fechado;
Luvas;
Material Cirúrgico

• PRESENÇA DE TODOS NA AULA, POIS PASSAREI ESTUDO DIRIGIDO VALENDO NOTA E


SÓ RECEBERÁ QUEM ESTIVER PRESENTE.
INTRODUÇÃ O
• Estamos vendo as principais doenças virais em cães;

• Já vimos as enteroviroses → CINOMOSE E PARVOVIROSE

• O que vocês entendem por enterovirose?

• Correspondem à um gênero de vírus que têm como principal meio de replicação o trato
gastrointestinal;

• São capazes de provocar quadros clínicos de “Gastroenterite”em cães;

• Mas o que é gastroenterite?

• É um tipo de irritação, inflamação ou de infecção do tubo digestivo, incluindo o estômago e o


intestino.
CORONAVIROSE
• Definição:
Doença com vírus altamente contagioso e que se difunde rapidamente pela
população canina, principalmente em canis e abrigos para cães;

Causada por um vírus da família coronaviridae;

O CCoV é classificado em dois genótipos:


CCoV tipo 1 (CCoV-I)
CCoV tipo 2 (CCoV-II): pode ser classificado em dois subtipos: CCoV-IIa e CCoV-
IIb;
O CCoV-IIa é responsável pela ocorrência de diversos surtos fatais da doença.
CORONAVIROSE
• Definição:

Os vírus pertencentes a este gênero são envelopados;

Presença de espículas na sua superfície que se projetam pra fora do envelope e os


assemelha a uma coroa, que deu a origem do seu nome.
CORONAVIROSE
• Infecção:

A via de infecção é fecal-oral;

A replicação ocorre nas vilosidades, assim que o vírus atinge o intestino delgado;

Após dois dias da infecção as partículas virais já são excretadas pelas fezes;

Os sinais clínicos tem início de 1 a 4 dias pós-infecção.


CORONAVIROSE
• Patogenia:

 Tem predileção pelo trato intestinal;

 Ocorre destruição das vilosidades intestinais seguida da descamação do epitélio


intestinal levando a uma diminuição na absorção e digestão dos alimentos;
CORONAVIROSE
• Sintomas:
A sintomatologia clínica é idêntica à parvovirose:

Diarreia (variação de cor amarelo a esverdeado e que pode ser sanguinolenta);


 Vômito;
Febre;
Letargia;
Desidratação;
Emagrecimento;
Catarro oculonasal.
CORONAVIROSE
• Diagnóstico:
Laboratorial;

Detecção do vírus nas fezes → é a mais utilizada;

Teste sorológicos → detecção de anticorpos IgG e IgM dos agentes


causadores da patogenia.
CORONAVIROSE
• Controle

É primordial que se evite o contato com animais infectados;

Condições de estresse ocasionadas por superpopulação, desmame precoce e


infecções concomitantes por outros agentes, causam imunossupressão e favorecem
o desenvolvimento de enterite nos animais infectados;

Por se tratar de um vírus envelopado, no ambiente é facilmente inativado por calor


e solventes lipídicos.
CORONAVIROSE
• Tratamento e profilaxia:
Não há tratamento específico - Terapia de Suporte

Baseia-se na restituição do equilíbrio hidro-eletrolítico e controle das infecções


secundárias;

Vacinação → protocolo vacinal iniciada em animais jovens, entre 45 e 60 dias de


idade.
CORONAVIROSE
• Animal X Homem:

A espécie do coronavírus em animais é diferente da que ocorre em humanos;


CORONAVIROSE
• Animal X Homem:

Não existe evidencia cientifica de que cães e gatos podem transmitir o coronavírus
para os humanos;

Existem situações em que os animais podem ter sido infectados por humanos → o
caso do tigre nos Estados Unidos;
CORONAVIROSE
CORONAVIROSE
CORONAVIROSE
• Animal X Homem:

Diferentes espécies de Coronavirus já foram responsáveis por outras epidemias em


humanos:

Cita-se a Mers (Síndrome respiratória aguda do oriente médio) que ocorreu em


2012, iniciada no Oriente Médio;
E a primeira Sars (síndrome respiratória aguda grave) que ocorreu em 2002,
também iniciada na china;
CORONAVIROSE
• Animal X Homem:

É recomendável que pessoas suspeitas ou confirmadas de infecção limitem o contato


com animais, pois eles podem ser vetores mecânicos, ou seja, transportarem o vírus
pelos pêlos e patas;
RAIVA
• Definição:

É uma zoonose viral que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e
letalidade de 100%, considerando casos raros de cura;

Causada pelo genero Lyssavirus;

A morte do animal ocorre, em média, entre 5 a 7 dias após a apresentação dos


sinais.
RAIVA
• Infecção:

Contato de saliva infectada com áreas mordidas ou mucosas (conjuntival ou olfativa);

O vírus necessita entrar em contato com terminações neurais, penetrando nas fibras
nervosas;

Período de Incubação:
Gatos: 2 a 8 semanas (média – 15 a 25 dias);
Cães: 3 a 8 semanas.
RAIVA
• Infecção:

No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre;

Outros reservatórios silvestres são: raposa, coiote, gato do mato, guaxinim e


macacos;

Na zona rural, a doença afeta animais de produção, como bovinos, equinos e outros.
RAIVA
• Ciclo de transmissão da raiva:

Pode ser subdividido em quatro ciclos epidemiológicos distintos:


O ciclo urbano é representado por cães e gatos;
 O ciclo rural está relacionado aos animais de produção;
O ciclo aéreo é constituído por morcegos;
E o ciclo silvestre abrange os mamíferos silvestres terrestres;
O ser humano é passível de infecção em todos os ciclos conhecidos.
RAIVA
• Sinais Clínicos:

Classicamente, três fases distintas

2º Fase Excitatória
1º Fase Prodrômica
ou Hiper-reativa

3º Fase Paralítica
RAIVA
• Sinais Clínicos:

Classicamente, três fases distintas

Fase Prodrômica - dura aproximadamente 2-10 dias:

Alterações comportamentais (medo e apreensão);


Hiporreflexia (redução da intensidade de reflexos);
Auto-mutilação;
Em alguns gatos – fraqueza e ataxia.
RAIVA
• Sinais Clínicos:

Classicamente, três fases distintas

Fase Excitatória ou Hiper-reativa - que persiste por 2 a 7 dias:

Estado de inconsciência
Compulsão por morder (raiva furiosa); profunda de origem
orgânica, com
Mais comum em gatos; desaparecimento da
sensibilidade ao meio
OBS: Estupor e Apatia (raiva muda). ambiente e da faculdade de
exibir reações motoras.
RAIVA
• Sinais Clínicos:

Classicamente, três fases distintas

Fase Paralítica - que pode durar de algumas horas a alguns dias:

PARALISIA DA MUSCULATURA FARINGO-LARINGEANA

Excesso de saliva
Dificuldade respiratória
RAIVA
• Sinais Clínicos:

Classicamente, três fases distintas

Fase Paralítica - que pode durar de algumas horas a alguns dias:

DANO A NEURÔNIOS MOTORES


Paralisia com ataxia ascendente, ou seja, incapacidade de coordenação – membros
pélvicos
RAIVA
• Diagnóstico

Clinico. Mas, não se deve concluir o diagnóstico de raiva somente com a


observação clínica e epidemiológica, pois existem várias outras doenças nos quais os
sinais clínicos compatíveis com a raiva podem estar presentes;

Laboratorial com identificação do antígeno viral:


Teste de imunofluorescência direta;
Isolamento viral;
Teste de inoculação em camundongo;
Teste em cultura celular.
RAIVA
• Tratamento:

Não se recomenda tratamento para animais, e a doença é invariavelmente fatal, uma


vez iniciados os sinais clínicos;

Uso de soro hiperimune (soro anti-rábico) em humanos pós-exposição;

Animais clinicamente saudáveis, que morderam pessoas, devem ser mantidos em


observação por 10 dias (se tiverem proprietários conhecidos).
RAIVA
• Tratamento:

Esse protocolo consiste, basicamente, na indução de coma, uso de antivirais e


reposição de enzimas, além da manutenção dos sinais vitais do paciente;
RAIVA
• Prevenção e vigilância:

IMUNIZAÇÃO

Vacinas de vírus inativado (“morto”);


1º dose aos 4 meses;
Reforços anuais.
RAIVA
• Prevenção e vigilância:
RAIVA
• Prevenção e vigilância:
PERGUNTAS?

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