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ESCOLA DA SAÚDE - ZN
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM - ZN
MECANISMO DE AGRESSÃO E DEFESA
DOCENTE:
Fabiano Batista
Especialista: Nefrologia, Urgência e Emergência.
Mestrando em Biotecnologia.
fabiano.batista@unp.br
fabianobatista.silva.16
(84) 99950-1198
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Parasitologia: Helmintologia
Taenia solium
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Taxonomia
❖ Reino: Animalia
❖ Filo: Platelmintos
❖ Classe: Secernentea
❖ Ordem: Cyclophyllidae
❖ Família: Teniidae
❖ Gênero: Taenia
❖ Espécie: Taenia saginata
Taenia solium
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Morfologia de Taenia sp. ❑ Morfologia de Taenia sp.
❖ Parasitam o intestino delgado ❖ Escolex de Taenia saginata: 4
❖ Corpo achatado em forma de fita, região ventosas (acetábulo)
anterior (escolex), seguido de estróbilo e ❖ Escolex de Taenia solium: 25 a 50
posterior (proglotes). acúleos (Ganchos)
❖ Vermes longos: Taenia saginata (4 a 12 ❖ Estróbilo: proglotes contendo
metros) Taenia solium (1,5 a 4 metros). aparelho reprodutor feminino e
❖ Longevidade: 30 anos masculino (hermafroditas)
❖ Nutrição: pela difusão, transporte ativo, ❖ Vermes adultos são anaeróbios
pinocitose através da pele. (jejuno-pouco oxigênio)
❖ Movimento por contração e expansão.
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Proglotes de Taenia sp.
❖ Hermafroditismo porém existência de protandria (aparelho masculino
amadurece antes do feminino)
❖ Espécie indistinguíveis pelos ovos (morfologia da proglote).
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Ovos de Taenia sp. ❑ Cisticerco
❖ Vermes podem liberar por apólise de ❖ Presente em tecido muscular,
6 a 12 proglotes por dia (700.000 conjuntivo ou gorduroso de bois e
avos/dia). porcos.
❖ Liberação dos ovos por rompimento ❖ Hospedeiros intermediários se
das proglotes grávidas. infectam ao ingerir ovos de Taenia sp.
❖ Ovos esféricos contendo embrião ❖ Ovos eclodem no intestino dos
hexacanto (oncosfera) recoberto pelo animais pela ação do suco gástrico e
embrióforo. bile e a oncosfera caem na circulação
sanguínea até atingir os tecidos dos
animais.
❖ Nesse momento a oncosfera pode não
resistir a resposta imunológica do
hospedeiro.
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Cisticerco
o cisticerco cresce rodeado por uma reação inflamatória protegido por uma
vesícula cheia de líquido contendo a larva com o receptáculo captis contendo o
escolex invaginado sem rostro e sem acúleos.
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❖ Ciclo Biológico:
Heteroxênico
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Epidemiologia da teníase
❖ Distribuição ampla,
afetando principalmente
África, América Latina e
países do mediterrâneo
❖ Hábito de consumir
carne crua facilita na
infecção.
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Medidas de controle da Teníase ❑ Patogenia
❖ Diagnostico da população ❖ Assintomática
❖ Tratamento da população (amplo ➢ A fixação da Taenia sp. não causa
espectro) lesão a mucosa intestinal.
❖ Inspeção da vigilância sanitária das ❖ Sintomática
carnes e abatedouros. ➢ Perturbações gastrointestinais
❖ Obrigatoriedade de exames ➢ A infecção pela T. saginata pode ser
periódicos para todas as pessoas mais sintomática pelo tamanho do
que trabalham com a indústria de verme adulto além da liberação ativa
carne. das proglotes (músculo potente) –
❖ Educação sanitária forçando passagem pelo orifício anal.
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Diagnóstico de fezes ❑ Cisticercose
❖ Parasitológico de fezes direto: busca ❖ Ingestão de ovos eliminados por
de proglotes indivíduos portadores de teníase.
➢ Tamisação: material fecal dissolvido Eclosão do embrióforo e liberação do
em água á peneirado em peneira de embrião hexacanto (oncosfera) –
malha fina. penetra na mucosa intestinal – corrente
➢ Comprimir a proglote entre lâmina e sanguínea – SNC, globo ocular,
lamínula e submergir o conjunto em músculo.
acido acético (clarificação) ❖A larva cisticerco (Cysticercus
cellulosae) ao contrário do verme
▪ Fita gomada (método de Graham): adulto é heteroxeno podendo infectar
busca de ovos vários animais.
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Cisticercose ❑ Patogenia (neurocisticercose)
❖ Heteroinfecção: infecção com ovos de ❖ Localização aleatória: vários sinais e
Taenia sp. de outros indivíduos. sintomas possíveis
❖ Autoinfecção interna: infecção com ➢ Infecção baixa: assintomática/crises
ovos de Taenia sp. do próprio eplépticas
indivíduo. ➢ Infecção maciça: obstrução do fluxo do
❖ Autoinfecção externa: infecção com líquido cefalorraquidiano, Hipertensão
ovos de Taenia sp. do próprio intracraniana, Hidrocefalia.
indivíduo. ➢ Eplepsia: presente em 70 a 90% dos
❖ Ciclo biológico: Monoxênico casos
➢ Convulsões e distúrbios psiquiátricos
➢ Comprometimento intelectual e motor
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Diagnóstico de cisticercose ❑ Epidemiologia e controle da
➢ Clínico-epidemiológico (hábitos cisticercose
alimentares) ➢ Distribuição ampla, afetando
➢ Exame do líquido cefalorraquidiano principalmente África, América Latina
(hipercitose, aumento de proteínas, e países do mediterrâneo.
etc…). ➢ Afeta principalmente populações
➢ Diagnóstico imunológico: Antígeno B com precárias condições higiênicas,
de T.solium – soro ou líquor – ELISA, como doentes mentais e crianças.
RIFI, hemaglutinação indireta ou ➢ Controle: tratamento da teníase e
testes imunológicos diretos (infecção educação sanitária e obras de
atual). saneamento.
➢ Exames por imagem: radiografias,
ultrassonografia e ressonância
magnética (neurocisticercose)
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
Schistosoma mansoni
esquistosomíase
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
Taxonomia ❑ Morfologia do S.mansoni adulto
❖ Reino: Animalia ➢ Parasitam o intestino grosso
❖ Filo: Platelmintos (vênulas do plexo hemorroidário
❖ Classe: Trematoda superior)
❖ Ordem: Digenea ➢ Dimorfismo sexual: Fêmeas são
❖ Família: Schistosomatidae mais longas e finas que os machos.
❖ Gênero: Schistosoma Pigmentação escura em seu interior
❖ Espécie: Schistosoma mansoni (intestinal) (hemozoína)
Schistosoma japonicum (intestinal)
▪ Fêmeas vivem
Schistosoma haematobium (urinário) no interior dos
machos e são
levadas
passivamente.
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Morfologia do S.mansoni adulto
❖ Metabolismo aeróbio
❖ Nadam em círculos até encontrar o
molusco
❖ Microventosas e glandula apical
(enzimas) - penetração
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Hospedeiro intermediário ❑Morfologia do Cercária
❖ Molusco hermafrodita: ❖ Morfologia: 0,2 mm, cauda bifurcada e
Biomphalaria glabrate região apical com glândulas contendo
❖ Ao penetrar no molusco - enzimas digestivas (colagenase e
miracídeo perde o revestimento elastase) e órgão de fixação (boca e
ciliado e se transforma em acetábulo).
esporocisto primário, secundário e ❖ São liberadas (1.000 a 3.000
por poliembrionia dão origem a cercarias/dia) dos moluscos no ambiente
vários esporocitos que em seguida aquático de dia e ficam nadando
virarão cercarias. ativamente em coleções de água na
❖ O molusco também apresenta uma parte superior (geotropismo negativo).
resposta imune contra a infecção.
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Hospedeiro definitivo
❖ Homem e outros vertebrados: cercarias penetram na pele através de
movimentação ativa e enzimas.
❖ Ao penetrar na pele a cercaria deixa para trás a cauda bifurcada e se
transforma em esquistosômulo. Cai na circulação: coração → pulmão →
fígado (veia porta) → vermes adultos (acasalam).
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Ciclo Biológico
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑ Epidemiologia da esquistosomíase ❑ Epidemiologia no Mundo
❖ Ocorre na Africa, Antílhas e America
do sul
❖ No Brasil é conhecida como
Xistosomose, Xistose, barriga d’agua
ou doença do caramujo
❖ A distribuição da doença depende da
existência do hospedeiro
intermediário (molusco) e sua
susceptibilidade assim como de
hospedeiros vertebrados infectados.
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
❑Epidemiologia no Brasil
Helmintologia médica I e Helmintologia médica II
Filtração em gaze
Adicionar sulfato de
zinco ao sedimento
Centrifugação
1min 1500rpm
Helmintologia médica II Nematelmintos
❑ Diagnóstico de fezes Ovos ❑ Diagnóstico de fezes
❖ Coloração em parasitológico de fezes ❖ Kato ou Kato-Katz (semi quantitativo -
(direto ou métodos de concentração): quantidade de fezes conhecida)
facilita a diferenciação ➢ Métodos de quantitativos: Importante
para estimar a carga parasitária
➢ Esfregaço de fezes sob lamínula de
celofane molhável embebido em
glicerina (clarificação)
➢ 35 a 40 ovos/g de fezes = 1 fêmea
(metade da população)
➢ Benigna < 50 vermes
➢ Significação clínica 50 -200 vermes
➢ Intensa 500 -1.000 vermes
➢ Muito intensa > 1.000 vermes
Helmintologia médica II Nematelmintos
❑Tratamento da ancilostomíase ❑Tratamento da ancilostomíase
❖ Pouco tóxicos (baixa absorção ❖ Mebendazol
pela mucosa intestinal) ➢ Mecanismo de ação: inibição da
➢ Pamoato de Pirantel: Inibe a síntese dos microtúbulos, gerando
colinesterase causando a paralisia fusos mitóticos aberrantes e
do verme (Piranver, Combantrin) interrompendo a replicação celular.
(10mg/Kg em dose única). inibição da enzima fumarato
➢ Mebendazol: 100mg, VO, 2x/dia, redutase, desacoplamento da
Por 3 dias. fosforização oxidativa e depleção na
➢ Levamizol: <8 anos: 40mg, VO, captação de glicose.
dose única
>8 anos: 80 mg, VO,
dose única
➢ Albendazol: 400mg, 10mg/kg, VO,
Dose única
Helmintologia médica II Nematelmintos
❑ Strongyloides stercoralis e estrongiloidíase
Helmintologia médica II Nematelmintos
❑Morfologia do S. stercoralis ❑Morfologia do S. stercoralis
❖ Parasitam o intestino delgado
(Jejuno e íleo)
❖ Larvas: Rabditóide
❖ Larvas: Filarióides (3n)
Vida livre
• Verme adulto: Fêmeas: 1,5 mm (2n)
Machos: 0,7 mm (n)
Partenogênese
meiótica
pseudogamia
Parasita
• Verme adulto: Fêmeas: 2,2 mm (3n)
Helmintologia médica II Nematelmintos
Helmintologia médica II Nematelmintos
❑CICLO BIOLÓGICO ❑ Ovos de S. stercoralis
❖ Direto: Fêmeas – ovos – larva ❖ Vermes de vida livre: ovos embrionam
rabditóide – larva filarióide – Fêmeas no solo ou ainda no útero das fêmeas
parasitas de vida livre.
❖ Vermes parasitas: ovos embrionam na
mucosa do intestino e as larvas
rabditoides caem nas fezes hospedeiro
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/1748285/
Helmintologia médica II Nematelmintos
❑ Medidas de controle da ❑ Diagnóstico de fezes Busca de larvas
estrongiloidíase
❖ Hidrotropismo e termotropismo –
❖ Diagnostico da população
Larvas migram e ficam no fundo do
❖ Tratamento da população
recipiente.
❖ Obras de saneamento
❖ Educação sanitária