Você está na página 1de 3

Byanca Torquato - enfermagem

Tricuríase
• Agente etiológico: Trichuris 2/3 anteriores: Esôfago com
trichiura musculatura pouco desenvolvida e
• Filo: Nematoda bastante longo.
• 1759 (primeira descrição): Tricho
1/3 posterior: intestino e órgãos sexuais
= cabelo / uris= cauda.
simples (órgãos únicos)
• Trichu = cabelo / cephalus =
cabela -> trichocephalos Boca localizada na extremidade
anterior.
Epidemiologia
Sistema reprodutor e o intestino
 Distribuição mundial – Cosmopolita,
localizam-se na extremidade
mais prevalente em climas quentes e
úmidos. posterior.
 Baixa condição social e sanitária A extremidade posterior do macho é
das pessoas. curvada ventralmente, recoberta por
 Podem aparecer em associação pequenos espinhos.
com áscaris:
• Semelhanças geográficas Trichuris: cauda em forma de cabelo é
• Fontes de infecção um engano.
• Forma de transmissão Trichocephalos: Cabeça em forma de
cabelo (ta certo, mas ainda não é
 Resistência dos ovos ao meio aceita pelo CNSAP).
ambiente
 Predomina a infecção em menores Ovos
de 15 anos (5 a 14) Apresenta formato elíptico
 Humanos são o principal hospedeiro
e único relevante para a
transmissão, mas existem relatos de
porcos e macacos infectados com
Trichuris trichiura.
Morfologia

Poros salientes e transparentes nas


extremidades.
Formado por 3 camadas:
Os vermes adultos tem forma típica de 1. Lipídica externa
chicote 2. Quitinosa intermediária
Medem cerca de 3 a 5cm, sendo os 3. Vitelínica interna
machos menores que as fêmeas. Sensilvel a temperaturas lelevadas e
A abertura bucal é desprovida de baixa umidade.
lábios, com capsula bucal muito Em condições favoráveis, os ovos
reduzida ou ausente. resistem longo tempo.
Byanca Torquato - enfermagem

50% dos ovos permanecem viáveis em sofrem embriogênese formando uma


12 meses. larva L1.
Habitat Ao ingerir alimentos ou água
contaminadas, as larvas de T. trichuria
São parasitos do intestino grosso em eclodem através de um dos poros
humanos, e em infecções leves ou presentes na extremidade do ovo no
moderadas, estes vermes habitam o intestino delgado do hospedeiro.
ceco e o cólon ascendentes.
Após a eclosão, as larvas L1 penetram
Infecções maciças: todo o colón e as criptas cecais, penetrando na
porção do íleo. mucosa intestinal onde as larvas
Nas infecções intensas eles ocupam habitam células da camada epitelial,
também o cólon distal, reto e a porção formando túneis sinuosos na superfície
distal do íleo. epitelial da mucosa.

Toda a região esofagiana do parasita Durante esse período as larvas se


penetra a camada epitelial da desenvolvem passando pelos 4
mucosa intestinal do hospedeiro. estágios típicos.

 “fica mergulhada na camada O crescimento e desenvolvimento dos


epitelial da mucosa e se alimenta vermes levam ao rompimento das
de restos de enterócitos lisados células epiteliais e a exposição da
pela enzima que o Trichuris trichiura porção posterior do corpo do t.
libera.” tchuria á luz intestinal do hospedeiro.

A porção posterior permanece


exposta no lúmen intestinal, facilitando Transmissão
a reprodução e a eliminação de ovos
(Oviposição). Os ovos eliminados com as fezes do
hospedeiro infectado contaminam o
Sobrevivência média do verme adulto ambiente, em locais sem saneamento
no IG é de 1 a 2 anos. básico.
Oviposição diária de uma fêmea é de Podem ser disseminados pelo vento e
3000 a 20000 ovos. pela água e contaminar os alimentos
Ciclo biológico sólidos ou líquidos, sendo então,
ingeridos pelo hospedeiro.
Monoxênico | Reprodução sexuada
Também são transportados por
moscas: onde há a pratica de
geofagia.
Patogenia

Possibilidade de gravidade
principalmente em crianças.
A gravidade depende de:
1. Idade do hospedeiro
2. Distribuição dos vermes no
Os ovos do parasito são eliminados intestino
com as fezes de pessoas infectadas e 3. Estado nutricional
uma vez no ambiente, esses ovos 4. Carga parasitaria
Byanca Torquato - enfermagem

Infecções leves -> Assintomático ou


discreta. <1000 ovos/g de fezes.
Infecções moderadas: Dor de
cabeça, dor epigástrica, diarreia,
náuseas e vômitos.
1000 a 9.999 ovos/ g de fezes
Infecções graves: Síndrome
dosentérica crônica, sendo que nestes
casos, pode-se observar uma diarreia
intermitente com presença de muco e,
em algumas vezes, sangue, dor
abdominal com tenesmo, anemia e
prolapso retal. > 10.000 ovos/g de
fezes.
Nas infecções leves e moderadas os
vermes estão no ceco e cólon
ascendentes, e não interfere
significantemente nos processos
fisiológicos, sintomatologia pouco
expressiva.
Nas infecções intensas tem
distribuição por todo o intestino grosso
até o reto, mas também incluindo o
íleo.
Tenesmo: vontade de evacuar e não
tem nada.
Sintomas relacionados a distúrbios
locais:
Dor abdominal
Disenteria
Sangramento
Prolapso
Diagnostico

Realizado pela demonstração dos


ovos do parasito nas fezes:
Exame de fezes:
Métodos de sedimentação
espontânea – Lutz
Métodos de contagem: Stoll ou kato-
Katz
Tratamento: Pomadas.

Você também pode gostar