Você está na página 1de 39

AULA 03 – Helmintos II

MANAUS – AM
2021
Strongyloides stercoralis

2
Strongyloides stercoralis
Nomes da doença: estrogiloidíase ou
estongilose.

Menor nematódeo a parasitar o homem.

Muito frequente em regiões tropicais.

Podem infectar cães, gatos e macacos.

Parasita oportunista.

3
Morfologia

4
Morfologia

5
Habitat
Fêmeas partenogenéticas - localizam-se na
parede do intestino - mergulhadas nas criptas da
mucosa duodenal, principalmente nas glândulas
de Lieberkühn e na porção superior do jejuno,
onde fazem as posturas.

Nas formas graves, são encontradas da porção


pilórica do estômago até o intestino grosso.

6
Ciclo Biológico
As fêmeas parasitos podem produzir,
simultaneamente três tipos de ovos, dando
origem a três tipos de larvas rabditoides:

1) larvas rabditoides que se diferenciam em


larvas filarioides infectantes, completando o ciclo
direto;
2) larvas rabditoides que originam as fêmeas de
vida livre; e
3) larvas rabditoides que evoluem para macho de
vida livre, em que as duas ultimas completam um
ciclo indireto.

7
Ciclo Biológico
Strongyloides apresenta uma complexa biologia
com dois ciclos de vida distintos:

- Ciclo direto, partenogenético;


- Ciclo indireto, sexuado ou de vida livre.

Ambos monoxênicos.

8
Ciclo Biológico
No ciclo direto as larvas rabditoides no solo ou
sobre a pele da região perianal, apos 24 a 72
horas, transformam-se em larvas filarioides
infectantes.

No meio externo há a predileção por solo


arenoso, umidade alta, temperatura entre 25° e
30°C e ausência de luz solar direta.

9
Ciclo Biológico
No ciclo indireto as larvas rabditoides
produzem fêmeas ou machos de vida livre.

Os ovos originados do acasalamento das


formas adultas de vida livre, uma vez que as
larvas rabditoides originadas, evoluem para
larvas filarioides infectantes.

10
Ciclo Biológico
Os ciclos direto e indireto se completam pela
penetração ativa das larvas L3 na pele ou em
mucosas oral, esofágica ou gástrica do
hospedeiro.

Algumas morrem no local, mas o ciclo continua


pelas larvas que alcançam as circulações venosa
e linfática e através desses vasos seguem para o
coração e os pulmões.

11
Ciclo Biológico
Larvas filarioides (L3)
penetram via cutânea

Chegam à circulação
Ovos – larvas
venosa – átrio e
rabditoides – fezes
ventrículo direito

Deglutidas – chegam na
Artérias pulmonares –
cavidade intestinal –
paredes capilares – L4
vermes adultos (fêmeas)

Alvéolos- bronquíolos –
brônquios – traqueia –
laringe

12
Ciclo Biológico

13
14
Transmissão

Autoinfecção
Hetero ou
Externa ou
Primoinfecção
Exógena

Autoinfecção
Interna ou
Endógena
15
Patogenia
● Pequeno número de parasitos no
intestino – geralmente assintomáticos.

● Formas graves devido subalimentação


com carência de proteínas, provocando
ocorrência de vômitos e diarreia.

16
Patogenia
FORMA CUTÂNEA

Em geral e discreta, ocorrendo nos pontos de


penetração das larvas infectantes, tanto na pele
como nas mucosas, com reação celular apenas
em tomo das larvas mortas que não
conseguiram alcançar o sistema circulatório.

Nos casos de reinfecção, ha reação de


hipersensibilidade com formação de edema,
eritema, prurido, pápulas hemorrágicas e
urticarias.

17
Patogenia
FORMA PULMONAR

● Tosse com ou sem expectoração, febre e


crises asmáticas;

● Travessia das larvas dos capilares → alvéolos


provoca hemorragia;

● Casos mais graves → edema pulmonar,


insuficiência respiratória, broncopneumonia.

18
Patogenia
FORMA INTESTINAL

19
Patogenia
FORMA INTESTINAL

20
Patogenia
FORMA DISSEMINADA

Observada em pacientes infectados e


imunocomprometidos que favorecem a
autoinfecção com grande produção de larvas.

Ocorrem dor abdominal, vomito, diarreia


intensa, pneumonia hemorrágica,
broncopneumonia bacteriana, insuficiência
respiratória, culminando em óbito.

Além dos sintomas já descritos, o paciente


com estrongiloidíase crônica pode apresentar
anemia.
21
Diagnóstico

22
Profilaxia
● Saneamento básico adequado;

● Uso de calçados;

● Educação sanitária;

● Diagnostico e tratamento dos infectados.

● Lavar bem os alimentos.

23
Tratamento
Parasitose mais difícil de ser tratada.

24
Ancilostomídeos

25
Ancilostomídeos
Nomes da doença: ancilostomíase,
ancilostomose ou amarelão.

A família Ancylostomatidae tem como principal


característica morfológica a presença de capsula
bucal, uma projeção da cutícula na região
anterior do verme adulto.

Apresenta divisão em varias subfamílias, sendo


duas de importância medica: Ancylostominae e
Bunostominae.

Os caracteres morfológicos que permitem


diferenciar as três espécies de
ancilostomatideos humanos.
26
Ancilostomídeos

Ancylostoma duodenale Ancylostoma ceylanicum Necator americanus

27
Ancilostomídeos
1637: Piso, médico holandês que acompanhava o príncipe Maurício de Nassau, registrou
epidemias no Brasil de uma doença eu causava anemia, fraqueza e perturbações intestinais.

1838: Dubini (Milão)encontrou esse parasito no intestino de uma mulher que havia morrido
de pneumonia.

Gressinger (em 1851) e Bilhardz (em 1853) descobriram associação entre o parasito e o
desenvolvimento da anemia.

1880: ocorre uma epidemia de anemia entre trabalhadores na Itália. Ancylostoma


duodenale foi o parasito responsável.

28
Ancilostomídeos

29
Epidemiologia

30
Morfologia

Necator americanus Ancylostoma duodenale


Duas lâminas ou placas cortantes Dois pares de dentes

31
Morfologia

32
Habitat
Vermes adultos vivem na mucosa do intestino
delgado, com maior frequência no duodeno,
mas podendo acometer jejuno e íleo.

33
Ciclo Biológico

34
Patogenia
Sinais e sintomas clínicos vão estar associados
aos três principais momentos da infecção:

1) Invasão larvar;

2) Migração larvar para o pulmão;

3) Fixação dos vermes no intestino.

Quadros mais graves estão relacionados com a carga parasitária e o estado nutricional do indivíduo
infectado.

35
Patogenia
1) Fase invasiva: prurido e sensação de queimação local.

2) Fase pulmonar: tosse seca, dispneia, rouquidão, broncoespasmo e febre alta ou moderada.

3) Fase intestinal: dor abdominal, náusea, diarreia, vômito, anemia e fraqueza.

Distúrbios alimentares: anorexia, bulimia, geofagia (mais comum em crianças e adolescentes.

Fase avançada: sintomas cardiovasculares (adultos).

36
Diagnóstico
Diagnóstico clínico: impossível.

Diagnóstico laboratorial: pesquisa de ovos de parasita nas fezes.

37
Profilaxia
● Melhoria das condições sanitárias;

● Educação sanitária continuada;

● Diagnóstico e tratamento dos indivíduos infectados;

● Tratamento de indivíduos imunossuprimidos;

● Combate a desnutrição.

38
Tratamento

39

Você também pode gostar