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Tutoria 1 - 2.

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desprendem do intestino e vão pro
esôfago do inseto e são injetados
nos mamíferos que são picados
○ uma coisa interessante é que
Leishmaniose quando esses promastigotas ficam
● Grupo de doenças causadas pelos no esôfago, eles meio que
protozoários do gênero Leishmania, que obstruem a luz no esôfago e isso
tem mais de 20 tipos de agentes faz com que o inseto precise picar
etiológicos já descritos na literatura várias vezes pra conseguir se
● É uma doença que infecta o Sistema saciar, e é aí isso ajuda na
Fagocitário Mononuclear e lesiona a pele e transmissão desse protozoário
mucosas (tegumentar) ou os órgãos pelos mamíferos
internos (visceral) CICLO NO HOMEM:
● No brasil, o tipo que mais causa a ● Chegam ao homem na forma promastigota
leishmaniose tegumentar é o Leishmania metacíclica e aí conforme o mosquito vai
braziliensis, e a visceral é mais causada penetrando a pele durante a picada, o
pelo Leishmania infantum chagasi parasita vai infectando vários tipos de
● Esses protozoários têm um ciclo de vida células
heteroxeno (quando existe mais de um ○ células dendríticas
hospedeiro) com um mamífero e um inseto ○ fibroblastos
vetor, que aqui no Brasil é o inseto Palha ○ neutrófilos (que quando são
ou birigui infectados, prolongam a vida - que
● uma coisa interessante desses geralmente é curta, ajudando na
protozoários é que eles têm uma organela replicação do parasita)
chamada glicossomo, que ajudam na ○ e principalmente, os macrófagos
regulação metabólica e na questão da ● o macrófago fagocita esse protozoário e
adaptação desses protozoários em vários forma o fagossomo, ou nesse caso, o
ambientes vacúolo parasitário
○ por isso que a gente vê ● e aí os lisossomos começam o processo
leishmaniose em todo o mundo e digestivo
nos mais diversos tipos de ○ só que os esses protozoários
hospedeiros conseguem liberar proteases que
CICLO NO INSETO: inativam as enzimas dos
● Os vetores são infectados quando ingerem lisossomos
sangue contaminado ● e aí o pH desse meio ácido, junto com a
● Assim que os protozoários são ingeridos, grande variação de temperatura do inseto
eles se diferenciam na forma pro homem faz com que o parasita se
promastigota, que faz divisão binária e transforme na forma amastigota
consegue viver no meio extracelular ● esse vacúolo parasitário vai aumentando
● E aí eles passam a se alimentar dos de tamanho por causa dos lisossomos que
nutrientes do próprio inseto (que é femea) vão chegando e esse amastigota vai se
até saírem da forma procíclica (que se multiplicando até romper a membrana do
multiplicam muito rapidamente) e irem pra macrófago
forma metacíclica (que não consegue se ● e aí esses amastigotas podem ficar livre
multiplicar) e precisa ir para um mamífero na corrente sanguínea ou dentro dos
pra continuar o ciclo mastócitos - e aí pode ir pra vários órgãos
○ a forma procíclica fica aderida ali
no intestino do inseto, justamente
porque precisa de muitos nutrientes
pra fazer as divisões (gli- fonte d C)
○ até que esses nutrientes uma hora
Leishmaniose Tegumentar
são esgotados e aí quando eles Epidemiologia:
viram metacíclicos, eles se
● É uma doença endêmica no continente Leishmaniose Visceral
americano e no Velho Mundo, com cerca
de 1 milhão e meio de novos casos por ● pode ocorrer em diversas fases, variando
ano principalmente de acordo com a região
● No Brasil, a maioria dos casos ocorre nas ○ em regiões endêmicas, por
Regiões Norte e Nordeste exemplo, é onde mais ocorrem os
● E essa expansão da doença tá associada casos assintomáticos ou
a intervenção do homem na natureza, oligossintomáticos
principalmente quando a gente fala de ○ mas sempre pode evoluir pra uma
desmatamento e exploração forma mais grave, principalmente
● Essa doença tem como principal se tratando de pacientes
reservatório os roedores imunodeprimidos
● E as medidas de controle dela são focadas ● Tem um início com uma febre alta e
no tratamento dos pacientes, junto com a irregular, junto com perda de peso e mal-
eliminação dos reservatórios e os vetores estar
(mosquitos) ● O quadro clínico clássico é o de
Forma clínica: acometimento do Sistema Fagocitário
A forma mais comum é a Leishmaniose Mononuclear, com hepatomegalia e
Tegumentar Localizada ou Cutânea: (Ulcer Bauru) esplenomegalia (como no caso do nosso
● Ocorre uma lesão no local da picada do problema)
mosquito que pode ou não de desenvolver ● Como consequência, pode ocasionar
mais e formar lesões secundárias diarreia, sangramento na gengiva, tosse
● E aí forma uma lesão ulcerada, com as seca
bordas mais elevadas, um fundo granular ● Quando são feitos os exames de
e não dolorosa. “cratera de vulcão” laboratório, geralmente entram no quadro
○ E o perigo aí é também quando a anemia e a diminuição de leucócitos e
ocorre algum agravamento, como plaquetas
uma infecção, por exemplo (fica ○ e isso faz com que seja muito
mais suscetível a infecção e perigoso quando tá associado com
inflamação) outras doenças imunitárias,
● E aí conforma e doença vai progredindo, respiratórias
maior vai ficando essa lesão
● O tempo de incubação pode variar de 2
semanas até seis meses O inseto
● Nas áreas mais endêmicas, muitos
São pequenos, não fazem barulho e ficam
pacientes controlam a infecção antes de
próximos às habitações humanas
desenvolver a lesão ou têm cura
● Se reproduzem perto de restos orgânicos
espontânea
e os ovos ficam em troncos de árvores,
Tem também a forma Cutâneo-difusa:
buracos de paredes, galinheiro, etc
● que a lesão demora mais pra aparecer,
● Quando eles chegam na fase adulta, não
formando primeiro um nódulo que pode
conseguem voar muito e por muito tempo
evoluir com necrose tecidual
● E são mais ativos no horário da manhã e
○ e isso faz com que ela seja mais
da noite
perigosa e letal, e é também mais
rara
E tem também a cutâneo-mucosa, quando atinge Prevenção e controle
depois de um tempo as mucosas, como a
● Quando a gente fala de prevenção, tem
cavidade oral e nasal, laringe e faringe
que levar em consideração a região e a
● são indolores e podem evoluir com perda
situação epidemiológica do lugar
tecidual e perfurações nessas mucosas
● Por exemplo: nas regiões de interior ou
perto de mata, no caso da Leishmaniose
tegumentar de ciclo silvestre (que é a
clássica), a profilaxia que é recomendada Tratamento
tá mais voltada na proteção das pessoas
de forma individual: com as telas, os -Geralmente o tratamento da Leishmaniose
repelentes, etc e não no controle dos visceral é feito com algum remédio antimonial
reservatórios (animais silvestres) pentavalente que são aplicados via intramuscular
● Já o foco da tegumentar tá mais na região ou intravenosa durante alguns dias
rural, sendo o cachorro o principal -E tem um medicamento, o Anfotericina B, que
reservatório (do mesmo jeito do nosso pode ser usado em alguns casos da Tegumentar
problema) -Além desses, é importante que se trate também
○ com o passar dos anos, milhões de os outros sintomas que o paciente pode
cachorros foram sacrificados por desenvolver: a anemia, a diarreia, desnutrição, etc
causa de políticas governamentais -E essa pessoa tem que ficar acompanhando o
de controle, incluindo o brasil quadro e fazendo exames periódicos nos
○ mas hoje, já se sabe que o próximos meses pra saber se ele já está em um
abatimento não é uma forma nível de estabilidade que possa se dizer que tá
eficiente de controle, porque não curado
tem estudos que comprovem essa
eficácia, o ciclo de vida do parasita Referências
pode acontecer com outros animais
● Ferreira, M. U. Parasitologia
silvestres normalmente
Contemporânea. Cap 47 Rio de Janeiro:
○ então o controle tem que ser do
editora Guanabara Koogan, 2017.
parasita
● Geraldo, B. F. Bogliolo: patologia. 9 ed.
○ Tem estudos comprovam que o
Cap 34. Rio de Janeiro: editora Guanabara
uso de repelentes e inseticidas pela
Koogan, 2016. p. 47-56.
casa é muito mais eficiente o que o
● Dantas-Torres, F. Miró, G. Baneth, G. et al.
abatimento dos cachorros, pode
Canine Leishmaniasis Control in the
até proteger os domésticos
Context of One Health. Emerg Infect Dis.
○ outra alternativa também é a
2019.
quimio e imunoterapia em cães
infectados

Diagnóstico
O diagnóstico da doença é baseado no exame
clínico dos sintomas e nos dados da anamnese
que é colhida e não pode ser confundida com
outras doenças que são linfoproliferativas

Já com o laboratorial pode ser usado:


● ensaios sorológicos: como o ensaio
imunoadsorvente ligado à enzima (ELISA)
e o de imunofluorescência indireta (IFI)
● Exame parasitológico: com o material
colhido com a punção do baço ou do
fígado
● e no caso do problema: pode ser pedido o
hemograma e a dosagem de proteínas
(que aí é visto a queda de hemácias,
plaquetas e leucócitos

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