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Introdução
A primeira descrição de giárdia foi feita por Anton van Leeuwenhoek, em 1681,
observando suas próprias fezes diarreicas ao microscópio. Este parasito foi descrito com
mais detalhes por Lambl, em 1859; ou seja, quase dois séculos depois da descrição
inicial.
Biologia
A parede cística confere resistência aos cistos de modo que estes podem
permanecer viáveis no ambiente externo por vários meses e ainda os protege na
passagem pelo estômago após ser ingerido. Os trofozoítos por não possuírem parede
cística são vulneráveis à desidratação, levando poucos minutos (máximo 30 minutos)
para serem destruídos se estiverem fora do organismo do hospedeiro.
Morfologia
Essa célula apresenta uma face dorsal côncava e uma porção ventral plana. Na
porção mais larga da parte ventral encontra-se uma área ovoide que é rica em
microtúbulos, através da qual o parasito se adere às células intestinais. Essa área é
chamada de disco adesivo ou disco suctorial.
Resumindo...
Ciclo biológico
Fonte: https://www.cdc.gov/parasites/giardia/pathogen.html
Patogenia e sintomatologia
G. lamblia secreta proteases que podem agir sobre as glicoproteínas da
superfície das células epiteliais do intestino e romper a integridade da membrana. Nesse
sentido, tem sido observado rompimento do epitélio intestinal e distorção das
microvilosidades no ponto de contato do disco adesivo com a membrana da célula.
Imunidade na giardíase
Tanto a resposta imune humoral quanto mediada por células têm sido
reportadas na giardíase humana. Evidências disso decorrem do fato que a infecção pode
ser autolimitante; e, por outro lado, indivíduos imunocomprometidos são mais
susceptíveis. Além disso, a presença de anticorpos das classes IgG e IgM anti-Giardia
têm sido detectados no soro de indivíduos com giardíase, em diferentes regiões do
mundo.
Também se reconhece a importância funcional do tecido linfoide associado à
mucosa, em função da população de células plasmáticas produtoras de anticorpos que
secretam principalmente os da classe IgA. Esses anticorpos se ligam aos trofozoítos
impedindo-os de se aderirem à mucosa.
Já a imunidade mediada por células certamente desempenha um papel
importante na mucosa, visto que os linfócitos são encontrados em grande número na
lâmina própria e dentro da camada epitelial.
No contexto da imunidade em giardíase alguns fatos têm chamado a atenção. O
primeiro refere-se à maior prevalência da infecção em crianças, em relação aos adultos
vivendo sob as mesmas conduções socioambientais. O outro refere-se ao fato de que
Giardia pode infectar o mesmo indivíduo repetidas vezes, apesar da produção de
anticorpos específicos.
Portanto, uma mesma cepa pode apresentar grande variação antigênica. Isso
ajuda a explicar porque as sucessivas infecções por G. lamblia na infância pode resultar
na aquisição de uma resposta imune mais efetiva contra o parasito quando o indivíduo
estiver na fase adulta.
Epidemiologia
Suarez-Fontes,
Fontes e Vannier-
9 a 19 Escolares SE 2,2 2008- Salvador, BA Santos (2017)
2014
Referências
PRUCCA, C.G.; LUJAN, H.D. Antigenic variation in Giardia lamblia. Cellular Microbiology,
v. 11, n. 12, p. 1706–1715, 2009.