Parasitologia

Resumo de FBIII- 1° prova. ➔ Retirada de sangue ou nutrientes

O conceito de parasitologia é “Associações podem provocar anemia.
entre indivíduos de espécies diferentes, onde Em crianças, a má nutrição pode afetar a
existe unilateralidade de benefícios, ou seja, vida inteira da pessoa, algo grave pode ser
o hospedeiro é espoliado pelo parasita pois acarretado.
fornece alimento e abrigo para este”.
Dentro da parasitologia se aplica o conceito
de Unilateralidade: um se beneficia do outro
sempre.
A profilaxia é extremamente importante
para a contenção de parasitoses, como
higiene pessoal, sanitária, e mais cuidado
diário.
Certas parasitoses possuem a capacidade de
se modificar, por exemplo sua morfologia,
para tentar enganar o sistema imunológico.
Obs: Não necessariamente a pessoa que Todo parasitismo é desarmônico.
estiver infectado, estará contaminado pelo Hospedeiro: Ser prejudicado.
parasita, ou desenvolverá a doença, pode Parasita: Quem se beneficia.
acontecer uma carga parasitária muito leve,
ao ponto de não contaminar. Classificação dos parasitas
➔ Ectoparasitas: vivem externamente
Doenças incapacitantes no corpo do hospedeiro, ex: pulgas,
Alguns tópicos dentro da parasitologia piolhos, carrapatos.
podem ser incapacitantes, podendo afetar o ➔ Endoparasitas: vivem internamente
trabalho e o estudom, como por exemplo: no corpo do hospedeito, ex:
➔ Má nutrição, ocasiona perda bactérias, vírus (os endoparasitas
cognitiva. são a grande maioria dos
➔ Diarreia, provoca perda eletrolítica. parasitas).

Resumo com base na aula do professor Daniel Feres e Ricardo Nunes

Feito por: Júlia Junges e Luciano Simões (@med.em.dois - 3º período Med- T12)
➔ Hemoparasitas: vivem na corrente hospedeiros, como por exemplo:
sanguínea, ex: Plasmodium Schistossomo sp.
(malária), podem viver até dentro ➔ Hospedeiro definitivo: É o que
dos glóbulos vermelhos. apresenta o parasito em fase de
➔ Enteroparasitas: vivem em todo o maturidade ou em fase de atividade
sistema digestório. sexual, como por exemplo: S.
mansoni é o ser humano.
Tipos de parasitas ➔ Hospedeiro intermediário: É o que
apresenta o parasito em fase
➔ Estenoxenos: só podem infectar uma
larvária ou em fase assexuada, como
ou poucas espécies muito próximas,
por exemplo: S. mansoni é o
ex: Ascaris lumbricoides.
caramujo.
➔ Eurixenos: podem viver em uma
Obs: O entendimento do vetor, pode prevenir
grande variedade de hospedeiros, ex:
uma parasitose, ou também causar um
Leishmania.
desequilíbrio ecológico.
➔ Facultativo: não precisa ficar no seu
Algumas parasitoses podem não concluir seu
hospedeiro para finalizar seu ciclo
ciclo, mas mesmo assim infectar e
parasitório, ele consegue completar
contaminar o ser humano.
com a presença de nutrientes
A resistência do hospedeiro pode ser
apenas.
definida pela idade da pessoa (se é
➔ Obrigatório: não consegue viver fora
vulnerável), suas doenças atuais, e a
do hospedeiro (grande maioria dos
desnutrição.
parasitas).
➔ Acidental: Acidentalmente vive em
um hospedeito que não é o seu de Ação dos parasitos sobre o
costume. Tem como causas: crianças hospedeiro
imunosuprimidas, quanto mal
A resistência do hospedeiro pode ser
nutrida tambem pode acarretar
definida pela idade da pessoa (se é
esse tipo.
vulnerável), suas doenças atuais, e a
desnutrição.
Ciclo vital dos parasitas ➔ Ação espoliativa: Quando o parasito
➔ Heteroxenos: São os parasitas que absorve nutrientes ou mesmo sangue
só completam o seu ciclo evolutivo do hospedeito, podem deixar pontos
passando pelo menos em dois

Resumo com base na aula do professor Daniel Feres e Ricardo Nunes

Feito por: Júlia Junges e Luciano Simões (@med.em.dois - 3º período Med- T12)
 hemorragicos na mucosa quando
abandonam o lugar de sucção.
➔ Ação tóxica: Acontece quando
algumas espécies produzem enzimas
ou metabólicos que podem lesar o
hospedeiro.
➔ Ação mecânica: Algumas espécies
podem impedir o fluxo de alimento,
bile ou absorção alimentar, por
exemplo: lumbricoides.
➔ Ação traumática: É provocada,
geralmente, pela migração de formas
larvais de helmintos, embora vermes
adultos e protozoários também
possam fazê-lo.
➔ Ação irritativa: Alguns parasitos
têm a propriedade de sensibilizar o
organismo humano, causando
fenômenos alérgicos.
➔ Anóxia: Qualquer parasito que
consuma o oxigênio da hemoglobina,
ou produza anemia, é capaz de
provocar uma anóxia.
Medidas preventivas
➔ Prevenção primária: procura impedir
que o indivíduos aodeça, controlando
os fatores de risco. como por
exemplo: moradia adequada,
saneamento, tratamento de esgoto,
coleta de lixo, educação, controle de
vetores, uso de inceticidas.
Resumo com base na aula do professor Daniel Feres e Ricardo Nunes
Feito por: Júlia Junges e Luciano Simões (@med.em.dois - 3º período Med- T12)
➔ Prevenção secundária: medidas
aplicáveis aos indivíduos que se
encontram sob a ação do agente
patogênico, ou seja,estejam com a
doença atualmente.
➔ Prevenção terciária: prevenção da
incapacidade através de medidas
destinanas à reabilitação. previne
as consequências da infecção. Inclui
a reabilitação.
Obs: Implante de marcapasso em pacientes
com doença de chagas.
Protozoários - Giardíase
Os protozoários têm ciclos mais simples que
os demais, os helmintos por exemplo. São
seres flagelados, unicelulares, obtêm energia
através da glicose.
A giardíase é causada pela infecção do
protozoário giárdia.
É uma das parasitoses mais frequentes, é a
principal causa de diarreia infecciosa,
sobretudo em crianças, podendo até impedir
o desenvolvimento físico. É uma doença
negligenciada nos países em desenvolvimento.
A giárdia vai parasitar o duodeno e
intestino (retira glicose desses respectivos
locais, para se nutrir).
Dos 3 tipos, a G.lamblia representa 90%
dos casos (pois ela se adaptou melhor ao
ambiente), do que os outros 2 tipos, a
G.duodenales e G.intestinalis.
Animais domésticos podem contrair a
Giárdia, ou por relação, contaminação
cruzada (transmissão zoonótica); recebendo
ou passando a parasitose.
Trofozoíto
É a forma madura, que se reproduz. É um
ser não infectante em si, e nem sempre
dará início a uma giardia diretamente ou
indiretamente.
Possui forma bilateral, e isso é importante
pois a reprodução se dá por meio de divisão
binária.
Possui também forma achatada, o que ajuda
a ter maior superfície de contato,
representa uma maior capacidade de adesão
nas mucosas e proteínas de adesão.
O trofozoíto tem essa superfície de adesão
para se adaptar e manter captando
nutrientes, se reproduzindo em um ambiente
não natural para esse protozoário.
Resumo com base na aula do professor Daniel Feres e Ricardo Nunes
Feito por: Júlia Junges e Luciano Simões (@med.em.dois - 3º período Med- T12)
O trofozoíto não espolis sangue, não é
toxico, não causa diarréia se for a única
contaminação.
Ele possui 4 pares de flagelos, 2 núcleos, 2
axóstilos e feixes de fibras longitudinais. Ele
resiste muito pouco no ambiente, morrem
bem cedo.
Seu habitat é o duodeno e parte do jejuno.
Tem metabolismo anaeróbico, nutrição via
membrana e pinocitose, deslocamento como
batimento flagelar, reprodução divisão
binária funcional, e é um ser cultivavel em
meio laboratorial. E essa cultura do
trofozoíto é importante para sinalizar
espécies e subespécies.
O trofozoíto é diagnosticado no organismo
por meio de exame de fezes (analisando a
presença dos cistos ou não).
Cistos
Possui forma ovóide, com parede cística
(quitina)- que representa uma camada de
proteção, pois promove rigidez, melhora a
proteção contra a umidade, o cisto tem 4
núcleos; Não possuem flagelos, portanto seu
meio de deslocamento é “ser levado”.
Qualquer cisto possui o metabolismo mais orfanatos, escolas, asilos, presídios
lento, com isso, consome menos energia, por por exemplo.
isso ele vive mais tempo, que o trofozoíto. 3. Transmissão anal (sexual) - por
➔ Encistamento: Ocorre no cólon, é a meio de relação sexual, ou contato
transformação de trofozoíto em anal, com uma pessoa contaminada
cisto. com o parasita.
➔ Desencistamento: Ocorre na O ciclo monoxênico é o ciclo cujo parasita se
passagem pelo estômago, pois esse encontra apenas e exclusivamente em um
processo só ocorre mediante a único hospedeiro.
acidez, ou seja, em ambiente ácido,
pois a acidez degrada a quitina
(camada de proteção); o
desencistamento é a transformação
de cisto para trofozoíto novamente.
Geralmente 1 cisto, dá origem a 4
trofozoítos, não diretamente, e isso
favorece a infecção, pois induz um
mecanismo de multiplicação do
parasita.

Mecanismos de infecção
1. Ingestão de cistos - transmissão
fecal-oral: é a mais comum em todas
as faixas etárias, é ocasionado por
meio do contato com fezes,
alimentos, água contaminados. O
cisto chega a sobreviver na água, em
até 2 meses, pois ele encontra
temperatura e umidade favoráveis
para sua sobrivencia.
2. Transmissão direta - por meio do
contato de mãos, ou alguma parte do
corpo contaminada, em creches,
Demora cerca de 7 a 15 dias, para concluir
o ciclo de reprodução, ou seja, da divisão
binária.
Depois desses 15 dias, os trofozoítos estão
maduros e se transformando em cistos.
A epidemiologia da giardíase, tem como
alguns destaques: ela é mais comum em
países temperados e tropicais, na OMS é
sinalizado 500 mil novos casos/ano, e é uma
doença cuja maior incidência é em crianças.

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Feito por: Júlia Junges e Luciano Simões (@med.em.dois - 3º período Med- T12)
A patologia e sintomatologia são muito
variáveis, e pode ser: Assintomática ou
Sintomática.
A sintomatologia assintomática representa
que o hospedeiro não apresentou nenhum
sintoma, com isso é muito difícil seu
diagnóstico.
Já a sintomatologia sintomática representa
que o hospedeiro apresentou sintomas, nas
quais podem ser: diarréias brandas e
auto-limitantes à até diarreías crônicas
debilitantes.
1. A diarreía aguda (até 2 meses) e
intermitente, é aquela que não se
interrompe, e tem fluxo frequente.
2. A diarreía auto-limitante, é aquela
que por si própria se interrompe
após alguns dias.
3. A diarreía crônica pode acarretar
má absorção intestinal e perda de
peso. E em casos de crianças, pode
desenvolver dor abdominal, anorexia
e perda de peso.
Em casos de fezes com muco + gordura, é
uma sinalização da retirada de nutrientes
por meio do parasita, com isso o intestino
vai encarregar mais água para o intestino,
assim é possível observar fezes líquidas e
com presença de gordura.
A giardíase possui um mecanismo de adesão;
a giardia possui receptores que prendem o
parasita na superfície do hospedeiro. Essa
adesão é importante para manter o
Resumo com base na aula do professor Daniel Feres e Ricardo Nunes
Feito por: Júlia Junges e Luciano Simões (@med.em.dois - 3º período Med- T12)
parasita nutrido e estável. A giardia não
invade a musosa do hospedeiro, ela fica
somente nas bordas de suas mucosas,
aderidas à superfície de contato.
O parasita possui uma camada de biofilme
(tapete), que faz com que ele fique aderido
no duodeno e intestino; Essa camada de
biofilme compromete a absorção de
nutrientes nesta região, onde se localiza.
Para o diagnóstico da giardíase por meio de
exame de fezes, é necessário fazer 3
amostras em dias alternados, para evitar o
erro e o risco de não conseguir observar o
parasita no exame, pois pode acontecer de
não estar no tempo correto do ciclo para a
sua visualização.
Sua profilaxia é saneamento básico, higiene
pessoal, cuidados com alimentos,
tratamento de doentes adequados,
tratamento dos portadores assintomáticos,
cuidar adequadamente de animais
domésticos, e vacinar os animais.
O tratamento para giardíase é
metronidazol, albendazol, nitazoxanida.
Amebíase
É provocada pela Entamoeba histolystica.
Quando infectato com entamoeba
histolystica, a pessoa pode ser
assintomático, com isso passando
despercebido das estatísticas, mas ainda
transmitindo a doença para demais
pessoas.
A entamoeba histolystica é patogênica, apenas 1 núcleo grande. Ambos são
possui como sintomas: diarreia, causando pseudópodes (não possuem flagelos para
como consequência desidratação. movimentação).
Cepas mais resistentes podem fazer com que O trofozoíto é a forma invasiva da doença,
a ameba migre para outros tecidos ele pode migrar para outros tecidos,
(intestino, pulmão, fígado e cérebro). A causando uma inflamação mais grave.
entamoeba histolystica possui de 1 a 4
núcleos em sua conformação morfológica.As
espécies diferentes de entamoebas, se
diferenciam em histolystica, dispar e coli.
A entamoeba dispar é comensal, ou seja, ela
não causa dano nenhum ao hospedeiro, a
entamoeba apenas visa sua sobrevivência no
instestino, sem o objetivo de causar danos,
ela possui de 1 a 4 núcleos. Ciclo biológico
A entamoeba histolystica e dispar são muito Possui o mesmo ciclo biológico que a
parecidas visualmente, portanto a sua giardíase, possuem a mesma forma de
diferenciação é muito difícil. transmissão.
A partir do momento da visualização de
cistos de entamoebas nas fezes, já é
necessário que se inicie o tratamento,
mesmo que a pessoa esteja assintomática.
A entamoeba dispar e histolystica possuem
ciclos monoxênicos, seu habitat natural é no
intestino grosso, possuem um período
pré-patente de 7 a 90 dias. (período
pré-patente é o período de incubação,
quando está se desenvolvendo a entamoeba, 3 a 6 horas após o desencistamento, a
porém não está na fase de representar membrana do cisto continua intacta e
algum sintoma característico. íntegra.
A entamoeba coli, também é comensal, não As cepas mais patogênicas possuem maior
é patogênica, seu cisto possui de 2 a 8 adesão à mucosa intestinal, ou seja, são
núcleos, enquanto seu trofozoíto possui mais prejudiciais.

Resumo com base na aula do professor Daniel Feres e Ricardo Nunes

Feito por: Júlia Junges e Luciano Simões (@med.em.dois - 3º período Med- T12)
Os cistos têm capacidade de ficar em média
14 dias no meio ambiente, fora de seu
habitat, se estiver com umidade e
temperatura adequada no ambiente.
Patogenicidade e virulência
➔ Fatores do parasito: Cepa/linhagem,
proteases (é o processo de liberação
de enzimas para a invasaão do
parasita), citólise e moléculas de
adesão.
➔ Fatores do hospedeiro: Microbiota
intestinal (complexo
microrganismos que vivem no trato
digestivo), má nutrição, quadros de
imunidade diferencial
(gravidez/medicamentos).
Forma branda: A forma branda da
amebíase, sinaliza desconforto abdominal,
sangue ou muco nas fezes, diarreia aguda,
febre e calafrios.
Forma grave: A forma grave da amebíase,
sinaliza disseminação no sangue, abcessos
no fígado, pulmões e cérebro, e em alguns
casos pode levar ao óbito.
Na forma branda, ocorre apenas no
intestino a presença da amebíase, e se a
infecção permanecer apenas na porção
inicial do intestino, não há sangue.
Na forma grave, representa a forma
invasiva da ameba, ou seja, invadiu outros
tecidos e órgãos além do instetino.
Um exame para detectar a presença ou não
de sangue nas fezes, é o exame do sangue
oculto.
Alguns exames para verificar os abscessos
hepáticos, são os exames de imagem e as
transaminases.
O diagnóstico parasitológico é feito por meio
de exame de fezes, com isso é preciso que
seja feito o exame antes que a temperatura
das fezes caia.
Fezes líquidas sinalizam a presença apenas
de trofozoítos. E as fezes formadas,
sinalizam apenas a presença de cistos.
de
Diabete e etilismo agravam a doença pois
alteram a microbiota intestinal (flora
intestinal).
Tricomonas vaginalis
O tricomonas é um parasita de tipo
protozoários unicelulares, que se
movimentam por meio de flagelos, sendo um
ou mais flagelos. Possui multiplicação
assexuada, apresenta apenas uma forma de
parasita.
Não possui forma cística; sua transmissão é
mais de 90% por meio de contato sexual
direto.
A tricomonas vaginalis é uma infecção pouco
notificada, é uma comum DST. Seu agente
etiológico da tricomoníase é: vaginite,
exocervicite, uretrite.
O parasita não sobrevive no meio ambiente,
e sobrevive apenas no interior do corpo. A
temperatura ideal para a sobrevivência do

Resumo com base na aula do professor Daniel Feres e Ricardo Nunes

Feito por: Júlia Junges e Luciano Simões (@med.em.dois - 3º período Med- T12)
parasita, é entre 20 e 40°C; possui como
fonte de energia a glicose, frutose, maltose,
glicogênio.
20% das mulheres infectadas sentem
sintomas, enquanto menos de 1% dos
homens sentem sintomas.
A tricomonas possui forma única, sendo ela
o trofozoíto (célula com formato elipsóide,
oval ou esféricos, possui 4 flagelos livres
anteriormente). Tem divisão binária, e seu
habitat: é o trato urogenital.
A tricomonas vaginalis se encontra
aderiada às células do aparelho urogenital
feminino e masculino.
A identificação e diagnóstico, é por meio de
análise clínica e exames laboratoriais
(esfregaço).
Pode ocorrer transmissão não sexual, por
meio da passagem do parasita da mãe para
o bebê, enquanto a mãe estiver grávida,
assim causando a tricomoníase neonatal.
A patogenicidade do parasita, causa
aumento do pH vaginal, elevando o pH para
maior que 5,0, isso é muito prejudicial à
mulher. Causa sintomas de inflamação, dor,
ardência, inchaço e corrimentos, e
descamação do epitélio uterino, gerando
desconforto na mulher.
Resumo com base na aula do professor Daniel Feres e Ricardo Nunes
Feito por: Júlia Junges e Luciano Simões (@med.em.dois - 3º período Med- T12)
A patologia relacionada a gravidez pode
acarretar parto prematuro, baixo peso do
recém-nascido, e até morte neonatal.
A patologia relacionada à fertilidade pode
acarretar duas vezes mais em mulheres com
histórico de tricomoníase.
As manifestações clínicas e sintomatologia,
na mulher se observa vaginite com
corrimento de cor amarelo-esverdeado,
bolhoso, fétido e ocorre no período pós
menstrual. Também se observa prurido ou
irritação vaginal, dor e desconforto nas
relações sexuais, disúria e aumento da
frêquencia miccional.
As manifestações clínicas e sintomatológicas
no homem, se observa uretrite com fluxo
leitoso, prurido na uretra, corrimento claro,
ardência miccional.
O tratamento da tricomonas é por meio de
metronidazol (é um fármaco coringa), que
trata fungos, bactérias e parasitas
flagelados. E o tratamento deve envolver
todos os parceiros sexuais, mesmo que
assintomático.
A profilaxia da tricomonas vaginalis é por
meio de uso de preservativo e tratamento
dos doentes.
Malária
É uma doença infecciosa causada por
protozoário do gênero Plamodium. É
transmitida por mosquitos do gênero
Anopheles. Cinco espécies contaminam o
homem, sendo elas: Plasmodium falciparum,
Plasmodium vivax, Plasmodium malarie,
Plasmodium ovale e Plasmodium knowlesi. Os
casos de malária no Brasil estão
concentrados na regiao norte e metade
norte do Mato Grosso. Tem preferência de
regiões tropicais e subtropicais, e ambientes
aquáticos.
Transmitido apenas pela fêmea do mosquito,
devido a necessidade de sangue para a sua Os merozoítos saem da corrente sanguínea
maturação dos ovos, assim a fêmea do (é a forma livre nas hemácias).
mosquito busca esse sangue no ser humano, Os microgametoócito representam a forma
e acaba infectando-o. masculina. E os macrogametócitos
Os sintomas da fase do 2° estágio são: representam a forma feminina. O sistema
febre alta (chegando até 40°C), calafrio e bucal no ser humano é o local de alojamento
em alguns casos mais graves pode levar até da infecção.
uma convulsão. Ciclo de vida do parasita:
Ciclo de vida do vetor: Tem uma ordem Homem:
cronológica de: ovos - larva - pupa - adulto. ➔ Hepatócitos representam: ciclo
Esse processo evolutivo demora entre 3 a 4 pré-eritrocítica. Tem forma
semanas para ser concluído e pode ocorrer inoculada: o esporozoíto, com
variação, dependendo da temperatura. É inoculação de 15 a 200 parasitos.
produzido cerca de 70 a 90 ovos, e ficam Atingem a circulação sanguínea em
isolados na superfície da água. aproximadamente 15 minutos e após
O principal vetor da malária no Brasil é o 30 minutos atingem os hepatócitos.
Anopheles darlingi; o principal vetor da ➔ Hemácias representam: ciclo
malária em regiões litorâneas é o Anopheles eritrocítica. Tem ordem de
aquasalis; o principal vetor da malária em acontecimento da infecção: Os
regiões de mata atlântica é o Anopheles merozoítos invadem as hemácias,
cruzii. sofrem diferenciação
A temperatura e umidade geram facilidade Heteroxênico:
para a transmissão. ➔ Homem: hospedeiro intermediário.
Formas evolutivas do Plasmodium: ➔ Mosquito: Hospedeiro definitivo.

Resumo com base na aula do professor Daniel Feres e Ricardo Nunes

Feito por: Júlia Junges e Luciano Simões (@med.em.dois - 3º período Med- T12)
O clico esquizogônico (assexuado) ocorre no
homem, enquanto que o ciclo esporogônico
(sexuado) ocorre no mosquito.
Falando sobre esporozoíta e esquizonte,
Após atravessar vários hepatócitos, o
esporozoíta para em um, se desenvolve
(Trofozoítos) e replica dentro de um vacúolo
parasitóforo bem delineado. O parasita
sofre então um processo conhecido como
esquizogonia (o núcleo divide-se sem divisão
da membrana), dando origem a uma
estrutura conhecida como
esquizonte(oucriptozoíta).
Falando sobre esquizontes e os merozoítas,
O esquizonte então dá origem a inúmeros
merozoítas.
Resumo com base na aula do professor Daniel Feres e Ricardo Nunes
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A etapa final envolve a liberação dos
merozoítas na correntesanguínea. Os
merozoítas são liberados na corrente
sanguínea pela formação de vesículas cheias
de merozoitas (merossomos) que“brotam” do
hepatócito para o lúmen.
Alguns esporozoítos geneticamente
diferentes ficam na forma latente nos
hepatócitos permanecendo muitos meses,
São classificados com hipnozoítos.
O ciclo de vida do parasita no ciclo
pré-eritrocítico é representado por:
Pode ocorrer a infecção por meio de bolsa de
sangue, por exemplo: mãe passar para o
filho no momento do parto, porém não é a
forma mais comum de infecção, sendo ela
por meio do próprio mosquito.
No Ciclo eritrocítico, os merozoítos invadem
as hemácias, sofrem diferenciação em
trofozoítos. Após algumas gerações os
merozoítos não mais se dividem e se
diferenciam em gametócitos.
obs: A esquizogonia vira esquizonte.
O ciclo de vida do parasita no ciclo sexuado saneamento básico e tratamento dos
é representado por: doentes.

O período de incubação varia de acordo com

a espécie de Plasmodium (em média 15 dias).
No início da doença é observado sintomas
gerais, tais como: mal-estar, dor de cabeça,
indisposição e ligeira hipertermia.
As complicações clínicas da malária
P.falciparum: malária cerebral, anemia
grave, edema pulmonar agudo, insuficiência
renal, icterícia, hipertermia e vômitos.
P.vivax: ruptura de baço, anemia, alterações
renais e pulmonares. P.malarie:
glomerulonefrite. Gravidez: Morte materna,
morte do feto, baixo peso ao nascer e
anemia.
O diagnóstico é por meio de exames
laboratorias, como gota espessa, esfregaço
fino, exame sorológico, PCR.
O tratamento é por meio de drogas, como
primaquina, cloroquina e artemeter.
A profilaxia é evitar aproximação às áreas
de risco após o entardecer e logo ao
amanhecer do dia, uso de repelentes, dormir
com mosquiteiros, telar janelas e portas.
Medidas de combate às larvas, de

Resumo com base na aula do professor Daniel Feres e Ricardo Nunes

Feito por: Júlia Junges e Luciano Simões (@med.em.dois - 3º período Med- T12)
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