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Cintilografia

Óssea
Discentes:
Matéria: Asafe Souza;
Física das radiações e Docente: Igor Lopes;
radiodiagnóstico Ana Paula Souza Lucas Maia:
Marina Castro;
Mirela Rohrs.
O que é cintilografia óssea?
A cintilografia óssea (CO) é um exame de diagnóstico por imagem da medicina nuclear que consiste na avaliação
do esqueleto como um todo. Sendo assim, a CO tem como finalidade diagnosticar/avaliar doenças que afetam
os ossos (infecção, inflamação e tumores ósseos por exemplo) , detectar metástase ósseas de tumores
oriundos de outros órgãos (mama, pulmão e próstata em geral) e realizar a avaliação de próteses.

Método não invasivo Menor nível de radiação que os


exames convencionais.
Como é feito
Pré exame de CO Momento do exame de CO Pós exame de CO
Realizados em hospitais ou em clínicas Administração do radiofármaco intravenoso O laudo com os resultados não
de imagem; (pequena quantidade); sai no mesmo dia;
NÃO é necessário jejum; Aguardar de 2 a 4 horas para que o Primeiras 24h após exame,
NÃO é necessário suspender radiofármaco se espalhe por todo corpo e seja beber no mínimo 8 copos de
medicação; "atraído" por células mais metabólicas água, para manter hidratação;
Aconselhado utilizar roupas (irregulares); Não entrar em contato com
confortáveis, sem botões ou peças No período de espera, o paciente deve beber gravidas e bebes por 48h após
metais; bastante água (6 a 8 copos), para que o corpo exame.
NÃO utilizar brinco, colar, relógios ou elimine parte do radiofármaco;
pulseiras; Ao completar o tempo, o paciente deve
Mulheres em amamentação devem esvaziar a bexiga e dirigir-se para sala de
interromper amamentação no dia do exame;
exame e durante 48h após o exame, e A CO é feita em uma câmara especial (Gama-
evitar ter contato com o bebê nesse câmara) que registra as imagens do esqueleto
período. no computador, e dura em média de 30 a 40
minutos.
Câmara de cintilação ou gama câmara
Equipamento que interage com a radiação emitida pelo paciente

Composição da gama ACHADOS COMUNS NAS IMAGENS


Formação da imagem:
câmara e suas funções:
ÁREAS QUENTES: Áreas de acúmulo do
A gama câmara captura múltiplas radiofármaco. Apresentam-se coloração mais
Colimador: Raios gama atinge o evidente. Evidenciando: Inflamação e
imagens bidimensionais do paciente;
detector; infecção.
Tempo de captação é variável (em
Cristal cintilador: Receptor da
média de 15 a 20 segundos); ÁREAS FRIAS: Áreas descoloridas, aparecem
radiação;
As imagens podem ser preto e branco mais claras nas imagens, indicam que houve
Fotomultiplicadores: Converte os
ou colorida; MENOS absorção do radiofármaco pelos
fótons de luz em pulso elétrico e
Sinal amplificado é enviado para o ossos. Evidenciando: Lesões líticas (mielomas
detectam luz. ou cistos) e áreas com pouco ou nenhum
circuito de posicionamento. Assim, a
fluxo sanguíneo;
energia chega ao circuito, envia a
informação ao computador da posição
dela nos eixos X e Y ( os eixos X e Y
indicará a tonalidade do pixel), para
formação final da imagem).
Laudos
CASO CLÍNICO:
Cintilografia óssea:
Sexo feminino, 51 anos. exame de
Observase o acentuado
cintilografia óssea de paciente com
aumento da remodelação
câncer de mama com doença óssea
óssea na periferia da
metastática. Envolvimento pela doença
prótese de joelho
em coluna vertebral, fêmur e úmero
esquerdo.
direito, bacia costelas e crânio.

Cintilografia óssea planar com 99mTc-MDP, na projeção


anterior, demonstrando metástases ósseas na escápula
direita (seta preta), na projeção anterior do sétimo arco
costal esquerdo (seta vermelha) e terço proximal da
diáfise femural direita (seta azul), em um paciente com
metástases por câncer de próstata.
Caso clínico
QUADRO CLÍNICO
Paciente do sexo masculino, 73 anos, portador de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia, obstrução arterial crônica
em membros inferiores, insuficiência renal crônica estádio III, e insuficiência coronariana crônica, em uso regular de medicamentos
prescritos ambulatoriamente, procura atendimento de pronto-socorro por quadro de febre há três semanas associada à prostação,
além de dor no membro inferior esquerdo. Já havia passado em outro serviço cerca de 10 dias antes, e já vinha em uso de ciprofloxacin e
clindamicina em doses habituais, porém sem qualquer melhora.
Ao exame físico na chegada estava em Glasgow 15, FC 98bpm, PA 180x88mmHg, FR 20cpm, SatO2 92% em ar ambiente,
Temperatura 37,9oC, enchimento capilar normal, ausculta pulmonar e ausculta cardíaca sem alterações, exame abdominal com
propedêutica normal, e presença de úlcera maleolar lateral em membro inferior esquerdo, com hiperemia local e saída de secreção
purulenta no local. Ainda apresentava ausência de pulsos pedioso e poplíteo à esquerda, sendo estes mesmos pulsos diminuídos
francamente no membro inferior direito.

Foram realizados alguns exames iniciais, a saber:


Ureia: 72mg/dL; Cr: 3,63 mg/dL (valor em ambulatório de 1,9); CPK: 358 U/L;
Na: 132mEq/L; K: 3,5mEq/L; Hb 8,4g/dL (padrão normo/normo);
pH: 7,43 (arterial); Bicarbonato arterial: 25 mmol/L; Leucócitos: 12,32 mil/mm³;
Glicemia: 716 mg/dL; Plaquetas: 308 mil;
Radiografia de tórax sem achados agudos; Proteína C Reativa: 342 mg/L;
Radiografia simples óssea de perna e pé esquerdo sem alterações. Urina 1 com presença de cilindros granulosos;

Foi também realizada coleta de hemoculturas, as quais foram negativas.


Foi optado pela realização de exame de imagem, inicialmente sendo feita uma cintilografia óssea, que podemos ver na próxima imagem:
Caso clínico O laudo da CINTILOGRAFIA ÓSSEA foi o seguinte:

Método:
Imagem: Cintilografia óssea
Exame realizado imediatamente e cerca de três horas após
administração intravenosa de 99mTc-MDP, nas projeções anterior e
posterior de corpo inteiro, laterais do crânio, localizadas da bacia e
dos pés.
Descrição:
Fase de fluxo e equilíbrio (projeções anterior e posterior dos pés):
Hiperfluxo sanguíneo e hiperemia, de grau moderado, para o tornozelo
esquerdo, notadamente na sua face lateral.
Fase tardia: Hiperconcentração do radiofármaco em projeção do
terço distal da fíbula esquerda, de padrão focal e grau moderado;
borda lateral direita de vértebra cervical média, de padrão focal e
grau discreto; articulações esternoclaviculares, de padrão focal e
grau moderado; joelhos, de padrão heterogêneo e grau moderado a
acentuado.
Interpretação:
Padrão cintilográfico compatível com processo inflamatório em
atividade no terço distal da fíbula esquerda (maléolo lateral). Provável
processo osteoarticular degenerativo nas demais áreas descritas.
Com base nestes dados do exame foi feito um diagnóstico presuntivo
de osteomielite. Uma vez que o paciente evoluiu sem melhora clínica ou
laboratorial após 72h de antibiótico, foi optado por procedimento
cirúrgico com amputação transtibial para controle do foco infeccioso.
Obrigado pela
atenção!
Referências

https://imeb.com.br/tire-suas-duvidas-sobre-a-cintilografia-ossea/
https://cdcnuclear.com.br/exames/cintilografia-ossea/
https://www.h9j.com.br/pt/sobre-nos/blog/cintilografia-ossea-o-que-e
https://www.tuasaude.com/cintilografia-ossea/
https://www.dimen.com.br/dimen/o-que-e-cintilografia-ossea/
https://www.dimen.com.br/wp-content/uploads/2018/04/OE-068-CINTILOGRAFIA-%C3%93SSEA-COM-OU-SEM-
FLUXO-SANGU%C3%8DNEO-CINTILOGRAFIA-DAS-EXTREMIDADES-Ver-03-2018.pdf
https://docplayer.com.br/7255812-Medicina-nuclear-pet-e-spect-principios-e-aplicacoes.html
https://lume-re-demonstracao.ufrgs.br/tecnicas-biofisicas/imagens.php
https://repositorio.ifsc.edu.br/bitstream/handle/123456789/1520/TCC%20Pamella%20Feldhaus%20Aires%20PDF.pd
f?sequence=1&isAllowed=y
https://www.dimen.com.br/pet-ct-oncologico-com-18f-fluoreto/
https://www.dimen.com.br/medicina-nuclear/cintilografia-ossea/
CASOCLÍNICO:
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/5990/caso_clinico_%E2%80%93_osteomielite.htm

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