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Resumos Ultra Vascular

Circulação sanguínea: Artérias → Arteríolas → Capilares → Vênulas → Veias

Túnica íntima:
- Camada interna dos vasos (endotélio)

- Células endoteliais, células musculares lisas e macrófagos.

Túnica média:

- Camada intermédia

- Fibras musculares lisas e tecido conjuntivo elástico.

Túnica externa/adventícia:

- Camada externa

- Tecido conjuntivo e elástico, pequenos filamentos nervosos e

vasculares destinados à enervação e a irrigação das artérias.


Ultrassonografia Vascular

Apesar da magnífica informação fornecida pelos exames arteriográficos, não nos podemos esquecer de
que estamos perante exames invasivos. No início dos anos 60, o advento do Doppler Contínuo na Europa
foi uma notável contribuição para um melhor estudo e caracterização dos vasos sanguíneos de forma fácil,
rápida, incruenta e isenta de riscos permitindo a realização de um mapa global de curvas velocimétricas,
bem como a determinação de pressões segmentares e a identificação dos padrões de doença.

Mas é a partir dos anos 80 que surge o Eco-Doppler Cor e as sondas electrónicas de alta resolução, as
quais nos evidenciam uma verdadeira imagiologia das artérias, veias e do sangue circulante, bem como
uma melhor caracterização anatómica, topográfica, etiológica e hemodinâmica dos vasos explorados e das
eventuais patologias.

Ultrassonografia Vascular

O desenvolvimento das técnicas de Eco-Doppler e Eco-Doppler Cor, nomeadamente o Duplex e Triplex


Scan contribuíram para uma importante redução das indicações da angiografia diagnostica.

Estes exames podem registar-se em filme ou simplesmente em imagens fotográficas.

Mais recentemente a imagiologia tem evoluído para uma caracterização tridimensional das estruturas,
nomeadamente da árvore vascular, de modo a evidenciar melhor a realidade dos vasos.

Hemodinâmica e Ultrassonografia

1843, por Christian Doppler do fenómeno físico que viria a ser denominado por efeito Doppler, até à sua
aplicação ao estudo da circulação sanguínea, mediou mais de um século.

1957 com Satomura, e depois com Franklin, Mc Leode e Percelot, se iniciou uma nova era na compressão
e avaliação dos fenómenos hemodinâmicos, utilizando a tecnologia que recorre ao efeito Doppler como
base fundamental.

Posteriormente as modernas tecnologias põem à nossa disposição material técnico cada vez mais
sofisticado no estudo da circulação sanguínea.

Exames importantes: análises, ecocardiograma e RX.


Avaliar → Anamnese (perguntas do profissional de saúde para o doente), exame objetivo e sinais e
sintomas.

Fluidos, podem ser:

• Intercelular/Intersticial;
• Intracelular;
• Intravascular.

Edema – alterações hídricas intercelulares;

Hiperemia, hemorragia, choque – alterações do volume


sanguíneo;

Embolia trombose, isquémia, enfarte - alterações por


obstrução vascular.

artérias coronárias (síndrome coronário- EAM)

artérias intracranianas (sinais focais neurológicos - AVC)

artérias dos membros inferiores (má perfusão - DAP)

artérias abdominais (Disfunção erétil)

O que é a Aterosclerose?

Doença inflamatória crónica de origem multifatorial que


ocorre em resposta à agressão endotelial, surgindo
essencialmente na camada íntima das artérias de médio e grande calibre.

Aterosclerose

Doença vascular crónica e progressiva que normalmente manifesta-se na idade


adulta ou idade avançada. A aterosclerose é uma forma de arteriosclerose

Arteriosclerose

Processo de endurecimento, perda de elasticidade e espessamento progressivo


das paredes das artérias (endotélio)
Mecanismos de evento vascular:

Hipoperfusão (supressão de sangue inadequada a um órgão ou extremidade) , embolização (obstrução de


um vaso), oclusão local (oclusão de uma artéria que pode resultar de uma ruptura ou trombose de uma
placa aterosclerótica).

Informação prioritária ao instruir os doentes:

Necessitam de saber e fazer, por ex, informação importante


sobre o diagnostico, terapêutica e gestão dos medicamentos
prescritos.

É bom saber e fazer. Esta informação pode ser incluída, mas


recomenda se esperar por uma segunda consulta.

Não e necessário agora, faca mais tarde. Por ex: fornecer


informação.

Intervenção tabágica:

Os 5 “As” para uma estratégia de cessação tabágica na prática clinica: Abordar, Aconselhar, Avaliar, Ajudar,
Arranjar.
Os fatores de risco para a doença vascular:

• Diabetes, em particular não controlados (valores de glicose altos);


• Tabagismo (ser fumador);
• Alto nível de gordura no sangue (colesterol ou triglicerídeos);
• Tensão arterial alta (hipertensão- valores de pressão arterial superiores a 140/90);
• Idade (acima dos 50 anos há maior risco);
• História familiar de doença cardíaca ou vascular;
• Falta de exercício físico.
• Alguns fatores de risco podem ser modificados. Os doentes podem deixar de fumar, perder
• peso, fazer exercício físico, controlar a diabetes, o colesterol e a pressão arterial.

Exames:

➢ angioTC/ venoTC (radiação)


➢ angio por ressonância magnética (campo magnético)
➢ flebografia (radiação)
➢ angiografia (goldstandard, radiação)
➢ ultrassonografia (não invasivo, real time, extra-vaso)

Angiografia por TC e RM:

Administração de contraste → TC – iodo

➔ RM – gadolínio

Realça os vasos sanguíneos e é possível observá-los , em imagens selecionadas, efeito angiográfico,


multiplanar e tridimensional.

Técnicas minimamente invasivas, substituindo angiografia diagnostica como 1ª linha.

Estudo arterial (+++) e venoso.


Angiografia Tomografia computorizada

Técnica diagnóstica que se tem tornado uma modalidade importante para o estudo não invasivo vascular

Como particularidade da técnica para o estudo arterial, o tempo de aquisição de imagem deve coincidir
com a fase arterial de opacificação, nomeadamente quando o contraste já chegou ao território arterial a
estudar. Isto facilita o isolamento dos vasos de interesse no processamento das imagens.

Os tempos de aquisição de imagem podem ser calculados de forma grosseira, baseados nos tempos
médios de transito de contraste, no entanto variam em diferentes pessoas e patologias.

Métodos de deteção automática de contraste rigorosos e eficazes.

Principais Vantagens:

• Exame minimamente invasivo (punção veia periférica para administração de contraste);


• Numa única aquisição, é possível estudar diversos territórios arteriais;
• Visualização de artérias em qualquer ângulo;
• Permite visualizar na mesma aquisição, os tecidos e órgãos adjacentes.

Desvantagens:

• Utilização de contraste;
• Apenas técnica diagnóstica;
• Menor resolução;
• Artefactos;
• Calcificações nos vasos.

Principais indicações:

• Confirmação de achados eco cardiográficos e outros MCDTs;


• Aneurismas, disseções, roturas vasculares, tromboses, calcificações;
• Interpretação de estruturas vasculares e estruturas adjacentes.

Contraindicações principais:

• Alergia ao contraste;
• Insuficiência renal

A angioressonância e um método não invasico, demonstra fluxo vascular arterial ou venoso sem
cateterização ou injeção de contraste.

Tal como na TC, também é possível utilizar contraste na RM.

Contraste → maior qualidade de imagem.

Limitações das técnicas sem contraste: artefactos de fluxo, sinal e tempo de aquisição.
O gadolínio (contraste utilizado na RM) apresenta menor risco de reações adversas que os contrastes
iodados.

Angio por RM

Interpretação do exame é semelhante à angioTC, a partir de imagens multiplanares, obliquas, curvas,


projeção de intensidade máx e volume rendering.

As vantagens são as mesmas da AngioTC e não usa radiação ionizante.

Desvantagens:

• Utilização de contraste;
• Apenas técnica diagnostica;
• Menor resolução espacial comparativamente com AngioTC.

Para imagens de boa qualidade exige equipamentos sofisticados e material dispendioso, tornando a
técnica menos disponível que a Angio TC.

Angiografia:

• Visualização das estruturas vasculares macroscópicas após a injeção arterial de produto de


contraste radiopaco.
• Vários tempos de preenchimento (arterial, venoso precoce e venoso tardio).
• Técnica de eleição para a visualização de aneurismas e malformações vasculares.

Angiografia – “angio” e “grapho” que significam vasos sanguíneos e imagem.

Área medica que consiste em obter imagens de vasos sanguíneos e linfáticos através da injeção de um
meio de contraste.

1927, 1ª Arteriografia cerebral, Egas Moniz (após puncionar a carótida de um homem)

Testou em animais (cães)

Atualmente permite:

• Diagnóstico de tumores cerebrais;


• Diagnóstico e tratamento de aneurisma cerebral, malformações arteriovenosas, AVC.

1928, 1ª Arteriografia abdominal, Reynaldo Dos Santos;

1947, 1ª Flebografia de circulação, Cid Dos Santos.

1953, 1ªAngiografia por via percutânea transfemoral, Seldinger.

Leucotomia/Lobotomia pré frontal:

Corte das vias que ligam os lobos frontais ao tálamo e outros vias. Utilização em casos graves de
esquizofrenia.
Cateterismo cardíaco (coronariografia)

Forssman (1929) → 1º cateterismo cardíaco no homem sob controle fluoroscópio (realizado nele próprio
com um sistema de espelhos)

M.Sones (1959) → 1ª coronariografia seletivo no homem, realizada acidentalmente por deslocação de


cateter durante uma aortografia para o ostium da coronária direita.

Radiologia Vascular – Angiografia

• Indicações (isquémicas, traumáticas, tumores, aneurismas);


• Diagnóstica (gold standart);
• Terapêutica (embolização, revascularização).

Angiografia de intervenção vascular/angiografia terapêutica

Técnicas com redução do debito sanguíneo:

Embolização – oblitação do lúmen do vaso, reduzindo assim o DC. O cateter tem de cateterizar a artéria a
embolizar, caso não seja possível, não se deve realizar devido ao risco de migração de partículas para
outros órgãos.

Material:

• Líquido – álcool;
• Solido – spongostan;
• Solido – espirais metálicas.

Depende do vaso e área envolvente!

Indicações:

• Artérias extra/intracranianas (aneurismas, MAV's);


• Artéria renal (lesões traumáticas e tumores);
• Pseudoaneurismas;
• Artéria hepática (lesões traumáticas e tumores de fígado);
• Artérias hipogástricas (tumores pélvicos e fraturas da bacia);
• Artéria esplénica (hiperesplenismo, traumatismos do baço, aneurismas e pseudoaneurismas);
• Artérias brônquicas (hemoptise...tuberculose, bronquiectasias, carciona brônquio..);
• Tronco celíaco e mesentéricas (hemorragias digestivas, lesões traumáticas e pseudoaneurismas);
• Artérias periféricas (laceração arterial... traumatismo...hemorragia ou pseudoaneurismas)
• Artéria pulmonar (MAV).

Escleroterapia - Administração de esclerosante (medicamento) diretamente na veia que se pretende


excluir, com recurso a cateter ou seringa.

Vantagem: Provocam redução do débito de todos os colaterais.

Técnicas de aumento do debito sanguíneo:

Angioplastia - Dilatação de uma estenose arterial (estreitamento) por um cateter-balão, técnica mais
frequentemente utilizada para o restabelecimento do fluxo arterial.

Indicações em estenoses:

• Membros superiores e inferiores(+++);


• Renais (hipertensão renovascular);
• Viscerais (tronco celíaco, artéria mesentérica...angina abdominal);
• Artérias carótidas (acidente vascular cerebral);
• Cardíacas (enfarte agudo miocárdio);
• Veias.

Endoproteses - As endopróteses ou STENTS, estão indicadas quando não ocorreu uma resposta
satisfatória, nos casos de ocorrência de dissecção pós angioplastia, lesões que não cedem à angioplastia,
ou recorrência de estenose.

Fibrinolise local - Administração de fibrinolíticos diretamente nas zonas de obstrução recente tentando
assim a lise (destruição) dos trombos.

Disponíveis:

• Estreptocinase;
• Urocinase;
• rtPA.

Riscos: hemorragias, embolias distais...

ARTERIOGRAFIA

Arteriografia eletiva → diagnóstico e tratamento programado;

Arteriografia de emergência → doenças agudas intervenção imediata.

FLEBOGRAFIA

Radiografia das veias após a injeção de um produto de contraste.


Flebografia/Venografia (João Cid dos Santos)

Exame invasivo onde após a injeção de contraste numa veia, (usualmente do pé) é realizado raio X

Diagnostica trombose venosa profunda → trombos

Atualmente não é usado, a não ser para fins de investigação ou em certos casos de malformações venosas.

Foi substituído pelo Eco Doppler que veio facilitar o diagnóstico pela precisão, conforto para o doente,
menor risco e custo.

O eco na saúde:

Estetoscópio - sons no interior do corpo

Ecografia - imagens de tecidos do interior do corpo através da reflexão de ultrassons

O eco na navegação

Sonar - (detetar objetos, distância e velocidade)

O eco na Natureza

Ecolocalização - Animais como os golfinhos, as baleias e os morcegos recorrem ao eco para localizarem
objetos e outros seres vivos.

1842 – Efeito Doppler

1965 – Léandre Pourcelot – Velocimetria

1972 – 1o Aparelho Eletrónico – Sonda Linear

1974 – Índice de Resistência (Pourcelot)

1997 – CDI – Doppler Cor

Efeito Doppler - variação de frequência nas ondas sonoras, quando a fonte/alvo se movem um em relação
ao outro, ou quando a fonte é fixa e o alvo se move.

Estímulos mecânicos → estímulos elétricos → “emissão - propagação” e “receção - reflexão” (Eco) dos
ultrassons no tecido a estudar.

Conceitos:

Cristais Piezoelétricos: elementos que ao serem ativados contraem-se gerando um campo elétrico
produzindo o Ultrassom.

Efeito Piezoelétrico: conversão da energia elétrica em energia mecânica.

Transdutor/Sonda: com o efeito piezoelétrico emite e é recetor.


A propagação do US está sujeita a Leis da reflexão // Leis da refração // Impedância acústica.

Transdutores são constituídos por um ou mais cristais piezoelétricos que emitem US.

Ultrassons (US) ondas sonoras com mais de 20000ciclos/seg (ou frequência superior a 20kHz), além do
limite máximo da audição humana.

São como ondas sonoras, propagando-se através de vários meios líquidos sob a forma de ondas de pressão
pulsáteis.

São constituídos por zonas de compressão e rarefação das moléculas do meio em que se propagam. Estas
zonas à medida que se expandem, transmitem a onda de energia ultra-sónica a regiões distantes.

Absorção - Ocorre quando as ondas sonoras encontram uma superfície rugosa, sendo a sua energia
dissipada e absorvida pelo obstáculo.

Refração - Ocorre quando as ondas sonoras mudam de direção quando passam de um meio para outro.
Tal acontece devido à mudança de velocidade de propagação provocada pela mudança de meio.

Reflexão - Ocorre quando as ondas sonoras encontram no seu caminho uma superfície lisa e dura, fazendo
com que as ondas sejam reenviadas para o mesmo meio.

Características dos US:

Intensidade - Quantidade de energia ultrassónica que corresponderia à sua altura se fosse possível ouvi-
la (amplitude).

Ciclo/período (T) - Conjunto de uma compressão e uma rarefação.

Frequência (f) - Número de ciclos por unidade de tempo (crescente ou decrescente).

Comprimento de onda (λ) - Distância entre o início de um ciclo e o ciclo seguinte (diminui ou aumenta).

Velocidade (V) - Maior e menor rapidez com que as ondas sonoras se propagam através de um meio.

Resolução - Capacidade de distinguir duas estruturas muito próximas.


Penetração/Profundidade - Capacidade de os ultrassons penetrarem no organismo e registarem
estruturas mais ou menos afastadas da fonte de emissão de ultrassons (transdutor).

Densidade - Proximidade entre moléculas.

Aumento da frequência e resolução e diminuição do comprimento de onda e penetração.

Ultrassonografia

A Ultrassonografia Vascular é um método de estudo não invasivo dos vasos sanguíneos e tecido

adjacente. Utiliza ondas de alta frequência, ultrassons para analisar estruturas e tecidos vasculares.

Sondas

A ecografia é um exame de fácil execução, todavia requer prática, conhecimentos de anatomia e patologia,
mas também material de boa qualidade quer aparelhos, quer sondas.

A ecografia vascular fornece importantes sinais estáticos, mas também dinâmicos. Imagem dinâmica (real
time) + Doppler Pulsátil:

• Identificação dos vasos visualizados.


• Repercussão funcional.

Ecografia – Meio

A imagem ecográfica é composta pelos efeitos acústicos decorrentes da interação da onda sonora com o
meio -> capacidade de reflexão do som pelos tecidos com impedância acústica diferente.

Sondas Mecânicas e Eletrónicas:

• Banda larga;
• Multifrequência;
• Frequência fixa.
Tipos:

• Lineares;
• Convexas;
• Setoriais;
• Endocavitárias (idêntica genecologia).

Ecografia

A análise conjunta das informações de ecografia integradas no contexto clínico e na experiência do


examinador (exame operador dependente), possibilita a interpretação adequada das imagens ecográficas
e a elaboração de hipóteses diagnósticas.

Análise do estudo ecográfico está baseada nas informações focais relacionados com a deteção,
caracterização e interpretação dos sinais ecográficos obtidos no momento do exame.

Deteção → Caracterização → Interpretação

Ecografia (2D) | Doppler 2D

De estudo anatómico das estruturas orgânicas não invasivo, baseado na emissão


e recepção de US através de um transdutor, que amplifica o sinal, processa e
emite.

Doppler pulsado

O transdutor (fonte de ultrassom) está parado (mas o alvo está em movimento)


ou seja os eritrócitos.

Doppler Cor

Deteção de objetos móveis (hemácias) graças à transmissão de dois conjuntos de ecos na mesma direção,
separados por um intervalo de tempo. O Doppler a cores assenta sobre a evidência por um código de
cores das estruturas móveis contidas no interior do plano de exploração da ecografia bidimensional.

• Vermelho (aproximam-se da sonda)


• Azul (afastam-se da sonda).
Aliasing – artefacto e não uma mudança de direção do fluxo.

Doppler pulsado

A associação da imagem dinâmica (real time) com o Doppler Pulsado aumenta a fiabilidade das
“performances” destes exames:

• Identificação dos vasos visualizados.


• Repercussão hemodinâmica, na obstrução vascular.

Doppler Contínuo CW

Técnica de medição das velocidades de fluxo que não tem em conta a profundidade, utilizada na
ultrassonografia cardiovascular.

Clínica diagnostico MCDT

Arterial:

• Aterosclerose;
• Arterites;
• Aneurismas.

Venosa:

• Flebotrombose;
• Flebites;
• Varizes.

Linfática:

• Linfagites;
• Linfedemas.

Equipa Multidisciplinar:

• Cardiopneumologista (exames a efetuar: patologia Abdominal e Torácica, patologia dos Membros


Inferiores e Superiores, patologia Cérebro-Vascular);
• Médico (Neurologia/Cirurgia Vascular);
• Assistente Operacional (Auxiliar);
• Assistente Técnica (Administrativa);
• Enfermeiro.

Vantagens:

• Acessível;
• Não invasivo;
• Exame de cabeceira;
• Informação real time sobre morfologia e circulação arterial/venosa.

Limitações:

• Operador dependente;
• Capacidade técnica do equipamento;
• Anatómico / Variantes;
• Placas muito calcificadas (sombra acústica);
• Doente não colaborante (confuso, agitado).

Doença Arterial Periférica

Prevalência da DAP seja de 3-10 %

Principal sintoma é a claudicação intermitente

3% nos doentes de 40 anos | 6% nos doentes >= 60 anos

Prevê-se que a prevalência aumente drasticamente nos próximos 20 anos, com


o aumento da esperança de vida.

Marcador de aterosclerose generalizada, elevado risco de mortalidade cardiovascular, 12 % ao ano,


superior aos indivíduos da mesma idade e sexo.

Diapasão: determinar a característica de um som no que


se refere à frequência de vibração das ondas sonoras.
O tratamento de doentes com DAs inclui não só intervenções dirigidas aos sintomas arteriais específicos
como também a prevenção do risco CV em geral. A melhor terapêutica médica inclui o tratamento dos
fatores de risco CV com medidas não farmacológicas (p. ex. cessação tabágica, dieta saudável, perda de
peso e exercício físico regular) e terapêutica farmacológica otimizada.

Os sintomas clássicos de IMC são a dor abdominal pós-prandial, a perda ponderal, a diarreia ou obstipação
e a aversão aos alimentos.

A doença aterosclerótica das artérias renais é a causa mais comum de hipertensão renovascular.

(Continuar a ver as tabelas nos slides).

Claudicação intermitente

• Dores nas pernas que são similares às cãibras durante caminhada ou corrida, que passa ao ficar
de repouso;
• Dores que “sobem” até às coxas e as nádegas ao caminhar ou correr, que melhora ao ficar em
repouso;
• Desconforto nos pés e nas panturrilhas;
• Cianose dos dedos dos pés;
• Paciente que não consegue andar ou correr por muito tempo.
Índice Tornozelo-Braço (ITB)

É a relação entre a Pressão Arterial Sistólica (PAS) dos tornozelos e a Pressão Arterial Sistólica dos braços.

(condições normais)

➢ A PAS dos membros inferiores é igual ou ligeiramente maior que a PAS dos membros superiores
➢ Na presença de estenose arterial, há queda na PAS distal à obstrução

ITB diminuído está associado a um aumento do risco de eventos cardiovasculares e mortalidade

1o equipamento” não invasivo

• 1761 Leopold Auenbrugger “percussão” do tórax


• 1816 René Theophile enrolou uma folha de papel e conseguiu ouvir batimentos cardíacos →
cilindro de madeira
• 1851 tubo de látex flexível
• 1881 Pressão Arterial
• 1901 “diafragma”

DAMI – Doença arterial dos


membros inferiores.

Indivíduos com fatores de risco simples acentuadamente elevados: diabetes mellitus (exceto no caso de
indivíduos jovens com diabetes tipo I sem outros fatores de risco major); SCORE calculado ≥ 5% e < 10%.

ITB = pressão sistólica no tornozelo/pressão sistólica no braço (maior)

Avalia e monitoriza a circulação sanguínea nos membros inferiores → risco vascular


Antes da realização do exame:

• Bexiga vazia;
• Não ter fumado ou consumo de bebidas estimulantes nos últimos 30 min;
• Repouso em ambiente tranquilo nos últimos 20 min;
• Não cruzar braços e pernas.

Para a avaliação vascular periférica:

Anamnese → Exame físico → MCDT

• Comparação de membros
• ▪ Estado da pele (cor, hidratação, temperatura)
• ▪ Palpação de pulsos
• ▪ Sensibilidade /Dor

O exame não pode ser dissociado de uma contínua anamnese!!!

• Existe dor? Há quanto?


• A dor foi súbita?
• A dor é persistente ou transitória?
• O que torna a dor ou desconforto melhor ou pior?
• A exposição ao frio/stress aumentam ou despoletam sintomas?
• Existe uma assimetria de braço ou mão?
• Algum dedo com cor diferente?
• Diferença de temperatura entre as mãos ou dedos?
• Úlceras/feridas nas pontas dos dedos?

Eco-Doppler arterial dos membros superiores e inferiores (periférico)

Exame de rotina

Rastreio da isquémia periférica +++


Arterites, doença polianeurismática, malformações arterio-venosas, exclusão de pseudoaneurismas,
mapeamento pré e avaliação pós realização de acessos de hemodiálise, síndrome de desfiladeiro
torácico e aprisionamento popliteu.

Estudo de fácil acessosondas lineares de alta resolução (>5 MHz).

O exame é realizado recorrendo ao Modo B, Doppler a cor e Doppler pulsado.

Curva espectral: morfologia trifásica e padrão de alta resistência.

Doença arterial periférica:

Padrão de baixa resistência

Padrão monofásico com diminuição da velocidade de fluxo sistólica e ausência do componente negativo.
(C e D) Relacionando a curva espectral com a localização da estenose teremos:

• Proximal à estenose um padrão de fluxo normal (A) ou de resistência aumentada;


• Na estenose a velocidade de pico sistólico aumenta em proporção ao grau de
• estenose;
• Distal à estenose a velocidade sistólica mantém-se normal ou diminui e altera-se o
• padrão do fluxo, sendo este de baixa resistência (tardus parvus) (D).
EcoDoppler/Triplex Arterial membro superior

1ª Fase - Sistólica (subida descida rápidas da onda/pico sistólico bem definido

2ª Fase - Diástole (componente de fluxo invertido (inicio da diástole/resistência periférica)

3ª - Diástole final (retrocesso elástico da parede)

Evolução da curva espectral – estenose


Além da doença aterosclerótica:

• Tumores/Massas;
• Vasculites;
• Aneurismas que podem ser → vasculite ou traumático

Localização:

• Morfologia das artérias


• Integridade e movimento das paredes
• Irregularidades anatómicas, trombos arteriais, placas de ateroma, estenoses…
• Avaliação quantitativa e qualitativa do fluxo sanguíneo (velocidade e direção)

NÃO INVASIVO, FÁCIL ACESSO, BAIXO CUSTO, RÁPIDO.

Limitações do eco doppler/triplex membro superior:


• Artefactos
• Anatomia do doente (magro, obesidade)
• Frio vasoconstrição aumento do índice de resistência, fluxo trifásico
• Operador dependente
• Qualidade do equipamento e da imagem

Estruturas em estudo:
Braço:

• Artéria subclávia;
• Artéria axilar;
• Artéria umeral/braquial;
• Bifurcação artéria radial e ulnar/ cubital.

Ante-braço.

Permeabilidade e paredes arteriais:

Permeáveis: Avaliação dos vasos/paredes, morfologia da curva espectral, medição


calibres/velocidades.

Não permeáveis: estão ocluidas? Qual a causa?

Placas de ateroma: estenose; oclusão.

Estenose – classificação da etiologia:

Morfologia da curva espectral (doppler) – Trifásicos, Bifásicos e Monofásicos.

Medição das velocidades: Normais ou aumentadas

Hemodinâmica – velocidades de fluxo:


ANATOMIA ARTERIAL MEMBRO

• SUPERIOR
• Subclávia
• Axilar
• Braquial ou Umeral
• Radial e ulnar ou cubital
• Arcadas palmares
• Colaterais dos dedos

Protocolo:

➢ Registo de todas as artérias e bifurcação radial/cubital


➢ Segmentos proximais, médios e distais
➢ Cortes transversos e longitudinais

Na eco, a zona a preto, corresponde a osso/ar.

A- Ao atingir o punho, a artéria radial se divide em duas. O ramo superficial menor continua na face volar
(lado palmar) da mão (seta) conectando-se com o arco palmar superficial.

(B) O tronco principal da artéria radial continua ao redor do polegar (até o dorso da mão).

(C) É importante seguir o tronco principal, também chamado de artéria radial dorsal, passando para a
artéria dorsal aspecto da mão, na tabaqueira e na teia palmar onde a artéria mergulha em direção à
palma (r).
(Ver as restantes imagens pelos slides, a partir do 43).

Síndrome do Roubo da Subclávia

Estenose Vertebral
Artéria Vertebral → aumento do tempo de aceleração sistólica, aumento da velocidade
sisto-diastólica na AV/BA, ativação da ACoP.

Síndrome do Roubo da Subclávia é um conjunto de sinais e sintomas causados por


insuficiência vertebro-basilar
O membro superior pode ser irrigado por fluxo retrógrado pela artéria vertebral que se
encontra na dependência da circulação vertebrobasilar ou da circulação anterior.
Hipoperfusão Cerebral.

1961 – Contorni, 1ª imagem angiográfica;


1961 - Reviechi et al, descrição 2 pacientes com sinais clínicos de insuficiência vascular
cerebral;
1962 - Fisher – Introdução do termo Síndrome do Roubo de Subclávia, tendo sido
posteriormente relatados alguns casos na literatura, dada a pouca incidência na
população geral.

Tema pouco abordado?


• Baixa prevalência (1,3% em EcoDoppler/assintomáticos na Europa);
• Escassez de sinais e sintomas;
• Ativação da circulação colateral;
• Evolução lenta.

Limitações: visualização da origem das artérias vertebrais e artéria subclávia, pior à


espera.
Etiologia:
Doença ateromatosa – 94%
• Tabagismo 78-100%
Vasculites;
Arterite Takayasu;
Estenose rádica;
Congénita;
Embólica e traumática.

Sinais e Sintomas (Membro superior):


• Pulso fraco ou ausente;
• Pressão arterial < 15-20mmHG;
• Claudicação intermitente do membro superior;
• Alteração da coloração das extremidades.

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