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Radiologia Intervencionista
Cateterismo dos seios petrosos inferiores para dosagem de ACTH basal e estimulado
Este é o exame padrão-ouro no diagnóstico diferencial entre doença de Cushing e síndrome
de secreção ectópica de ACTH. É feito quando á imagem da RNM não é nítida ou atípica
(normalmente tumores menores de 4mm não aparecem na RNM).
A técnica envolve:
A coleta simultânea de sangue dos dois seios petrosos inferiores para dosagem de ACTH
A coleta de sangue periférica, para dosagem do ACTH.
Os seios petrosos inferiores direito e esquerdo são cateterizados simultaneamente por meio de
duas punção na virilha e é realizada uma punção de veia periférica também. A gente se
mantém acordada durante todo o exame, á anestesia é local somente na virilha onde é feito
uma pequena incisão para a entrada dos cateteres...
Assim, amostras de sangue são colhidas para dosagem de ACTH, antes e após estímulo com
CRH (ou outro secretagogo de ACTH, mas o mais acoselhavel é o CRH). Os valores basais e
estimulados colhidos nos seios petrosos são comparados entre si e com o valor da veia
periférica.
Angiografia digital de subtração (imagem acima) deve ser utilizada para verificar a
localização exata do cateter e a anatomia do seio petroso.
Resultados:
A razão basal dos valores de ACTH obtidos das amostras centrais e periférica maior ou igual a
2 é indicativa de doença de Cushing.
Um gradiente centro-periferia maior que 2:1 no estado basal ou maior que 3:1 após estímulo
sugere doença de Cushing, com especificidade de 100%.
O gradiente de lateralização maior que 1,4:1 indica que o tumor provavelmente está no lado
dominante; contudo, variantes anatômicas de drenagem venosa da glândula podem interferir
na lateralização, comprometendo sua acurácia.
Como a secreção de ACTH é intermitente, alguns pacientes com doença de Cushing podem
apresentar uma razào basal inferior a este limite, motivo pelo qual o estimulo com CRH é
utilizado para aumentar a sensibilidade do exame.
Complemento:
Embora este exame seja bem tolerado, a maioria dos pacientes relata desconforto na região
das orelhas, no momento da colocação dos cateteres.
(Para mim essa foi á parte mais dolorida de todo o exame senti como se tivesse levando
choques na cabeça, uma dor que não posso comparar com nenhuma já sentida, mas
estava cercada de médicos amigos que me passaram muita força e confiança, fiquei
cantarolando mentalmente as músicas de ninar que conheço nesse momento, e me
auxiliou a controlar a dor, e posso dizer que o exame valeu á pena!!).
O cateterismo dos seios petrosos é um excelente exame, mas impõe a necessidade de equipe
treinada em radiologia intervencionista, o que garante qualidade técnica e minimiza
complicações (hematomas, trombose de seio etc). As complicações são raras e potencialmente
graves, tais como lesão vascular cerebral, trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
Deve-se lembrar ainda da rara possibilidade de resultado falso-positivo de um tumor ectópico
secretor de CRH.
Medicina nuclear
Densitometria Óssea:
A Densitometria Óssea estabeleceu-se como o método mais
moderno, aprimorado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea e comparado com
padrões para idade e sexo.
Essa é condição indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose e de outras
possíveis doenças que possam atingir os ossos.
Os aparelhos hoje utilizados conseguem aliar precisão e rapidez na execução dos exames, a
exposição a radiação é baixa, tanto para o paciente como para o próprio técnico.
As partes mais afetadas na osteoporose são: o colo do fêmur, coluna, a pelve e o punho. As
partes de interesse na obtenção das imagens para diagnóstico são o fêmur (alguns casos de
Cushing é comum se achar necrose na cabeça do fêmur) e a coluna vertebral.
Sabe-se que hoje a densitometria óssea é o único método para um diagnóstico seguro da
avaliação da massa óssea e consequente predição do índice de fratura óssea.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, a osteoporose é definida como doença
caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da micro-arquitetura do tecido ósseo.
É recomendado que se repita anualmente a densitometria óssea para que o médico controle o
acompanhamento evolutivo da osteoporose.
O objetivo de se fazer uma densitometria óssea é avaliar o grau da osteoporose, indicar a
probabilidade de fraturas e auxiliar no tratamento médico. O paciente não necessita de preparo
especial e nem de jejum.
O exame leva aproximadamente 15 minutos. A osteoporose e osteopenia pode ser controlada
com base nos resultados obtidos com a densitometria.
Eletrocardiograma:
Indicação
O exame é indicado como parte da análise de alterações cardíacas, em especial as arritmias
cardíacas .Também muito útil no diagnóstico de infarto agudo do miocárdio sendo exame de
escolha nas emergências juntamente com a dosagem das enzimas cardíacas.
Princípios fisiológicos
O aparelho registra as alterações de potencial elétrico entre dois pontos do corpo. Estes
potenciais são gerados a partir da despolarização e repolarização das células cardíacas.
Normalmente, a atividade elétrica cardíaca se inicia no nodo sinusal (células auto-rítmicas) que
induz a despolarização dos átrios e dos ventrículos.
Esse registro mostra a variação do potencial elétrico no tempo, que gera uma imagem linear,
em ondas. Estas ondas seguem um padrão rítmico, tendo denominação particular.
Bom esses últimos post (do dia 22/08 á 11/09) tentei relatar todos os exames realizados
para diagnosticar á Síndrome de Cushing, sua etiológia e grau de evolução dos
sintomas...
Eu tive a sorte (como já disse várias vezes aqui nesse blog) de estar em um instituição
de saúde onde existem médicos competentes que me examinaram dentro desse
Protocolo...
Muitas vezes eu ficava chateada com a demora dos exames e com a quantidade de
exames, muitas vezes questionei o porque não pular algumas etapas, o porque de
repeti-lás diversas vezes, mas hoje sei a importância de se seguir esse protocolo, e que
tudo acontece ao seu tempo... Algumas pessoas não necessitam passar por esses
últimos exames, pois tem o diagnóstico mais claro e assim não há necessidade de
repetir alguns exames...
No meu caso (vou até citar o que a médica me disse nessa minha consulta de ontem "-
Mas o seu caso desde o começo foi tudo meio complicadinho né Karina") Tive que
realizar todos os exames do protocolo e alguns mais de uma, duas, vezes... Eu gostaria
muito que as coisas tivessem sido mais simples, me pouparia de tanto sofrimento... Mas
não posso mudar minha história, e nada é por acaso, se tive que passar por todos esses
exames e repetir alguns várias vezes não foi á tôa, acredito que tirei bons proveitos de
tudo isso e evoluí de algum modo, pois eu "acho"que soube passar com honra, sem
muitas reclamações, revolta, desespero... Busquei seguir os conselhos de minha avó -
"Se é para resgatar, vamos passar com honra, para que isso não seja em vão" - E é isso
que estou buscando fazer agora... Essa semana (desde quarta-feira) não foi das
melhores para mim, não estou conseguindo me alimentar direito, e nada para no meu
estômago... Estou me esforçando para não vomitar os remédios, pois eu preciso deles
no meu organismo!! Mas vamos lá passar com honra... (Mas passar com honra não
significa que não possamos desabafar né...rsrs)...
Espero que essas informações sobre o protocolo de exames possa auxiliar... Meu desejo
de fazer esses posts com essas informações, foi para ajudar á minimizar a ansiedade de
quem vai passar por eles, pois saber qual é o caminho á percorrer diminuí o medo do
inesperado e auxilia até mesmo nos resultados, que não terão tanto stress para
influenciar!! Se eu tivesse tido á oportunidade de saber dessa trajetória de exames
talvez não tivesse enchido tanto á paciência de meus médicos com minhas ansiedades!!