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O.W.P.

EDUCAÇÃO
TÉCNICO EM ÓPTICA

PRISCILA COSTA DE SOUZA MENDES

AMETROPIA
INTERPRETANDO UMA RECEITA

SÃO PAULO
2019
O.W.P. EDUCAÇÃO
TÉCNICO EM OPTICA

PRISCILA COSTA DE SOUZA MENDES

AMETROPIA
INTERPRETANDO UMA RECEITA

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado


à O.W.P. educação, sob a orientação do Prof°
Rodrigo Trentin Sonoda

SÃO PAULO
2019
BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente а Deus pela oportunidade de fazer esse curso,
ao meu esposo Deivison pelo incentivo, e ao meu filho Dérickson pela compreensão
da minha ausência nos dias das aulas presenciais.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me encorajar a fazer esse curso e por me dar condições
financeiras para torna-me uma melhor profissional.
Aos meus familiares e amigos, que me incentivaram.
Aos amigos do curso que conquistei em especial à turma da sala B.
As amigas Jezabeli, Pryscilla e Natalia que foram parceiras,
As minhas colaboradoras Patricia Cristina, Paloma, e Genilda que fizeram minhas
funções enquanto eu estava ausente.
A toda equipe O.W.Educaçao por oferecer esse curso.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para essa conquista о meu muito
obrigado.
EPÍGRAFE

“O olho é a janela do corpo humano pela a qual abre

os caminhos e se deleita com a beleza do mundo.”

(Leonardo da Vinci 1452 - 1519)


RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de demonstrar o conhecimento adquirido por meios


de estudos e leituras da óptica oftálmica, para que um técnico em óptica possa
passar segurança ao seu cliente na hora do atendimento e da interpretação de uma
receita.
Quando uma pessoa faz um exame de refração (exame de vista) e o mesmo foi
detectada alguma Ametropia, obviamente ele irá procurar uma óptica que atenda
suas expectativas profissionais para orientá-lo sobre a receita que foi aviada.
Portanto e indispensável conhecer todas as Ametropias para que quando o
cliente fizer uma pergunta o atendente tenha a resposta que ele precisa, pois além
do bom atendimento é fundamental o conhecimento para que possamos sobressair
mediante a tanta concorrência.
Ametropia é um erro de refração que dificulta a nitidez da imagem na retina, ou
seja, a imagem fica fora da medida focal.
Existem quatro tipos mais comum de Ametropia sendo eles: hipermetropia,
astigmatismo, miopia, astigmatismo e presbiopia, sendo que o astigmatismo pode se
dar em cinco tipos; miópico simples, miópico composto,hipermetrópico simples,
hipermetrópico composto e misto.
Serão apresentados aqui todos os auxílios que uma óptica pode oferecer aos
seus clientes na hora do atendimento.

PALAVRAS-CHAVE: olho; ametropia; receita dióptrica; tipos de lentes


LISTA DE IMAGENS

Figura 1 – Demonstração da anatomia do olho humano ...........................................11

Figura 2 – Imagem de um olho com ametropia..........................................................16

Figura 3 – Demonstração das formas das lentes.......................................................23

Figura 4 – Demonstração da vergência da lente........................................................24

Figura 5 – Demonstração de receita multifocal..........................................................27

Figura 6 – Demonstração de receita monofocal de longe..........................................28

Figura 7 – Demonstração de receita monofocal de perto...........................................28

Figura 8 – Demonstração de uma das receitas existentes no mercado....................30

Figura 9 – Demonstração de régua milimétrica..........................................................32

Figura 10 – Demonstração do aparelho pupilômetro.................................................33

Figura 11 – Medidas para pedido de lente.................................................................35

Figura 12 – Lensômetro..............................................................................................36
SUMÁRIO

Página
INTRODUÇÃO............................................................................................................10
1 O OLHO HUMANO.................................................................................................11
1.1 Partes principais em destaque no olho.....................................................12
1.1.1 Córnea____________________________________________________12
1.1.2 Íris________________________________________________________12
1.1.3 Pupila_____________________________________________________13
1.1.4 Cristalino__________________________________________________13
1.1.5 Retina_____________________________________________________14

2 AMETROPIAS........................................................................................................15
2.1 Hipermetropia...................................................................................................16
2.2 Miopia................................................................................................................17
2.3 Astigmatismo...................................................................................................19
2.3.1 Miopico Simples_____________________________________________20
2.3.2 Miopico Composto____________________________________________20
2.3.3 Hipermetropico Simples_______________________________________20
2.3.4 Hipermetropico Composto______________________________________21
2.3.5 Misto______________________________________________________21

2.4 Presbiopia.........................................................................................................21
3 TIPOS DE LENTES PARA CADA AMETROPIA...................................................22
3.1 Lentes Divergentes..........................................................................................23
3.2 Lentes Convergentes......................................................................................24
4 INTERPRETANDO UMA RECEITA......................................................................26
5 TOMADA DE MEDIDAS........................................................................................31
5.1 Anotações de pedido para confecção da lente............................................34
5.2 Conferindo as lentes.......................................................................................36
5.3 Entrega dos óculos para o cliente................................................................37
5.4 Pós-venda.........................................................................................................37
CONCLUSÃO.............................................................................................................39
REFERÊNCIAS...........................................................................................................40
10

INTRODUÇÃO

Sabemos que a visão e um dos cinco sentidos do ser humano.


Portanto pode até ser considerada a mais complexa, pela riqueza de detalhes
que tem pra ser estudada por um técnico em óptica.
Pois quando se trata de saúde visual e necessária ter um amplo conhecimento
para oferecer ao seu cliente na hora de recepcioná-lo, pois o mesmo ao adentrar na
loja, ele espera ser atendido por um profissional preparado, para sentir segurança na
hora da sua compra.
Existem vários tipos de cliente, cada um tem sua personalidade por isso não
basta apenas ter só o conhecimento teórico, mais também todas as técnicas em
vendas para fazer um atendimento com qualidade e excelência que se adequa
aquele cliente no momento da venda.
Será apresentada aqui uma junção de conhecimento dos estudos feitos sobre;
o olho humano,ametropia,os tipos de lentes para cada ametropia, como interpretar
uma receita,e as tomadas de medidas para confecção das lentes,essas informações
aplicada no dia a dia no balcão, ira fazer com que a sua óptica seja diferenciada das
demais que talvez não tenha o mesmo conhecimento pra oferecer ao seu cliente na
hora de atende-lo.
Sendo como o maior objetivo desse trabalho, a demonstrar a função de um
atendente de óptica não apenas como vendedor mais também como consultor
daquele cliente que está em busca de informação para resolução de sua dificuldade
segundo sua necessidade.
Se tratando da saúde dos olhos de pessoas que está em pauta, e
indispensável o conhecimento da área, para fazer um atendimento com
responsabilidade, ética e profissionalismo.
11

1 O OLHO HUMANO

O globo ocular tem um diâmetro aproximadamente 2,5 cm e pesa entre 7g e


8 g. Ele esta alojado na cavidade orbital, e se move pela conjunção de seus
músculos, e formado por vários meios transparentes. (córnea, humor aquoso,
cristalino e humor vítreo) separadas por superfícies que são aproximadamente
quase esféricas.
Suas paredes e formada por três camadas, a camada exterior, branca e
denominada esclerótica e tem espessura média de 1 mm, e na zona frontal fica
localizado a córnea
.A camada mediana, denominada coroide, e composta de uma membrana
rica em vasos sanguinhos que nutrem o olho, nesta camada na parte anterior esta a
íris e a pupila. A terceira camada e denominada retina, entre a íris e o humor vítreo
esta o cristalino. Serão destacadas aqui as funções de cada item citado acima
considerando serem os principais para o funcionamento do olho.

Figura 1- Demonstração da Anatomia do olho humano. Ilustração: BlueRingMedia / Shutterstock.com


[adaptado]
12

1.1 Partes principais em destaque no olho

1.1.1 Córnea

Situada na zona frontal do olho, sendo um dos meios mais transparentes e


protetora do olho, ela e acentuada convexa e tem aproximadamente de 43 a 45
dioptria. Seu índice de refração e de aproximadamente 1,38, sua superfície anterior
e quase esférica, com o raio da ordem de 0,80cm, inferior portanto, ao raio do globo
ocular, sua função e focar a luz através da pupila para a retina, como se fosse uma
lente fixo, sem ela ,não haveria entrada de luz em nossos olhos o que se tornaria
uma dificuldade ou ate mesmo a possibilidade de enxergar com perfeição as
tonalidades.
Ela também e responsável pelo surgimento ou ausência de grau no olho do
paciente pois a refração ira depender exatamente da curvatura da córnea. Ela serve
também como para proteger o interior do olho por ser uma camada altamente
resistente.

1.1.2 Íris

A íris também faz parte do órgão interno do globo ocular. Ela é uma membrana
que dá a coloração e contêm uma abertura variável que é a Pupila. crescimento
começa a aparecer o pigmento na superfície anterior fazendo com que a íris defina a
sua cor.
Sua função é contrair e descontrair a pupila, regulando a entrada de luz. Suas
características são próprias de cada pessoa, porque varia pela pigmentação do
estroma, se for menor resulta na cor azul, avelã ou verde. Em grande quantidade
considerável depositado de pigmento ela se torna marrom no nascimento, como há
pouco ou até mesmo nenhum pigmento sendo visível pelo tecido translúcido. Na
maioria das crianças o olho tem a coloração azulada.
13

1.1.3 Pupila

É a que controla automaticamente a quantidade de luz que penetra no globo


ocular. Apesar de muito rápido o funcionamento da pupila não é instantâneo ela
gasta certa de 5 segundos para se abrir totalmente, através do aumento e
diminuição do seu diâmetro de modo a melhorar a qualidade da imagem final.
Ela também é responsável pela proteção do olho, pois luz em excesso pode
danificar a retina. Quando o olho é exposto a um nível de iluminação muito elevado
a pupila se contrai (na verdade a íris dilata), causando o efeito de pupillary reflex.
Quando existe pouca luz a pupila age de maneira contrária: se dilata. Desta forma
ela deixa passar mais luz até retina e permite a visão em lugares escuros.

1.1.4 Cristalino

O cristalino é uma lente natural que está dentro do olho, ele tem o formato de
uma lente biconvexa, com aproximadamente 8 á 10mm de diâmetro. O lado
posterior é mais convexo do o lado anterior e com aproximadamente uma curvatura
de 5 á 5,6 mm,o seu poder dióptrico é aproximadamente a +15 dioptria no seu total,
quando se fala poder de acomodação esta falando do poder dióptrico do cristalino
no ajuste de fora conforme a distancia de um objeto, ele é responsável pela variação
dióptrica.
Sua principal função é de acomodação da visão de longe e de perto. A
capacidade de mudança na forma do Cristalino e o aumento da sua espessura são
chamados de acomodação. A luz atravessa do cristalino, através do corpo vítreo,
onde é projetada sobre a retina. Com o avanço de idade do ser humano ocorrem
alterações na habilidade dos olhos em focalizar, a acomodação diminuiu, pois o
cristalino com o passar dos anos endurece e perde gradualmente a flexibilidade que
permite focar os objetos próximos,por isso como veremos a frente e através da
perda dessa acomodação que a pessoa passa a ter a Presbiopia.
14

1.1.5 Retina

A retina está situada no fundo do olho na parte de trás, ela que é responsável
pelas suas células fotossensíveis produzirem uma imagem real do objeto, essas
imagens são convertidas por impulsos nervosos que está ligado a um nervo óptico,
que envia para o cérebro onde esses impulsos são interpretados permitindo a visão
do objeto. Os impulsos que chegam ao centro visual são produzidos por milhões de
células nervosas da retina, essas células são chamadas de cones e bastonetes
devidas suas formas.
Os cones se compõem em três tipos que ajudam a perceber as cores que são:
vermelha, verde e azul. Os bastonetes já são sensíveis às luzes e as sombras,
portanto, é por isso que não enxergamos cores no escuro. Para os raios luminosos
chegarem até a retina ele já passou pela córnea, a íris, o cristalino e o humor vítreo,
só depois desse processo de ter passado por várias dessas camadas é quando
atinge as células, sensoriais cones e bastonetes, pois é nesses que a energia
luminosa é transformada em energia nervosa para assim formar uma imagem na
retina.
Portanto segundos os estudos informados pelo professor R Trentin Sonoda,
quem enxerga é o cérebro e não o olho.
15

2 AMETROPIAS

Embora a vista seja o sentido primordial para as atividades do dia a dia, ainda
existe o mal habito de não cuidar da saúde ocular, e na maioria das vezes a pessoa
só procura fazer o exame de vista quando já sente alguma dificuldade de enxergar.
Segundo a informação da revista Veja Bem, uma pesquisa realizada pelo ibope
no país com aproximadamente duas mil pessoas, mostra que um terço da população
acima de 16 anos nunca foi ao consultório de exame refrativo. Por isso a palavra
Ametropia não é muito conhecida popularmente. No entanto aqui iremos destacar o
que é Ametropia, quais tipos que tem e como pode ser corrigida através de óculos de
grau.
Podemos dizer que o olho Ametrope é aquele que apresenta qualquer vicio de
refração, que significa que a medida está fora do foco, quando o olho passa a ter
alguma dificuldade de refratar a luz e conseqüentemente de focar os raios luminosos
com nitidez, na retina esse olho apresenta alguma Ametropia, ou seja, ele acaba
perdendo a nitidez da imagem levando a pessoa a procurar um auxilio para
compensação do chamado Erro Refrativo. Após diagnostico, conseqüentemente o
uso dos óculos com alguma dioptria (óculos de grau) será indispensável.
Quando o olho não apresenta nenhuma dessas dificuldades citadas, ele não
necessita de nenhuma lente corretora, pois não há nenhuma anormalidade ou
dificuldade de enxergar.
As principais Ametropias são: Hipermetropia, Miopia, Astigmatismo e
Presbiopia. Sendo que, o astigmatismo pode se dividir em cinco tipos: Miopico
Simples; Miopico Composto; Hipermetropico Simples, Hipermetropico Composto e
Misto.
Segue modelo de olho com Ametropias:
16

Figura 2- Imagem Demostrativa de um olho com Ametropia.Apostila O.W.P Ed

2.1 Hipermetropia

Em uma consequência de uma alteração no enfoque das imagens, os raios


luminosos tanto se vierem do infinito, como de pontos situados mais perto se focam
atrás da retina, em vez de fazerem o seu nível como ocorre em um olho normal.
Supõe-se que todos os objetos da uma imagem imperfeita ou pouco precisa, mas
com defeito para os que estão de perto, já que se focam em um ponto da retina os
que estão longe.
O continuo esforço de acomodação que o hipermetrope faz para obter uma
visão aceitável condiciona a aparição de dores de cabeça, avermelhamento e fadiga
17

ocular. Todas essas moléstias se acentuam com a visão de perto já que requer um
esforço de acomodação superior.
Quando recomendado o uso dos óculos, deve-se usa-lo continuamente, devido
aos sintomas descritos e principalmente para as tarefas ou trabalho de visão
próxima, como ler, costurar e etc.
Por isso ela é conhecida também como uma dificuldade de enxergar de perto,
ela acontece normalmente em função de um achatamento no diâmetro
anteroposterior do globo ocular.
Se hipermetrope observa um objeto no infinito, para que a imagem se forme
sobre a retina, ele deve exercer um esforço visual através dos músculos ciliares
utilizando, portanto, o mecanismo visual.
Cerca de 80% das crianças nascem hipermetropes, e antes da puberdade
decresce, mas na possibilidade de tornar outra anomalia. Por isso, na faixa etária de
jovens adultos até os 35 e 40 anos ela pode até despercebida, quando se tem uma
baixa hipermetropia. No entanto, quando ela está bem avançava é facilmente
percebida pelos seus sintomas.
Existe uma importância da descoberta rápida, principalmente em crianças para
fazer a correção visual, pois muito o ajudará no seu desempenho nas tarefas
escolares, a correção da hipermetropia pode ser feita através da utilização de óculos
de grau com lentes esféricas convergentes contendo alguma dioptria, cujo seu sinal
é + (positivo), a qual aproxima a imagem junto da retina.
Para facilitar o estudo das correções ópticas, classificam-se as hipermetropias
em quatro grupos: fraca, moderada, forte e anisometria, cujos valores dióptricos são
dependentes da idade do paciente.

2.2 Miopia

A miopia se deve a um achatamento do globo ocular por seus polos superior e


inferior. Ela faz com que não se veja bem os objetos a distância, pois se o objeto
estiver perto do olho o ponto de enfoque se atrasa até chegar a coincidir com o
plano da retina.
18

Entre seus sintomas a miopia quando trabalha usando a vista de perto, seus
olhos se cansam com facilidade, também tem maior sensibilidade a luz e as vezes
percebem manchas negras e avermelhadas levando a entortar os olhos para sentir
melhora na visão.
Se a miopia não desenvolver demasiadamente rápido e se corrigida com lentes
adequadas o prognostico é muito bom, mas se ela tiver progressão rápida o
prognostico é grave. Por isso, a importância do acompanhamento e do uso dos
óculos corretamente.
Por ela consistir na formação da imagem antes da retina, causando a
dificuldade de enxergar os objetos vistos de longe, fazendo com que eles aparecem
desfocados, porém os objetos que estão de perto os míopes enxergam
perfeitamente.
Cerca de 5% das crianças nascem míopes e geralmente tende a aumentar
após os 7 á 8 anos de idade, com a possibilidade de cessar ou diminuir muito na
faixa etária de 16 anos.
Normalmente isso ocorre, quando uma forma mais alongada no sentido
anteroposterior ou quando, por causa da curvatura da córnea, o olho tem o poder de
refração maior que o necessário para o seu diâmetro. De um modo geral todo míope
tem de aproximar mais o objeto focalizado do que o normal.
Sendo a miopia uma convergência maior do que a necessária, sua correção é
feita com o uso de lentes divergentes de valor igual ao acréscimo de convergência
do olho, para neutralizá-lo. Quando estivermos diante de um cliente míope a receita
apenas o campo esférico preenchido, com o sinal – (negativo), acompanhando de
um valor numérico, que será o poder dióptrico.
Sem utilização de lentes corretoras o olho míope não pode ver perfeitamente
os objetos que se encontram entre o seu ponto remoto e o infinito, mas apenas os
que se encontram dentro da sua zona de acomodação.
Neste caso a uma grande importância dos óculos de grau pra evitar que ela
desenvolva com rapidez.
A miopia é normalmente, classificada nos seguintes graus:
 Miopia ligeira: até 3 dioptrias
 Miopia moderada: de 3 á 6 dioptrias
 Miopia alta: mais de 6 dioptrias
19

Uma informação dada pelo jornal G1 globo.com atualizada no dia 05/01/2019


afirma que, Segundo a Organização Mundial da Saúde, até 2050 metade da
população do planeta vai sofrer dessa doença por causa do uso excessivo de
aparelhos eletrônicos. Esse crescimento no número de míopes já vem sendo
observado na Ásia, onde a tecnologia está um passo à frente. Na Coreia do Sul,
Japão, China e Singapura, a incidência de jovens adultos com miopia chega a 90%.

2.3 Astigmatismo

O Astigmatismo está relacionado ao formato irregular na superfície da córnea


ou do cristalino. Em geral ele é congênito e existe uma possibilidade de herdá-lo.
Quando um olho é astigmático a córnea a tem um formato oval, fazendo com
que as luzes se distorçam ao passar pelo cristalino, e conseqüentemente faz com
que os objetos pareçam embaçados ou foscos.
Por serem vistos em dois focos as imagens tanto para longe, quanto de perto
ficam distorcidas, fazendo com que a imagem fique deformada, trazendo para o
portador a perturbação da visão, por isso são recomendados o uso continuo dos
óculos para que a correção seja satisfatória.
No Astigmatismo o olho pode ter seu formato normal, mais nem todos os raios
luminosos tem seu foco na retina, por causa de diferenças de refração decorrentes
das curvaturas da córnea ou do cristalino.
O portador do astigmatismo tem a tendência a inclinar a cabeça, mesmo que
inconsciente para obter melhor visão e costuma relatar dor nas têmporas, em
quaisquer dos tipos de astigmatismo existente a correção é feita exclusivamente por
lentes esféricas cilíndricas.
Por ser hereditário ele pode ocorrer junto com a miopia ou a hipermetropia,
portanto, existem os seus cinco tipos: Miopico Simples, Miopico Composto,
Hipermetropico Simples, Hipermetropico Composto e Misto.
20

2.3.1 Miopico Simples

É o tipo de astigmatismo no qual um dos meridianos principais a imagem é


formada na retina e no meridiano perpendicular, a imagem é formada antes da
retina, a sua forma de correção através de uma receita óptica, encontraremos o
campo esférico em branco que significa plana e o campo cilíndrico com sinal + ou –
acompanhado do campo do eixo preenchido com um valor entre zeroº á 180º.

2.3.2 Miopico Composto

É aquele no qual a luz emitida por um meridiano se foca antes da retina e do


meridiano perpendicular também. Mas em um ponto diferente. Ou seja, a luz se foca
antes da retina em pontos diferentes. Na receita óptica encontraremos o campo
esférico preenchido pelo sinal (-), seguido do valor numérico que é a força dióptrica.
O Campo cilíndrico preenchido como sinal que normalmente é (-) acompanhado de
outro valor numérico. Que se dá o nome de lentes combinas negativas.

2.3.3 Hipermetropico Simples

É o tipo de astigmatismo no qual um dos meridianos principais a imagem


forma-se na retina e no meridiano perpendicular a imagem é formada após a retina.
Sua correção é feita com lentes planas cilíndricas positivas.
21

2.3.4 Hipermetropico Composto

É o tipo de astigmatismo no qual a imagem se forma após a retina em ambos


os meridianos principais. Na receita óptica o campo esférico preenchido com o sinal
(+) acompanhado do valor dióptrico, o campo cilíndrico + ou – acompanhado do
campo eixo preenchido com o valor entres zeroº e 180º. Dar-se o nome desta lente
combinadas positivas.

2.3.5 Misto

É aquele no qual a luz emitida por um meridiano se foca antes da retina e do


meridiano perpendicular se forma após a retina, ou seja, o olho é miopico e
hipermetrope ao mesmo tempo. Sua correção é feita com lentes combinas mistas
sendo que o campo cilíndrico preenchido sempre com um sinal inverso ao do campo
esférico e com o valor numérico sempre maior.

2.4 Presbiopia

Mais conhecida como vista cansada, a presbiopia decorre principalmente da


perda de acomodação (poder de focalizar) do cristalino, além da perda de
convergência e do ajuste de diâmetro da pupila (midríase/miose), com redução da
nitidez dos objetos. Geralmente ela parece depois dos 40 anos, devida a perda da
elasticidade do cristalino. Com o passar do tempo a presbiopia vai aumentando
chegando a atingir na maioria das vezes, a necessidade de correção a medias
distancias.
Quem sofre de presbiopia tende a afastar como os braços os objetos que
desejam visualizar e a procurar locais mais iluminados para leitura é comum
também a queixa de dores de cabeça.
Na correção de um modo geral é feita para os emetropes lentes positivas,
para os hipermetropes são usadas lentes positivas mais fortes e no caso dos
míopes dependendo de sua classificação, lentes positivas, para as miopias mais
22

baixas e lentes negativas mais fracas para as miopias medias e alta. Para a
melhor correção aconselha-se o uso de lentes progressivas que permitem repor a
capacidade visual em todas as distancias.

3 TIPOS DE LENTES PARA CADA AMETROPIA

Lente é um meio óptico transparente, limitado por duas superfícies e borda,


sendo uma delas curvada capaz de convergir e divergir ou desviar os raios
luminosos que nelas incidam.
O nome dado a potencia de refração das lentes e dioptria. Por convecção, ou
das suas curvaturas é equivalente ao inverso da distancia focal de 1 metro. Portanto
para não deslocar os olhos em um metro e utilizado um lente de uma dioptria. O
símbolo da dioptria é D.
Em optico é usado normalmente o quanto da dioptria ou seja 0,25 D. Como a
menor dioptria aplicada.
Para identificar uma lente convergente deve se observar que o centro é mais
grosso do que as bordas, ela aumenta o tamanho dos objetos, a imagem
movimenta-se no sentido inverso do objeto, a curvatura e mais acentuada na
superfície anterior, possuem foco real.
E na lente divergente a sua identificação e feito através de ser o centro mais
fino do que as bordas ela diminuem o tamanho dos objetos, a curvatura é mais
acentuada na superfície posterior e ela possui foco virtual.
Lentes são instrumentos de ampla utilização cuja intenção é desviar os raios de
luz, sua forma e seu índice de refração determinarão o comportamento desta, que,
em geral, é apenas determinado por seu formato, pois seu índice de refração, na
grande maioria dos casos, é maior do que o ar – ambiente em que a lente
geralmente está imensa.
A superfície das lentes pode ser classificada de acordo com as seguintes
características: planas, convexas, côncavas, asférica, progressiva, esférica ou tórica.
É necessário um técnico em óptico entender bem sobre as lentes para orientar
o cliente e mostrar a ele as diferenças, as qualidades, as espessuras, e as funções
de cada lente.
23

Destacaremos apenas as duas lentes consideradas mais importantes:


Divergente e Convergentes.

Figura 3- Demostra a correta formas das lentes. Fonte; Apostila O.W.P.Educaçao

3.1 Lentes Divergentes

As lentes divergentes também chamadas de lentes negativas são formadas por


uma sucessão de prismas colocados em circulo, com ápice ou vértice voltado para o
centro.
Essa lente tem o centro mais fino que borda, portanto suas bordas são mais
grossas, elas diminuem o tamanho dos objetos, por sua curvatura é mais acentuada
na superfície posterior, ela possui foco virtual. Ela pode ser três tipos diferentes,
sendo bicôncavo (que pode ser simetria e assimétrica), plano côncavo, convexo-
côncavo. Essa lente é usada por portadores de miopia, pois ela convergirá os raios
de luz.
Devido as suas bordas serem mais grossas é importante orientar o cliente na
hora da venda quando a receita tem uma dioptria alta. Pois a mesma tem que ser
feita com índice de refração apropriado para ela, para obter uma estética e conforto
melhor. A lente convergente e utilizada para portadores de miopia.
24

3.2 Lentes Convergentes

As lentes convergentes, também chamadas de lentes positivas caracterizam-se


por serem mais grossas no centro e mais finas nas suas bordas, fazerem com que o
feixe de raios luminosos paralelos possa convergir para um ponto denominado foco
real. Elas podem se apresentar nas formas: biconvexa (simetria ou assimétrica),
plana convexa e côncava convexa. Essas lentes são usadas para portadores
hipermétrope.
Existem também tipos de lentes com relação ao foco, exemplo:
 Lentes monofocais: chamadas também de lente de visão simples, ela
tem apenas um foco e destina-se a correção de um só campo visual;
 Lentes bifocais: ela tem dois focos, e destina-se a correção de dois
campos visuais, geralmente essa lente da-se o nome de biovix, ultex,
topo reto, kriptock, que são as mais conhecidas;
 Lentes trifocais: são lentes que tem três focos e são apropriadas pra
correção de três campos visuais;
 Lentes progressivas: tem vários focos progressivos destinando-se a
correção da visão em qualquer distância.
Segue modelo das lentes em relação ao foco:
25

Figura 4- Demonstração da vergência da Lente. Apostila O.W.P educação

No mercado das lentes mais vistas nas receitas dióptricas são as lentes
progressivas e as lentes monofocais. Iremos conhecer um pouco mais sobre essas
lentes e o cuidado ao apresentar ao cliente.
As lentes progressivas foram introduzidas no mercado em 1959. Elas foram
projetadas e desenvolvidas por Bernard Maitenaz, engenheiro optico em Paris na
França, essas lentes mudam continuamente o seu poder dióptrico, começando perto
do centro otico fazendo com que progressivamente seu valor dióptrico vai tornando
mais positivo. Neste caso ela proporciona correção em diversos campos visuais
relativos as distancias compreendidas entre a visão de longe (6 metros) e a visão de
identificação de objetos pequenos quando alcança o campo visual para perto, no
qual ela tem o seu poder dióptrico mais positivo.
Quando essa lente é indicada podemos seguir algum critério que pode
beneficiar ainda mais o cliente, como a escolha do fabricante, dos tipos de material
disponíveis, da possibilidade de receituário, ou seja, existem varias lentes
progressivas, e em cada uma delas pode ter uma qualidade e até mesmos um
campo visual melhor.
Fazer uma anamnese com o cliente na hora que le apresentar a receita de
lente progressiva é muito importante, pois assim você ira descobrir se ele já usuário
de óculos de grau ou se sera a primeira vez que vai fazer o uso.
No entanto se for a primeira vez que ele ira usar o ideal é indicar uma lente que
tenha um campo de visão que possa trazer mais conforto ao usuário, porque
normalmente quando se trata de lente progressiva e que é a primeira vez que o
cliente ira usar ele já tem uma resistência de uso devido a famosa fama de
dificuldade de adaptação de lentes multifocais.
Já nas lentes monofocais por ela possuir apenas um foco o usuário já aceita a
ideia um pouco melhor na hora da petição do seu óculos diariamente pois o mesmo
não irá encontrar dificuldade de caminhar com ele ou seja, por isso a importância
também de oferecer uma lente com uma boa qualidade e até mesmo alguns
tratamentos com antirreflexos que na maioria dos jovens são muito beneficiado
devido aos usos contínuos de aparelhos celulares, computador, tablets esse
tratamento ele também pode ser aplicados em lentes progressivas também, mas
normalmente é muito indicado na prescrição de monofocal para visão de longe.
26

A lente monofocal também pode ser só para perto, porém nesse caso o usuário
não ira conseguir caminhar ou seja, andar usando seus óculos, porque essa lente é
usada somente para visão a distancia de um braço, ou seja, para leitura, para
afazeres que tenham que ter uma visão nítida para perto. Essa lente geralmente é
indicado para pessoas acima de 40 anos e nesse caso damos o nome desse usuário
de presbita, pois a correção é feita para presbiopia.

4 INTERPRETANDO UMA RECEITA

Para fazer um atendimento no balcão ótico é necessário ter profissionais


habilitados para interpretação de uma receita seja ela de um optometrista ou
oftalmologista, ambos exige o mesmo conhecimento, dos significados dos símbolos
e abreviaturas, por isso surgiu o técnico em óptica, fazendo com que ele se
transforme de um simples vendedor para um consultor óptico, pois existe uma
diferença de ser só um vendedor e de ser o vendedor consultor, e o que é ser um
Consultor? Pois bem, o consultor óptico ele tem conhecimento e consegue transmitir
ao cliente com clareza o que ele busca para sua necessidade no momento.
Eles também são especialistas no que faz e se tornam resolvedores de
problemas. O cliente quando sai do consultório com uma receita de óculos ele
precisa procurar uma óptica para resolver seu problema de visão o qual foi
detectado, imagina se ele encontra um vendedor despreparado para atende-lo
obviamente vai procurar outra óptica que possa oferecer o conhecimento que ele
busca, por isso sabe interpretar uma receita é fundamental para um atendente de
óptica, outra coisa muito importante é o conhecimento dos ametropes, também das
lentes que está na receita prescrita, um atendimento com responsabilidade. Não
pode haver erro em uma interpretação de receita pois afinal é saúde dos olhos que
estão nas mãos do atendente, e se haver erro com certeza esse cliente não ira
conseguir usar esse óculos. Temos aqui exemplo de uma receita e o passo a passo
de cada item.
Existem vários modelos de receita, mas em todas elas tem que ter pelo menos
o básico de 1 dos 2 modelos acima. Em primeiro lugar ao pegar uma receita de
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óculos verifique o nome do paciente, a data da receita e confirme se o nome na


receita é mesmo da pessoa que quer olhar o óculos, após esta avaliação comece a
consultoria técnica que o atendente sabe para informar o cliente que está pedindo
na prescrição.
Segue exemplo de receita de lentes progressivas:

Figura 5 – Demonstração de receita multifocal.Portal optica net.

No modelo A da receita OD: significa olho direito; OE: significa olho esquerdo;
e também esta uma visão de longe o Esf. significa esférico que é a força dióptrica
que nesse caso a – miopia mais também poderia ser + hipermetropia, CIL significa
cilindro ou seja astigmatismo, EIXO e a posição do astigmatismo na córnea ele vai
de 0º a 180º toda receita que tem cilindro com astigmatismo e obrigatório ter o Eixo.
A RX que não tem Eixo é porque o paciente não tem astigmatismo, DNP significa
distancia naso pupilar, as vezes conhecida também por DP.
Essa medida é fundamental para que as lentes ficarem centralizados na
armação para uma boa adaptação ela é feita com um aparelho chamado
pupilometro, e para uma melhor medição o ideal é a medida de DNP monocular pois
a cada olho pode ter uma medida e se pegar o DP total pode dar interferência em
algum olho fazendo dar prima na lente dificultando ou até impossibilitando a
adaptação; e o que é adição? É a dioptria de perto transposto resultando em uma só
dioptria, chamamos de transposição de RX.
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No modelo B temos uma outra receita porém sem transposição seguindo as


mesmas ordens de sequencia que já foi dita acima, porém com a dioptria de perto
anotada separadamente em ambos os olhos (AD). Nesses dois modelos as lentes
são multifocais pois contem 2 campos de visão de longe e de perto, podemos dizer
também que esse cliente tem miopia, astigmatismo e presbiopia.
Diríamos que a lente seria monofocal pois tem só um campo de visão de longe
e também não teria astigmatismo pois a mesma não tem cilindro então seria
somente hipermetropia ou se o sinal fosse negativo teria somente miopia.
Segue exemplo da receita monofocal de longe:

Figura 6 –Demonstração da receita monofocal simples de longe. Portal óptica net.

Pegando uma receita que tenha somente dioptria de perto, também seria uma
lente monofocal, pois esse cliente tem presbiopia, e precisa de dioptria somente
para perto. Caso pegue uma receita que tenha somente cilindro e não tem esférico
esse paciente tem só astigmatismo e essa lente também é monofocal.
Segue modelo da receita lente monofocal de perto:
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Figura 7 – demonstração de receita de monofocal de perto. Portal óptica net.

As lentes monofocais sejam de miopia ou hipermetropia são mais fáceis de


adaptação do que as lentes multifocais.
Tem também a rx que vem com um sinal especial ;esse sinal se dá o nome
de prisma, são especifico para paciente que tem estrabismo, e como todos os outros
essa também merece um cuidado muito especial pois esse usuário de óculos já tem
uma dificuldade de desvio em ambos os olhos de modo que os dos não fixa no
mesmo ponto no espaço, pois com isso faz com que a medida do DNP fica mais
complexa de ser tirado e é um erro dessa medida pode trazer um desconto maior
para esse paciente levando ele até não conseguir usar o óculos.
Temos também um rx que pode vim especificando que as lentes sejam
bifocais, nesse caso o ideal é seguir essa orientação da prescrição pois esse cliente
pode encontrar uma dificuldade de usar uma lente multifocal e reclamar desse
óculos se não for feito bifocal, além desse óculos se não for feito bifocal. Além dessa
prescrição deve se observar também tipos sendo os mais usados são as Biovis,
utex, kriptok, pois cada um dele vai depender da dioptria do cliente.
Após conhecer todos os itens acima citados, o atendente estará preparado
para interpretar uma receita dióptrica.
O cliente ao chegar na óptica ele quer primeiramente saber o significado do
que foi aviado no seu exame, acompanhado de uma serie de duvidas do que está
escrito em sua receita, há uma perguntas sempre recorrentes : “O que eu tenho?” ,
“O que eu dei?” , “Quantos graus eu tenho?”, “Meu grau aumentou ou diminuiu?”. É
neste momento que é preciso estar preparado para respondê-lo corretamente, assim
tirando todas o seu duvidas e receios.
Ao receber o cliente para o orçamento o primeiro passo é se informar se ele é o
dono da receita. Observar o nome prescrito corretamente é fundamental para
petição do seus óculos. Na maioria das receitas vêm esses seguintes campos:
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Figura 8- Demonstração de uma das receitas existente no mercado.


Fonte:www.portalopticanet.com.br

É de grande importância que nas anotações da receita esteja legível, caso haja
duvida na prescrição o correto é o técnico em óptica entrar em contato com o
oftalmologista ou optometrista que fez o atendimento e aviou a receita.
Um fator importante quando encontramos uma receita que contem cilindro e a
mesma não tem o eixo, imediatamente é preciso entrar em contato com o
consultório para pegar essa informação, porque toda receita que tenha dioptria
cilíndrica é obrigatória conter o eixo anotado.
Segue modelo das abreviaturas de receita óptica:

Ad= Adição DIP= Distância Inter pupilar

AO= Ambos os olhos DP= Distância pupilar

AM= A medir DNP= Distância nasopupilar

Asf= Asférico DV= Distância do vértice

Alt= Altura Esf.= Esférico

AR= Antirreflexo H.L.= High lite

B= Base Inf.= Inferior

BPC= Base prismática central I= Intermediária

BPI= Base prismática inferior L= Longe


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BPS= Base prismática superior mm= Milímetro

Bif= Bifocal N= Nasal

Cil= Cilíndrico OD= Olho direito

Cor= Tonalidade (tons) OE= Olho esquerdo

CO= Centro Óptico °= Grau (eixo)

CR39= Resina orgânica P= Perto

CC= Côncavo (a) PL= Plano

CX= Convexo (a) RX= Receita

D= Diotropia Sup= Superior

Diop= Dioptria T= Temporal

TABO
DE= Dioptria esférica Diagrama
=

DC= Dioptria cilíndrica UV= Tratamento de ultravioleta

DCL= Distância córnea-lente

Tabela 1: Abreviaturas de receita óptica. Fonte: Apostila OWP

5 TOMADA DE MEDIDAS

Na optica é indispensável ter alguns aparelhos para após concretizar a venda,


fazer todos os procedimentos para a confecção da lente que foi vendida.
Após a escolha da armação é necessário tirar algumas medidas essenciais
para a confecção das lentes.
Nas tomadas de medidas também deve ser observado o ajuste da armação,
pois esse ajuste correto pode permitir uma boa tomada de medidas com ela ajustada
corretamente antes das medidas, vai garantir que a lente fica posicionada
exatamente no local exigido tecnicamente para os múltiplos campos visuais, esses
ajustes envolve os seguintes etapas: preliminar, horizontalidade, curvatura facial,
ângulo pantoscopio, distancia vértice e plaquetas.
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No ajuste preliminar a armação deve estar com parafusos bem apertados nas
lentes com hastes finas. A armação deve estar bem apoiada nas orelhas, com
acerto dos ponteiros se for necessário, por isso na ótica é indispensável ferramentas
especificas para esse ajuste.
Na horizontalidade as hastes devem estar inclinadas, pois ela tem como o
objetivo de garantir uma perfeita tomada de altura.
Em um dos ajustes na curvatura facial a armação deve se curvar mais usando
a ponte, pois nela tem como objetivo garantir uma boa visão periférica.
No ângulo pantoscopio recomenda-se o ajuste usado para a horizontalidade
porque efetuada nas duas hastes. Sem ângulo visual e de 10º/12º ele ajuda garantir
a amplitude dos campos intermediários e de perto.
Na distancia vértice a armação tem que estar proporcional ao encaixe do nasal
ou seja do nariz, devemos atentar para o tamanho da ponte e da protuberância
nasal, sua distância visual é 12mm/14mm pois ela também é que mantem a mesma
correção feita no exame de refração e aplicadas dos campos visuais.
As plaquetas elas devem ser bem apoiada no nariz para garantir o conforto,
pois elas também permitem que sejam feitos pequenas alterações na altura pupilar.
O nome da régua exata milimétrica é um submúltiplo do metro usado para
medição de pequenas distancias escolhido como unidade de medida linear do optico
oftálmica.
Ela é utilizada para medir o diâmetro das lentes a distancia dos pupilos (DNP e
ALT) o tamanho das películas bifocais e sua altura de montagem e as medidas da
armação (Aro ponte e diagonal)
Segue modelo da régua:
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Figura 9- Demonstração da Régua milimétrica.

A tomada de medida da altura da pupila para uma lente progressiva ou bifocal


e essencial para uma boa adaptação do cliente, por isso é preciso haver precisão,
pois é a altura que determina a exata correção dos campos visuais com relação a
distancia em que os objetos focados se encontram dos olhos. Qualquer erro vai
alterar a correção visual.
Existem duas formas de medir essa altura:
 Convencional: o profissional marca com um ponto branco na lente de
amostra de armação coincidindo com a pupila.
 Tecnológico: o profissional utiliza sistemas específicos de aparelhos.
Mas em todas elas há uma regra que deve ser respeitado que é sua postura
própria mantendo o cliente em postura natural, olhando em visão de longe.
No caso da medida convencional, um técnico ajudara o profissional nivelar a
altura dos olhos com o do usuário, fechar o seu OE e pedir para que o cliente olhe
para o seu OD e dai marcar com a caneta sobre a lente no OE do cliente e da
mesma forma fazer com OD fechar e pedir para ele olhar no OE e fazer a marcação
no OD ao cliente e fazer a conferencia a uma distancia de 3m com dois olhos
abertos e verificar as medidas observar também a armação se precisar de ajuste
pois a mesma precisa estar ajustada para que essas medidas sejam feitas.
O principal objetivo da tomada de medidas e reduzir os casos de dificuldades
de adaptação, ser percebido como um profissional conhecedor do produto que
indica e criar oportunidades de aprendizado, de aperfeiçoamento técnico e de
aprofundamento do relacionamento com cliente, ajudando na fidelização.
Existem aparelhos com altas tecnologias, mas o básico não pode faltar que
são: O pupilometro, caneta retroprojetora, uma régua óptica e uma pequena
lanterna.
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Figura 10 – Demonstração do aparelho pupilometro

Com o pupilometro tiramos a medida DNP (Distancia Naso Pupilar), ou DP


(Distancia Pupilar); com a caneta retroprojetora marcamos o ACO (Altura do Centro
Óptico) caso seja uma lente multifocal, para o melhor brilho da pupila podemos usar
o foco de luz de uma pequena lanterna, a régua de medição óptica usamos para a
Conferencia das medidas da armação.
A utilização do pupilometro tornou se de fundamental importância tanto para a
lente monofocais como em lentes progressivas, ele da dar o reflexo corneado
fazendo com que a medida e feita de forma rápida e com muita precisão.
Na hora da utilização da pupilometria o profissional deve selecionar a distancia
para a qual esta sendo tirada a medida. O cliente seve segurar o equipamento e
utilizar como se fosse um binoculo, pois dessa forma ira ficar mais confortável. O
profissional deve nivelar e ficar com a altura do cliente, fazendo com que o
equipamento fique perfeitamente na horizontal, solicitar o usuário que olhe fixamente
para o ponto luminoso dentro do circulo verde que aparece no interior do
equipamento, nesse momento, o profissional deve mover as barras para sobre o
reflexo separadamente para OD e OE verificar a precisão da medida.

5.1 Anotações de pedido para confecção da lente

Depois da venda concluída é hora de passar as anotações para o bloco de


pedido do laboratório que irá confeccionar a lente, com muita atenção para não
haver erro e prejuízo como a perda da lente e insatisfação do cliente, pois é da total
responsabilidade da óptica passar as anotações com todas as medições
corretamente.
No pedido irá ser colocado o nome do cliente na ordem de serviço, a dioptria
da lente, caso tenha cilindro anotar o eixo, o DP, o ACO, e para uma lente sufaçada
é necessário colocar as medidas da armação diagonal maior, horizontal, vertical,
ponte aro.
Segue modelo:
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Figura 11: Medidas para pedido de lente

Para toda lente sufaçada e obrigatoriamente passar essas medidas, para o


laboratório, caso contrário e necessário enviar a armação para o laboratório junto
com o pedido.
Em caso de lentes de alto índice e indispensável colocar o tipo da lente que foi
vendida, pois vai depender do índice da lente que você pedir no laboratório que vai
ter o resultado da espessura desejada, para isso tem uma tabela específica para
que o óptico não fica sem informação.
Tabela 2: Indice de refração lentes. Fonte: Ney Dias.
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5.2 Conferindo as lentes

Após a Lente ser confeccionada pelo laboratório é fundamental a conferencia


da mesma, pois caso haver algum erro antes de entregar para o cliente é preciso ser
corrigido.
Conseguimos fazer essa conferencia com alguns aparelhos como o Lesometro
e outros. É possível fazer essa conferencia na própria loja. Caso não tenha esses
aparelhos o correto é levar ao consultório onde a receita foi aviada para conferir.
Segue imagem de um Lesometro para conferencia da lente.

Figura 12: Lensometro

Nele tem todas as medições corretas para ser aferidas,mais também para o
manuseio e preciso saber ultiliza-lo.
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5.3 Entrega dos óculos para o cliente

Depois que conferimos, certificando que está tudo certo conforme a receita e o
pedido é chegada a hora de o cliente ter a qualidade de sua visão melhorada
através dos procedimentos e tratamentos compostos em seus óculos.
Ao entregar os óculos peça o cliente para colocá-lo no rosto e dê a ele algo
para ler para que ele sinta a diferença na melhora da visão.
Apesar de muitos disser que adaptação para o primeiro usuário principalmente
se for de multifocal pode ser um pouco mais difícil nos primeiros dias, mas o correto
é que ele se sinta confortável com o uso imediato.
O interessante e seu cliente já sair da loja com o novos óculos no rosto,pois o
mesmo está ansioso para uma visão melhor Por isso é fundamental o pós venda,
para que o cliente se sinta seguro para qualquer dificuldade.

5.4 Pós-venda

Após entregar os óculos para o cliente é importante você fazer o pos venda,
pois é esse cliente que vai te trazer mais clientes, porque o cliente satisfeito, ele por
si só faz a propaganda.
Por isso a importância do bom atendimento acompanhado de conhecimento,
de uma boa explicação na interpretação de uma receita, e acima de tudo o trabalho
bem feito com honestidade e perfeição, para que na hora que você for fazer o pós
venda, você não terá receio de encontrar um cliente insatisfeito.
E o que é o Pós venda? Ele é o relacionamento que você cria como cliente
profissionalmente através de contato com ele por email ou telefone para fazer uma
pesquisa de satisfação da compra do produto e do atendimento que foi prestado por
sua empresa, ele mostra para o seu cliente que você está disposto a dar uma
assistência para ele e que você estará sempre a disposição para atende-lo sempre
quando ele precisar.
O pós venda, pode fidelizar o cliente a sua loja, pois o mesmo é o responsável
o pré venda. E como fazer esse pós venda ? Na hora que você preencher o pedido
você tem que ter anotado todos os dados e os contatos desse cliente mediante a
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essas informações você irá encontrar a forma de falar com ele, após 15 dias dele ter
pegado os óculos você irá através desse contato perguntar para ele como ele esta
sentindo com os seus óculos, se ele esta satisfeito, se deseja algo mais, e que
estará sempre a disposição.
Esse cliente ele será muito especial para você, a partir de quando te deu a
honra de atender suas necessidades escolhendo sua empresa, portanto é
interessante no dia do aniversario do cliente você ligar para ele, dar-lhe os parabéns
dizer que ele faz parte do roal de amigos de sua loja, se possível enviar até um
cartão para ele desejando felicitações.
Outra coisa importante no pós venda é quando estiver vencendo um ano que
ele fez os óculos você ligar e lembra-lo que seu exame refrativo venceu, e que seria
ótimo ele fazer novos exames para uma nova avaliação, dai a chance de vender
outro óculos é muito grande.
Se você fizer todos esses procedimentos e trabalhos com honestidade
procurando atender sempre a necessidade do cliente sua ótica terá muito sucesso.
Lembrando que no comercio nem sempre o preço é o que conta, mas sim o
conhecimento do que se vende e um ótimo atendimento.
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CONCLUSÃO

O mercado óptico atualmente vem crescendo cada vez mais, porem ainda há
dificuldade de encontrar profissionais capacitados em conhecimento para trabalhar
na área.
Por isso a escolha deste tema de Ametropias com Interpretação de uma
receita, foi para aprofundar em conhecimento na preparação do profissional técnico
em optica.
Pois se tratando de saúde visual é de responsabilidade da óptica oferecer ao
cliente o melhor em atendimento, para isto é necessário ter a resposta correta para
suas perguntas e duvidas orientá-lo o que melhor lhe atende, oferecer qualidade e
conforto para sua visão.
Dentro do tema principal, foi abordado as principais partes do olho humano, as
Ametropias, os tipos de lentes para cada Ametropia, a interpretação da receita, a
tomada de medidas, para confecção das lentes, ou seja, todo conhecimento desde o
atendimento de balcão como fechamento da venda, seguindo para laboratório até a
entrega do óculos para o cliente com o pós venda.
Portanto neste trabalho foi enunciado alguns conhecimentos, que o técnico em
optica deve dominar, e que possa servir de dicas para que estes profissionais se
sintam cada vez mais motivados na procura de maiores e novos conhecimentos
para exercer sua profissão com intuito de serem profissionais com excelência.
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REFERÊNCIAS

HELENE, Otaviano. HELENE, André. ALGUNS ASPECTOS DA ÓPTICA DO OLHO


HUMANO. Revista Brasileira de Ensino de Física. Vol. 33, 2011, p. 3312. Disponível
em: < http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/333312.pdf> Acesso em 10/10/18 as 16:21.

CUNHA, Celso. CORREIA, Renato, CUNHA, Jessica. CORREÇÃO ÓPTICA E


EVOLUÇÃO DA HIPERMETROPIA. Scielo. 2017. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbof/v76n4/0034-7280-rbof-76-04-0194.pdf> Acesso em
19/10/18 as 14:00.

VENTURA, Liliane. NETO, Jarbas. AMETROPIAS OCULARES. Revista Brasileira


de Ensino de Física. Vol. 17, 1995, p. 305-316. Disponível em: <
http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol17a38.pdf> Acesso em 05/11/18 as 15:31.

OWP EDUCAÇÃO. ANATOMIA OCULAR. São Paulo, 2018.

OLIVEIRA, Menezes. ESTUDO SOBRE IRIS HUMANA. Artigo. Universidade


Federal do Rio Grande do Sul, 2007.

COSTA, E. LEITE, V. O OLHO HUMANO: ACOMODAÇÃO. Revista Brasileira de


Ensino de Física. Vol. 20, 1998.

GERAISSATE,E. ANATOMIA DO OLHO HUMANO. Arq. Brasileiro Oftamol, 2000.

MACHADO, J. ÓPTICA PASSO A PASSO. Revista Veja Bem. Editora Biologia e


Saúde “Sobre a Vida”. Vol. 2. Atualizada no dia 05/01/2019. Disponível em
<www.portalopticanet.com.br>

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