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Resumão Bases Farmacológicas

Acidentes com Medicamentos


19/06/2022

Denominam-se "acidentes com medicamentos" todos os incidentes, problemas ou


insucessos, previsíveis ou não, produzidos ou não por erro, conseqüência ou não
de imperícia, imprudência ou negligência, que ocorrem durante o processo de
utilização dos medicamentos.

“Todas as substâncias são venenos; não existe nenhuma que não seja veneno. A
dose correta é que diferencia um veneno de um remédio” ~ Paracelsus;

Evento Adverso: Qualquer lesão ou dano advindo de medicamentos, provocados


pelo uso ou falta do uso quando necessário.

Reação Adversa: Qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se manifeste


após a administração do medicamento, em doses normalmente utilizadas no
homem para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de uma enfermidade;

 Relacionadas a dose / Não relacionadas com a dose;


 Relacionadas com o tempo ou suspensão do uso;
 Relacionadas com tardias;

Essas reações adversas podem acontecer pelas seguintes situações:

 Por ação sobre os receptores alvos, sendo um efeito colateral;


 Por ação sobre os alvos não desejados, sendo um efeito secundário;
 Pela resposta imune prejudicial, sendo as alergias;
 De uma forma idiossincrásica, onde não se tem uma explicação;
 Por produção de metabolismos tóxicos;

Erro de medicação: Qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente,


conduz ao uso inadequado de medicamento;
Resumão Bases Farmacológicas
Interações Medicamentosas
19/06/2022

Capacidade de um composto químico em alterar o perfil farmacológico de um


medicamento. Sendo dividido em tipos:

 Interações medicamentosas com alimentos;


 Interações medicamentosas com substancias químicas;
 Interações medicamentosas com medicamentos;
 Interações medicamentosas com exames;
 Interações medicamentosas situações clinicas;

Atores das interações

São os precipitantes e os objetos; “Alguém que levanta a bola e outro que marca
o ponto”; O medicamento que precipita a interação é denominado medicamento
precipitante enquanto que o medicamento cuja ação é afetada é conhecido como
medicamento objeto;

Categoria das Interações

As interações medicamentosas podem ser classificadas em duas categorias: 1)


sinérgica, quando os efeitos combinados dos dois medicamentos são maiores que
a soma dos efeitos individuais; e 2) antagônica, quando o efeito resultante é
menor que a combinação dos efeitos dos dois medicamentos isolados ou quando a
interação resulta em anulação parcial ou completa das propriedades
farmacológicas de cada medicamento (Kastrup, 2004).

Natureza das interações

Farmacêuticas: As interações farmacêuticas são eventos físico-químicos que


resultam na perda de atividade de um ou de ambos os fármacos. Como exemplo
de interação farmacêutica pode ser citada a formação de complexo entre
tiopental e suxametônio, que não devem ser misturados na mesma seringa. Pode-
se citar ainda a interação entre a heparina com fármacos básicos

Farmacodinâmica: As interações farmacodinâmicas são aquelas em que o


medicamento precipitante altera o efeito do medicamento objeto em seu local
de ação. Essas interações podem ser diretas, envolvendo sinergismo ou
antagonismo de ação, ou indiretas, quando estão relacionadas a alterações no
processo de coagulação ou equilíbrio eletrolítico. Um exemplo de sinergismo de
ação é a potencialização do efeito depressor do Sistema Nervoso Central pela
associação de uso de benzodiazepínico a analgésico opióide

Farmacocinéticas: As interações farmacocinéticas envolvem os efeitos de um


medicamento sobre a absorção, distribuição ou eliminação (metabolismo ou
excreção) de outro medicamento. Estas interações freqüentemente provocam
mudanças importantes nas concentrações plasmáticas, área sob a curva, início de
ação e meia-vida do fármaco, conseqüentemente alterando a resposta clínica.
Como exemplo de interação relacionada à absorção de fármacos, podemos citar o
efeito quelante da tetraciclina sobre o cálcio, reduzindo a absorção do
antimicrobiano. 

https://www.scielo.br/j/rbcf/a/MhD78f9B9vFLyDSZqBsMx8n/?lang=pt

Resumão Bases Farmacológicas


Interações Medicamentosas
19/06/2022

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, entende-se que há uso racional


de medicamento quando pacientes recebem medicamentos para suas condições
clínicas em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período
adequado e ao menor custo para si e para a comunidade.

Drogas depressoras

As drogas depressoras acarretam a diminuição do funcionamento do Sistema


Nervoso Central, onde as atividades cerebrais ficam mais lentificadas. Nos
casos extremos esses tipos de substâncias podem gerar paradas cardíacas ou
respiratórias, elas são subdivididas em analgésicas e hipnóticas. Exemplos dos
mesmos são o álcool e opioides;

Drogas estimulantes

As drogas estimulantes aumentam e aceleram a atividade do cérebro, onde a


pessoa fica mais eufórica. Elas podem ser sintéticas ou naturais, com o seu uso
na forma líquida, inalada ou triturada. Anfetaminas, metafetaminas, cocaína e
crack são os exemplos mais comuns dessas drogas;
Drogas Perturbadoras

As drogas perturbadoras também chamadas de alucinógenas provocam


alterações no sistema nervoso central, que como resultado acaba provocando
alucinações e delírios. Seu consumo acontece principalmente de duas maneiras,
podendo ser fumadas ou ingeridas. Maconha, LSD e ecstasy são exemplos de
drogas que provocam esse efeito;

Tipos de Uso

Uso: Nem todo uso de substâncias psicoativas é patológica ou problemática.


Porém, mesmo o uso ocasional não é isento de riscos;

Abuso (uso nocivo): É um padrão de uso de substância psicoativa que causa dano
à saúde. Para caracterizar o uso nocivo e abusivo, as diretrizes diagnósticas
requerem que o dano real tenha sido causado à saúde física ou mental do usuário.
Síndrome de dependência: Um diagnóstico definitivo de dependência deve ser
feito quando a pessoa apresentar, durante a maior parte do tempo, no período de
um ano, três ou mais dos requisitos:

 Forte desejo ou compulsão para consumir a substância;

 Dificuldade em controlar o comportamento de consumo;

 Estado de abstinência fisiológica quando o uso for reduzido ou


interrompido;

 Evidencia de tolerância da substância;

 Abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do


uso da droga;

 Aumento da quantidade de tempo necessário para obter ou consumir a


substância ou para se recuperar dos seus efeitos;

 Persistência no uso da substancia, mesmo diante de conseqüências


visivelmente prejudiciais;

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