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Cátia Ramalhete

16/02/2021_ Aula 2
catiar@uatlantica.pt
DOSE

É a quantidade apropriada administrada de um fármaco que produz um


determinado grau de resposta.

DOSE DE IMPREGNAÇÃO

Dose ou série de doses que são administradas no inicio do tratamento com o


objectivo de atingir rapidamente a concentração desejada.

DOSE DE MANUTENÇÃO

Doses repetitivas ou sob a forma de infusão contínua – Permitem manter uma


concentração em equilíbrio no plasma dentro de uma determinada amplitude
terapêutica
MEDICAMENTOS

Classificação de medicamentos quanto à origem:

 Natural
- Mineral
- Animal
- Vegetal

 Síntese

 Semi-síntese – medicamentos origem natural aos


quais se retiram, acrescentam ou substituem
determinados grupos químicos.
MEDICAMENTOS

Classificação quanto à acção:

 Etiotrópicos – não influenciam qualquer actividade biológica. A sua


finalidade é matar ou impedir multiplicação de microrganismos patogénicos.

 Organotrópicos – condicionam alteração de um parâmetro biológico


(Ex: anti-hipertensores)
MEDICAMENTOS

Podem ser agrupados:

 Utilização a título preventivo:


– Prevenção – vacinas
– Modificar processo biológico – anticoncepcionais

 Tratamento de substituição - compensar carência do organismo:


– Exógena – vitaminas
– Endógena: Definitiva – insulina
Provisória – hemorragia, diarreia
MEDICAMENTOS

Podem ser agrupados:

 Suprimem a causa da doença:


– Bactericidas – morte do agente causal
– Bacteriostáticos – dificultam o crescimento e multiplicação

 Sintomáticos – corrigem os sintomas, sem eliminar a causa


(analgésicos, anti-inflamatórios).
MEDICAMENTOS

Podem ser agrupados:

 Nome químico – descreve a substância quimicamente


ex: 1-(isopropilamino)-3-(1-naftilóxi)propan-2-ol

 Nome genérico – nome dado por um orgão científico competente


ex: paracetamol

 Nome comercial – nome dado pelo fabricante


ex: Ben-u-ron
Noções Básicas
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

PODEM SER:

 UTEIS: Exemplo: potenciação mútua do Trimetoprim e do Sulfametoxazol;

 a potenciação dos anti-hipertensores pela administração


conjunta com diuréticos.

 NOCIVAS: Quando conduzem à insuficiência ou anulação do efeito terapêutico,


ou estão na origem de reacções secundárias ou tóxicas graves ou
mesmo fatais.
(Ex. Tetraciclinas e produtos lácteos e antiácidos; varfarina e AINE)
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Assim as interacções podem traduzir-se por:

 Um reforço da acção de um dos medicamentos (adição;


potenciação)
Sinergismo

 Redução dos efeitos (antagonismo)


INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ANTAGONISMO

Quando um fármaco diminui ou inibe a acção de outro

 Competitivo ou farmacológico

 Fisiológico

 Químico
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ANTAGONISMO

Quando um fármaco diminui ou inibe a acção de outro

 Competitivo ou farmacológico
O antagonista compete pelos mesmos sítios de receptores.

Contração muscular pelo efeito do agonista (acetilcolina) e


deslocamento da curva pelo antagonista (atropina).
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ANTAGONISMO

Quando um fármaco diminui ou inibe a acção de outro

 Fisiológico
Quando duas substâncias químicas produzem efeitos opostos na mesma
função fisiológica, agindo sobre estruturas diferentes

Glucagon e insulina sobre o nível de glicémia


INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ANTAGONISMO

Quando um fármaco diminui ou inibe a acção de outro

 Químico - Duas substâncias não reagem com os receptores do organismo, mas


reagem quimicamente entre si em solução, antagonizando-se.

Quelantes de metais utilizados no tratamento de intoxicações por metais


pesados, como o arsénio e chumbo.
Estuda as alterações que o medicamento provoca no organismo

COMPLEXO FÁRMACO-RECEPTOR

AFINIDADE ACTIVIDADE INTRÍNSECA OU


EFICÁCIA

Capacidade de um fármaco se Capacidade de um fármaco produzir um


fixar sobre o receptor efeito após fixação aos receptores
COMPLEXO FÁRMACO-RECEPTOR

Agonista

Um agonista é um fármaco que possui afinidade e actividade intrínseca .

Pode ser: - Total (100%) Quando ao actuar num dado órgão produz efeito de
100%.
- Parcial (<100%) Quando não consegue induzir 100% de resposta.

Antagonista

Um antagonista é um fármaco com afinidade mas sem actividade intrínseca


COMPLEXO
COMPLEXO FÁRMACO-RECEPTOR
FÁRMACO-RECEPTOR

Agonista Antagonista
Noções Básicas
TOXICIDADE MEDICAMENTOSA

MEDICAMENTOS

1. Efeito principal

2. Efeitos secundários

3. Efeitos tóxicos:

Surgem por sobredosagem ou por reactividade


especial do indivíduo. Podem ser imediatos ou a
longo prazo
TOXICIDADE MEDICAMENTOSA

A toxicidade dos medicamentos pode ter um orgão como alvo.

1. MEDULA ÓSSEA é um dos alvos

2. FÍGADO e RIM são outros dois órgãos atingidos frequentemente

Os medicamentos podem ter efeitos teratogénicos sobre o


embrião e o feto.
TOXICIDADE MEDICAMENTOSA

ACUMULAÇÃO

 Quando a eliminação de um fármaco é demorada e a sua administração


repetida frequentemente.

 Ex: Digoxina, cloroquina


TOXICIDADE MEDICAMENTOSA

HABITUAÇÃO OU ACOSTUMAÇÃO

 Quando se verifica uma redução progressiva dos efeitos de um fármaco após


a sua administração prolongada.

 Ex: chá, café, purgantes, narcóticos e tranquilizantes.

O paciente que toma cronicamente estes fármacos, suporta doses


elevadissimas, altamente tóxicas para aqueles que nunca os tenham
tomado.
A supressão brusca implica sintomas de abstinência.
TOXICIDADE MEDICAMENTOSA

INTOXICAÇÃO

 É o efeito que resulta da ação de um tóxico a nível dos vários sistemas


orgânicos.

 A sua terapêutica assenta em quatro princípios básicos:

1. Identificação do tóxico;
2. Cálculo da quantidade ingerida;
3. Remoção e/ou neutralização do tóxico; ANTIDOTISMO

4. Manutenção das funções vitais.


TOXICIDADE MEDICAMENTOSA

.
ANTIDOTISMO

 Quando por processos mecânicos, físicos ou químicos, se anula ou diminui a


acção ou absorção de um tóxico.

Ex. Existem antídotos tais como a atropina, acetilcisteína, vitamina K,


dimercaprol, fisostigmina, glucagon, oximas, entre outras.

ATROPINA
Desempenha um papel muito importante no tratamento das intoxicações agudas por
organofosforados.
Noções Básicas
FÁRMACO-DEPENDÊNCIA

Trata-se de uma dependência do doente ao fármaco

1. DEPENDÊNCIA PSÍQUICA
Desejo de tomar um fármaco, leva a um estado de bem estar.

2. DEPENDÊNCIA FÍSICA
Aparecimento de sintomas físicos – síndrome de abstinência quando se
suspende a administração do fármaco.

Transpiração, ansiedade, excitação, agressividade, alucinações, dor,


náuseas, vómitos, diarreia, febre, morte.
FÁRMACO-DEPENDÊNCIA

Trata-se de uma dependência do doente ao fármaco

Qualquer fármaco que altere as manisfestações do


comportamento é potencialmente capaz de produzir dependência
após repetidas administrações.

Opiáceos; barbitúricos; hipnóticos; etanol; anfetaminas;

cocaína
FÁRMACO-DEPENDÊNCIA

DEVE-SE A:

1. TOLERÂNCIA

Indica a necessidade de uma dose maior de fármaco para produzir


determinada resposta.

Natural – raça negra tem tolerância aos midriáticos

Adquirida – à ação sedativa do Fenobarbital

Dilatação da pupila
FÁRMACO-DEPENDÊNCIA

DEVE-SE A:

2. TOLERÂNCIA CRUZADA

Desenvolvimento de tolerância aos agentes farmacologicamente relacionados.

Ex: Os alcoólicos são relativamente tolerantes aos barbitúricos e


anestésicos gerais
FÁRMACO-DEPENDÊNCIA

DEPENDÊNCIAS PODEM SER CLASSIFICADAS:

1. Dependência tipo álcool ou barbitúrico

Depêndencia Psíquica – não regular.

Dependência Física – lenta mas em grau muito marcado – pode dar convulsões
e morte.

Toxicologia- pequena, mas cruzada.


FÁRMACO-DEPENDÊNCIA

DEPENDÊNCIAS PODEM SER CLASSIFICADAS:

2. Dependência tipo opiáceos (morfina, codeina )

Depêndencia Psíquica – rápida e intensa

Depêndencia Física – instala-se cedo, sindrome de abstinência violento

Toxicologica – desenvolve-se rapidamente


FÁRMACO-DEPENDÊNCIA

DEPENDÊNCIAS PODEM SER CLASSIFICADAS:

3. Dependência tipo alucinogénicas (LSD, marijuana )

Depêndencia Psíquica – depende da dose, de leve a forte

Depêndencia Física – não tem, pequena

Toxicologica – marcada, só para doses elevadas


Noções Básicas
INCOMPATIBILIDADES MEDICAMENTOSAS

INCOMPATIBILIDADE

Quando duas substâncias associadas, dão lugar a modificações não desejadas e


que podem prejudicar o efeito terapêutico que se pretende obter.

Dada a frequência com que nos hospitais se administram


medicamentos diluídos em soluções injectáveis de grande
volume, este é um problema de grande importância.
INCOMPATIBILIDADES MEDICAMENTOSAS

1. Só deverá adicionar-se um fármaco a uma solução injectável quando


expressamente indicado e de forma simples;
2. A adição do fármaco à solução injectável deverá efectuar-se pouco antes da sua
utilização;
3. Se possível adicionar um só fármaco;
4. Não adicionar fármacos a frascos contendo: sangue, soluções de aminoácidos ou
emulsões lipidicas;
5. Os frascos devem conter um rótulo com o nome e quantidade do fármaco
adicionado, data e hora da aditivação e tempo durante o qual deve ser
administrada a mistura;
6. Trabalhar com assépsia.
Noções Básicas
HIPERSENSIBILIDADES

Hipersensibilidade ou intolerância :

Resposta exagerada de um indivíduo a uma dose normal de um


determinado fármaco.

A explicação deste fenómeno pode encontrar-se num


aumento da sensibilidade da célula onde actua o fármaco, ou
na ausência ou diminuição congénita de enzimas encarregados
da metabolização do fármaco.
HIPERSENSIBILIDADES

Alergia

A alergia é uma reacção imunologicamente mediada que produz sintomas


estereotipados não relacionados com o perfil do fármaco e que
depende da dose

Os portadores de alergias são chamados de


“atópicos”.

Ex: Penicilinas, Cefalosporinas, Salicilatos,


Tetraciclinas
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FORMAS FARMACÊUTICAS
Forma como os medicamentos são dispostos para uso imediato, resultante da
mistura de substâncias adequadas para determinadas finalidades terapêuticas.

Depende:

1. As propriedades físico-químicas do fármaco a usar.

2. De acordo com a via de administração


(Já que de acordo com a forma farmacêutica, têm-se a via de
administração).

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COMPONENTES DE UMA
FORMULAÇÃO

Veículo
(ex: ingredientes Correctores
Substância
adicionados para (aroma Medicamento
activa
tornar o fármaco artificial)
efervescente)
COMPONENTES DE UMA
FORMULAÇÃO

Substância activa

 Representa o constituínte da formulação responsável pelas ações


farmacológicas.

 No caso de existir mais que uma substância activa, teremos:

 Base: É a substância activa que apresenta a maior acção farmacológica.

 Adjuvante: Outras substâncias activas que complementam a acção da


base.

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COMPONENTES DE UMA
FORMULAÇÃO

Veículo

 Ingredientes presentes na forma farmacêutica que conferem forma e volume,


sendo um gerador de estabilidade.

 Excipiente: É o veículo que tem ação passiva, destina-se a dar forma,


aumentar volume.

 Intermediário: Responsável pela estabilidade física e homogeneidade.

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COMPONENTES DE UMA
FORMULAÇÃO

Correctores

 São todos os constituintes que integram a formulação com o objectivo


de corrigir as propriedades organolépticas e visuais do produto final

 Edulcorantes: Conferem sabor agradável à preparação.

 Intermediário: Confere côr às formas farmacêuticas

FORMAS FARMACÊUTICAS CLASSIFICAM-SE DE ACORDO


COM????
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FORMAS FARMACÊUTICAS

Classificação de acordo com a via de administração:


1- Medicamentos administrados pela via oral
Ex: comprimidos, cápsulas (sólidos), Xaropes, soluções (líquidas), comprimidos
efervescentes, granulados efervescentes (efervescentes)

2- Medicamentos administrados pela via tópica


Ex: pomada, loções

3- Medicamentos administrados pela via parentérica


Ex: injectável

4- Medicamentos administrados pela mucosas


Ex: supositório

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FORMAS FARMACÊUTICAS

1- Medicamentos administrados pela via oral

SÓLIDOS

 Comprimidos

 Comprimidos ação prolongada

 Comprimidos com revestimento entérico

 Pastilhas

 Cápsulas

 Pós
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FORMAS FARMACÊUTICAS

1- Medicamentos administrados pela via oral

LÍQUIDOS

 Xaropes

 Soluções

 Suspensões

 Emulsões

 Elixires

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FORMAS FARMACÊUTICAS

1- Medicamentos administrados pela via oral

EFERVESCENTES

 Comprimidos efervescentes

 Pós efervescentes

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FORMAS FARMACÊUTICAS

2- Medicamentos para administração tópica

 Loções

 Cremes

 Pomadas

 Pós

 Geís

 Aerossois

 Pensos transdérmicos

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FORMAS FARMACÊUTICAS

3- Medicamentos para administração parentérica

 Ampolas

 Frasco-ampola

 Seringas pré-cheias

 Recipientes para soluções de grande volume

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FORMAS FARMACÊUTICAS

4- Medicamentos para administração pelas mucosas

 Supositórios

 Microclisteres

 Óvulos e cremes vaginais


´Tipo de óvulo
 Gotas oftálmicas, nasais, otológicas

 Vaporizadores

 Nebulizadores Aplicador de óvulos e


cremes vaginais

´Supositórios 54
FORMAS FARMACÊUTICAS

Classificação de acordo com o estado físico:

SÓLIDOS

 Comprimidos
 Cápsulas
 Pastilhas
 Supositórios
 Óvulos
 Pós
 …..

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FORMAS FARMACÊUTICAS

Classificação de acordo com o estado físico:

Líquidas

 Emulsões
 Óleos medicinais
 Tinturas
 Xaropes
 …..

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FORMAS FARMACÊUTICAS

Classificação de acordo com o estado físico:

Especiais

 Aerossóis
 Ampolas
 Colírios

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FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

COMPRIMIDOS

Formas sólidas de um pó medicamentoso, preparado por compressão, adicionado ou


não de substâncias aglutinantes.

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FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

COMPRIMIDOS

Formas sólidas de um pó medicamentoso, preparado por compressão, adicionado ou


não de substâncias aglutinantes.

Comprimidos com ranhura – permitem uma divisão equilibrada da dose

Comprimido com revestimento entérico – resiste à dissolução no pH ácido do


estômago, mas dissolve-se no pH alcalino do intestino. Utilizados para fármacos
que são destruídos ou inactivados pelo pH ácido. Não devem mastigados ou
triturados

Comprimidos de acção prolongada (retard) ou de libertação controlada –


Preparados para serem absorvidos de forma gradual. Não devem mastigados ou
triturados
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FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

COMPRIMIDOS

Formas sólidas de um pó medicamentoso, preparado por compressão, adicionado ou


não de substâncias aglutinantes.

Facilidade no transporte;

Embalagem; Drageia
(mascarar sabores desagradáveis das SA)
Conservação.

Drageificação 60
Drageificação
FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

CÁPSULAS

 Preparados nos quais uma ou mais substâncias (líquido ou pó) são colocadas
dentro de um invólucro gelatinoso, que se dissolve no tubo
gastrointestinal e liberta o medicamento para ser absorvido.

 Forma adequada para administração de fármacos com sabor


desagradável
 Devem ser deglutidas inteiras

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FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

CÁPSULAS DE ACÇÃO PROLONGADA, RETARDADA OU CONTÍNUA (RETARD)

 Libertação contínua e gradual do fármaco devido aos diferentes níveis


de dissolução dos grânulos contidos na cápsula.

 Reduz o número de doses a administrar por dia

 Não devem ser trituradas, nem mastigadas, nem o seu conteúdo


esvaziado para misturar com alimentos ou líquidos – pode alterar a
absorção
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FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

PASTILHAS

 Pequenos discos que contêm um fármaco numa base aromatizada.

 Devem ser completamente dissolvidos na boca, para que assim se liberte


o fármaco

 Normalmente exercem o seu efeito terapêutico na mucosa oral

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FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

PÓS

 Medicamentos sólidos que são misturados com líquidos (água ou


sumos) antes da sua administração.

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FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

XAROPE

Fármacos dissolvidos numa solução concentrada de açúcar


(sacarose) ou muito aromatizada.

 Dissimular o sabor desagradável

 Especialmente para crianças – sabor mais agradável, mais fácil

administração e mais fácil o ajuste da dose

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FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

SOLUÇÕES

Mistura de PA num solvente.

 Habitualmente têm um sabor desagradável

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FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

SUSPENSÕES

Misturas de partículas sólidas em meio líquido.


Alivio da azia

 As partículas precipitam quando a solução fica em repouso;

 Agitar antes da administração – distribuição uniforme das partículas

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FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

EMULSÕES

Feitas a partir de gorduras (óleos ou vaselina) dispersas em outro


líquido.

 Disfarçar o mau sabor ou proporcionar uma


melhor solubilidade do fármaco.
 Devem ser agitadas antes da administração.

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FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

ELIXIRES

Preparações de fármaco num solvente alcoólico.

 Utilizados para fármacos não solúveis em água.

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FORMAS FARMACÊUTICAS

ORAL

COMPRIMIDOS E PÓS EFERVESCENTES

São comprimidos não revestidos em cuja composição existe geralmente um


ácido e um carbonato ou bicarbonato capazes de reagirem rapidamente em
presença de água com libertação de gás carbónico.

 Necessitam de ser diluídos antes da administração.

 Objectivo é aumentar o efeito terapêutico ou melhorar o sabor

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FORMAS FARMACÊUTICAS

Medicamentos que não devem ser triturados, mastigados ou


dissolvidos, pois podem alterar as suas propriedades
terapêuticas:

 Comprimidos para serem dissolvidos na boca, para absorção através


da mucosa oral (Nitroglicerina)

 Comprimidos e cápsulas com revestimento.

 Comprimidos e cápsulas de libertação controlada (retard).

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FORMAS FARMACÊUTICAS

TÓPICA

Loções

Óleos emulsionados em 60 a 80% de água, de modo a formar um


líquido espesso ou um sólido mole.

 Óxido de zinco
 Loção de calamina

 Calmantes, protecção da pele e aliviar o rubor e prurido

 Agitar antes de usar


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FORMAS FARMACÊUTICAS

TÓPICA

CREMES

São um tipo de pomada em que o excipiente utilizado é uma emulsão do


tipo A/O (emolientes) ou O/A (cremes para uso durante o dia)

Cremes anti-fúngicos

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FORMAS FARMACÊUTICAS

TÓPICA

POMADAS

Preparações semi-sólidas numa base gorda como a lanolina ou a vaselina,


destinadas a ser aplicadas externamente.

 Completa ou moderadamente absorvidas pela pele

 Conservam a humidade pelo que aumentam a absorção do


fármaco – são o veículo mais eficaz para a absorção de
fármacos pela pele
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FORMAS FARMACÊUTICAS

TÓPICA

Pós

Partículas sólidas finas de um fármaco que têm o talco como base.

 Normalmente são espalhados na pele – secam a pele

 Desaparecem facilmente – aplicação frequente

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FORMAS FARMACÊUTICAS

PARENTÉRICA

AMPOLAS

Recipiente de vidro, com uma preparação medicamentosa para utilização numa


só dosagem.

 Não guardar ampolas abertas

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FORMAS FARMACÊUTICAS

PARENTÉRICA

FRASCO - AMPOLA

Recipientes de vidro com tampa selada, contendo um


medicamento para uma ou mais administrações.

 Fármaco em solução ou pó estéril que precisa ser reconstituído


antes da administração

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FORMAS FARMACÊUTICAS

PARENTÉRICA

SERINGAS PRÉ - CHEIAS

Medicamentos pré-preparados

 Seringas de insulina

 Heparina de baixo peso molecular

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FORMAS FARMACÊUTICAS

PARENTÉRICA

Recipientes para soluções de grande volume (soros)

Frascos ou sacos de diversos volumes ( 100, 250, 500 e 1000 mL )

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FORMAS FARMACÊUTICAS

MUCOSAS_RECTAL

Supositórios

Formas sólidas, destinadas a ser introduzidas num orifício corporal (ânus). À temperatura do
corpo, a substância dissolve-se e é absorvida pela mucosa

 Devem ser armazenados em local fresco

Micro-clisteres

Solução para enema de pequeno volume, previamente embalada.


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FORMAS FARMACÊUTICAS

MUCOSAS_VAGINAL

Óvulos e cremes vaginais

 Fornecidos com aplicador

Irrigação vaginal

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FORMAS FARMACÊUTICAS

MUCOSAS_NASAL

GOTAS NASAIS

VAPORIZADOR NASAL

 Pequenas gotas de solução contendo o fármaco, são rapidamente


absorvidas

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FORMAS FARMACÊUTICAS

MUCOSAS_OCULAR

Gotas oftálmicas

As soluções oftálmicas são estéreis, facilmente administráveis e


habitualmente não interferem com a visão

Pomadas oftálmicas

Provocam alterações da acuidade visual.


Têm maior duração de acção que as gotas.
Frascos ou bisnagas sempre individualizados
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FORMAS FARMACÊUTICAS

MUCOSAS_aplicação otológica

Gotas otológicas

São medicamentos sob a forma de gotas normalmente para aplicação no


ouvido externo
 Para o tratamento de infecções; ou limpeza/remoção de cera

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FORMAS FARMACÊUTICAS

INALAÇÃO

Condução de medicamentos para os pulmões através das vias nasal ou oral

 Vaporização – medicamento é transportado através de um fluxo de vapor.

 Atomização e nebulização – separação da solução em pequenas gotículas


para ser inalada.

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FORMAS FARMACÊUTICAS

INALAÇÃO

Condução de medicamentos para os pulmões através das vias nasal ou oral

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FORMAS FARMACÊUTICAS

CHÁS OU INFUSÕES

São formas farmacêuticas magistrais que resultam da acção da água sobre plantas, com o objectivo de lhes
retirar as substâncias activas. Deste modo podemos falar em:

 Maceração – Acção prolongada da água à temperatura ambiente sobre a planta seca.


Utilizada para substâncias termolábeis.

 Digestão – Acção prolongada em água morna (40-50ºC) sobre a planta seca. Utilizada para
substâncias termolábeis.

 Decocção– Acção da água desde a temperatura ambiente até à ebulição sobre a planta.
Usa-se para substâncias termo-resistentes.

 Infusão– Acção de água fervida sobre a plantas.


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