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4. Farmacodinâmica...................................................................... pág. 11
5. Classificação das Substâncias................................................... pág. 12
6. Hipnóticos.................................................................................. pág. 18
Hipnóticos barbitúricos......................................................... pág. 18
Hipnóticos não barbitúricos................................................. pág. 20
7. Neurolépticos............................................................................. pág. 21
8. Ansiolíticos................................................................................. pág. 30
Barbitúricos............................................................................ pág. 32
Benzadiazepinas..................................................................... pág. 34
9. Reguladores do Humor............................................................. pág. 41
10. Psicoestimulantes..................................................................... pág. 43
Noolépticos............................................................................. pág. 43
Anfetaminas.................................................................... pág. 43
Outros Psicoestimulantes...................................................... pág. 45
11. Antidepressivos........................................................................ pág. 46
12. Antiparkinsónicos................................................................... pág. 51
Manual de Psicofarmacologia
1. ALGUMAS NOÇÕES
Fármaco - todo o agente químico capaz de modificar as funções dos seres vivos
Não há uma autêntica especificidade de acção, pois não só o mesmo efeito pode
resultar da actuação de substâncias de natureza química diferente como o mesmo
efeito pode aparecer em situações psicopatológicas diversas
Efeito colateral (ou secundário) - são todos os restantes efeitos (nem todos estes efeitos
são indesejáveis)
É também possível administrar uma substancia com uma dosagem tão fraca que não
ocorra nenhum efeito. Uma dosagem maior produzirá o efeito desejado, enquanto que uma
dosagem ainda maior produzirá um efeito toxico. A diferença entre a mínima dosagem
efectiva e a máxima dosagem sem que se produzam sintomas tóxicos é chamada a zona
terapêutica.
Por ultimo, a administração de uma substancia pode também produzir alguns efeitos
que não tem nada a ver com as propriedades farmacológicas da substancia, estes são os
efeitos placebo, que qualquer medicamento possui, ligado ao seu valor sugestivo ou
simbólico, expresso nas características exteriores da fármaco (cor, espécie, farmacêutica,
etc) ou de embalagem e, mais subtilmente, pelo significado que advém de provir do
terapeuta.
(Índice)
2. NOMENCLATURA FARMACÊUTICA
Primeiro, todas as substâncias têm o seu nome químico, que nos dá a sua
composição química.
Como estes nomes são geralmente muito longos e complicados também se lhes dá
internacionalmente um nome mais pequeno, um nome genérico.
Este processo de atribuição dos nomes significa que é possível uma substância ser
conhecida por uma seria de diferentes nomes comerciais. Os nomes comerciais são sempre
indicados pela existência por uma letra R dentro de um círculo logo a seguir ao nome.
Alguns exemplos:
n. químico: alfametilfeniletilamina; n. genérico: anfetamina; n. comercial: Dexedrine;
(Índice)
3. FARMACOCINÉTICA
Este termo refere-se à actuação do fármaco após a sua introdução no corpo, no que
se refere à transformação de um princípio activo no organismo, desde a sua absorção,
distribuição e eliminação.
Circulação
Geral
Biotransformação
3.1. Absorção
Cada uma delas tem características próprias, com as suas vantagens e os seus
inconvenientes.
Via Oral
Vantagens: Fácil
Não desagradável
Economia
Inconvenientes: Acção irritante
Destoxificação hepática
Posologia pouco precisa
Via rectal
Vantagens: Evita enzimas digestivas
Evita fígado na primeira passagem
Evita gosto desagradável
Via Parentérica
Vantagens: Posologia precisa
Tratamento de doentes que não podem colaborar se substância emética
Obtenção de efeitos quase imediatos (EV)
Inconvenientes: Risco de depressão respiratória (para algumas substâncias)
Risco de embolia
Por vezes dolorosa
Risco de infecção
Maior custo económico
Menor acessibilidade de meios (pessoal especializado, difícil
preparação)
Factores Condicionantes:
Forma e dimensão da molécula
Liposolubilidade (velocidade)
Ionização e PH
Concentração
Outro factor que influencia a força do efeito, não será tanto a quantidade de
substancia no sangue (concentração sanguínea) que determina a severidade do efeito, mas
sim a velocidade com que a concentração sobe. Uma substância administrada oralmente é
absorvida lentamente pelo sangue; pelo que a sua concentração sanguínea aumenta
lentamente. Com a inalação ou parentérica, a concentração sobe rapidamente, causando
um efeito muito mais forte.
3.2. Distribuição
Outro conceito importante é a semi-vida, que é o tempo que o corpo necessita para
eliminar metade da substância presente conforme medida pela sua concentração sanguínea.
3.3. Eliminação
4. FARMACODINÂMICA
Deste modo, os fármacos são administrados pelo seu efeito, e têm esse efeito porque
reagem com moléculas especiais, chamadas receptores, ou seja, moléculas situadas a nível
celular com a qual o fármaco interactua mais ou menos especificamente, para produzir o
efeito biológico característico.
Também é frequente acontecer uma espécie de luta pelo efeito no receptor entre os
agonistas e os antagonistas; neste caso fala-se de antagonistas competitivos. Em contraste
com esta situação existe aquela em que o antagonista bloqueia de facto o receptor;
denomina-se então de blocagem não competitiva. No primeiro caso, o bloqueio do
receptor pode ser levantado de novo por dose maior do agonista, no segundo caso não.
(Índice)
II-8-c. Antidepressores
1) Derivados da dibenzazepina
2) Derivados da dibenzocicloheptadieno
3) Estabilizadores do humor
4) Outros antidepressores
N05. Psicolépticos
Antipsicóticos
Fenotiazinas com grupo dimetilaminopropilo
Fenotiazinas com estrutura piperazínica
Fenotiazinas com estrutura piperidínica
Derivados Butirofenona
Derivados Tioxanteno
Diazepinas, Oxazepinas e Tiazepinas
Benzamidas
Lítio
Outros Antipsicóticos
Ansiolíticos
Derivados da Benzodiazepina
Derivados do Difenilmetano
Derivados Azaespirodecanediona
Outros Ansiolíticos
Hipnóticos e sedativos
Barbitúricos, associações
Derivados da benzodiazepina
Medicamentos relacionados com a benzodiazepina
Outros Hipnóticos e Sedativos
N06. Psicoanalépticos
Antidepressivos
Psicoestimulantes
Simpatomiméticos de acção central
Outros Psicoestimulantes
Produtos Antidemência
Anticolinesterases
Outros Produtos Antidemência
6. HIPNÓTICOS
São muito variadas as substâncias que, desde sempre, têm sido utilizadas para fins
hipnóticos. Algumas delas, utilizadas em pequenas doses, produzem apenas uma acção de
calma e sonolência, mas outras são susceptíveis de provocar um sono difícil de controlar.
A sua sistematização não tem sido fácil de estabelecer devido à sua heterogeneidade
ao nível da estrutura química e devido ao variado modo de acção de muitos dos
psicofármacos hipnóticos, chegando a produzir alterações na qualidade do sono, reduzindo
as fases do sono paradoxal.
1) Hipnóticos barbitúricos
7. NEUROLÉPTICOS
Efeito Sedativo
E
Hipnoindutor
Promazina
Clorprotixeno
Levomepromazina
Sultopride
Clozapina
Reserpina
Clotiapina
Clorpromazina
Tioridazina
Haloperidol
Perfenazina
Metilperidol
Pimozide
Flufenazina
Trifluoperazina
Fluspirileno
Penfluridol
Efeito “Antipsicótico”
Demências
Psicoses tóxicas
- Alterações Motoras
Gilles la Tourette
Correia de Huntington
- Outras
Náuseas e vómitos
Prurido
Comportamento agressivo, impulsivo, anti-social
Alterações da personalidade
Perturbações neuróticas graves
Farmacocinética
Lipossolúveis
Absorção intestinal e irregular
Semi-vida entre 10 e 20 horas
Degradação hepática
Excreção urinária
Sem correlação dose administrada / Concentração plasmática
Correlação grosseira Concentração plasmática / Efeito terapêutico
Correlação clara Concentração plasmática / Efeitos secundários
Pouco ou nenhum potencial de abuso
Efeitos
Os neurolépticos são fármacos bem tolerados, com uma toxicidade aguda baixa e
com uma margem de segurança muito grande.
Não se verifica a existência de dependência física ou psíquica.
No entanto, como acontece com os psicofármacos em geral, existe uma série de
efeitos adversos, normalmente corrigíveis com a supressão do medicamento ou com a
adição de fármacos correctores, sendo os efeitos mais incómodos e mais frequentes os
neurológicos.
Calcula-se que pelo menos 50% dos doentes que recebem tratamento neuroléptico a
longo prazo acabam por apresentar nalgum momento sinais ou sintomas parkinsónicos.
A Síndrome Maligna dos Neurolépticos deve diferenciar-se dos sintomas devidos a uma
doença neurológica ou médica. Devem excluir-se as subidas de temperatura devidas a
um estado físico geral.
Existem outras perturbações motoras induzidas por estes fármacos, enquanto efeitos
adversos, cuja sua importância deve-se ao facto de implicar repercussões não só ao nível
social, como ao nível psicológico.
Para além destas síndromes, existe outro efeito colateral chamado de síndrome do
coelho - movimentos repetitivos de protrusão dos lábios
Os neurolépticos devem ser usados com muito cuidado, pois alguns dos seus efeitos
colaterais são piores do que a patologia para a qual estão sendo administrados.
É importante usar a menor dose possível pelo período mais breve, intercalando a
administração crónica com períodos de abstinência.
Os agentes neurolépticos devem ser interrompidos imediatamente sejam
reconhecidos efeitos adversos.
8. ANSIOLÍTICOS
Com o progresso farmacológico, este grupo restringiu-se a uma acção mais definida
sobre a ansiedade, recebendo, por isso, a designação de ansiolíticos.
Diazepam
Halazepam
Lorazepam
Medazepam
Oxazepam
Prazepam
Temazepam
A sua acção mais específica é dirigida sobre a tensão, ansiedade e agitação interior,
mas são igualmente hipnoindutores e sedativos.
Efeito Ansiolítico
CLOXAZOLAM
ALPRAZOLAM
BROMAZEPAM
CLOBAZAM
MEDAZEPAN
CAMAZEPAM
OXIPERTINA TEMAZEPAM
CLORDIAZEPÓXIDO
OXAZEPAM
LORAZEPAM
CLORAZEPATO
DIAZEPAM
DESMETILDIAZEPAM
HIDROXIZINA HALAZEPAM
NITRAZEPAM
FLURAZEPAM
MEPROBAMATO FLUNITRAZEPAM
ESTAZOLAM
TRIAZOLAM
LORMETAZEPAM
Efeito Sedativo e Hipnoindutor
1. Barbitúricos
No inicio foi amplamente utilizado, mas actualmente a sua utilização medicinal foi
drasticamente reduzida desde a introdução das benzodiazepinas, e está confinada a
situações especificas.
A matéria prima para este grupo de substancias, também chamadas de barbituratos,
o ácido barbitúrico, que por si mesmo não afecta o sistema nervoso central, foi sintetizado
em 1863, e o barbital, ácido 5,5-dietilbarbitúrico, foi introduzido, por volta do virar do
século, como sedativo com o nome comercial de Veronal.
Os barbituratos afectam os receptores GABA e deste modo induzem no geral uma
inibição na actividade do sistema nervoso central, especialmente nas zonas do tronco
cerebral que regulam o ritmo do sono e da vigília. Elas induzem o sono pela inibição dos
estímulos impulsores. Os únicos estímulos impulsores que não são inibidos pelos
barbituratos são os estímulos dolorosos.
Efeitos
2. Benzodiazepinas
Farmacocinética
Interacção Farmacodinâmica
Efeitos
9. REGULADORES DO HUMOR
Farmacocinética
O lítio é absorvido rapidamente pela via digestiva e atinge o seu valor plasmático
máximo entre ½ - 2 horas após a toma.
Difunde-se também rapidamente em todos os tecidos mas mais lentamente no SNC,
por ultrapassar com dificuldade a barreira hemato-encefálica, só atingindo a sua
concentração máxima no tecido nervoso ao fim de 24-48 horas.
A sua eliminação é essencialmente renal, sendo mais lenta em indivíduos da 3ª
idade.
Efeitos Adversos
10. PSICOESTIMULANTES
1. Noolépticos
Anfetaminas
Efeitos
criada uma espécie de imitação da dependência física. Uma grande tolerância, que leva a
um incremento da dose. pode ser rapidamente desenvolvida.
2. Outros Psicoestimulantes
11. ANTIDEPRESSIVOS
Acção Timoléptica
IMIPRAMINA
CLORIMIPRAMINA
DIBENZEPINA DIMETACRINA AMITRIPTILINA
NORTRIPTILINA MAPROTILINA DOXEPINA
AMINEPTINA LOFEPRAMINA MIANSERINA
NOMIFENSINA DOTIEPINA
AMOXAPINA TRIMIPRAMINA
VILOXAZINA TRAZODONA
PROTRIPTILINA CLORPROTIXENO
TANDAMINA TIORIDAZINA
IMAOS LEVOMEPROMAZINA
OPIPRAMOL
Acção Timerética Acção Sedativa e Ansiolítica
Farmacocinética
Efeitos Adversos
A maioria dos efeitos são comuns aos tricíclicos e aos IMAOS, embora tenham
alguns efeitos específicos.
Os IMAOS têm como efeitos secundários hipotensão ortostática, aumento de peso,
insónia e inquietação, possível disfunção sexual, e é menos cardiotóxico e menos
epileptogénico que os tricíclicos.
Igualmente, perante este tipo de medicamentação, é importante a realização de uma
dieta alimentar, pois a maioria dos efeitos colaterais dos IMAOS envolvem a interacção
indesejada com certos alimentos ou medicamentos para a gripe, que pode provocar crises
hipertensivas com violentas dores de cabeça e ocasionais acidentes cérebro-vasculares ou
estados hiperpiréticos que podem levar ao coma.
Os alimentos que devem ser definitivamente evitados são:
3 – CARDIOVASCULARES 4 – METABÓLICO-ENDÓCRINOS
Palpitações Aumento de peso
Taquicardia Amenorreia
Hipotensão ortostática
Arritmias
Cardiomiopatia
Morte súbita
5 – NEUROVEGETATIVOS
Aparelho digestivo: Genito-Urinários:
Secura da boca Retenção urinária
Obstipação Retardação do orgasmo
Diminuição da secreção Diminuição da libido
Gástrica
Náuseas e vómitos
Vários:
Suores
Baforadas de calor
Perturbação da acomodação (visão turva)
6 – HEMATOPOIÉTICOS 7 – CUTÂNEOS
Eosinofilia Alergias
Leucopénia
Agranulocitose
8 – INCOMPATIBILIDADES
Medicamentos
Alimentos (IMAOS)
Álcool
12. ANTIPARKINSÓNICOS