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ª Doutora Hortense Cotrim 1


 As pesquisas devem ter relevância e utilidade
social e cientifica;
 O projecto de pesquisa deve ser apresentado num
protocolo experimental e submetido à apreciação
e aprovação de uma comissão ética de
investigação;
 A reflexão ética deve ser orientada pela garantia
do respeito à dignidade humana, não podendo o
pesquisado ser utilizado como meio de satisfação
de interesses de terceiros, da ciência, dos
cientistas ou dos interesses industriais e
comerciais.
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 O bem-estar das pessoas que se submetem a
pesquisas deve prevalecer sobre os interesses da
ciência e da sociedade;
 Nenhuma investigação deve ser realizada se ela
puder ocasionar morte ou invalidez previsível;
 A experiência deve estar fundamentada
laboratorialmente, in vitro, em animais ou outro
meio.

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 Os dados obtidos somente podem ser utilizados
dentro do propósito do estudo, devendo evitar-se
que as informações colhidas sejam usadas com
objectivos políticos, empresas ou seguros
privados;

 Na publicação dos dados deve-se preservar a


exactidão dos resultados do estudo.

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 Todas as pessoas devem poder ser sujeitos de
investigação e beneficiar dos seus resultados
proveitosos, não favorecendo apenas as classes
sociais mais favorecidas.
 A participação em pesquisas não deve ser paga.
 Os pesquisados podem sim ser reembolsados dos
gastos adicionais que possam surgir (deslocações,
falta ao trabalho, etc.)

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 Um estudo é eticamente válido quando os
benefícios são superiores aos riscos.
 Tendo em conta o direito à informação, uma
pesquisa baseada na mentira invalida
qualquer estudo.
 Pode sonegar-se informação ao doente se a
verdade conduzir à sua deterioração do estado
físico ou psíquico, ou ainda afectar os
resultados da pesquisa.

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 O estudo deve escolher preferencialmente
indivíduos com autonomia plena, respeitando
os seus valores ético-morais, culturais, sociais
e religiosos.

 A participação deve ser livre, voluntária e


consciente.

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 Não devem ser pesquisadas pessoas que, por
dependerem do investigador, tenham
dificuldade em recusar participar, como por
exemplo, estudantes das áreas de saúde,
prisioneiros, asilados, funcionários de
laboratórios de pesquisa, etc.

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 Consideram-se pessoas vulneráveis :
› Menores;
› Pessoas mental ou psicologicamente incompetentes;
› Pessoas internadas em estabelecimentos ou em fase
terminal.
 Deve garantir-se o respeito pelos princípios éticos
nos estudos com indivíduos hospitalizados. Atenção à
sua dependência com os profissionais de saúde.

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 Pessoas com autonomia reduzida, como deficientes
mentais e crianças, somente devem ser sujeitos a
pesquisa quando os conhecimentos daí provenientes
lhes possam trazer benefícios directos, ou para outras
pessoas da sua faixa etária, e só se o estudo não puder
ser efectuado em pessoas autónomas.
 O consentimento informado deverá ser colhido junto
dos seus representantes legais.

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 Sujeitos menores:
 Código civil: menoridade até 18 anos
(autonomia económica)
› Idade de escolha religiosa: 16 anos
› Emancipação e casamento: 16 anos
› Filiação adoptiva: 12 anos

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 Sujeitos menores:
 Código Penal:
› São capazes de consentir os >16 anos com
reconhecida capacidade para consentir:
› Abortos
› Transplantes 16 anos
› Ensaios clínicos

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 Sujeitos menores:
 14 anos: maioridade sexual
 Devem ser avaliadas as qualidades intelectuais
e evolutivas da CR, de forma a perceberem as
implicações da sua decisão;
 De qualquer forma a CR deve sempre
participar nas decisões relacionadas com a sua
vida.

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 Em caso de menoridade habitualmente é
necessário o consentimento esclarecido de pais
ou tutores;
 A bibliografia defende que os menores, desde
que compreendam a informação, devem dar o
seu consentimento por escrito que se anexa ao
consentimento dos pais.

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 Legislação do Quebec (Participação de menores de 18
anos):
› < de 7 anos: consentimento assinado pelos pais ou
tutor legal;
› 7 a 11 anos: aprovação verbal da CR e consentimento
assinado pelos pais ou tutor;
› De 12 a 14 anos: consentimento assinado pela CR;
› é desejável ter também um parecer favorável dos
pais;
› 17 anos: consentimento assinado pela CR.

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 Sujeitos mentalmente incompetentes:
› A participação destas pessoas com autonomia
reduzida torna-se aceitável se:
 A investigação é terapêutica e os benefiícios são mais
elevados para as pessoas do que para o próprio
processo experimental;
 O investigador aceita sujeitos vulneráveis e não
vulneráveis no estudo;
 Os riscos são mínimos e o processo de consentimento
livre é seguido rigorosamente.

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 Sujeitos internados em estabelecimentos:
› Alguns doentes hospitalizados podem sentir-se
obrigados a participar no estudo:
 Para quererem colaborar com os profissionais de saúde;
 Pelo receio de que os cuidados sejam afectados se
recusarem.
 Sempre que os doentes apresentem incapacidade
mental ou cognitiva é necessário obter o
consentimento junto da pessoa legalmente
mandatada.

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Obrigado pela atenção dispensada
Prof.ª Doutora Hortense Cotrim

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