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ENSAIO FILOSÓFICO

Cuidados de saúde e prolongamento da vida

Nome: Beatriz da Silva Sampaio

Turma: 1106

Número: 2
Se começarmos a pensar sobre o caso de um ser humano adulto normal, que seja
completamente competente na sua mente e capaz de pensar sobre as escolhas que
enfrenta. E se aquela pessoa for diagnosticada com uma doença terminal, e então,
talvez, a qualidade da sua vida tenha já baixado a um nível que ela não a considere mais
satisfatória, acredito que ela deveria ser capaz de tomar a decisão sozinha se quer
continuar até ao final e ter o que nós podemos considerar uma morte natural, até onde
alguém no hospital poder ter uma morte natural, ou se ela quiser pedir a um médico que
a ajude a terminar a sua vida mais cedo. Eu acho, que se for um adulto competente,
deveria ter essa oportunidade de escolha. Pode consultar a sua família e outras pessoas
próximas, mas não acho que seja interesse do Estado lhe dizer: “Não, você deve
continuar a viver, apesar da sua qualidade de vida não lhe satisfazer mais e apesar de
toda a equipa médica que o examinou concordar que nunca mais vai recuperar”. Não
vejo o porquê do Estado nos poder forçar a continuar a viver nestas condições. Logo,
acho que este é o caso mais fácil para a eutanásia ser justificável. Já vemos isso a
acontecer em alguns países, como por exemplo, a Holanda, Bélgica, em alguns estados
dos Estados Unidos, onde as pessoas podem pedir aos seus médios que as ajudem a
morrer nessas circunstâncias.

Casos mais difíceis são os que não têm um adulto competente, por exemplo, se tivermos
uma criança que nasceu com um dano cerebral severo. Esse é um caso mais complexo,
porque outra pessoa tem que decidir no lugar dessa criança. Mas, na minha opinião os
pais estão na melhor posição de tomar essa decisão, especialmente se estiverem a
consultar médicos, e se os médicos concordarem com eles que o futuro para esta criança
será bastante pobre. Então, acho que os médicos e os pais em conjunto também sejam
capazes de tomar a decisão de realizar a eutanásia no caso de tal criança.

Penso que adultos competentes, novamente, deveriam ter o direito de recusar tratamento
médico. Logo, se eles dizem que, em certas circunstãncias, eles não querem ser
reanimados, acredito que a decisão deva ser deles. Nós deveríamos poder assinar um
documento que expresse isso, que seja respeitado ou, quem sabe, que o poder de decisão
seja dado a alguém em quem confiamos. Porque é muito difícil especificar exatamente
todas as condições possíveis pelas quais nós podemos vir a passar. Então, é muito
melhor na prática dizer: “Se eu não for capaz de tomar a decisão de que vou continuar a
ter tratamento médico, talvez por estar inconsciente, ou algo do género, então quero que
tal pessoa esteja na posição de tomar a decisão por mim”.

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