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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

MARQUÊS NOTURNO

Aline Aparecida Sargiaini – N426BG-1


Angélica das Graças Cavalcante da Silva – F08HHJ-9
Arthur Nery de Brito – F02863-1
Fernanda Farias Gaspar – F1034H-5
Juliana Correia da Silva – D9560J-1
Renan Evandro dos Santos Martins – D94JJH-1

ÉTICA E PESQUISA COM SERES HUMANOS


Ética Profissional

SÃO PAULO

2019
Aline Aparecida Sargiaini – N426BG-1
Angélica das Graças Cavalcante da Silva – F08HHJ-9
Arthur Nery de Brito – F02863-1
Fernanda Farias Gaspar – F1034H-5
Juliana Correia da Silva – D9560J-1
Renan Evandro dos Santos Martins – D94JJH-1

ÉTICA E PESQUISA COM SERES HUMANOS


Ética Profissional

Trabalho de pesquisa referente à


ética e pesquisa com seres humanos,
apresentado a Universidade Paulista, em
relação à disciplina de Ética profissional.

Orientadora Professora: Eunice

SÃO PAULO
2019

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2. DESENVOLVIMENTO 5
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 9
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho focaliza os fatores de ética em pesquisa com seres


humanos, a ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em
sociedade. A ética filosófica preocupa-se mais em buscar a concordância com
princípios filosóficos universais do que com a realidade moral no seu
desenvolvimento histórico e real. A ética inegavelmente se relaciona com outras
ciências, como por exemplo, a psicologia, quando a ética precisa compreender as
leis que regem as motivações internas ou subjetivas do ato moral.

A pesquisa é o estudo sistemático, responsável por averiguar a realidade e/ou


descobrir fatos relacionados a qualquer campo do conhecimento. As pesquisas são
de tamanha responsabilidade e importância, pois produzem conhecimentos
científicos que podem ser bastante úteis para o melhoramento da promoção,
prevenção e assistência à saúde, e ainda, podem contribuir para o melhor
funcionamento dos serviços públicos de saúde. O uso de seres humanos em
experimentos científicos proporciona uma série de benefícios para a sociedade,
devido à maior facilidade em observar o que está sendo estudado. Entretanto, há
sempre o conflito entre o indivíduo submetido ao experimento e a ciência. A bioética
abrange a ética aplicada ás questões de saúde e pesquisa com seres humanos, de forma
interdisciplinar, baseando-se em casuística e princípios (Gondin, 1981).

As transformações rápidas e profundas do mundo contemporâneo solicitam


maior atenção da sociedade quanto aos princípios éticos que dão rumo sustentável
à sociedade e à natureza. O avanço na investigação científica proporciona muito
progresso a favor da humanidade, mas, por outro lado, há também muito
desfavorecimento.
2. DESENVOLVIMENTO

O Conselho Nacional de Saúde aprovou a Resolução 196/96, em 1996, a qual


regulamenta a pesquisa em seres humanos no Brasil. Essa Resolução incorporou
diversos conceitos da bioética e reafirmou o Consentimento livre e esclarecido dos
indivíduos, para participarem de pesquisas científicas e a prévia aprovação dos
protocolos por comitê independente.

Todo e qualquer procedimento experimental envolvendo seres humanos deve


ser submetido e aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) que deve ser
credenciado e subordinado ao Conselho Nacional de ética em Pesquisa (CONEP).

Todo sujeito de pesquisa deve assinar um termo de Consentimento Livre


Esclarecido no qual deve constar: nome da pesquisa, técnicas empregadas, riscos
envolvidos, duração da pesquisa, garantias de confidencialidade a qualquer tempo,
a forma como os resultados serão divulgados, o nome do(s) pesquisadores(s), a
forma de entrar em contato com o(s) mesmo(s) e com o CEP caso se sinta lesado.
O termo deve ser assinado às duas vias, ficando um em poder do sujeito e outra
arquivada por cinco anos após o termino da pesquisa, com o pesquisador
responsável.

A obrigatoriedade desses procedimentos visa garantir os direitos e a proteção


dos participantes, para que a ciência possa exercer e ser reconhecida em seu
caráter social.

Para o aluno ou jovem pesquisador que está sendo incitado no campo da


pesquisa, o planejamento, a ênfase nos aspectos éticos e a exigência do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido por parte do professor/orientador, se considerado
não como uma medida de cerceamento por parte do CONEP, mas como um
exercício de cidadania, refletira a seriedade e a postura ética envolvida.

Ementa: Dispõe sobre a realização de pesquisa em Psicologia com seres


humanos. O conselho federal de Psicologia, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, que lhe são conferidas pela Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971.
Alguns artigos que versam sobre o termo de consentimento abaixo:

Art. 6º - O psicólogo pesquisador, em decorrência da pesquisa e pela


confiança que os participantes depositam nele, deverão manter sigilo ao tomar
conhecimento de transgressões de qualquer natureza, mesmo que não envolvam
risco iminente e grave, especialmente se dizem respeito a acontecimentos pretéritos,
levando o assunto ao Comitê de Ética em Pesquisa;

Art. 7º - O psicólogo pesquisador não aceitará o consentimento informado dos

Seguintes indivíduos:

I- Indivíduos alvo da pesquisa que não tenham plena capacidade legal,


cognitiva ou emocional e os pais ou guardiães que não estejam qualificados;

II- Pais que não tenham contato com os filhos ou guardiães legais que,
efetivamente, não interajam sistematicamente e nem conheçam bem a criança ou
adolescente;

III- Pais ou guardiães legais que abusaram ou negligenciaram ou foram


coniventes com o abuso ou a negligência;

IV- Pais ou guardiães que não tenham condições cognitivas ou emocionais


para avaliar as consequências da participação de seus filhos na pesquisa.

Art. 8º - O psicólogo pesquisador que, em seu projeto de pesquisa, deparar-


se com as situações previstas nas alíneas do artigo 7º, deverá ao encaminhar o
projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa, abordar explicitamente neste, as
determinações e providências que se seguem:

I- Se a pesquisa deve realmente ser feita com esse tipo de indivíduo ou se é


possível obter o mesmo conhecimento ou informação com outros grupos menos
vulneráveis;

II- Se o conhecimento ou informações que serão obtidas devem apresentar


relevância teórica ou implicações para a prática que justifiquem realizar pesquisa
com os indivíduos alvo;
III- Se os resultados podem beneficiar diretamente os participantes, ou seus
grupos ou comunidade;

IV- Se a equipe tem experiência e treinamento adequado para conduzir o tipo


de investigação proposta com os indivíduos alvo;

V- Apresentar avaliação inicial de risco e detalhar no seu projeto as


providências e medidas que serão tomadas para minimizar e remediar danos.

Parágrafo único – O Comitê de Ética em Pesquisa, ao avaliar o projeto,


deverá solicitar pareceres de pesquisadores experientes na área caso não os tenha
entre seus membros;

Art. 10 - Os psicólogos pesquisadores são responsáveis pelo uso que fazem


de Instrumentos de avaliação psicológica, devendo avaliar criteriosamente as
informações disponíveis nos manuais dos instrumentos e na literatura especializada
da área;

Art. 11 - Os psicólogos deverão assumir responsabilidade e receber crédito


apenas por trabalho efetivamente realizado ou para o qual contribuíram de forma
substancial, assim como deverão incluir nos créditos das publicações todos aqueles
que participaram da realização do trabalho, identificando a qualidade de cada
participação;

Art. 12 - Os psicólogos pesquisadores, no que tange à autoria e coautoria da


pesquisa, deverão se orientar pelos procedimentos consensuais no meio acadêmico
e por legislação aplicável à espécie.

Parágrafo único – Seguem-se os mesmos procedimentos para dissertação de


teses e publicação de livros ou artigos oriundos da pesquisa.

Art. 16 - O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades


voltadas para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias:

a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela


divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos,
organizações e comunidades envolvidas;
b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos, mediante
consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em legislação
específica e respeitando os princípios deste Código;

c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo


interesse manifesto destes;

d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos, ou organizações aos


resultados das pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o
desejarem.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ética , desde de suas origens ,tem por função melhor conduzir as ações do
homem tanto individualmente como em sociedade. Com o passar do tempo, as
normas éticas foram se atualizando de acordo com os avanços do homem em
sociedade. Com a necessidade de se ter maior cuidado com as questões éticas. A
bioética em seu maior objetivo repensa como a ética e as ações nas ciências
interferiram na vida das pessoas, com isso protegendo os envolvidos nas pesquisas
afim de conquistar os avanços da ciência e tecnologia garantindo o respeito e a
dignidade dos seres humanos. A pesquisa envolvendo os seres humanos traz em si
maior atenção pela sociedade, principalmente pelos aspectos éticos que as
envolvem. O Conselho Nacional de Saúde com a aprovação da Resolução 196/96,
regulamentou a pesquisa em seres humanos no Brasil. Incorporou diversos
conceitos da bioética reafirmando o Consentimento Livre e Esclarecido dos
Indivíduos, para participarem das pesquisas .Todo projeto de pesquisa realizado em
seres humanos dever ser avaliado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)que
deve ser subordinado ao Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).

O Comitê de Ética em Pesquisa é um órgão de extrema importância para


todas as instituições envolvidas com ensino e pesquisa, dentre suas funções a
responsabilidade de proteger os participantes e sensibilizar os pesquisadores em
relação à importância de respeitar os direitos e a integridade psicológica, física,
moral e cultural dos participantes.

O psicólogo pesquisador não pode ignorar a força e o sentido que as


exigências éticas de pesquisa adquirem na atualidade. É indispensável dispormos
de um código de ética da pesquisa em seres humanos, pois esse oferece também
uma proteção ao pesquisador e a comunidade científica. Certamente um código não
substitui o bom senso e não elimina as discussões que aprendemos sobre os
dilemas éticos enfrentados em os mais diversos contextos.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

AHLERT, A. Bioética: por uma ciência Ética para a vida. Revista do


Departamento de Ciências Humanas e do Departamento de Psicologia –
Barbarói, Santa Cruz, n. 18, p. 27- 38, 2003.

ROMARO, A R. Ética na psicologia. 3ª. Ed – Petrópolis, VOZES, 2009, cap.3.

SGRECCIA, E. Manual de bioética: fundamentos e ética biomédica. 4ª. Ed –


São Paulo, LOYOLA, 2014, cap. 26.

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