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QUESTÕES ÉTICAS NA

PESQUISA PSICOLÓGICA
 A competência e a integridade profissional dos
cientistas são essenciais para garantir uma ciência
de qualidade.
 Cada cientista tem a responsabilidade ética de
buscar o conhecimento e tentar melhorar a
qualidade de vida.
 Os pesquisadores devem considerar questões éticas
antes de começarem um projeto de pesquisa.

 Um passo importante que os pesquisadores devem dar


quando começam a fazer pesquisas é ter aprovação
institucional.
 Os pesquisadores devem considerar questões
éticas antes de começarem um projeto de
pesquisa.

 Problemas éticos podem ser evitados com


planejamento cuidadoso, buscando orientação com
indivíduos e grupos apropriados, antes de fazer a
pesquisa.
 Fazer a pesquisa de uma maneira que não seja
ética prejudica todo o processo científico atrapalha
o processo do conhecimento.

 Um passo importante que os pesquisadores devem


dar quando começam a pesquisa é obter a
aprovação institucional.
 Qualquer pessoa que queira fazer pesquisa deve
consultar as autoridades encarregadas, antes de
começar a pesquisa, em relação ao procedimento
adequado para a revisão institucional.
 “Com a motivação de conter condutas éticas reprováveis
ocorridas em pesquisas envolvendo seres humanos,
principalmente na primeira metade do século XX, o
Código de Nuremberg e a Declaração de Helsinque
estabeleceram princípios e diretrizes éticas básicas,
internacionalmente aceitas como referências para
regulamentar investigações envolvendo seres humanos”
(BINSFELD, 2019, p. 18).
 O Brasil princípios e diretrizes éticas
internacionais para o estabelecimento de normas
vinculantes elaboradas pela Comissão Nacional de
Ética em Pesquisa – Conep.
 “A caracterização do sistema regulatório nacional de
ética em pesquisa com seres humanos foi melhor
delineada pela Resolução CNS n. 466/2012, que no seu
item VII, definiu o Sistema Nacional de Ética em
Pesquisa com Seres Humanos – o Sistema CEP/Conep -
como sendo a instância integrada pela Conep e pelos
CEPs” (BINSFELD, 2019, p. 18).
 Os princípios gerais da ética em pesquisa
envolvendo seres humanos que orientam o
normativo nacional preconizam o respeito à
dignidade, à autonomia e à proteção aos direitos
dos participantes.
 Princípio da autonomia – a capacidade de atuar
com conhecimento de causa e sem coação
externa, no que diz respeito à participação em
pesquisas.
 Princípio da beneficência – considera que
qualquer atividade de pesquisa com seres
humanos somente é aceitável se resultarem em
reais benefícios, na qual deve buscar-se a
minimização dos riscos e maximização dos
benefícios.
 Princípio da justiça – tratamento justo, equitativo e
apropriado aos participantes de pesquisas. A pesquisa
deve ter relevância social com vantagens significativas
para os participantes da pesquisa e com mínimo ônus
para os sujeitos vulneráveis.
 Princípio da não maleficência – determina a
obrigação de não imputar dano intencionalmente e
a garantia de que quaisquer danos previsíveis
serão evitados.
 As diretrizes e as normas éticas nacionais reforçam a
responsabilidade institucional, na medida em que
somente autorizam a realização de pesquisas que
envolvam seres humanos aos pesquisadores vinculados
a instituições legalmente instituídas no país e que
possam ser avaliadas por CEPs credenciados pela
Conep.
 São vedadas pesquisas envolvendo seres
humanos às pessoas físicas em atuação autônoma
ou independente, sem vínculo institucional.

 Além disso, as diretrizes definem que o


pesquisador que envolve seres humanos em seus
projetos de pesquisa é responsável pela
integridade e bem-estar dos participantes da
pesquisa.
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES
HUMANOS – CEP – UNIVALI.

 O Item V da resolução CNS 466/12 estabelece que:


“Toda pesquisa com seres humanos envolve risco em tipos
e gradações variados. Quanto maiores e mais evidentes os
riscos, maiores devem ser os cuidados para minimizá-los e
a proteção oferecida pelo Sistema CEP/CONEP aos
participantes. Devem ser analisadas possibilidades de
danos imediatos ou posteriores, no plano individual ou
coletivo. A análise de risco é componente imprescindível à
análise ética, dela decorrendo o plano de monitoramento
que deve ser oferecido pelo Sistema CEP/CONEP em
cada caso específico”.
 Nessa direção, essa tal resolução, considera que a
eticidade da pesquisa implica em: ponderação entre
riscos e benefícios, tanto conhecidos como potenciais,
individuais ou coletivos, comprometendo-se com o
máximo de benefícios e o mínimo de danos e riscos;
garantia de que danos previsíveis serão evitados.
As pesquisas, em qualquer área do conhecimento
envolvendo seres humanos, deverão observar as
seguintes exigências: buscar sempre que
prevaleçam os benefícios esperados sobre os riscos
e/ou desconfortos previsíveis.
 Diante disso, a resolução 466/12, com vistas ao respeito
pela dignidade humana e pela especial proteção aos
participantes das pesquisas científicas, estabelece as
seguintes definições para Riscos e Benefícios:
 benefícios da pesquisa - proveito direto ou indireto,
imediato ou posterior, auferido pelo participante e/ou sua
comunidade em decorrência de sua participação na
pesquisa;
 dano associado ou decorrente da pesquisa - agravo
imediato ou posterior, direto ou indireto, ao indivíduo ou à
coletividade, decorrente da pesquisa;
 risco da pesquisa - possibilidade de danos à dimensão
física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou
espiritual do ser humano, em qualquer pesquisa e dela
decorrente.
 As pesquisas envolvendo seres humanos serão
admissíveis quando:
 a) o risco se justifique pelo benefício esperado; e

 b) no caso de pesquisas experimentais da área da


saúde, o benefício seja maior, ou, no mínimo, igual às
alternativas já estabelecidas para a prevenção, o
diagnóstico e o tratamento.
 As pesquisas, em qualquer área do conhecimento
envolvendo seres humanos, deverão observar as
seguintes exigências: o benefício provável de uma
pesquisa pode incidir diretamente no participante – logo
constitui um benefício individual – e/ou pode trazer um
bem à coletividade ou grupo de pessoas, caracterizando
um benefício difuso.
 O desconhecimento dos riscos envolvidos na
pesquisa ou sua apresentação inadequada no
protocolo, compromete a apreciação ética, e
portanto, sua aprovação junto ao CEP.
REFERÊNCIAS
 BINSFELD, P. Sistema Nacional de Ética de
Pesquisas com Seres Humanos. Cadernos de
Ética em Pesquisa, v. 1, n. 1, p. 17-30, 15 dez.
2019.

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