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Axiologia se ocupa das relações que se estabelecem entre os seres e o sujeito que os aprecia.
Valores
- Os valores são herdados por nós.
- A cultura nos antecede e modula os padrões de bons ou maus.
- O resultado dos nossos atos está sujeito às sanções, quer dizer punição ou recompensa.’
Moral = costumes
- Moral: conjunto de éticas de condutas admitidas em determinada época ou por um grupo de
pessoas.
- Ética: se ocupa da reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. É
indispensável, porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados.
Fazer competência
Agir conduta
Eventos históricos Recentes
- Entre 1950-60 os fundos federais para pesquisa cresceram: preocupação com os abusos
biomédicos
- Criação de uma comissão para levantar os princípios éticos para guiar a pesquisa em seres
humanos (1974)
- Em 1979, “Belmont Report – Ethical Principles and Guidelines for the Protection of Human
Subjects”.
-Em 1981, o Departamento de Saúde e Serviços do FDA publicou seus regulamentos baseados nos
princípios de Belmont
- Surge como um novo olhar da ética sobre as questões emergentes do mundo tecnológico.
Origem:
Em 1927, em um artigo publicado no periódico alemão Kosmos, Fritz Jahr utilizou pela
primeira vez a palavra bioética.
Fritz caracterizou a Bioética como sendo o reconhecimento de obrigações éticas, não apenas
com relação ao ser humano, mas para com todos os seres vivos.
No final de seu artigo, Fritz Jahr propõe um “imperativo bioético”: respeita todo ser vivo
essencialmente como um fim em si mesmo e trata-o, se possível, como tal.
A Bioética provoca a inclusão das plantas e dos animais na reflexão ética, já realizada para os
seres humanos. Posteriormente, foi proposta a inclusão do solo e dos diferentes elementos da
natureza.
A visão integradora do ser humano com a natureza como um todo, em uma abordagem
ecológica, é a perspectiva mais recente.
Objetos da bioética
Lida com evidências fatuais que têm por objeto um próximo existente e/ou próximos,
ausentes.
Surgimento e originalidade
(Saber distinguir perfeitamente em todos os casos que ocorrem, o que é bom, ou o que é mau, o
que é conforme ao dever ou contrário ao dever, quando, sem ensinar-lhe nada de novo, faz-se-lhe
esperar tão-somente.)
- William Frankena, propôs, em1963, que os princípios são tipos de ação corretos ou obrigatórios.
Estes princípios são deveres (prima facie): a beneficência e a justiça.
- O Relatório Belmont, publicado em 1978, utilizou como referencial para as suas considerações
éticas, a respeito da adequação das pesquisas realizadas em seres humanos, três princípios
básicos: o respeito às pessoas, a beneficência e a justiça .
- Tom Beauchamp e James Chidress (1978), publicaram o livro Principles of Biomedical Ethics,
que consagrou o uso dos princípios na abordagem de dilemas e problemas bioéticos. Estes autores
consideravam quatro princípios: autonomia, não-maleficência, beneficência e justiça Mantra
do Instituto Kennedy de Ética. O referencial teórico, proposto por Beauchamp e Childress,
serviu de base para o que se denominou de Principialismo (Principlism), a escola bioética baseada
no uso dos princípios como modelo explicativo.
Ética profissional
Conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer
profissão, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante quando desempenha seu
trabalho.
Regula o relacionamento do profissional com sua clientela, visando a dignidade humana e
a construção do bem-estar no contexto sociocultural onde exerce sua profissão.
Caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a partir de
estatutos e códigos específicos. Assim temos a ética médica, do advogado, do biólogo, do
fisioterapeuta, do psicólogo, etc.
As profissões apresentam a ética firmada em questões que ultrapassam o campo
profissional em si. Questões como o aborto, pena de morte, eutanásia, AIDS, por exemplo,
são questões morais que se apresentam como problemas éticos e pedem uma reflexão
profunda do profissional ao se debruçar sobre ela.
Cada profissional tem responsabilidades individuais e sociais, pois envolvem pessoas
que dela se beneficiam.
A ética é ainda indispensável ao profissional, porque na ação humana "o fazer" e "o agir"
estão interligados.
O fazer diz respeito à competência que todo profissional deve possuir para exercer bem
a sua profissão.
O agir se refere à conduta do profissional assumida no desempenho de sua profissão.
Individualismo e ética profissional
É uma tendência do ser humano, a defesa, em primeiro lugar, de seus interesses próprios. O
valor ético do esforço humano é variável em função de seu alcance na comunidade. Se o trabalho
executado é só para auferir renda, em geral, tem seu valor restrito.
Por outro lado, nos serviços realizados com amor, visando ao benefício de terceiros, com
consciência do bem comum, passa a existir a expressão social do mesmo.
Metodologia
a) uma clara apresentação dos fatos envolvidos na situação;
b) formulação dos dilemas morais;
c) afastar conflitos pessoais ou legais;
d) apreciar as implicações técnicas/morais de cada um dos caminhos que podem ser seguidos;
e) dar oportunidade a que todos os membros do grupo se manifestem e tentar buscar uma
recomendação que espelhe o parecer consensual do grupo;
f) oferecer uma ou mais alternativas de conduta que sejam eticamente aceitáveis e que
contemplem o melhor interesse do paciente.
Resolução 196/96
Conjunto de normas e diretrizes responsáveis pela regulamentação dos aspectos éticos em
pesquisas com seres humanos.
Histórico: Tentativas anteriores para o estabelecimento de padrões adequados para o estudo
em humanos :
Código de Nuremberg (1947);
Declaração de Helsinque (1964);
Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres
Humanos.
Brasil: A primeira tentativa de regulamentar as pesquisas foi através da Resolução N° 01
do Conselho Nacional de Saúde (CNS) no ano de 1988. Após 7 anos, foi criado um outro
documento nacional com normas em pesquisas : a Resolução 196/96.
A elaboração desse documento envolveu uma equipe com representantes de vários
segmentos sociais e profissionais de diversas áreas.
Houveram consultas a cientistas, entidades de pesquisa e à sociedade civil; revisão da
literatura e da legislação brasileira, de diversos países e de organismos internacionais; discussão e
debates internos e externos e, finalmente, a elaboração das normas atualizadas.
Esta Resolução incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os quatro
referenciais básicos da Bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça, entre outros,
e visa assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade científica, aos sujeitos da
pesquisa e ao Estado.
Cumpre as ordens da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e da
legislação brasileira correlata:
Código de Direitos do Consumidor
Código Civil e Código Penal
Estatuto da Criança e do Adolescente
Lei Orgânica da Saúde 8.080
Termos e definições
- Pesquisa em seres humanos;
- Sujeito da pesquisa é o pesquisado, de caráter voluntário, sendo vedada qualquer forma de
remuneração.
- Risco da pesquisa: possibilidade de dano físico, psíquico, moral, intelectual, social, cultural ou
espiritual do ser humano na pesquisa ou dela decorrente.
Aspectos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos
- Respeitar valores culturais, sociais, morais, religiosos, éticos e hábitos e costumes em pesquisa
com comunidades.
- Contar com o consentimento livre e esclarecido do sujeito da pesquisa e/ou seu representante
legal;
- Garantir recursos humanos e materiais para o bem estar do sujeito da pesquisa ;
- Garantir privacidade e confidencialidade, assegurando a não utilização das informações em
prejuízo das pessoas;
- Assegurar ao sujeito da pesquisa os benefícios resultantes do projeto (retorno social, acesso aos
procedimentos, produtos ou agentes da pesquisa);
- Levar em conta, nas pesquisas com mulheres grávidas ou em idade fértil, as conseqüências na
fertilidade, gravidez e amamentação;
- Prevalecer sempre as probabilidades dos benefícios esperados sobre os riscos previsíveis ;
- Comunicar os resultados às autoridades sanitárias sempre que puderem contribuir para melhoria
da condições de saúde comunitária, preservando a imagem do sujeito.
Consentimento livre e esclarecido
Exige-se que o esclarecimento dos sujeitos se faça em linguagem acessível e que inclua
necessariamente os seguintes aspectos:
Justificativa, objetivo e procedimentos (porque, para que e como)
Desconfortos, riscos e benefícios
Liberdade para retirar-se sem penalização
As formas de indenização diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa.