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FACULDADE DE DIREITO
BIOÉTICA
Santos – SP
Fevereiro/2023
TRABALHO EXTRACLASSE V – BIOÉTICA
BIOÉTICA
Santos – SP
Fevereiro/2023
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Sumário
I. CONCEITO DE BIOÉTICA.......................................................................................................................4
II. PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA....................................................................................................................4
III. RELAÇÃO ENTRE O BIODIREITO E A BIOÉTICA...................................................................................6
IV. JURISPRUDÊNCIAS.............................................................................................................................8
V . BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................10
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I. CONCEITO DE BIOÉTICA
De modo geral, compreende-se a bioética como um campo de estudo transdisciplinar que
analisa ás relações dos princípios éticos com as práticas médicas e as pesquisas científicas.
Tal disciplina permeia por várias áreas do conhecimento como a biologia, a medicina, a
filosofia, a sociologia, a antropologia, a psicologia, a biotecnologia e o direito.
Quanto a etimologia, o termo deriva de uma junção de bios (vida) com a ethike (costumes),
remetendo no caso, a filosofia moral, e ao estudo dos costumes que envolvem a vida humana.
O termo foi utilizado pela primeira vez em 1927, pelo teólogo alemão Paul Max Fritz Jahr,
em uma publicação que abordava a relação do organismo humano com a sua biosfera.
Na década de 1970, a bioética ganhou o status de campo de estudo por meio de Van
Rensselaer Potter, bioquímico norte-americano da área de oncologia. Tal proposta se deu em
razão de uma preocupação de Potter com a dimensão que os avanços da ciência,
principalmente no âmbito da biotecnologia, estavam adquirindo. Quando o bioquímico
apresentou a bioética como ramo do conhecimento, visava auxiliar as pessoas a refletir sobre
as possíveis implicações dos avanços da ciência sobre a vida humana e dos demais seres
vivos.
Sendo assim, a Bioética, enquanto área de pesquisa, necessita ser estudada por meio de uma
metodologia interdisciplinar uma vez que seu desenvolvimento se dá pela cooperação de
profissionais de diversas áreas, cabendo a esses corroborar em discussões cujos temas
abrangem o impacto da tecnologia sobre a vida.
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Bioética fará com que as obrigações e responsabilidades éticas sejam direcionadas a proteção
dos interesses da coletividade.
Vale ressaltar, que tais princípios são conexos com o Princípio da Precaução, presente no
Direito Constitucional Ambiental, principalmente no Art. 225 da CF. Desta forma, Considera-
se que este está voltado, basicamente, a evitar a ameaça de danos à saúde humana e ao meio
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ambiente. Compreende-se os quatro princípios da seguinte forma:
Criou-se, outrossim, uma renovação no modo de agir e decidir das partes envolvidas com a
ciência médica e biológica: a socialização do atendimento médico, com o consequente
surgimento de novos padrões de conduta na relação médico-paciente, do atendimento em
massa, da democratização da Medicina; a universalização da saúde; a medicalização da vida
(aumento das especialidades médicas); a emancipação do paciente, indicando a necessidade
do consentimento informado para as atividades médicas e experimentais; a criação e o
funcionamento de comitês de ética hospitalar e comitês de ética para pesquisas em seres
humanos, dentre outros.
Trata-se de um diálogo interdisciplinar que visa compreender a realidade por meio de sua
complexidade física, biológica, política e social. Analisando até onde vão os limites da
interferência humana em questões que envolvem os seres vivos. O impacto do avanço das
novas tecnologias levaram a comunidade médica e científica a determinação de parâmetros
delineadores das práxis terapêuticas e de pesquisa.
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terceira geração, que marcaram a transição do Estado de direito para o Estado de justiça,
visando a promoção da macrobioética e da responsabilidade diante da preservação da vida em
sua mais ampla magnitude”.
IV. JURISPRUDÊNCIAS
Arguição de inconstitucionalidade. Lei 10.519/02, artigo 4º, e Lei Estadual n. 10.359/1999, artigo 8º,
"na parte que permite o uso do sedém, além de reconhecer a crueldade presente nas provas
agarramento, derrubada, açoitamento, perseguição e laçada do animal". Artigo 225, inciso VII e
parágrafo 7º, da Constituição Federal, e artigo 193, X, da Constituição do Estado. Precedentes sobre a
prova do laço e o uso de sedém, mesmo que forrado. Incidente acolhido.
Apelação. Ação civil pública. Pretensão de ressarcimento dos valores despendidos pelo Estado de São
Paulo na aquisição de medicamentos. Pedido de indenização por dano moral coletivo. Legitimidade
ativa da FESP frente à defesa do patrimônio público. Legitimidade passiva do laboratório
farmacêutico patrocinador das pesquisas, pois titular do medicamento registrado. Preliminares
afastadas. Pretensão fundada na obrigação do patrocinador da pesquisa de manter a continuidade
do fornecimento gratuito do fármaco para todos os pacientes submetidos aos testes clínicos, mesmo
após a sua conclusão. Impossibilidade. Ausência de previsão legal que imponha tal obrigação. Testes
clínicos realizados sob a égide da Resolução nº 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde, não da
Resolução nº 466/2012. Observância dos princípios éticos impostos internacionalmente para
pesquisas de medicamentos envolvendo seres humanos. Ademais, fornecimento do medicamento
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que é dever constitucional do Estado (art. 196, CF). Sentença reformada, para julgar improcedente o
pedido. Recurso provido.
(TJSP; Apelação Cível 1021557-76.2014.8.26.0053; Relator (a): Fernão Borba Franco; Órgão Julgador:
7ª Câmara de Direito Público; Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes - 9ª Vara de Fazenda Pública;
Data do Julgamento: 03/05/2021; Data de Registro: 04/05/2021)
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Falta de
interesse de agir. Processo extinto sem resolução de mérito em relação ao pedido de obrigação de
fazer. Autora que pretende ser dispensada da necessidade de autorizar transfusão de sangue em
possíveis futuros procedimentos médicos realizados no hospital réu. Inexistência de utilidade ou
necessidade de isentar a requerente de autorização que sequer foi exigida. Tutela jurisdicional que
se destina a resolver conflitos postos e concretos. Falta de interesse de agir configurada. Danos
morais. Hospital que se negou a realizar cirurgia, ante a recursa da paciente em autorizar transfusão
de sangue em caso de necessidade técnica. Testemunha de Jeová. Direito à liberdade religiosa e
direito à vida. Direitos fundamentais não absolutos. Requerido que não pode ser obrigado a assumir
o risco de realizar cirurgia sem consentimento do paciente para transfusão de sangue, se necessário.
É fato notório que todo procedimento cirúrgico implica em riscos à vida, podendo levar à
necessidade de transfusão para salvar a vida do paciente. Inexistência de ato ilícito. Danos morais
não configurados. Sentença mantida. Honorários advocatícios majorados. Recurso não provido, com
observação.
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V . BIBLIOGRAFIA
O VALOR DA VIDA HUMANA. Hélio Angotti Neto.
htt ps://crmpb.org.br/artigos/bioetica-e-biodireito-respeitando-o-direito-a-vida-e-a-dignidade-
da-pessoa-humana/
https://ibdfam.org.br/noticias/9993/javascript;
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https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-164/bioetica-ambiental-em-pauta-uma-reflexao-
a-luz-da-tabua-principiologica/
https://www.significados.com.br/bioetica/
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/3/unidades_conteudos/unidade26/
p_01.htm
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