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Introdução
O presente trabalho intitulado Princípios de Bioética: contexto do seu surgimento e
importância ,visa demostrar as melhores soluções para conflitos éticos, para conseguir
atender necessidades médicas sem desrespeitar valores importantes para os pacientes e para a
sociedade em geral.
1.1. Objectivos
1.1.2.Geral
1.1.3.Específicos
2.Metodologia
Foi criada uma “Comissão Nacional para a Proteção de Sujeitos Humanos na Pesquisa
Biomédica e Comportamental” . Após quatro anos publicou um documento que ficou
conhecido como Relatório Belmont – um documento histórico e normativo para a Bioética.
Nele foram eleitos três princípios orientadores básicos para a pesquisa envolvendo seres
humanos: a) respeito pelas pessoas; b) beneficência; c) justiça. O respeito pelas pessoas com
dois pressupostos éticos:
Na visão de Loch (2002,p.3), beneficência quer dizer fazer o bem. De uma maneira prática,
isto significa que temos a obrigação moral de agir para o benefício do outro. Este conceito,
quando é utilizado na área de cuidados com a saúde, que engloba todas as profissões das
ciências biomédicas, significa fazer o que é melhor para o paciente, não só do ponto de vista
técnico-assistencial, mas também do ponto de vista ético.
exige que ele contribua para o bem estar dos pacientes, promovendo acções:
a) para prevenir e remover o mal ou dano que, neste caso, é a doença e a
incapacidade; e b) para fazer o bem, entendido aqui como a saúde física,
emocional e mental. A Beneficência requer acções positivas, ou seja, é
necessário que o profissional atue para beneficiar seu paciente. Além disso, é
preciso avaliar a utilidade do acto, pesando benefícios versus riscos e/ou
custos (Loch, 2002,p.4)
3.1.3.Princípio de Não-Maleficência
Neste princípio, recomenda-se o profissional de saúde tem o dever de, intencionalmente, não
causar mal e/ou danos a seu paciente. Considerado por muitos como o princípio fundamental
da tradição hipocrática da ética médica, tem suas raízes em uma máxima que preconiza: “cria
o hábito de duas coisas: socorrer (ajudar) ou, ao menos, não causar danos (cf.
Junqueira,s.d,p.5).
b) liberdade, no sentido de estar livre de qualquer influência controladora para esta tomada de
posição.
– A incapacidade: tanto a das crianças e adolescentes como aquela causada, em adultos, por
diminuição do sensório ou da consciência, e nas patologias neurológicas e psiquiátricas
severas;
3.1.5.Princípio de Justiça
A ética biomédica tem dado muito mais ênfase à relação interpessoal entre o profissional de
saúde e seu paciente, onde a beneficência, a não maleficência e a autonomia têm exercido um
papel de destaque, ofuscando, de certa maneira, o tema social da justiça. Justiça está
associada preferencialmente com as relações entre grupos sociais, preocupando-se com a
equidade na distribuição de bens e recursos considerados comuns, numa tentativa de igualar
as oportunidades de acesso a estes bens (cf. Junqueira, s.d,p.42).
O conceito de justiça, do ponto de vista filosófico, tem sido explicado com o uso de vários
termos. Todos eles interpretam a justiça como um modo justo, apropriado e equitativo de
tratar as pessoas em razão de alguma coisa que é merecida ou devida à elas. Estes critérios de
merecimento, ou princípios materiais de justiça, devem estar baseados em algumas
características capazes de tornar relevante e justo este tratamento.
Com a crescente socialização dos cuidados com a saúde, as dificuldades de acesso e o alto
custo destes serviços, as questões relativas à justiça social são cada dia mais prementes e
necessitam ser consideradas quando se analisam os conflitos éticos que emergem da
necessidade de uma distribuição justa de assistência à saúde das populações (Loch, 2002,p.9).
Estes princípios ajudam na resolução de temas biomédicos relacionados aos dilemas dos
profissionais da saúde e seus pacientes, e dos pesquisadores e empresas e seus sujeitos de
pesquisa. Eles utilizam, como referência, a corrente principialista da Bioética, que é baseada,
conforme descrito anteriormente, nos princípios da autonomia, beneficência, não-
maleficência e justiça, para guiar o comportamento dos profissionais nos diversos dilemas
bioéticos relacionados ao mundo da saúde e da pesquisa biomédica.
Na visão de Boccatto (2007,p.3), estes princípios têm uma extrema importância, visto que
criam o comportamento ético, exigindo reflexão crítica diante dos dilemas, na qual devem ser
considerados, entre outros, os sentimentos, a razão, os patrimônios genéticos, a educação e os
valores morais e é por isso que sem a autonomia, a justiça e a tolerância para ouvir os pontos
de vista dos outros e aceitar em mudar os próprios, não existe o comportamento ético.
Com isso, pode-se concluir que a Bioética está envolvida com o nascer, o viver e o morrer, o
que faz com que seja primordial, tanto para a nossa vida pessoal, quanto para a profissional.
Portanto, os dilemas bioéticos devem ser considerados sob vários aspectos na tentativa de
harmonizar os melhores caminhos.
Conclusão
Esses princípios foram propostos primeiro no Relatório Belmont, de 1978, para orientar as
pesquisas com seres humanos e, em 1979, Beauchamps e Childress, em sua obra Principles of
biomedical ethics, estenderam a utilização deles para a prática médica, ou seja, para todos
aqueles que se ocupam da saúde das pessoas.A utilização desses princípios para facilitar o
enfrentamento de questões ética.
Japiassú, H., Marcondes, D. (2001). Dicionário básico de Filosofia. 3ª ed. Jorge Zahar
Editor, São Paulo.
Lopes, J. A.(2014). Bioética – uma breve história: de Nuremberg (1947) a Belmont (1979).
Faculdade de Medicina da UFMG Belo Horizonte, Brasil.