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Olá Amilton, Atividade foi reaberta para que possa rever o que foi

solicitado no enunciado acerca dos quatro princípios bioéticos e


correlacioná-los ao fragmento textual.

“Todos estamos no caminho – em nossos próprios caminhos, em caminhos com os


outros -, com a família, com os colegas profissionais, com os amigos, com os inimigos,
os competidores, pessoas prestativas, pessoas inúteis, pessoas brutas e cruéis, com
plantas e animais inofensivos e perigosos, em estradas calmas, ‘em viagens perigosas ou
difíceis, em territórios desconhecidos – sozinhos ou acompanhados. Nossa vida é uma
jornada do útero para além da morte, envolvida em caminhos de outros, de perto ou de
longe. Para irmos de um ponto a outro, precisamos de conselhos a respeito de território,
direção, riscos, perigos em potencial e como melhorar a nossa caminhada para ir sempre
em frente e atingirmos nossas metas pessoais e profissionais, sejam elas definida por
cada um de nós, ou social, cultural e politicamente definidas pelos outros”. (Sass,2013).
Desenvolva um texto dissertativo – argumentativo constituído pelas ideias apresentadas
nas aulas de Bioética, os conceitos sobre princípios bioéticos e conteúdos abordados em
suas leituras e estudos realizados, relacionando-os com o fragmento textual:

Autonomia
Autonomia é a faculdade de, livremente, traçar suas próprias condutas, sem imposições
externas. Refere-se ao respeito que se deve ter à vontade do cliente, do sujeito da
pesquisa, a seu autogoverno. Abrimos aqui um parêntese para chamar atenção para o
termo “cliente”, ao invés de “paciente”, que vem sendo usado atualmente para dar a
ideia de alguém que questiona, que escolhe, que interage, enquanto ‘paciente’ tem a
conotação de submissão. Fechamos então o parêntese dizendo que usaremos ora um
termo ora outro, indistintamente.

Aplicar o princípio da autonomia é reconhecer e respeitar a vontade do outro,


compreender seus valores, suas crenças, suas convicções. Agir com autonomia é agir
com conhecimento pleno, livre de enganos, de coação. Só a ação com autonomia gera
responsabilidade e cada ser deve ser responsável por sua própria vida, por seu corpo e
sua mente.

Situações há onde o próprio cliente não é capaz de responder por si, como uma criança
ou um cliente comatoso, por exemplo, quando então as informações devidas serão
prestadas aos seus responsáveis e estes decidirão. O princípio da autonomia deu origem
ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do qual falaremos adiante quando
tratarmos dos Comitês de Ética.

Beneficência
É o princípio segundo o qual qualquer tratamento de saúde deve ter em vista fazer o
maior bem possível e evitar todo e qualquer mal. Os profissionais de saúde devem ter
em vista o bem-estar do cliente. Se houver situação em que haja procedimentos
conflitantes, isto é, se algum dano for inevitável deve-se ter em vista o maior bem
possível naquela situação. Um exemplo bem típico é de situações em que será inevitável
a amputação de um membro para que se garanta a sobrevivência.
Todos os riscos e benefícios devem ser esclarecidos ao cliente, ou ao responsável para
que ele consinta na realização do procedimento. O princípio da beneficência implica no
cuidado ao agir. Toda ação humana, e em especial aquela que envolve riscos a outrem,
não pode prescindir do dever de cuidado.

Não Maleficência
Desenvolve-se a partir do princípio da beneficência. Nenhum mal deve ser causado
intencionalmente. Ou seja, antes de tudo vem a obrigação de não fazer o mal. O
profissional da saúde deve ter como princípio que todo o seu conhecimento apenas
deverá ser aplicado para beneficiar ao cliente e/ou à coletividade e os fins devem ser
lícitos. Nenhum procedimento sob nenhum argumento deve causar danos, mesmo que
tenha um fim útil. Os fins não justificam os meios.

Justiça
O princípio da justiça requer o agir com equidade, isto é, com o reconhecimento das
diferenças, das necessidades e do direito de cada um. As desigualdades
socioeconômicas, por exemplo, causam um acentuado desnível no tratamento
individual. Para o nivelamento das diferenças é preciso tratar-se de modo diferenciado
ao diferente. Só há uma raça, a raça humana, e é a condição humana que deve nos
mover ao encontro do outro. Riscos e benefícios devem ser distribuídos igualmente.

Além de vedar a discriminação o princípio da justiça requer que se aja com equidade.
Agir com equidade significa agir fundamentado na igualdade e tratar a todos igualmente
significa que alguns, em alguns casos, precisam ser tratados diferentemente. A equidade
abranda a rigidez da regra, flexibiliza os modos de ação. É preciso tratar diferentemente
àquele que é diferente.

1. Princípio da não maleficência: consiste na proibição, por


princípio, de causar qualquer dano intencional ao paciente (ou à
cobaia de testes científicos). A sua mais antiga formulação pode
ser encontrada no Juramento de Hipócrates, e, no século XX, ele
foi estabelecido como princípio bioético pelos estudiosos Dan
Clouser e Bernanrd Gert.
2. Princípio da beneficência: pode ter seu gérmen encontrado no
juramento hipocrático, em que se é afirmado que o médico deve
visar ao benefício do paciente. Beauchamp e Childress vão além,
estabelecendo que tanto médicos quanto cientistas que utilizem
cobaias devem basear-se no princípio da utilidade
(o utilitarismo de Mill e Bentham), visando a provocar o maior
benefício para o maior número possível de pessoas.
3. Princípio da autonomia: tem suas raízes na filosofia de
Immanuel Kant e busca romper a relação paternal entre médico e
paciente e impedir qualquer tipo de obrigação de cobaias para
com a ciência. Trata-se do respeito à autonomia do indivíduo,
pois esse é o responsável por si, e é ele que decide se quer ser
tratado ou se quer participar de um estudo científico.
4. Princípio da justiça: baseado na teoria da justiça, de John
Rawls, esse princípio visa a criar um mecanismo regulador da
relação entre paciente e médico, a qual não deve ficar submetida
mais apenas à autoridade médica. Tal autoridade, que é conferida
ao profissional devido ao seu conhecimento e pelo juramento de
conduta ética e profissional, deve submeter-se à justiça, que agirá
em caso de conflito de interesses ou de dano ao paciente

https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/bioetica.htm
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/principios-bioeticos/32418

Entende-se que a Bioética é a ciência que estuda as dimensões morais


da pessoa humana, aprofundando-se nas questões relacionadas
à conduta moral e ética dos seres humanos em relação a outros seres
humanos e a outras formas de vida.
Dessa forma, a Bioética depara-se com a complexidade de entender as
pessoa humana nas dimensões: reflexiva
Biológica: É a parte física da pessoa, seu corpo, sua figura. O homem deve cuidar o
seu corpo e sua saúde, pois ele é por meio dele que o ser humano pode fazer
contato com os outros seres, com o mundo que o rodeia e com Deus.
Psicológica: É a alma do ser humano. É a essência que faz cada um ser o que é,
pois cada ser humano é único e exclusivo, pois não existe ninguém exatamente
igual a outro, pode até existir alguma semelhança física, mais nunca terá a mesma
forma de sentir, pensar e agir. É o que dá vida a parte física do homem, marcando
sua maneira de ser e de atuar.
Social: é a parte em que o homem se relaciona com os outros seres humanos. O
homem não é um ser solitário, e necessita de outras pessoas para viver, realizar
seus objetivos, enfim, ser feliz.

Espiritual: É o que nos orienta a tomar decisões, e onde está a fonte


dos sentimentos, tanto bons como ruins: amor, ódio, misericórdia, inveja

Final O homem também deve se encontrar em seu contexto social, não pensando
somente nele, mais também nos outros seres que o rodeiam e fazem parte da sua
vida e do seu entorno. O homem deve saber como se comportar diante dos outros e
saber conviver em harmonia.

A bioética O indivíduo enquanto ser, passa a vida no dilema entre o certo


e o errado, entre o eticamente correto ou incorreto.

, no entanto, acredita-se que quanto mais disponíveis estamos a dar e


receber, mais poderemos colher todas as vantagens de ser um bom ser
humano. Permitir-se experimentar este estilo de vida em que o amor e a
gratidão imperam, transforma a pessoa, bem como o mundo bem melhor.
Acredita-se que para melhorar a nossa caminhada, ir sempre em frente e
atingirmos nossas metas pessoais e profissionais é fundamental que nos
respeitemos mutuamente, colocando de lado qualquer tipo de julgamento
que nos impeça de estar mais próximos das pessoas e nos tornarmos
seres melhores diariamente, praticando a empatia e a convivência
universal harmônica.
Fazendo uma análise dos problemas mundiais que viemos enfrentando ao
longo dos tempos, é fácil perceber que grande parte deles é referente à
forma como as pessoas agem umas com as outras. Basicamente, não
existe respeito nas relações. E quando falo em respeito estou falando
sobre buscar compreender a forma como o outro se comporta,
respeitando a maneira como ele escolheu levar sua vida.
Entende-se que independente de sozinho ou acompanhado, seja com a
família, amigos, colegas de trabalho e competidores estaremos sempre,
fazendo nosso próprio caminho.

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