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Introdução
A pesquisa acadêmico-científica possui critérios e exigências que obrigam o pesquisador a
ficar atento a uma série de procedimentos, envolvendo da ética na manipulação de seres vivos à
divulgação correta dos dados. Nesta aula, conheceremos a importância destes procedimentos e
estudaremos os limites, os métodos e os cuidados da pesquisa.Também entenderemos a necessi-
dade de se ter cuidado com o uso das fontes de pesquisa, buscando sempre referências confiáveis
e evitando o plágio.
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta aula, você será capaz de:
•• identificar quais são os perigos e riscos que o pesquisador iniciante pode encontrar;
•• compreender as grandes áreas do conhecimento;
•• entender sobre propriedade intelectual: o plágio.
EXEMPLO
Um estudante de pós-graduação pretende fazer uma pesquisa extensa, com diver-
sos objetivos e metas, dentro do prazo de 12 meses. Seu orientador, sabendo por
experiência própria da dificuldade que o aluno terá, recomenda-o a focar os traba-
lhos em um objetivo geral e apenas dois ou três objetivos específicos.
Figura 1 – O cuidado com a pesquisa
Fonte: cosma/Shutterstock.com
FIQUE ATENTO!
Quando você escolhe o tema e o problema de sua pesquisa, é preciso ter ciência
de sua aplicação: será que esse novo saber irá engrandecer a área de estudos ou
contribuir para a sociedade? O aprofundamento bibliográfico sobre um determina-
do tema pode não contribuir para aspectos sociais, mas irá enriquecer a área de
conhecimento em que esse saber se encontra.
2 A ética da pesquisa
A pesquisa científica deve possuir rigor, pois é desenvolvida por cientistas, educadores e
pesquisadores de diversas áreas do conhecimento com interesse em investigar e buscar novos
conhecimentos em suas áreas, sendo os responsáveis pela informação publicada. Por isso, enten-
de-se que deve haver ética na pesquisa e compromisso com a veracidade da informação, além
de responsabilidade com o conhecimento e com aqueles que irão usufruir dessa produção (DEL-
-MASSO; COTTA; SANTOS, 2014).
Para resguardar a pesquisa e quem participa dela, a ética deve se fazer presente nesse uni-
verso de conhecimento. Lembre-se que não basta simplesmente proceder com rigor, método,
jsistematicidade e com todo o cuidado exigido, mas também considerar os princípios da ética e
os limites da pesquisa.
Quem é o pesquisador? Quem participa da pesquisa? Quem participa da pesquisa também é
um dado para a pesquisa? Será feita com animais ou seres humanos? Em geral, essas são ques-
tões relevantes para se pensar a ética na pesquisa.
Veja também que o uso de bibliografia e dos dados da pesquisa devem ser feitos com ética,
lembrando sempre da importância de se referenciar corretamente e evitar o plágio.
Para o desenvolvimento da pesquisa é preciso considerar todos os aspectos que irão envol-
ver tanto o pesquisador quanto o objeto de estudo, assim como questões que atinjam a sociedade
como um todo. Por isso, várias universidades e governos por todo o mundo possuem um comitê
de ética que avalia se as pesquisas com seres vivos podem ou não ser desenvolvidas, e também
se ferem a integridade dos seres ou das informações com elas obtidas. Somente após ser apro-
vada pelo comitê, a pesquisa segue para seu desenvolvimento.
Fonte: Lightspring/Shutterstock.com
Vale ressaltar que somente os trabalhos que envolvem seres vivos devem ter uma aprovação
direta do comitê. Isso significa que pesquisas que não envolvem seres vivos contam somente com
a conduta e a ética de quem as desenvolve.
FIQUE ATENTO!
FIQUE ATENTO!
Plagiar é crime, e copiar a propriedade intelectual protegida por direitos autorais é
uma conduta antiética. Tenha atenção redobrada ao usar informações publicadas
por outras pessoas ou instituições!
SAIBA MAIS!
Para compreender melhor todos os aspectos que envolvem o plágio, confira a “Car-
tilha do Plágio”, criada e desenvolvida pela Universidade Federal Fluminense para
ajudar os pesquisadores com dúvidas. Disponível no link <http://www.noticias.uff.
br/arquivos/cartilha-sobre-plagio-academico.pdf>.
Aquele que pratica o plágio deixa de lado a oportunidade de pensar por si mesmo e contri-
buir com seus argumentos, prejudicando a si próprio, à sua instituição e à informação repassada,
enfim: comete um crime e deixar de ser ético com a pesquisa.
A melhor maneira de evitar o plágio é estar bem ciente das punições a quem o comete, bem
como saber lidar com as fontes de pesquisa de forma correta, sendo assim um pesquisador com
“luz própria”.
•• exatas: matemática;
•• naturais: biologia, física e química;
•• humanas: filosofia, sociologia, história e outras.
É importante que o pesquisador conheça muito bem o seu objeto de estudo, podendo se
situar pela área que abrange esse objeto. Dessa forma, é possível garantir a qualidade dos dados
obtidos e a apresentação dos resultados da maneira adequada para o uso dessas informações.
SAIBA MAIS!
Vale lembrar que, com o advento e aprimoramento das tecnologias, tem se de-
senvolvido uma nova área do conhecimento no âmbito tecnológico. Assim, a área
tecnológica poderá ser incorporada como uma nova área da ciência, uma divisão e
classificação diferente das que existem hoje.
Fechamento
Nesta aula você teve a oportunidade de:
Referências
DEL-MASSO, Maria Cândida Soares; COTTA Maria Amélia de Castro; SANTOS, Marisa Aparecida
Pereira. Ética em Pesquisa Científica: conceitos e finalidades. São Paulo, UNESP: 2014. Disponível
em: <https://acervodigital.unesp.br/bitstream/unesp/155306/1/unesp-nead_reei1_ei_d04_texto2.
pdf>. Acesso em: 25 abr. 2017.
IACS-UFF. Nem tudo que parece é: entenda o que é plágio. Niterói: UFF, 2010. Disponível em:
<http://cev.org.br/arquivo/biblioteca/4024337.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2017.
NATALI, Adriana. Luz própria. Revista Ensino Superior, São Paulo, ano 13, n. 154, p. 36-39, jul. 2011.
TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Metodologia da pesquisa científica. Curitiba: IESDE, 2007.