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Resumo de Gramática - DT nos exames de 12º ano (versão


de 28 de março de 2015 )
Português (Ensino Secundário (Portugal))

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A Gramática nos Exames Nacionais - 12º ano

Estes apontamentos têm como objetivo fornecer aos alunos uma síntese da gramática e proceder a
um levantamento das questões abordadas nos exames nacionais de Português - 12º ano, desde 2008 até
2014. A leitura deste documento não deve dispensar os alunos de consultarem uma gramática para
aprofundamento das questões.
Para um estudo mais profícuo, as questões dos exames devem ser devidamente contextualizadas,
consultando diretamente os exames nacionais (http://bi.iave.pt/exames/), ainda que tivesse havido o
cuidado de adaptar algumas questões de modo a contextualizá-las adequadamente.
As respostas iniciadas por R.A. – correspondem a questões de associação. Nas questões de escolha
múltipla, assinala-se em letra negrita a alínea que corresponde a uma resposta correta.

I. Representação gráfica da escrita - Sinais de pontuação e sinais auxiliares de escrita


SINAIS DE PONTUAÇÃO
A vírgula:
- separa o vocativo
Toma-me, ó noite, em teus jardins suspensos.
- separa o modificador apositivo
D. Dinis, o rei trovador, escreveu cantigas de amigo.
- usa-se nas enumerações
A beleza, o espírito, a graça, os dotes da alma e do corpo geram a admiração.
- usa-se a separar as orações subordinadas que precedem as subordinantes
Quando chegaste, eu já tinha partido.
- separa as orações coordenadas assindéticas
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
- separa os modificadores do predicado colocados no início ou intercalados na frase
Nos cerros remotos, por cima da negrura pensativa dos pinheirais, branquejavam ermidas.
- separa determinadas palavras ou expressões explicativas – isto é, ou seja, com efeito, a meu ver, por
exemplo, além disso…
Sobre o rio, com efeito, reluzia um pedaço de azul lavado e lustroso.
- separa os advérbios conectivos porém, todavia, contudo, e usa-se antes da conjunção adversativa mas
O espetáculo, porém, estava atrasado.
- separa as orações subordinadas adjetivas relativas explicativas
Saramago, que recebeu o Nobel, escreveu romances que refletem sobre a condição humana.
Os dois pontos
- servem para introduzir o discurso direto, para indicar citações, podem apresentar enumerações,
apresentar um aspeto descritivo, explicativo.
Ponto de exclamação
- indica sentimentos de admiração, espanto, surpresa…
Ponto e vírgula
- separa elementos de uma enumeração…
Travessão
- introduz as falas no discurso direto; separa uma oração, expressão ou palavra que se quer colocar em
destaque; intercala uma palavra ou frase…
Reticências
- utilizam-se na interrupção de uma frase. Esta suspensão pode significar vários sentimentos: hesitação,
dúvida, surpresa, amargura, frustração, ironia…
Sinais auxiliares da escrita
Parênteses
- servem para intercalar informações acessórias, por exemplo, um comentário, uma explicação…
Aspas
- usam-se para referir o título de uma obra; sublinhar a expressividade de uma palavra; acentuar a ironia;
assinalar o início e fim de uma citação…
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- Exame 2007, 1ª F ● Com o uso das reticências na linha 14 («a noite esteve sempre associada a todos os
perigos – insegurança, criminalidade, desconforto...»), a autora do texto
(A) mostra que é possível prolongar a enumeração. (B) expressa a sua opinião sobre os factos narrados.
(C) marca a existência de sentidos implícitos na frase. (D) sinaliza o carácter irónico das suas afirmações.
- Exame 2008, 1ª F ● Com o recurso ao travessão duplo em «Às duas epígrafes que o autor lhe antepôs –
uma do Padre Manuel Velho, a outra de Marguerite Yourcenar – poderia ter acrescentado uma terceira»
R.A. – o enunciador especifica a informação apresentada no segmento textual anterior.
- Exame 2008, 2ª F ● O uso de travessão duplo (em «Quando era pequeno – muito pequeno, talvez oito ou
nove anos – lembro-me de estar deitado na banheira») justifica-se pela necessidade de
(A) destacar uma explicitação. (B) registar falas em discurso direto. (C) marcar alteração de interlocutor.
(D) sinalizar uma conclusão.
- Exame 2009, 2ª F ●O uso de dois pontos (em «Era isso mesmo o meu conselho: quando te disse ‘faz o que
quiseres’) justifica-se por
(A) anunciar uma enumeração. (B) introduzir uma explicação. (C) preceder uma citação. (D) anteceder um
discurso direto.
- Exame 2010, 1ª F ● Ao usar parênteses na frase «A viagem de Bartolomeu Dias (passagem do Cabo da
Boa Esperança, em 1488) abriu novas perspetivas para a revolução da noção de espaço planetário»
R.A. - o enunciador clarifica a referência de uma expressão nominal.
- Exame 2012, 1ª F ● Com o uso do travessão duplo em «uma recriação da experiência, que usa a memória
– com tudo o que ela possui de ilusão – para recuperar acontecimentos que ocorreram muitos anos
antes.», a autora
(A) introduz uma conclusão. (B) introduz uma citação. (C) destaca uma explicação. (D) destaca uma
oposição.
- Exame 2012, 2ªF ●Com o uso das aspas na frase “Pense-se em termos como «honra», «fé», «verdade»,
«razão», «liberdade», «progresso» ou «revolução»”, pretende assinalar-se
(A) o início e o final de uma citação. (B) o uso irónico de certas palavras. (C) o recurso a palavras invulgares.
(D) o valor de significação das palavras.
- Exame 2012, EE ● Em «Compreendemos que <a imagem> designa algo que, embora não remetendo
sempre para o visível, toma de empréstimo alguns traços ao visual e, em todo o caso, depende da
produção de um sujeito: imaginária ou concreta, a imagem passa por alguém que a produz ou a
reconhece.» o uso dos dois pontos introduz
(A) uma citação. (B) uma enumeração. (C) uma frase no discurso direto. (D) uma explicação.
- Exame 2014, EE ● No texto, “Foi nesta carta a Adolfo Casais Monteiro que Pessoa descreveu o
«nascimento» de Caeiro”, a palavra «nascimento» encontra-se entre aspas porque se pretende destacar
(A) uma citação. (B) uma expressão irónica. (C) um sentido figurado. (D) um título.

II. CLASSES DE PALAVRAS


Pronome Pessoal – valores do pronome “se”
Contam-se entre os pronomes pessoais os seguintes:
- reflexos – Lavou-se.
- recíprocos – O João e a Ana amam-se (um ao outro). * O sujeito tem de ser plural.
- “se” impessoal – Diz-se que o Pedro chegou. (= Há quem diga que o Pedro chegou) *O verbo
encontra-se na 3ª pessoa.
-“se” passivo – Vendem-se apartamentos. (= Apartamentos são vendidos)
-“se” inerente – Ele arrependeu-se. Abster-se. O pronome pessoal é parte integrante do verbo.
----------------------------------------------------------------------------
Colocação dos pronomes átonos
- posição medial – com o verbo no futuro do indicativo ou no condicional – amar-te-ei; amar-te-ia.
- posição anteposta ao verbo:
- nas orações iniciadas com pronomes e advérbios interrogativos – Quem me procurou?
- nas orações subordinadas – Quando o vi, parei. Peço-te que o ouças.
- integrada numa frase negativa – Não o vi.
- nas orações iniciadas por palavras exclamativas e nas orações que exprimem desejo
- Bons olhos o vejam! Que a vida te sorria sempre.
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- com alguns advérbios – Talvez o encontrasse. Jamais o encontrei. Também o vi.


- com alguns quantificadores e pronomes indefinidos – Poucas pessoas o ajudaram.

--Exame 2008, 1ª F ● A colocação do pronome «se» na frase «o romance deve muito da sua força narrativa
(…) à opulência de uma escrita em que o extremo rigor e a liberdade estreme se conjugam» em posição
anteposta ao verbo justifica-se pela sua
(A) inclusão numa frase em discurso indireto. (B) inserção numa frase subordinada relativa.
(C) dependência de uma construção negativa. (D) integração numa frase interrogativa indireta.
- Exame 2009, 2ª F ● Em «(queres que eu não te chateie) e te deixe viver», a anteposição do pronome «te»
ao verbo decorre do facto de esta oração
(A) se integrar numa frase em discurso indireto. (B) depender do advérbio «também».
(C) se inserir numa oração subordinada. (D) pertencer a uma frase de forma negativa.
- Exame 2009, 2ª F ●Em «dir-me-ias», o pronome «me» ocorre em posição medial por se tratar de uma
forma verbal no
(A) condicional. (B) futuro do indicativo. (C) imperativo. (D) imperfeito do indicativo.

Valor dos Adjetivos


- Valor restritivo – Turistas estrangeiros visitaram Braga. O adjetivo encontra-se a seguir ao nome e
pode ser substituído por uma oração relativa restritiva [Turistas que são estrangeiros visitaram
Braga].
- Valor não restritivo – Encontrei um velho amigo.

- Exame 2008, 2ª F ● Na frase «ela murmurava para o seu prostrado e inconsciente guerreiro», os
adjetivos têm um valor restritivo.
R – Falso

Valor das orações subordinadas relativas (com antecedente)


- Os alunos que faltaram estiveram em visita de estudo. A oração sublinhada é relativa restritiva,
pois restringe o âmbito do nome antecedente [alunos]. Equivale a um adjetivo com valor restritivo.
A oração relativa restritiva não se separa por vírgulas. Tem função de modificador restritivo (do
nome).
- Saramago, que é um grande escritor, recebeu o prémio Nobel. A oração sublinhada é relativa
explicativa. Encontra-se entre vírgulas e apenas acrescenta uma informação acessória (se a
omitirmos, o sentido da frase principal não se altera). Tem função de modificador apositivo (do
nome).

- Exame 2011 – 2ªF ● Indique o valor da oração subordinada adjetiva relativa presente em «Há com efeito
uma grande parte da minha poesia que é atlântica.»
R.A. – A oração adjetiva relativa restritiva («que é atlântica») tem valor restritivo.
- Exame 2013, 1ª F (DE) ● Indique o valor da oração subordinada adjetiva relativa presente em «Essa
informação era depois entregue ao cosmógrafo-mor, que garantia a organização deste novo saber» <valor
explicativo>
- Exame 2013, 2ª F ● Indique o valor da oração subordinada adjetiva relativa presente em «Daí ter um livro
que se chama A Ignorância da Morte»
R – restritivo
- Exame 2014, EE ● Indique o valor da oração subordinada adjetiva relativa sublinhada: «Ele resolveu todos
os dramas entre a vida e a consciência», diz o filósofo José Gil, que rejeita a ideia defendida por muitos
estudiosos da “alma una” de Caeiro.»
R – (Valor) explicativo ou (valor) apositivo.

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O VERBO - Flexão verbal

- Presente do indicativo: eu estudo, eu leio, eu parto - Pretérito mais-que-perfeito do conjun. composto:


- Presente do conjuntivo: eu estude, eu leia, eu eu tivesse estudado
parta - Futuro do indicativo: eu estudarei
- Pretérito imperfeito do indicativo: eu estudava, eu - Futuro perfeito do indicativo: eu terei estudado
lia, eu partia - Futuro perfeito do conjuntivo: eu tiver estudado
- Pretérito imperfeito do conjuntivo: eu estudasse, - Condicional simples: eu estudaria
eu lesse, eu partisse - Condicional composto: eu teria estudado
- Pretérito perfeito do indicativo: eu estudei - Imperativo: estuda tu, estudai vós
- Pretérito perfeito do indicativo composto: eu - Gerúndio: estudando
tenho estudado - Gerúndio composto: tendo estudado
- Pretérito perfeito do conjuntivo composto: eu - Infinitivo impessoal simples: estudar
tenha estudado - Infinitivo impessoal composto: ter estudado
- Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: eu - Infinitivo pessoal simples: eu estudar, tu estudares,
estudara ele estudar…
- Pretérito mais-que-perfeito do indicativo - Infinitivo pessoal composto: eu ter estudado, tu
composto: eu tinha estudado teres estudado…
- Particípio passado: estudado

- Exame 2010, 1ª F ● A forma verbal «haviam gerado» (linha 22) encontra-se no


(A) pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo. (B) pretérito mais-que-perfeito do conjuntivo.
(C) pretérito perfeito composto do indicativo. (D) pretérito perfeito do conjuntivo.
- Exame 2011, 1ª F ● Na frase «Houve um tempo em que esta cidade cresceu devagar», a forma verbal
«cresceu» corresponde, em relação à forma verbal «houve», a um tempo
(A) anterior. (B) posterior. (C) inacabado. (D) simultâneo.
- Exame 2011, 2ª F ● Na expressão «vi o mar de que ouvira falar», a forma verbal «ouvira» corresponde,
em relação à forma verbal «vi», a um tempo
(A) anterior. (B) posterior. (C) inacabado. (D) simultâneo.

III. SINTAXE
Funções sintáticas:
A) ao nível da frase:
- Sujeito (pessoa ou ser de quem se fala) – O Carlos veio à aula. = Ele veio à aula.
Tipos de sujeito:
-sujeito simples: O Carlos veio à aula. É evidente que ele veio. = Isso é evidente.
- sujeito composto: O Carlos e a Carolina vieram à aula.
- sujeito nulo subentendido: (eu) Vou ao cinema.
- sujeito nulo indeterminado: Dizem (que o filme é excelente.)
- sujeito nulo expletivo: Choveu. Nevou. Há alunos responsáveis.
- Predicado (o que se diz do sujeito) – Eu ofereci um livro a um amigo.
- Modificador da frase – Felizmente, está bom tempo. (N.B. Não pode ser interrogado ou negado, ao
contrário do modificador do grupo verbal. Os advérbios de frase exercem esta função.)
- Vocativo – João, obedece ao teu pai.
B) internas ao grupo verbal
- Complementos
- direto – Li o artigo. = Li-o; Li isso.
- indireto – Ofereci uma prenda à Cláudia. = Ofereci-lhe uma prenda.
- agente da passiva – A casa foi projetada pelo arquiteto.
- oblíquo – Fui ao cinema. (Se o retirarmos, a frase fica agramatical, sem sentido).

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- Predicativo
- predicativo do sujeito – O Pedro é muito interessado. [depende de verbos copulativos: ser,
estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, revelar-se, tornar-se…]
- predicativo do complemento direto – Considero a Susana uma boa aluna. [predica algo
acerca do complemento direto. Depende de um verbo transitivo-predicativo: achar, julgar,
considerar, chamar, nomear, eleger, apelidar…]
- Modificador do grupo verbal – No domingo, fui ao cinema com um amigo. (pode ser interrogado
ou negado)
C) internas ao grupo nominal
- complemento de nome – A mãe do João veio à escola. [selecionado por um nome relacional, de
parentesco, icónico, deverbal, nome que indica modalidade, origem, relação parte/todo…]
- modificador do nome
. modificador restritivo – Os alunos atentos (= que estão atentos) obtêm sucesso.
. modificador apositivo - D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, viveu em Guimarães.
D) internas ao grupo adjetival/adverbial
- complemento do adjetivo – Estou feliz com a tua atitude.
- complemento do advérbio – Independentemente da tua atitude, vou agir.

- Exame 2008, 2ª F ● O constituinte «inconsciente» em «Nessa história, o David Crockett (...) ficava
inconsciente» desempenha, na frase, a função de predicativo do sujeito.
R - Verdadeiro
- Exame 2009, 1ª F ● Em «para comprazer ao parceiro, Adolfo Hitler.», o constituinte «ao parceiro»
desempenha a função de
(A) sujeito. (B) complemento direto. (C) vocativo. (D) complemento indireto.
- Exame 2010, 1ª F ●Na frase «informações essas que todos (…) buscavam avidamente na Europa», com o
advérbio «avidamente»
R.A. - o enunciador introduz um modificador do predicado.
- Exame 2010, 2ª F ● Em «Ao primeiro Sputnik seguiram-se outras façanhas da URSS» (linha 12), o
constituinte sublinhado desempenha a função sintática de
(A) complemento direto. (B) predicativo do sujeito. (C) vocativo. (D) sujeito.
- Exame 2011, 2ª F ● Identifique a função sintática desempenhada pela expressão «a indiferença e a
hostilidade» (na frase «até que vinham a indiferença e a hostilidade»).
R – sujeito
- Exame 2011, 2ª F ● Identifique a função sintática desempenhada pelo pronome pessoal em «e não o
descobriram».
R – complemento direto.
- Teste Int. 2012 ● Nas frases «Isso também me influenciou» e «esta técnica dá-me uma vibração que
procuro», os pronomes pessoais desempenham, respetivamente, as funções sintáticas de
(A) complemento agente da passiva e complemento indireto. (B) complemento indireto e complemento
direto.
(C) complemento direto e complemento indireto. (D) predicativo do sujeito e complemento direto.
- Exame 2012, 1ªF ● Identifique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em «já era
voz corrente a fantasia do relato».
R – predicativo do sujeito
- Exame 2012, 2ªF ● Identifique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada na frase «as
palavras […] preenchendo e saturando de significados o nosso quotidiano».
R – complemento direto.
- Exame 2012, EE ● Identifique a função sintática desempenhada pelo pronome relativo presente em «a
imagem passa por alguém que a produz ou a reconhece.»
R – sujeito
TI 2013 ● Indique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em «segue o viajante para
a visita turística»
R – sujeito
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- Exame 2013, 1ª F ● Indique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada na frase
«Permanecerá para sempre secreta e insolúvel.»
R - predicativo do sujeito
- Exame 2013, 1ª F (DE) ● Indique o sujeito da oração «mas com as viagens marítimas tudo mudou»
R - tudo
- Exame 2013, 2ª F ● Na frase «A mãe tentou compensar-me, tentou lutar contra a minha morte dando-me
poesia.», os pronomes pessoais desempenham, respetivamente, as funções sintáticas de (A) predicativo do
sujeito e complemento direto. (B) complemento indireto e complemento direto. (C) complemento direto e
indireto. (D) predicativo do sujeito e complemento indireto.
TI 2014 ● Identifique a função sintática desempenhada pelo pronome pessoal presente em «e nos levam
de novo às palavras»
R – complemento direto
Exame 2014, 1ª F ● Identifique a função sintática desempenhada pela palavra sublinhada em «Portugal em
muitos dos seus traços sociológicos continua queirosiano.»
R – predicativo do sujeito
Exame 2014, 2ª F ● Identifique a função sintática desempenhada pelo pronome pessoal em «pode inspirar-
-nos em cada tempo».
R – complemento direto
Exame 2014, EE ● Identifique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em «Caeiro não
é um filósofo, é um sábio para quem viver e pensar não são atos separados.»
R- sujeito

III. SINTAXE
Coesão interfrásica – Relações de coordenação e subordinação
1. Coordenação
Oração coordenada copulativa (valor aditivo)
Levantou-se e saiu.
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. – orações coordenadas copulativas assindéticas.
Conj. e locuções – e, nem, não só… mas também
Coordenada adversativa (valor de oposição/contraste)
Fui ao cinema, mas não gostei do filme. (N.B. – todavia, contudo, porém … são advérbios conectivos e não
conjunções, pois podem ser intercalados entre sujeito e predicado.)
Conj. – mas
Coordenadas disjuntivas (valor de alternativa)
Sais ou ficas.
Conj. e loc. – ou, quer… quer, seja… seja, ora.. ora
Coordenada conclusiva (valor de conclusão)
Está calor, portanto vou à praia.
Conj. e loc. – portanto, por isso, por conseguinte
Coordenada explicativa (valor de explicação)
Tenho dinheiro, pois comprei um carro novo.

2. Subordinação
A) Oração subordinada substantiva
Completiva (função sintática de: sujeito, c. direto, c. oblíquo)
É preciso que estudes. Peço-te que venhas a minha casa.
Relativa (sem antecedente) (função sintática de: sujeito, c.d., c.i., c.obl., mod. grupo verbal)
Quem vai ao mar perde o lugar. Admiro quem trabalha. Preciso de quem me ajude.
B) Oração subordinada adjetiva
Relativa restritiva (função sintática de modificador restritivo do nome)
A pessoa que fuma prejudica a saúde.
Relativa explicativa (função sintática de modificador apositivo do nome)
Saramago, que escreveu o “Memorial do Convento”, recebeu o Nobel.

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C) Oração subordinada adverbial (função sintática de modificador da frase ou do grupo verbal)


Causal (conj. e loc.: porque, visto que, dado que, já que…)
Não veio porque estava a chover.
Final (conj. e loc.: para, para que, a fim de…)
Convidei-a para que fosse comigo ao cinema.
Temporal (conj. e loc.: quando, enquanto, antes que, depois…)
Quando chegares, avisa-me.
Concessiva (conj. e loc.: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que…)
Embora estivesse atrasado, veio.
Condicional (conj. e loc.: se, caso, a menos que…)
Se não vieres, avisa-me.
Comparativa (conj. e loc.: como, mais do que, tanto como…)
Demorei mais tempo do que era minha intenção.
Consecutiva (conj.: que)
Estava tanto calor que fui à praia.

Oração não finita


-Infinita – Ele quer ficar em casa.
- Gerundiva – Perdendo o transporte, chegas atrasado.
- Participial – Aprovada a lei, não vale a pena discutir.

- Exame 2007, 2ª F ● Com o uso da frase sublinhada em «A filosofia, apesar de David Hume e da tradição
que se iniciou com ele , nunca confiou na emoção»
R.A. - o autor torna mais restrita a referência da expressão que é antecedente do pronome
relativo.
● Ao usar (a conjunção) “Porém” no início da frase.
R.A. – o autor exprime uma oposição relativamente à ideia contida na frase anterior.
- Exame 2007, 1ª F ● Com o uso da frase sublinhada «em 1787 surgiram as primeiras experiências com a
eletricidade, que só passa a ser utilizada sistematicamente em 1929.»
R.A. – a autora introduz informação adicional sobre o referente da expressão que é antecedente
do pronome relativo.
- Exame 2008, 1ª ● Com o recurso à conjunção “mas” em «a história não é uma categoria imutável e fixa,
mas a contínua respiração da realidade»
R.A. – o enunciador exprime oposição em relação à ideia apresentada anteriormente.
- Exame 2008, 2ª F ● A locução «para que» (na frase «A estranheza do título justifica uma explicação, para
que ele não passe como um mero exercício de estilo») permite estabelecer na frase uma relação de
(A) causalidade. (B) completamento. (C) finalidade. (D) retoma.
● Na frase «Mas ao meu lado haveria sempre uma índia, que vigiaria o meu sono (…),
que me passaria a mão pela testa», a oração sublinhada é subordinada relativa restritiva.
R – Falso
- Exame 2009, 1ª F ● Em («A mão moldou-se de tal maneira à enxada) que esqueceram de todo», a
conjunção «que» estabelece uma relação de
(A) substituição. (B) retoma. (C) consequência. (D) comparação.
● Com a expressão sublinhada «Mussolini (…) atacara a França pelas costas, para comprazer ao parceiro,
Adolfo Hitler»
R.A. – o enunciador indica uma finalidade.
● Com o uso de “também” na frase «pensa também que ‘é preciso pagar a liberdade’»
R.A. – o enunciador estabelece uma conexão aditiva.
● Com a frase sublinhada em «Ainda em França, e antes desta prisão, (Torga) fora convidado a exilar-se.»
R.A. – o enunciador refere uma ação passada que precede uma outra também passada.
- Exame 2010, 2ª F ●Em «O processo que conduziu à primeira alunagem humana, em 1969, remonta pelo
menos a 1957.», o constituinte sublinhado é uma oração subordinada
(A) adverbial consecutiva. (B) adjetiva relativa restritiva. (C) adverbial causal. (D) adjetiva relativa
explicativa.
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● Com o uso de «Para além disso» em «A União Soviética enviou à Lua naves não tripuladas(…). Para além
disso, colocou em órbita terrestre diversos cães»
R.A. – o enunciador introduz uma conexão aditiva.
●Com o uso da conjunção subordinativa «Embora» na frase «Com Khrustchov e Korolev, a astronáutica
soviética viveu a sua época dourada (…). Embora os Estados Unidos também tivessem colocado um satélite
em órbita»
R.A. – o enunciador introduz uma conexão concessiva.
● Com a oração sublinhada em «Esta instituição (…) centralizou toda a atividade espacial que não
correspondesse à esfera estritamente militar.»
R.A. – o enunciador restringe um grupo nominal.
- Exame 2011, 1ªF ● Classifique a oração iniciada por «que» em «Hoje, a cidade cresce tão rapidamente
que deixa para trás, sem remédio, as infâncias.»
R – “que deixa para trás, sem remédio, as infâncias” – oração subordinada adverbial consecutiva.
- Exame 2011 – 2ªF ● A conjunção «enquanto» na frase «Enquanto no Mediterrâneo só há ondas quando
há temporal, no Atlântico há ondas todos os dias quando há maré cheia», introduz uma ideia de
(A) tempo. (B) condição. (C) causa. (D) contraste.
Teste Int. 2012 ● Em «eram ainda muito frequentes» e em «E é ainda», os valores introduzidos pelos dois
conectores sublinhados são, respetivamente,
(A) de tempo e de oposição. (B) de concessão e de tempo. (C) de concessão e de adição. (D) de tempo e de
adição.
● Classifique a oração iniciada por «que» em «Não se pretende, porém, afirmar que toda a
obra de Vieira da Silva deriva dos azulejos.»
R – oração subordinada substantiva completiva.
- Exame 2012, 1ªF ● A utilização da conjunção «mas» contribui para a coesão
(A) lexical. (B) interfrásica. (C) frásica. (D) temporal.
● Classifique a oração iniciada por «que» em «Não é por acaso que a sua leitura crítica tem
sido controversa, às vezes desabrida»
R – oração subordinada substantiva completiva.
- Exame 2012, 2ªF ● O conector «assim que», na frase «Certas palavras […] tornam-se imprevisíveis e
indomáveis assim que abandonam a lâmpada mágica onde se encontravam abrigadas» introduz uma ideia
de
(A) conclusão. (B) comparação. (C) tempo. (D) modo.
- Exame 2012, 2ªF ● Classifique a oração «ainda que o seu impacto se apresente inegável»
R – oração subordinada (adverbial) concessiva
- Exame, 2012, EE ● Com o uso da locução «mesmo que» na frase «a televisão propõe cada vez mais
emissões e oferece a oportunidade de utilizar numerosos jogos vídeo, que incluem imagens, mesmo que
rudimentares.», introduz-se um valor de
(A) adição. (B) concessão. (C) causa. (D) alternativa.
●Classifique a oração introduzida por «que» em «a televisão propõe cada vez mais emissões e
oferece a oportunidade de utilizar numerosos jogos vídeo, que incluem imagens»
R- oração subordinada (adjetiva) relativa explicativa
TI 2013 ● Transcreva a oração subordinada adjetiva relativa presente no excerto seguinte «[…] mas com
sorrisos e saudações (sempre em árabe, que poucas ou nenhumas falas há por ali noutras línguas) de boas-
vindas aos escassíssimos viajantes que por lá põem os pés.»
R – «que por lá põem os pés»
- Exame 2013, 1ªF ● Classifique a oração subordinada em «Não sei se vou fazê-lo.» <oração subordinada
substantiva completiva>
- Exame 2013, 1ª F (DE) ● Classifique a oração iniciada por «que» em «Queria começar por sublinhar que
não se trata de mais uma exposição sobre os Descobrimentos portugueses» <oração subordinada
substantiva completiva>
- Exame 2013, 2ª F ● Transcreva a oração subordinada adverbial presente no excerto seguinte «Se as
pessoas não perceberam, por exemplo, o poema “Volto contigo a Ulisses”, eu explico o poema todo.»
TI 2014 ● Classifique a oração «Como não há uma gestão de resíduos eficiente»
R – oração subordinada (adverbial) causal
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- Exame 2014, 1ª F ● Classifique a oração sublinhada em «É inquestionável que Eça ultrapassou de longe a
Escola Realista, onde mal cabia, e chegou mesmo a pressentir o Modernismo.»
R – oração subordinada (adjetiva) relativa (explicativa)
- Exame 2014, 1ª F ● No excerto «Denunciou as estruturas de corrupção, que considerava uma espécie de
cancro que afetava gravemente a missão dos governos e o superior interesse do Reino e dos súbditos do
rei.», as palavras sublinhadas são (A) um pronome e uma conjunção, respetivamente. (B) uma conjunção e
um pronome, respetivamente. (C) pronomes em ambos os contextos. (D) conjunções em ambos os
contextos.
- Exame 2014, 2ª F ● Classifique a oração sublinhada na frase «As ideias de Vieira e as suas propostas
reformistas, se bem que apreciadas por alguns, encontraram muitos opositores poderosos no seu tempo.»
R – (oração) subordinada (adverbial) concessiva
- Exame 2014, EE ● No excerto «Inês Pedrosa refere que Caeiro seria a “figura da musa” para o poeta, que
aliás o descreve em termos helénicos, louro como um deus grego.», as palavras sublinhadas são (A) um
pronome e uma conjunção, respetivamente. (B) uma conjunção e um pronome, respetivamente. (C)
pronomes em ambos os casos. (D) conjunções em ambos os casos.
- Exame 2014, EE ● Classifique a oração sublinhada em «Apesar de os estudos pessoanos terem
demonstrado que a carta não diz toda a verdade sobre a criação do heterónimo, nem dos poemas».
R – oração subordinada (substantiva) completiva.

IV. MORFOLOGIA E LEXICOLOGIA


Formação de palavras
A)Processos morfológicos
DERIVAÇÃO
- Com adição de afixos:
. infeliz (prefixação)
. felizmente (sufixação)
. apadrinhar (parassíntese – adição simultânea de prefixo e de sufixo sem possibilidade de retirar um deles)
- Sem adição de afixos:
. Conversão ou derivação imprópria (mudança de classe de palavra: “olhar”-V; “olhar”-N)
. Derivação não afixal (formação de um nome a partir de uma forma verbal: avisar –
aviso)

COMPOSIÇÃO
- Composição morfológica
Processo de composição que associa um radical a outro radical ou a uma ou mais palavras.
Ex. Agri+cultura; luso-brasileiro; luso-descendente
- Composição morfossintática
Processo de composição que associa duas ou mais palavras.
Ex. Surdo-mudo; guarda-chuva; navio-escola; peixe-espada.
N.B. Palavras lexicalizadas (eram tradicionalmente classificadas como compostas)
Ex. vinagre; fidalgo; malmequer; girassol; pernalta; embora.

B) Processos irregulares de formação de palavras


. onomatopeias; sigla (RTP); acrónimo (NATO); amálgama (informática = informação + automática);
empréstimo (lingerie); extensão semântica (“janela” adquire um novo significado em informática);
truncação (metropolitano>metro – apagamento de parte da palavra).

- TI 2014 ● Os processos de formação das palavras «plastisfera» e «matéria-prima» são, respetivamente,


(A) derivação e composição. (B) truncação e composição. (C) parassíntese e amálgama. (D) amálgama e
composição.
- Exame 2014 2ª F ● Os processos de formação das palavras «cristãos-novos» e «confisco» são,
respetivamente, (A) derivação e amálgama. (B) composição e truncação. (C) amálgama e parassíntese.
(D) composição e derivação.

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Relações semânticas entre as palavras (consultar também coesão lexical)


Estruturas lexicais
Campo lexical - designa um conjunto de palavras que, pelo seu significado ou relação de sentido, se
associam num determinado domínio conceptual. Conjunto de palavras que servem para designar uma
determinada área da realidade.
Exemplos:
Campo lexical de:
- Cor: amarelo, vermelho, verde, azul, branco…
- Temperatura: quente, frio, tépido, morno
- Cursos de água: rio, ribeira, afluente, riacho, regato…
- Parentesco: pai, mãe, filho, tio, sobrinho, avô…
Campo semântico – A palavra pode adquirir diferentes significados de acordo com o contexto.
Campo semântico de "peça": "peça de automóvel", "peça de teatro", "peça de bronze", "és uma
boa peça".

- Exame 2012, 2ªF ● No contexto em que ocorrem, as palavras «pólvora» e «conquista»


(A) pertencem ao mesmo campo lexical. (B) estabelecem uma relação de hiperonímia/hiponímia. (C)
pertencem ao mesmo campo semântico. (D) estabelecem uma relação de holonímia/meronímia.
- Exame 2013, 1ª F (DE) ● As palavras «navios» e «marinheiros» (A) pertencem ao mesmo campo lexical.
(B) pertencem ao mesmo campo semântico. (C) estabelecem uma relação de holonímia/meronímia. (D)
estabelecem uma relação de hiperonímia/hiponímia.

V. SEMÂNTICA – Valor Modal / Valor aspetual


Aspeto verbal
Podemos encarar o processo expresso por um verbo de duas formas:
a) Observando do “exterior”, isto é, situando esse processo numa linha temporal, cronológica. Assim,
falamos de tempos pretérito, presente e futuro. Pode indicar uma ação anterior, simultânea ou posterior.
b) Observando-o do “interior”, de dentro desse processo, e verificando que duração assume o tempo
representado. Será essa uma duração pontual, momentânea? Está a começar? Está a terminar?
Podemos distinguir os seguintes “aspetos”:
- Perfetivo (realizado) / imperfetivo (não realizado)
Ele já falou. Ele está a falar.
- Pontual (instantâneo)/ Durativo (a ação prolonga-se)
Parti o vidro. As crianças passavam férias na praia no Verão.
- Genérico (ação atemporal)/ Habitual
O homem é mortal. João joga futebol aos domingos.
- Iterativo (refere uma situação que se repete regularmente)
Ele está a saltitar.
- Incoativo (início de uma situação)/ conclusivo (fim de uma situação)
Comecei a estudar. Acabei de estudar.

- Exame 2008, 2ª F ● A perífrase verbal em «e ao longo dos anos fui publicando» traduz uma ação
(A) momentânea , no passado. (B) repetida, do passado ao presente. (C) apenas começada no passado.
(D) posta em prática no momento.
● Em «molhando-lhe a testa com água, tratando das suas feridas e vigiando o seu coma», as formas
verbais «molhando», «tratando» e «vigiando» traduzem o modo continuado como a índia cuidava de
David Crockett.
R – Verdadeiro
- Exame 2011 – 1ª F ● Na expressão «vão-se afastando», a ação é perspetivada como
(A) progressiva. (B) pontual. (C) habitual. (D) acabada.

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- Exame 2012, 1ª F ● A forma verbal sublinhada, em “Não é por acaso que a sua leitura crítica tem sido
controversa”, exprime um valor aspetual
(A) durativo. (B) perfetivo. (C) genérico. (D) pontual.
- Exame 2013, 1ª F (DE) ● Na expressão sublinhada «E como se ia gerindo a informação que ia chegando»,
o evento é perspetivado como (A) progressivo. (B) habitual. (C) acabado. (D) pontual.

Modalidade
É uma categoria linguística que, em graus diferentes, exprime a atitude do sujeito enunciador face
àquilo que enuncia e face ao interlocutor.
Os valores modais podem ser: epistémicos, deônticos ou apreciativos.
- Modalidade epistémica (exprime a atitude de conhecimento e crença do locutor relativamente à verdade
ou falsidade do conteúdo do seu enunciado.) De acordo com o seu grau de conhecimento, a modalidade
pode ter diferentes graus:
- Valor de certeza (o locutor assume uma posição de certeza)
A Rita já chegou.
- Valor de probabilidade (juízo de probabilidade)
A Sara deve ter lido o livro. É provável que a Sara tenha lido o livro.
- Valor de possibilidade
A Sara pode ter lido o livro. Talvez tenha lido o livro.
- Modalidade deôntica (o locutor procura agir sobre o interlocutor, impondo, proibindo ou autorizando)
- Valor de obrigação (o locutor procura agir sobre o interlocutor, impondo ou proibindo)
Vai depressa. Entra!
- Valor de permissão (Ao contrário do valor de obrigação, em que o locutor define e procura impor
um único caminho, no valor de permissão o locutor constrói a possibilidade de ser o interlocutor a
escolher, entre vários caminhos definidos pelo locutor)
Podes sair ou podes ficar. Se terminaste o teste, podes sair.
- Modalidade apreciativa (exprime um juízo de valor positivo ou negativo)
Lamento o que sucedeu. Ainda bem que chegaste.
A modalidade em português pode ser expressa por diferentes processos:
- modo do verbo: indicativo, conjuntivo, imperativo.
- entoação: Sai!
- advérbios (talvez, não, certamente)
- verbos modais auxiliares (ter de, dever, poder, julgar).

- Exame 2008, 1ª F ● Com a utilização da forma do verbo auxiliar modal “poderia” em «Às duas epígrafes
que o autor lhe antepôs (…) poderia ter acrescentado uma terceira»
R.A. – o enunciador apresenta o conteúdo da frase como uma possibilidade.
- Exame 2009, 2ª F ● A expressão «pode ser que seja ainda vida» veicula um valor de
(A) obrigação. (B) permissão. (C) certeza. (D) possibilidade.
-Exame 2009, 1ª F ● Com a frase sublinhada em «Franco, disposto a fuzilar meia Espanha, se tanto fosse
necessário, decapitava ‘rojos’ em série.»
R.A. - o enunciador apresenta o conteúdo da frase como uma possibilidade.
- Exame 2011, 2ª F ● Na expressão «o que terá sido o maravilhamento», o conteúdo é apresentado como
uma
(A) certeza. (B) hipótese. (C) obrigatoriedade. (D) concessão.
TI 2012 ● O uso do futuro do indicativo em «O miniautocarro ziguezagueará entre o trânsito da marginal
até Mammoura e aí se fará o transbordo para outra carripana, que continuará até Rachid» tem o valor de
(A) possibilidade. (B) improbabilidade. (C) obrigação. (D) permissão.
- Exame 2013, 1ª F (DE) ● Na expressão «que deviam levar a cabo», apresenta-se uma (A) certeza. (B)
permissão. (C) obrigação. (D) possibilidade.
- Exame 2013, 2ª F ● No contexto em que ocorre, a expressão «Tenho de agradecer» transmite um valor
de (A) possibilidade. (B) obrigatoriedade. (C) permissão. (D) concessão.

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- Exame 2014, 1ª F ● Na expressão sublinhada em «É por isso que, para além do culto que a obra de Eça
legitimamente merece (…) se deve reconhecer (…) que muita da admiração totalitária que Eça desencadeia
nasce porventura duma espécie de preguiça e lentidão em entender (…) a linguagem diferente daqueles
que lhe sucederam», apresenta-se uma (A) obrigação. (B) permissão. (C) possibilidade. (D) probabilidade.

VI. ANÁLISE DO DISCURSO, PRAGMÁTICA E LINGUÍSTICA TEXTUAL


- Comunicação e interação discursiva
Atos ilocutórios
Ato ilocutório é o ato conversacional realizado quando, em determinado contexto comunicativo, o
locutor profere um enunciado, sob certas condições e com certas intenções. É o caso de um conselho, uma
ordem, um aviso…
- Assertivo (o enunciado produzido está relacionado com o valor de verdade. A enunciação pode ser
submetida ao teste de verdadeiro ou falso)
Camões escreveu “Os Lusíadas”.
- Diretivo (o locutor pretende que o interlocutor realize algo. Permite a expressão de uma vontade
ou de um desejo)
João, lê o texto.
Quem leu o texto?
- Compromissivo (o locutor compromete-se a realizar algo)
Prometo, pela minha palavra real, que farei construir um convento.
- Expressivo (expressão de sentimentos ou emoções)
Lamento o que aconteceu.
Parabéns!
- Declarativo (alguém, com poder institucional, cria um estado de coisas)
Declaro aberta a audiência.
Declaro-vos marido e mulher.

- Exame 2008, 2ª F ● O segmento textual «Este livro reúne alguns dos textos que mensalmente e ao longo
dos últimos anos fui publicando» constitui um ato ilocutório diretivo.
R – Falso
- Exame 2009, 2ª F ● Com o recurso à interjeição «Bravo!»
R.A. – o enunciador manifesta um estado emocional.
- Exame 2011- 2ªF ● Classifique o ato ilocutório presente em «Mas como transformou tudo isso em
matéria de poesia?»
R – ato ilocutório diretivo.
- Exame 2012 EE ● O ato ilocutório presente em «O uso contemporâneo da palavra “imagem” remete, a
maior parte das vezes, para a imagem mediática.» é
(A) declarativo. (B) compromissivo. (C) diretivo. (D) assertivo.
- Exame 2013, 1ªF ● Na frase «E, após isso, ninguém lerá uma só palavra por mim num pedaço de papel.»,
o autor realiza um ato ilocutório
(A) compromissivo. (B) declarativo. (C) expressivo. (D) diretivo.
- Exame 2013, 2ª F ● Classifique o ato ilocutório presente em «A sua poesia ainda tem segredos para si?»
<diretivo>
- Exame 2014, 1ª F ● Classifique o ato ilocutório presente em «Como um dia veremos.»
R – (Ato ilocutório) compromissivo / também se admitiu (ato ilocutório) assertivo

Deixis
- Deixis pessoal
É assinalada através dos pronomes pessoais, pron./determ. possessivos, flexão verbal (pessoa
gramatical) e vocativo.
Pedro, lê o teu livro.

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- Deixis espacial
Recorre a advérbios com valor de lugar, aos demonstrativos e a verbos que indicam
proximidade/distância.
Aqui estão aqueles livros que vieram pelo correio.
- Deixis temporal
Recorre a advérbios com valor de tempo e tempos verbais.
O João foi operado ontem.

- Exame 2008, 2ª F ● Em «não te deixarei morrer, David Crockett!», «te» e «David Crockett» são
referências deícticas pessoais.
R – Verdadeiro
- Exame 2011 – 2ªF ● Na expressão «na minha vida», «minha» é um
(A) determinante que funciona como deíctico temporal. (B) pronome que funciona como deíctico pessoal.
(C) determinante que funciona como deíctico pessoal. (D) pronome que funciona como deíctico temporal.
- Exame 2012 EE ● Identifique o tipo de deixis assegurado pelo advérbio «lá».
R – Deixis espacial

- A coesão textual
A coesão é um princípio de homogeneidade que diz respeito à conectividade sequencial dentro de
um texto.
A coesão de um texto é assegurada por mecanismos lexicais e gramaticais.
1. A coesão lexical diz respeito à retoma do segmento nominal, por meio dos seguintes processos:
- repetição do nome: Vi o Pedro em Braga. Mais tarde, vi o Pedro no Porto.
- através da inclusão de palavras que apresentam, entre elas, uma relação semântica:
Relações semânticas (ou de significado) entre as palavras:
Semelhança Sinonímia O pardal tem grandes ninhadas – cinco crias é bastante
frequente. Os bebés nascem num ninho confortável.
Oposição Antonímia Antigamente, os alunos estavam separados. Os rapazes
numa sala, as raparigas noutra.
Hiperonímia Ofereceu-me um ramo de rosas, mas prefiro outras
Hierarquia flores.
Hiponímia Tenho muitos animais: além de um cão e de um gato, há
também um canário.
Parte/todo Holonímia O automóvel tem pneus novos.
(inclusão/posse) Meronímia O automóvel tem pneus novos.

- Através da substituição por pronomes, advérbios, numerais, etc.


É na escola que passamos a maior parte da semana. Nela encontramos os nossos amigos. É aí que nos
preparamos para a vida.
Desta forma, estabelecem-se num texto cadeias de referência (estruturas que enviam para o
mesmo referente).
- Anáfora: A Ana chegou.Vi-a na escola.
- Catáfora (tipo particular de anáfora em que o termo anafórico precede o antecedente):
O Rui viu-a e perguntou-lhe:
- Ana, estás bem?
- Elipse (tipo de anáfora não lexicalmente realizada): Joana chegou a casa, mas [-] ainda não
telefonou.
- correferência não anafórica (termos que remetem para o mesmo referente sem que nenhum deles
funcione como termo anafórico).
Camões viveu no século XVI. O autor de “Os Lusíadas” é um dos maiores escritores portugueses.
(As palavras assinaladas remetem para a mesma realidade, têm o mesmo referente, mas nenhuma
delas depende da outra)

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2. A coesão gramatical diz respeito à relação interfrásica, por meio de:


Conectores ou articuladores textuais: Ele disse que vinha, mas não veio.
- Compatibilidade dos tempos verbais (coesão temporal-aspetual):
Ontem choveu, mas julgo que amanhã estará bom tempo.

- Exame 2008, 1ª F ● O antecedente do pronome “que” em «o romance deve muito da sua força narrativa
ao estilo incomparável de Saramago, ao seu perfeito domínio da língua portuguesa, a que este livro é uma
permanente homenagem» é
(A) “romance”. (B) “estilo incomparável”. (C) “perfeito domínio”. (D) “língua portuguesa”.
- Exame 2008, 2ª F
● O uso repetido do nome «David Crockett»
(A) constitui um mecanismo de coesão lexical. (B) assegura a progressão temática. (C) constitui um
processo retórico. (D) assegura coesão interfrásica do texto.
● Os vocábulos «batalha» e «combates» mantêm entre si uma relação de antonímia.
R – Falso
● O antecedente do pronome relativo «que» na frase «havia uma índia muito bonita (…) que cuidava
dele» é «uma índia muito bonita» (linha 9).
R – Verdadeiro
- Exame 2009, 1ª F ●Os elementos textuais «Miguel Torga», «Torga», «o poeta do Diário», (…) asseguram
a coesão
(A) lexical. (B) frásica. (C) temporal. (D) interfrásica.
- Exame2010, 1ªF ● As expressões textuais «expansão portuguesa», «aventura portuguesa», «descobertas
portuguesas» e «descobrimentos portugueses» contribuem para a coesão
(A) frásica. (B) lexical. (C) interfrásica. (D) temporal.
- Exame 2010, 1ª F ● Os termos «livre-arbítrio» (linha 8) e «fatalismo» (linha 8) mantêm entre si uma
relação semântica de
(A) equivalência. (B) hierarquia. (C) oposição. (D) inclusão.
- Exame 2011, 1ª F ●No contexto em que ocorrem, as expressões «crianças suburbanas» e «humanidade
de calções» contribuem para a coesão
(A) frásica. (B) interfrásica. (C) lexical. (D) temporal.
- Teste Int. 2012 ● Na frase, «Alguns azulejos intervinham nos efeitos espaciais da arquitetura,
acentuando-os ou contrariando-os nos seus jogos óticos», Indique o antecedente dos pronomes pessoais
que ocorrem em «acentuando-os ou contrariando-os nos seus jogos óticos».
R - «os efeitos espaciais da arquitetura»
- Exame 2012, 1ªF ● Indique o antecedente da palavra sublinhada na frase «Herrera Maldonado, o ilustre
autor da versão em castelhano, cuja 1.ª edição de 1620 incluía uma Apologia em defesa de Fernão
Mendes Pinto.»
R – (d)a versão em castelhano
- Exame 2012, 2ªF ● Indique o antecedente do determinante possessivo que ocorre em «É […]lícito que
nos interroguemos sobre a relação possível entre o esvaziamento das palavras e a sua subordinação à
hegemonia das imagens».
R – das palavras
-Exame 2012, EE ● A utilização da expressão «De facto» contribui para a coesão
(A) lexical. (B) frásica. (C) interfrásica. (D) temporal.
- Exame 2013, 1ª F ● No contexto em que ocorrem, as palavras «textozitos» e «prosinhas» contribuem
para a coesão
(A) temporal. (B) frásica. (C) interfrásica. (D) lexical.
- Exame 2013, 1ª F ● Indique o antecedente do pronome sublinhado «O que tenho a dizer escrevi-o.»
R - ”O que tenho a dizer”
- Exame 2014, 2ª F ● Na frase «Vieira gizou (…) aquilo que o especialista Aníbal Pinto de Castro denominou
como sendo uma “cidadania do futuro”», identifique a expressão de que o pronome «aquilo» é uma
catáfora.
R – (uma) «cidadania do futuro»

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- Exame 2014, EE ● O recurso à expressão «tudo o que Fernando Pessoa não pode ser» configura uma
(A) elipse. (B) anáfora. (C) reiteração. (D) catáfora.
- Exame 2014, EE ●A utilização de «pois» e de «Por isso» contribui para a coesão (A) frásica. (B)
interfrásica. (C) temporal. (D) lexical.

Tipologias textuais
- narrativo (com as categorias da narrativa: personagens, ação, espaço, tempo, narrador…Ex.: biografia,
conto, notícia, romance);
- descritivo (caracterização de uma personagem, espaço, tempo… Ex.: anúncio, retrato);
- instrucional ou diretivo (orientações precisas no sentido de efetuar uma transformação. Ex.: aviso, receita,
manual de instruções);
- conversacional (com diálogo, monólogo, monólogo interior… Ex.: conversa, diálogo, debate, entrevista);
- argumentativo (defende-se, uma tese, com argumentos e exemplos. Ex.: artigo de opinião, discurso
político, sermão, texto publicitário)
- expositivo (análise e síntese com o objetivo de expor e explicar algo. Ex.: artigo, definições, tratados
científicos);
- preditivo (antecipação ou previsão de eventos futuros. Ex.: horóscopo, profecia).

Exame 2011, EE ● Os quatro primeiros parágrafos do texto [«Em 1972, a Convenção para a Proteção do
Património Mundial Cultural e Natural formalizou a fusão entre dois movimentos que, até então, se
propunham promover, separadamente, a salvaguarda dos monumentos e sítios de interesse cultural, por
um lado, e a conservação da Natureza, por outro»] são predominantemente (A) descritivos. (B) expositivos.
(C) argumentativos. (D) narrativos.
Exame 2014, 1ª F ● O parágrafo «(…)É por isso que, para além do culto que a obra de Eça legitimamente
merece, por mérito próprio e grandeza genuína, se deve reconhecer, para sermos justos, que muita da
admiração totalitária que Eça desencadeia nasce porventura duma espécie de preguiça e lentidão em
entender, ainda nos nossos dias, a linguagem diferente daqueles que lhe sucederam. O que não parece vir
a propósito, embora venha. Como um dia veremos.» é predominantemente (A) narrativo. (B) descritivo. (C)
argumentativo. (D) expositivo.

VII. A LÍNGUA COMO FONTE DE RECURSOS EXPRESSIVOS


Figuras de retórica

a) nível fónico
- aliteração (repetição de sons consonânticos; contribui para a construção da musicalidade e ritmo)
«Leve, breve, suave» (Fernando Pessoa)
- assonância (repetição de sons vocálicos)
«Em mil divinos raios encendidos» (Camões)
b) a nível sintático
- anáfora (repetição da mesma ou mesmas palavras no início de uma frase ou verso para enfatizar uma
ideia)
«Não cos manjares novos e esquisitos / Não cos passeios moles e ouciosos» (Camões)
- anástrofe / hipérbato (alteração da ordem normal das palavras; contribui para a construção da
musicalidade e do ritmo; coloca em destaque determinados vocábulos)
«Que arcanjo teus sonhos veio / Velar, maternos, um dia?» (Fernando Pessoa)
- assíndeto (supressão da conjunção coordenativa copulativa)
«Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.» (Fernando Pessoa)
- enumeração (nomeação acumulativa de vários elementos)
«Vigiando e vestindo o forjado aço / sofrendo tempestades e ondas cruas» (Camões)
- gradação (apresentação de palavras ou de conceitos por ordem crescente ou decrescente)
«A perigos incógnitos do mundo / a naufrágios, a pexes, ao profundo» (Camões)

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- interrogação retórica (questão que se formula não para obter resposta, mas para melhor realçar a ideia a
transmitir)
«A que novos desastres determinas / De levar estes Reinos e esta gente?» (Camões)
- polissíndeto (repetição intencional de articuladores entre palavras ou frases sucessivas)
«A todos os perfumes de óleos e calores e carvões» (Álvaro de Campos)
c) a nível semântico
- alegoria (representação concreta de um conceito ou abstração)
«Os homens, com as suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos
outros.» (Pe. António Vieira)
- antítese , oxímoro, paradoxo
um dia claro, uma noite escura. – antítese
«O mito é o nada que é tudo» (Fernando Pessoa) - oxímoro
- apóstrofe (invocação de pessoas ausentes, seres inanimados ou entidades abstratas)
«Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os Pregadores, sois o sal da terra.» (Pe. António Vieira)
- comparação (relação de analogia entre dois termos)
«O polvo, com aquele seu capelo na cabeça, parece um monge.» (Pe. António Vieira)
- eufemismo (atenuação na transmissão de uma ideia ou realidade excessiva)
«se for sombra antes» (Ricardo Reis)
- hipérbole (exagero da realidade)
«Tão grande era de membros, que bem posso /Certificar-te que este era o segundo /De Rodes
estranhíssimo Colosso» (Camões)
- hipálage (transferência da qualidade de um sujeito para um objeto)
«Fumava o pensativo cigarro» (Eça de Queirós)
- ironia (expressão de uma ideia orientada para conclusão diferente daquele que é o seu sentido literal)
«Poupe-me os seus sermões, Reverência.» (Luís de Sttau Monteiro)
- metáfora (reconstrução, por analogia, do significado normal de uma palavra ou expressão, aproximando-o
a um campo semântico distinto)
«Tomai as rédeas vós do Reino vosso» (Camões)
- metonímia (tomar o continente pelo conteúdo, autor pela obra, a causa pelo efeito – implica
contiguidade)
Ele comprou um Picasso.
- personificação (atribuição de sentimentos ou ações próprias do ser humano a objetos ou elementos da
natureza)
«Porque os poetas místicos dizem que as flores sentem» (Alberto Caeiro)
- pleonasmo (redundância)
«Vi claramente visto»
- símbolo (associação de uma coisa, objeto, ser animado a uma ideia, conceito, sentimento, estado de alma)
«Que as Ninfas do Oceano tão fermosas, / Thetis e a Ilha angélica pintada, / Outra coisa não é que
as deleitosas Honras que a vida fazem sublimada.» (Camões)
- sinédoque (tomar a parte pelo todo, o singular pelo plural – implica participação)
«Ocidental praia lusitana» (Camões)
- sinestesia (associação de diferentes sensações)
«E fere a vista com brancuras quentes» (Cesário Verde)

- Exame 2012, 2ª F ● Na frase «Certas palavras, é sabido, são capazes das mais ousadas proezas, podem
ferir e doer, (…) assim que abandonam a lâmpada mágica onde se encontravam abrigadas», com a
expressão sublinhada, o autor utiliza uma (A) comparação. (B) hipálage. (C) metáfora. (D) perífrase.
- Exame 2013, EE ● Ao utilizar a interrogação retórica, em «Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre
nosso, assim, como um amor que se conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar
fidelidade a um texto que se desliga?», o autor (A) solicita uma informação. (B) reforça uma opinião. (C)
introduz uma ideia nova. (D) reformula um pedido.
- Exame 2013, EE ● Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora, (não consigo sentir-me
bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um Kobo)», o autor recorre à (A) hipálage. (B) metáfora. (C)
metonímia. (D) ironia.
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- Exame 2014, 1ª F ● Na expressão sublinhada em «Não viveu, porém, e infelizmente, a deflagração


extraordinária operada no seio das certezas e dos objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis que
viria a produzir as grandes experiências literárias do século XX», a autora recorre a (A) uma antítese. (B)
um oxímoro. (C) uma metáfora. (D) um eufemismo.

Bibliografia:
- Azeredo, M. Olga (2009). Da Comunicação à Expressão - Gramática Prática de Português. Lisboa Editora.
- DT. [online] Disponível na Internet via WWW. URL http://dt.dgidc.min-edu.pt/Acesso em 28 de março de 2015;
- Gomes, Álvaro (2006). Gramática Pedagógica e Cultural da Língua Portuguesa. Porto Editora;
- Serôdio, Cristina et al. (2011). Nova Gramática Didática de Português. Santillana Constância;
- Silva, Ermelinda et al. (2011). Oficina de Gramática 2º e 3º Ciclos. Edições Asa;
- Silva, Inês et al. (2011). Estudar Gramática no Ensino Secundário. Edições Asa.

Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio

Docente: António Alberto Matos

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