Você está na página 1de 15

Transplante de

órgãosAdriana Ricardo
Ámina Cassamo
Britney Banze
Edilson Sulude
Glória Muayane
Hawita Daia
Jesualda Manjate
Melissa de Sousa
Nelson Ernesto
 Yovana Hamela
Objetivos
01 Objetivos gerais
Abordagem deontológica sobre os
transplantes

Objetivos específicos
02
Discutir aspectos éticos, religiosos e legais
sobre os transplantes
Discussão de casos numa visão deontológica
Introdução

O termo “Transplantação” tem a sua origem na Botânica,


significando o acto e, a sua consequência, de transplantar -
tirar de um sítio e plantar noutro. Numa perspetiva médica,
a transplantação consiste no acto de colher um órgão,
tecido ou células, de um indivíduo – o dador, e implantá-lo
noutro indivíduo – o receptor.
Breve historial
O primeiro transplante bem sucedido de
órgãos foi realizado em 1954, em Boston
(EUA), quando o Dr. Joseph E. Murray
realizou um transplante de rins entre dois
gêmeos idênticos no Hospital Brigham
and Women. Murray se baseou na
descoberta dos médicos até então de que
em transplante entre gêmeos idênticos
não havia o perigo de rejeição uma vez
que o genoma de ambos, receptor e
doador, é o mesmo. ( INDRIUNAS, 2016)
Tipos de transplantes
• Autologo :mesmo indivíduo
• Isogênico: gêmeos idênticos
• Alogênico:mesma espécie porém geneticamente
diferentes
• Xenogênico: espécie de indivíduos diferentes
Visão religiosa
A reflexão teológico moral apreciou de forma negativa a doação de
orgãos, considerando uma mutilação do ser humano mas, apartir
dos anos 60 essa percepção foi substituida pelo contexto do amor
ao proximo. (DA CUNHA , 1996)

A doação de orgãos de um vivo para um vivo é avaliada moralmente


de uma forma diferente, é considerado ilicito a doação de um
orgão vital para propia sobrevivência ou seja, doar o coração para
alguém causando a sua propia morte não é eticamente cristão. (DA
CUNHA , 1996)
A maioria absoluta das religiões defende a prática do transplante de
órgãos como um ato de doação e amor ao próximo, porém, em
algumas delas só é aceito o transplante entre órgãos e tecidos “limpos”
ou seja, onde não haja troca de sangue.
Visão ética

“A transplantação de órgãos na ética é muito


baseada de acordo com o critério justificado para o
uso do órgão, não se pode fazer transplantes com o
objetivo de trazer ao ser humano a imortalidade’’.
—(Nakame, De paula lima, &
Magalhães, 1997).”
Reflexões legais
Lei 139 de 2016
Art.68
Colheita de órgãos ou tecidos humanos em pessoa viva
.
1.A remoção de órgão ou tecidos a transplantar colhidos do corpo de pessoa
viva não é admitida quando, com elevado grau de probabilidade, envolva
a diminuição grave e permanente da integridade física ou da saúde do
dador.
5. Tratando –se de dadores menores, o consentimento deve ser prestado
pelos pais, desde que não inibidos do exercício do poder paternal, ou, em
caso de inibição ou falta de ambos, pelo tribunal.
6. A dádiva e colheita de órgãos, tecidos e células de menores com
capacidade de entendimento e de manifestação de vontade carecem
também da concordância destes.
7. A colheita em maiores incapazes por razões de anomalia psíquica só pode ser
feita mediante autorização judicial.
8. É interdito ao médico participar na colheita ou transplantação de órgãos
ou tecidos humanos objeto de comercialização.

Art.69
Colheita de órgãos ou tecidos em cadáveres humanos
1. A colheita de órgãos ou tecidos em cadáver só pode efetuar – se após o
preenchimento de todas as regras científicas e normas legais estabelecidas.
2. A verificação da morte não deve ser feita por médicos que integrem a equipa de
transplante.
3. Nos casos em que se preveja a colheita de órgãos para transplante é permitida a
manutenção de meios artificiais de suporte de vida após o diagnóstico de morte do
tronco cerebral.
Caso clínico 1
Jurandi massango , 35 anos , sexo masculino com atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor que da entrada no hospital central de Maputo com vômitos
em jato acompanhado pela sua avó de 68 anos , sem condições
financeiras.Atendido pela Dra.Macanja que percebe o estado do paciente e
após tratá-lo decidi retira o seu rim esquerdo para vendê-lo a seu paciente
com poder financeiro que padece de uma insuficiência renal crônica ao valor
de 262mil dólares , oferecendo 40mil dólares a avó do jurandi “ para ajudar
nas despesas”

Segundo o código deontológico o posicionamento da dra macanja é ético ?


Reflexões legais
Lei 102 de 2020
Art.69
Crimes relacionados com a transplantação de órgãos humanos
1. É interdito ao médico realizar, auxiliar ou facilitar:
a) A extração ilícita de órgãos humanos, seja de pessoa viva ou falecida;
b) O transplante de órgãos humanos ilicitamente extraídos;
c) Quaisquer outras atividades ilícitas relativas a órgãos humanos previstas na lei.

3. Sempre que um médico, envolvido no tratamento ou seguimento de um doente


no pós-transplante, tenha conhecimento de factos que indiciem ou confirmem
que este foi transplantado em circunstâncias consistentes com o tráfico de órgãos
ou com tráfico de pessoas para fins de extração de órgãos, deve reportar o caso
às autoridades judiciárias competentes, à Ordem dos Médicos e ao Instituto
Português do Sangue e da Transplantação, I. P.
Conclusão
Com o presente trabalho, podemos concluir que é possível tentar alcançar a
igualdade de forma mais eficaz, dando prioridade para o transplante para
aqueles indivíduos que mais necessitam deles, sem eliminar a realização
de transplantes em que tem condições que lhes permitam esperar por
longos períodos de tempo.
Ressaltamos a importância do papel do Estado na criação de leis, sua
aplicabilidade e divulgação
Favorecer o consentimento voluntario ao nosso ver e a forma de garantir
uma decisão mais justa e participativa.
Caso 2

Carlos é um adolescente de 15 anos de idade apresentou-se na Clínica Life is Good


acompanhado pela sua mãe Sheila em busca de uma segunda opinião, é
proveniente do HCM onde recebera o diagnóstico de Adenocarcinoma hepático.
OBRIGADO PELA
ATENÇÃO !!

Você também pode gostar