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Maitê Mameri
EMESCAM 66-B
Prof.: Luiz Renato DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE ORGÃOS E TECIDOS
BIOÉTICA
BIOÉTICA- AULA 4

I- INTRODUÇÃO:
• O transplante é uma das maiores conquistas do ser humano, assim como os
antibióticos, vacinas e etc.
• Lei 9434/97- Lei dos Transplantes: se alguém descumpre essa lei, esta sujeito
a uma pena.
• Diferentemente da Reprodução Assistida que só possui resoluções,
transplantes possuem lei.

II- HISTÓRICO:
• 1967: 1º transplante de coração, realizado por Christiaan Barnard. Ele mudou o
conceito de morte pois confirmou que ainda que o coração estivesse batendo,
o paciente estaria vivo.
• 1968: 1º transplante de coração na América Latina. Ocorreu em São Paulo por
Euríclides de Jesus Zerbini
• 1985:1º transplante de fígado realizado no Brasil na USP.
• 1976: 1º transplante no ES (rins). Ocorreu a 41 anos ocorreu pelo Dr. Henrique
Marcondes Cerqueira e hoje é transplantado renal.
• Hoje o ES ocupa o 11º lugar no ranking de procedimentos no Brasil. Se
transplanta de tudo, até medula óssea autóloga.
• O ES atualmente possui 1083 pessoas na fila para receber de doador cadáver,
e 40% das famílias não concordam com a doação. Isso mostra que o grande
problema do Brasil é a autorização para fazer o transplante caso ocorra o óbito.
• A córnea pode ser aproveitada até por morte na rua, com 12 a 24h podendo
ser conservada por até uma semana.

III- TIPOS DE TRANSPLANTE:


1. Xenotransplante ou Heterotransplante: os órgãos transplantados são
oriundos de outras espécies de animais. Não é utilizado atualmente já que
possui muita rejeição.
2. Autotransplante: transferência de tecidos de lugar para outro do corpo de
uma mesma pessoa. Ex.:ponte de safena, enxerto de pele...
3. Isotransplante ou transplante isogênico: Transplante de órgãos e tecidos
entre indivíduos da mesma espécie e como características genéticas idênticas
(gêmeos univitelinos).
4. Alotransplante: transplante de órgãos e tecidos entre indivíduos da mesma
espécie, mas com características genéticas distintas. Pode ser intervivos ou
doador cadáver.

IV- LEI DOS TRANSPLANTES (1997):


• Art.1: parágrafo único: Para efeitos desta Lei, não estão compreendidos entre
os tecidos a que se refere este artigo o sangue, o esperma e o óvulo.
- Não são aplicados à sangue, esperma e ovulo.
- Esperma e óvulo não tem lei, sangue tem uma lei do ministério da saúde.
• Art.2: A realização de transplantes ou enxertos de tecidos, órgãos ou partes do
corpo humano só poderá ser realizada por estabelecimentos de saúde, público
ou privado, e por equipes médico- cirúrgicas de remoção e transplante
previamente autorizados pelo órgão de gestão nacional do Sistema Único de
Saúde.

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- Isso significa que, para realizar o transplante, preciso ser em um órgão


publico ou privado de saúde com uma equipe que transplante e previamente
autorizado pelo SUS.
• Art. 3º - A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano
destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de
morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes
das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios
clínicos e tecnológicos definidos por resolução do C.F.M.
• Art.4.: - A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas,
para transplante ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização de
qualquer um de seus parentes maiores, na linha reta ou colateral, até o
segundo grau inclusive, ou do cônjuge, firmada em documento subscrito por
duas testemunhas presentes à verificação da morte.
• Art.9.: é permitida a pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de
tecidos, órgãos ou partes do próprio corpo vivo para fins de transplante ou
terapêuticos.
- § 7º - É vedado à gestante dispor de tecidos, órgãos ou partes de seu corpo,
exceto quando se tratar de doação de tecidos para ser utilizado em transplante
de medula óssea e o ato não oferecer risco à saúde do feto.
• Art. 11º É proibida a veiculação, através de qualquer meio de comunicação
social, de anúncio que configure:
- apelo público no sentido da doação de tecidos, órgão ou parte do corpo
humano para pessoa determinada, identificada ou não, ressalvado o disposto
no parágrafo único;
• Art. 14º - Remover tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa ou cadáver,
em desacordo com as disposições desta Lei: Pena – reclusão, de dois a seis
anos, e multa.
• Art. 15 – Comprar ou vender tecidos, órgãos ou partes do corpo humano: Pena
– reclusão , de três a oito anos, e multa.

V- PROCESSO DE TRANSPLANTE:
1. Caracterização de Morte Encefálica
2. Notificação à Central de Captação de Órgãos
3. Avaliação das condições do doador
4. Seleção dos receptores
5. Identificação das equipes transplantadoras
6. Retirada dos órgãos
7. Liberação do corpo do doador com emissão de documento informando
sobre a doação

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