Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Quem já ouviu falar de células tronco? O que elas fazem? O que são? Para que servem?
No transplante de medula óssea, em pacientes com leucemia, por exemplo, podemos retirar uma
parte da nossa medula e doá-la (doador compatível). Nele, estas células vão originar uma medula óssea
saudável. As terapias celulares podem também ser feitas sem a necessidade de doador. Em pacientes com
grandes áreas queimadas, células-tronco, isoladas, de parte saudável de sua pele, são retiradas e crescidas em
laboratório. Depois de atingirem a quantidade necessária, são utilizadas, neste paciente, para recobrir as
áreas lesadas. De toda forma, a descoberta das células-tronco vem revolucionando a medicina e
possibilitando o desenvolvimento de novas técnicas para auxiliar o tratamento de várias doenças, antes sem
alternativa.
Rumo à Terapia do Futuro
“...O anúncio da clonagem de embriões humanos para extração de células-tronco, feito por cientistas
coreanos na revista Science, traz esperança para a criação de terapias inovadoras, que prometem
revolucionar a medicina, como a reconstituição da medula de indivíduos paralíticos ou a recuperação do
tecido muscular cardíaco em pacientes infartados.
A equipe coordenada pelo veterinário Woo Suk Hwang, da Universidade Nacional de Seul, na
Coréia, criou pela primeira vez células-tronco embrionárias a partir de um embrião humano clonado, que
chegou até o estágio de 100 células. As células-tronco embrionárias são pluripotentes, ou seja, têm a
capacidade de se transformar em qualquer outro tipo de célula do corpo. Se o processo de diferenciação
dessas células fosse direcionado, os mais diferentes tipos celulares poderiam ser cultivados de maneira
controlada para dar origem a tecidos e órgãos em laboratório, o que tornaria viável a engenharia de tecidos.
No entanto, a clonagem terapêutica e a engenharia de tecidos levantam uma série de questões éticas:
como garantir que a clonagem de embriões tenha apenas fins de tratamento e não reprodutivos? Ao descartar
esses embriões não estaríamos acabando com uma vida? Alguns tecidos de um organismo adulto, como a
pele, as paredes do intestino e o sangue, são capazes de se regenerar constantemente graças à presença de
células-tronco. O uso dessas células-tronco adultas na engenharia de tecidos acabaria com o dilema ético e o
risco de rejeição, já que células-tronco do próprio paciente poderiam ser usadas para regenerar seus próprios
tecidos. No entanto, ainda não se comprovou que células-tronco adultas são pluripotentes como as
embrionárias...”
No Brasil, a Lei de Biossegurança permite o uso de células-tronco embrionárias humanas apenas
para fins terapêuticos e de pesquisa científica. As instituições e serviços de saúde, que realizam este tipo
pesquisa ou terapia celular, devem submeter seus projetos à aprovação pelos comitês de ética em pesquisa, e
ter a autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio) para a utilização destas
células. Apenas os embriões inviáveis, sem qualidade para implantação ou com alterações genéticas, e os
embriões congelados há mais de três anos podem ser usados, desde que, em qualquer caso, tenha o
consentimento de seus genitores.
Adaptado de www.cienciahoje.uol.com.br/noticias/genetica/rumo-a-terapia-do-futuro
CÉLULAS TRONCO (material Ministério da Saúde)
O que são?
São tipos de células que podem se diferenciar em células com funções muito especializadas, constituindo
diferentes tipos de tecidos do corpo.
Em termos práticos, podemos afirmar que células-tronco são células que têm o potencial de recompor
tecidos danificados e, assim, auxiliar no tratamento de doenças como câncer, mal de Parkinson, mal de
Alzheimer e doenças degenerativas e cardíacas.
Basicamente existem dois tipos de células-tronco: as que são extraídas de tecidos maduros, como o cordão
umbilical ou a medula óssea, são mais especializados e dão origem a apenas alguns tipos de tecidos do
corpo. As pesquisas realizadas com o uso dessas células têm demonstrado a sua eficácia no tratamento de
diversas doenças, a exemplo da leucemia, doenças cardíacas e doenças hematológicas.
As células-tronco embrionárias, por sua vez, apresentam a capacidade de formar qualquer tecido do corpo.
Está sendo pesquisado, em todo o mundo, o potencial dessas células para o tratamento de diversas doenças
graves, como, câncer, diabetes, doenças genéticas, lesões de medula espinhal, demências, doenças auto-
imunes, dentre outras.
Com a aprovação da Lei de Biossegurança, a realização de pesquisas com células-tronco embrionárias passa
a ser permitida no Brasil, todavia, a lei estabelece algumas restrições para pesquisas com células-tronco
embrionárias, como:
... os embriões precisam estar congelados há pelo menos três anos; só podem ser usadas por meio de
consentimento dos genitores; não será permitido o comércio de embriões, nem sua produção e
manipulação genética, e ainda, são proibidas as clonagens terapêuticas, para aplicação em pesquisas e a
reprodutiva. As terapias com o uso de células-tronco ainda estão em fase de pesquisa, podendo ser
aplicadas somente de forma experimental por pesquisadores cujo projeto de pesquisa tenha sido aprovado
previamente nos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs).
ATIVIDADE CÉLULAS TRONCO
O autotransplante pode causar menos problemas de rejeição quando comparado aos transplantes
tradicionais, realizados entre diferentes indivíduos. Isso porque as:
C) células-tronco, por serem doadas pelo próprio indivíduo receptor, apresentam material genético
semelhante.
02) (Enem/2014) Na década de 1990, células do cordão umbilical de recém-nascidos humanos começaram a
ser guardadas por criopreservação, uma vez que apresentam alto potencial terapêutico em consequência de
suas características peculiares.
A) multiplicação lenta.
03) (FUVEST/2020) Um paciente, com câncer sanguíneo (linfoma) e infectado por HIV, fez quimioterapia e
recebeu um transplante de células tronco da medula óssea de um doador resistente ao HIV. Como resultado,
tanto o câncer como o HIV retroagiram neste paciente. O receptor mais usado pelo HIV para entrar nas
células do corpo é o CCR5. Um pequeno número de pessoas resistentes ao HIV tem duas cópias mutadas do
gene do receptor CCR5. Isso significa que o vírus não pode penetrar nas células sanguíneas do corpo que
costumam ser infectadas. O paciente recebeu células‐tronco da medula óssea de um doador que tem essa
mutação genética específica, o que fez com que também ficasse resistente ao HIV. Disponível em
https://www.bbc.com/. Março/2019. Adaptado.
A) permitirá que eventuais futuros filhos do paciente transplantado também possuam células resistentes à
infecção pelo HIV.
B) possibilitou a produção, pelas células sanguíneas do paciente após o transplante, de receptores CCR5 aos
quais o vírus HIV não se liga.
C) promoveu mutações no gene CCR5 das células do paciente, ocasionando a produção de proteína à qual o
HIV não se liga.
D) gerou novos alelos mutantes que interagem com o gene do receptor CCR5 do paciente, ocasionando a
resistência à entrada do HIV nas células do paciente.
E) confirma que o alelo mutante que confere resistência à infecção pelo HIV é dominante sobre o alelo
selvagem do gene CCR5.
04) (UEG/2016.2) A pele, os epitélios intestinais e especialmente o sangue são estruturas presentes no
organismo humano adulto que possuem a capacidade de regeneração por meio de um processo complexo e
finamente regulado, visto que suas células são destruídas e renovadas constantemente. Esse processo de
renovação se dá de forma geral conforme apresentado no esquema a seguir.
A) a hematopoiese resulta da diferenciação e proliferação simultânea das células-tronco que, à medida que
se diferenciam, vão reduzindo sua potencialidade.
C) existe um aumento gradual da capacidade de autorrenovação das células progenitoras durante esse
processo.
05) (Enem/2013 – 2ª aplicação) O estudo do comportamento dos neurônios ao longo de nossa vida pode
aumentar a possibilidade de cura do autismo, uma doença genética. A ilustração do experimento mostra a
criação de neurônios normais a partir de células da pele de pacientes com autismo:
Analisando-se o experimento, a diferenciação de células-tronco em neurônios ocorre estimulada pela:
C) atividade genética natural do neurônio autista num meio de cultura semelhante ao cérebro.
E) criação de um meio de cultura de células que imita o cérebro pela utilização de vitaminas e sais minerais.
06) (UCS/2015) Há algum tempo as pessoas escutam e leem notícias sobre o imenso potencial das células-
tronco para o tratamento de diferentes doenças. A expectativa criada gera ansiedade e às vezes frustração.
Diante disso, pode-se afirmar que:
B) as células-tronco dos tecidos específicos existem em diferentes tecidos ou órgãos como cérebro e coração
e têm características pluripotentes.
C) as células-tronco embrionárias são obtidas de blastóporos, com poucas células não diferenciadas, que se
transformam em qualquer tipo de célula.
D) as células-tronco pluripotentes induzidas reprogramam células adultas de vários tecidos, fazendo com
que retornem ao estado tecido-específico.
07) (Acafe/2015) Recentemente o Instituto de Pesquisa com Células-tronco da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – IPCT/UFRGS gerou a primeira linhagem de células-tronco pluripotentes induzidas da
região sul do País. Pela primeira vez na região Sul, uma célula madura foi induzida a se tornar pluripotente
através de uma série de procedimentos laboratoriais, ou seja, a partir de uma célula somática (2n) já
constituída, foi obtida uma célula-tronco. Esse procedimento é essencial para o futuro das pesquisas na área,
já que foge da discussão ética-religiosa a qual cerca as células-tronco embrionárias, além de evitar o risco de
rejeição do corpo à nova célula por carregar o mesmo material genético do transplantado. Fonte:
http://celulastroncors.org.br/ Acesso em 30/10/2014
II. As células pluripotentes são assim chamadas por possuir a capacidade de se transformar em qualquer tipo
de célula adulta.
III. As células-tronco adultas são chamadas de multipotentes por serem mais versáteis que as embrionárias e
encontram-se principalmente na medula óssea.
V. O tecido do cordão umbilical é uma fonte riquíssima em células-tronco jovens, as quais podem dar
origem a uma infinidade de tipos de células, como por exemplo, células musculares, ósseas, tendíneas e
cartilaginosas. Essa plasticidade permite que essas células-tronco possam, futuramente, ser aplicadas para o
tratamento de diversas patologias.
Todas as afirmações corretas estão em:
A) III – IV
B) I – III – V
C) II – IV – V
D) I – II – V
08) (UFRN) A terapia com células-tronco retiradas do próprio indivíduo está isenta dos questionamentos
éticos que envolvem o uso de embriões.
No entanto, esse tipo de terapia é inadequado para tratar doenças genéticas desse indivíduo porque:
A) essas células serão rejeitadas no implante devido ao encontro dos genes alterados.
09) (UDESC/2017)“Um número crescente de clínicas, muitas vezes em países como a Rússia ou a China,
mas também na Europa e outros continentes, afirmam em seus sites que podem tratar e até curar doenças
como distrofia muscular, Alzheimer, Parkinson e lesão na coluna vertebral, assim como infartos, injetando
nos pacientes células-tronco que, em teoria, podem se transformar em um nervo, um músculo ou outras
células e reparar danos causados por uma doença ou lesão. Relatos de atletas sobre resultados aparentemente
miraculosos contribuem para um interesse crescente. Estima-se que dezenas de milhares de pacientes ao
redor do mundo tenham recorrido a tais tratamentos e que o setor movimente centenas de milhões de
dólares”. Disponível em: http://nytiw.folha.uol.com.br/?url=/folha/content/view/full/44567, acessado em
agosto/2016.
Analise as proposições em relação às células tronco, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) O uso das células tronco em terapias baseia-se no princípio de que elas podem gerar qualquer tipo de
célula.
( ) Todas as células, independentemente do seu grau de diferenciação, podem ser transformadas em células
tronco.
B) F – V – F – F
C) V – F – F – F
D) F – V – V – V
E) F – F – F – V
10) As células-tronco atualmente são conhecidas pelo seu potencial de tratar algumas doenças e pela
esperança de que possam tratar outras. Cerca de 100 diferentes doenças relacionadas com o sangue, por
exemplo, são tratadas pelo uso dessas células. Analise as alternativas a seguir e marque aquela que indica a
característica presente nas células-tronco que ajuda no tratamento de tantas enfermidades.
b) As células-tronco apresentam capacidade de aumentar de tamanho, ocupando o local das células doentes.
01) Como as células usadas são do mesmo paciente, todas elas possuem o mesmo patrimônio genético. Isso
traz como benefício a redução dos problemas relacionados à rejeição, visto que as proteínas de membrana,
relacionadas ao reconhecimento celular são as mesmas.
Resp.: C
02) As células do cordão umbilical são células tronco pluripotentes, capazes de originar os diferentes tipos
celulares do indivíduo.
Resp.: D
03) Com o transplante, as células sanguíneas do paciente passaram a produzir receptores CCR5 aos quais o
vírus HIV não se liga.
Resp.: B
04) À medida que as células vão sofrendo diferenciação, sua capacidade de originar vários tipos celulares
vai diminuindo, ou seja, ao longo da diferenciação celular cada célula indiferenciada vai se transformando
em um tipo mais específico.
Resp.: A
05) A questão envolve puramente a interpretação do esquema. Observa-se que a obtenção de neurônios a
partir de células-tronco ocorre quando estas são colocadas em meio nutritivo que imita o cérebro.
Resp.: E
06) As células tronco hematopoiéticas podem se diferenciar em vários tipos de células sanguíneas e foram
usadas, pela primeira vez, em 1988 pela doutora Eliane Gluckman, no Hospital Saint-Louis, em Paris. Desde
então o uso dessas células em terapias tem sido cada vez mais frequente. Isso justifica, também, a criação de
bancos de sangue e de cordão umbilical e placentário para realização de coleta, processamento e
criopreservação do material.
Resp.: E
07) Estão incorretos os itens III e IV. No item III as células tronco multipotentes são menos versáteis que as
células tronco embrionárias. No item IV as células tronco multiplicam-se por mitoses.
Resp.: D
08) Como as células usadas são do próprio paciente, elas também são portadoras dos genes responsáveis
pela(s) doença(s) genética(s) que ele possui. É importante lembrar de que todas as células de um indivíduo
possuem os mesmos genes. O que varia são os genes em atividade em um tipo celular e em outro.
Resp.: D
09)
II. Os mecanismos Os mecanismos genéticos, que promovem a diferenciação celular ainda não estão
completamente esclarecidos e compreendidos.
III. As células-tronco que se dividirem de forma não controlada poderão dar origem a tumores.
IV. As células permanentes, com as células musculares estriadas esqueléticas e neurônios, não podem ser
transformadas em células-tronco.
Resp.: C
10) Alternativa “a”. Por serem capazes de se multiplicar e gerar diferentes tipos celulares, elas são uma
esperança na área da Medicina, que, por meio da terapia celular, promove a troca de células doentes por
células saudáveis.