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UNIVERSIDADE PAULISTA

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Ageu Silva de Almeida - RA: N612FH7


Augusto Henrique Martins - RA: F19DFC1
Dannielly de Moura Lima - RA: F325431
Geovana Dias da Silva - RA: F198DC5
Igor Martins dos Anjos - RA: F327FG7
Jacqueline Fonseca da Silva - RA: F2789G8
Jonatas Rodrigo Freitas Rocha - RA: F32FDE7
Maria senhora Ribeiro de Souza - RA: F2187H9
Mariana Roque Santos – RA: N686634
Stefanie De Jesus Almeida - RA: F26HHA3

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

SÃO PAULO
2020
Ageu Silva de Almeida - RA: N612FH7
Augusto Henrique Martins - RA: F19DFC1
Dannielly de Moura Lima - RA: F325431
Geovana Dias da Silva - RA: F198DC5
Igor Martins dos Anjos - RA: F327FG7
Jacqueline Fonseca da Silva - RA: F2789G8
Jonatas Rodrigo Freitas Rocha - RA: F32FDE7
Maria senhora Ribeiro de Souza - RA: F2187H9
Mariana Roque Santos – RA: N686634
Stefanie De Jesus Almeida - RA: F26HHA3

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Trabalho apresentado à disciplina de


Atividades Práticas Supervisionadas de Ética
em Enfermagem e Exercício da Profissão.
Orientadora: Profª Msc. Thaís Cristina da Silva

SÃO PAULO
2020
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO:.....................................................................................................4
2. OBJETIVO:........................................................................................................... 7
3. METODOLOGIA:...................................................................................................8
3.1 Tipo de Pesquisa:..................................................................................................8
3.2 Local de Busca:..................................................................................................... 8
3.3 Palavras-chave:.....................................................................................................8
3.4 Critérios de Inclusão..............................................................................................8
3.5 Critérios de Exclusão.............................................................................................8
3.6 Idioma da Pesquisa............................................................................................... 8
4. REFERENCIAL TEÓRICO:...................................................................................9
4.1 Código de Ética..................................................................................................... 9
4.2 Sobre a Lei 9.434/1997: ........................................................................................9
4.3 Legislação Brasileira:...........................................................................................10
4.4 Atuação Ética e Legal do Enfermeiro...................................................................12
4.5 Cenário Brasileiro e no Mundo: ..........................................................................13
4.6 O transplante de órgãos nas religiões:.................................................................15
5. RESULTADOS:...................................................................................................16
5.1 Pai Cruza EUA de bicicleta para ouvir coração da filha bater no peito de outro
homem........................................................................................................................16
5.2 Atuação ética e legal do enfermeiro.....................................................................17
5.3 Legislação............................................................................................................17
6. ENTREVISTA:.....................................................................................................19
6.1 Caso Daywison - Vídeo conferência....................................................................19
6.2 Caso Alice............................................................................................................21
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................23
8. REFERÊNCIAS....................................................................................................24
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1. INTRODUÇÃO:

A doação de órgãos é um ato admirável, no qual pode salvar diversas vidas.


Constantemente o transporte de órgãos é a única esperança de vida ou
oportunidade de recomeço para as pessoas que necessitam dessa doação.

O transporte de órgãos é realizado através de um procedimento cirúrgico que


basear-se na reposição de um órgão (seja ele: coração, fígado, pâncreas, pulmão,
rim) ou tecido (como: medula óssea, ossos, córneas). Pode ser realizado de uma
pessoa doente que será o receptor, seja ele órgão ou tecido normal de um doador,
sendo ele, vivo ou morto.

“O Brasil é referência mundial na área de


transplantes e possui o maior sistema público de
transplantes do mundo. Atualmente, cerca de
96% dos procedimentos de todo o País são
financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior
transplantador do mundo, atrás apenas dos
EUA. Os pacientes recebem assistência integral
e gratuita, incluindo exames preparatórios,
cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-
transplante, pela rede pública de saúde”.
[MINISTÉRIO DA SAÚDE, O QUE É DOAÇÃO
DE ORGÃO?]

Para que um paciente morto consiga realizar a doação de um órgão o motivo


da morte deve ser morte encefálica, a qual é considerada completa e irreversível
parada de todas as funções do cérebro. O diagnóstico é regulamentado pelo
Conselho Federal de Medicina, deste modo pode ser feita por um médico com
capacitação especifica, onde são utilizados critérios precisos, padronizados e
passiveis de serem realizados em todo o território nacional. De acordo com a Lei
9.434, após diagnosticada a morte encefálica e autorização dos familiares, poderá
ser realizada a doação de tecidos e órgãos.
5

Para ser doador de órgãos, é necessário que a família esteja ciente do seu
desejo, sendo assim eles devem assinar a autorização da doação. No Brasil, a
doação de órgãos só é realizada perante a autorização familiar.

De acordo com a legislação brasileira, não tem como garantir a vontade do


doador, mas na grande maioria dos casos, quando a família está ciente do desejo de
doar do parente falecido, isso será respeitado. Caso a decisão seja judicialmente
registrada, também pode ser aceita.

Os órgãos doados são encaminhados para paciente que precisam de


transplante, no qual estejam aguardando na lista única. Onde é definida pela Central
de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema
Nacional de Transplantes (SNT). Essa lista única é separada de acordo com o órgão
necessitado, por exemplo, há lista para doação de rins, fígado, pulmão, etc., cada
um para um respectivo órgão/tecido.

No Brasil, existem dois tipos de doador:

1º Doador vivo. Esse doador é considerado uma pessoa em boas condições de


saúde, mas é realizado de acordo com a avaliação médica. Desde que não
prejudique a própria saúde, pode ser doador qualquer pessoa que concorde com a
doação. Ele pode doar, um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte
do pulmão. Parentes até quarto grau ou cônjuge podem ser doadores de acordo
com a lei. Caso são seja parente, só pode ser doador com autorização judicial.

2º Doador falecido. Paciente com morte encefálica, geralmente vítimas


cerebrais, como traumatismo craniano ou derrame cerebral (AVC). Nesse caso há
um determinado período de tempo para que a doação possa ser feita, ou seja, há
um tempo de isquemia de cada órgão. Isso significa o tempo de retirada do órgão
para que seja transplantado de uma pessoa para outra, por exemplo: o coração
pode ser doado em até 4 horas, o pulmão de 4 à 6 horas, o rim em até 48 horas, o
fígado e o pâncreas em até 12 horas. No caso para que uma pessoa receba um
órgão de um doador falecido é necessário que essa pessoa esteja na lista de
espera.

90% dos transportes de órgãos é realizado graças ao programa Asas do Bem,


que são companhias ligadas à Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).
6

Esse programa ajuda a salvar vidas desde 2014, quando o mesmo se colocou a
disposição do Sistema Nacional de Transplantes. A Opos (Organizaçoes de Procura
de Orgãos) monitoram dia e noite possíveis doadores municipal. Quando é
certificado a morte encefálica de um paciente, o sistema é automaticamente
acionado, sendo assim o cronometro começa a correr. Quando isso ocorre, os
profissionais de saúde e transporte são mobilizar em tempo hábil. Esse serviço é
realizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). No qual é totalmente gratuito.

Quando o transplante de órgãos, é de fígado ou pulmão, é necessário que o


doador e receptor tenham a mesma tipagem sanguínea (A, B, AB, O). No
transplante de medula não é obrigatório, visto que são transplantadas as células
tronco que fabricam sangue. São realizadas diversas etapas e também muitos
exames, como por exemplo a compatibilidade HLA, pois o nosso sistema imune é
composto por mecanismos no qual protegem o nosso corpo de substancias
invasoras, fazendo com que as células de defesa não atacam o próprio organismos.
O exame cross-math, é chamado de prova cruzada, pois ele mistura o sangue do
doador e do receptor.

Após o transplante é realizado a administração de imunossupressores para que


não haja rejeição do órgão transplantado.
7

2. OBJETIVO:

Apresentar um Caso/Artigo/Notícia e descrever a atuação Ética e Legal do


Enfermeiro neste caso.
8

3. MATERIAL E MÉTODOS:

3.1 Tipo de Pesquisa:

Foi realizado um estudo por meio de revisão bibliográfica, sobre o tema:


transplante de órgãos e, apresentado um caso sobre a temática. Esse tipo de
revisão busca uma investigação crítica e analítica, porém não explora o conteúdo de
forma sofisticada, utiliza uma seleção a partir da própria interpretação do autor.

3.2 Local de Busca:

Foi realizada uma busca na base de dados Google Acadêmico, Scientific


Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) utilizando os
seguintes descritores: Transplante; Órgãos; Legislação; Autorização; Morte; Lei;
Normas; Cofen; Regras; Rim; Fígado; Pulmões; Pâncreas; Doação.

3.4 Critérios de Inclusão

Foram incluídos artigos de nacionalidade brasileira e estrangeira que apontem


os dilemas éticos vivenciados pelos enfermeiros da saúde pública: atendimento ao
usuário, e que tenham sido publicadas no período de 2010 a 2020.

3.4 Critérios de exclusão

Artigos, estudos e pesquisas que não abordavam e constituíam a produção


de conhecimento a respeito da temática proposta e que não se enquadravam no
período pré definido, foram excluídos dos critérios de seleção.

3.5 Análise de dados e apresentação dos resultados

Utilizando os descritores acima, foram levantados os trabalhos científicos


publicados sobre o tema no período pré-definido. Em seguida, foi realizada a leitura
na íntegra, separando o método do estudo, a caracterização da publicação quando
ao ano, autoria, objetivo, principais resultados do estudo e considerações
apresentadas e, por fim foi apresentado um caso sobre a temática proposta e
realizado a análise e a discussão de acordo com os mesmos.
9

Além disso foi realizado um vídeo, que visa todo o público em geral, que visa
informar a população sobre a temática. O vídeo foi produzido com o auxílio de um
site cujo o nome é__________ que contém um software, onde através desse
programa é possível criar animações. O vídeo contém ________minutos e
_______segundos.

4. REFERENCIAL TEÓRICO:

4.1 Código de Ética

Em caso de transplante de órgão, existe um código de ética para enfermagem,


vigente pelo COFEN n°611/2019.

Pela resolução do COFEN, é de responsabilidade da equipe de enfermagem os


cuidados com o doador e receptor, como: proporcionar um ambiente adequado e
tranquilo aos familiares e, garantir a compreensão da causa da morte, entrevistando
o responsável legal do doador, solicitando o consentimento livre e esclarecido por
meio de autorização para doação de Órgãos e Tecidos, por escrito; garantir que o
doador e receptor estejam estáveis conforme o protocolo adequado e especifico;
manter a viabilidade dos órgãos para transplante; colaborar com a equipe
multiprofissional no trabalho de reabilitação do receptor, proporcionando o seu
retorno às suas atividades cotidianas.

É de competência da equipe de enfermagem colaborar com a equipe


multiprofissional no trabalho de reabilitação do receptor, proporcionando o seu
retorno às suas atividades cotidianas.

Além disso a equipe de enfermagem tem diversos direitos e deveres diante de


um transplante de órgão as quais envolvem desde a incentivar e apoiar os
profissionais ao redor nos procedimentos cotidianos e até cobrar que o mesmo
tenha o dever de exercer a profissão com dignidade, comprometimento,
honestidade, lealdade, etc.

4.2 Sobre a Lei 9.434/97


10

Os transplantes de órgãos no Brasil tiveram início na década de 1960, tendo


sido regularizado apenas em 04 de fevereiro de 1997, com a Lei 9.434, que dispõe
sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de
transplante e tratamento, trazendo ainda outras providências, entre elas, os critérios
para transplante com doador vivo, e das sanções penais e administrativas pelo seu
descumprimento.
Lei 9.434/ - Art. 4° A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas
falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da
autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória,
reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por
duas testemunhas presentes à verificação da morte. (Redação dada pela Lei nº
10.211, de 23.3.2001)

Destaca-se que inicialmente a Lei n° 9.434/97 previa a doação presumida de


órgãos, tecidos e partes do corpo humano para finalidade de transplantes ou
terapêutica post mortem, ou seja, todos eram considerados doadores, salvo aqueles
que se declararem não doadores de órgãos e tecidos na Carteira de Identidade Civil
ou Carteira Nacional de Habilitação (BRASIL, 1997). No entanto, a Lei nº 10.211, de
23 de março de 2001, altera diversos dispositivos da Lei de 1997 e entre outras
mudanças exclui a doação presumida e dispõe sobre a necessidade de autorização
familiar do doador.
Até o ano de 2001, o doador possuía o direito de manifestar sua vontade por
meio de autorização, após a revisão da Lei, a autorização legal tornou-se e
responsabilidade da família.

Art. 9° É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de


tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para
transplantes em cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau, inclusive, na
forma do § 4o deste artigo, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização
judicial, dispensada esta em relação à medula óssea. (Redação dada pela Lei nº
10.211, de 23.3.2001).

Medula óssea é um tecido e poderá ser doada por não parentes, se regenera
em 15 dias pós doação. Podendo ser doado mais de uma vez.
11

Só é permitida a doação de órgãos duplos ou que se regenere, desde que não


comprometa a integridade do doador em vida. O doador precisa ser maior de idade,
e assinar todos os termos.

4.3 Legislação Brasileira


Em 18 de outubro de 2017 através do decreto nº 9.175/2017 a Lei 9.434/17 foi
regulamentada, em seu artigo 2°, esse decreto institui o Sistema Nacional de
Transplantes (SNT), no qual se desenvolverá o processo de doação, retirada,
distribuição e transplante de órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano, para
finalidades terapêuticas. (BRASIL, 2017).
Arcanjo et al. (2013) aponta que antes desse decreto, no ano de 2005 foi
instituída a regulação dos transplantes no Sistema Único de Saúde (SUS), que
determinava a constituição de Comissão Intra- Hospitalar de Doação de Órgãos e
Tecidos para Transplantes (Cihdott) e no ano posterior, o Ministério da Saúde
aprovou o regulamento técnico para estabelecer as atribuições, deveres e
indicadores de eficiência e do potencial de doação de órgãos e tecidos relativos às
Cihdott.
O artigo 2º da Lei nº. 9.434/97 autoriza a realização do transplante de órgãos
somente em estabelecimentos de saúde, podendo ser público ou privado, e por
equipes médico-cirúrgicas de remoção e transplante previamente permitidos pelo
órgão de gestão nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 1997).
Em seu segundo capítulo, sobre as disposições post mortem, o artigo 3º
dispõe que retirados post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano
destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de
morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das
equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e
tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina (BRASIL,
1997).
Conforme mencionado anteriormente, com a criação da Lei n° 10.211/2001
deixou-se de entender a doação presumida, para isso em seu segundo capítulo o
artigo 4° dispõe que a retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas
falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da
autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória,
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reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por
duas testemunhas presentes à verificação da morte, redação dada pela Lei
nº.10.211/2001 (BRASIL, 1997).
No 5º artigo, a remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de
pessoa juridicamente incapaz poderá ser realizada apenas se for permitida
expressamente por ambos os pais, ou por seus responsáveis legais (BRASIL, 1997).
O 6° que aponta a impossibilidade de doação de órgãos em pessoas não
identificadas.
Outro ponto de extrema importância a se destacar é a permissão à pessoa
juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio
corpo vivo, para fins terapêuticos relacionados a transplantes em cônjuge ou
parentes consanguíneos até o quarto grau, de acordo com o artigo 9°, redação dada
pela Lei nº. 10.211/2001 (BRASIL, 1997).
No quarto capítulo o artigo 10° dispõe que transplante ou enxerto só se fará
com o consentimento expresso do receptor, assim inscrito em lista única de espera,
após aconselhamento sobre a excepcionalidade e os riscos do procedimento, o
inciso número 1 dispõe que no caso de paciente juridicamente incapaz ou cujas
condições de saúde impeçam ou comprometam a manifestação válida da sua
vontade, essa autorização deve ser dada por seus pais ou responsáveis legais,
redação dada pela Lei nº. 10.211/2001 (BRASIL, 1997).
A Lei 9.434/97 prevê ainda em seu quinto capítulo as sanções penais e
administrativas de seu descumprimento.
Além das leis, decreto e artigos citados destacamos que o conforme disposto
no artigo 3° da Lei 9.434/37 o Código de Ética Médica do Concelho Federal de
Medicina, reintegra em capítulo VI, a vedação ao médico de participar do processo
de diagnóstico da morte ou da decisão de suspender meios artificiais para prolongar
a vida do possível doador, quando pertencente a equipe de transplante (BRASIL,
2018).
O capítulo aborda ainda a vedação ao médico em deixar de esclarecer ao
doador, ao receptor ou seus representantes legais sobre os riscos decorrentes de
exames, intervenções cirúrgicas e outros procedimentos nos casos de transplantes
de órgãos, retirar órgão de doador vivo quando este for incapaz juridicamente e
participar direta ou indiretamente da comercialização de órgãos ou tecidos (BRASIL,
2018).
13

4.4 Atuação Ética e Legal do Enfermeiro.


O enfermeiro tem como compromisso ético participar como integrante da
sociedade, das ações que visem satisfazer às necessidades de saúde da população,
respeitar a vida, a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo
vital, sem discriminação de qualquer natureza, exercer suas atividades com justiça,
competência, responsabilidade e honestidade, prestar assistência à saúde visando à
promoção do ser humano como um todo, e exercer a profissão com autonomia,
respeitando os preceitos legais da enfermagem.
O conhecimento das leis que acompanha a atuação dos profissionais citados
é fundamental para o entendimento da prática profissional. O COREN vem
trabalhando para incentivar que a enfermagem se aproprie dos instrumentos
disponíveis para o fortalecimento de suas autonomias.

4.5 Cenário Brasileiro e no Mundo.


Para começarmos a falar de como funciona este sistema no Brasil, e como
funciona mundialmente, devemos citar o país que está no topo destes sistemas de
transportes há anos, a Espanha, que é um país que o Brasil usou como referência
para o aprimoramento nacional.

Esse sistema consiste em um conjunto de ações que permite com que seja
maior a taxa mundial em transplante de órgãos, essa criação foi facilitada a partir de
uma legislação adequada que define que morte encefálica e demais outros
condicionamentos como Políticos e Técnicos. O ponto onde a figura do coordenador
de transplantes em três níveis que estão inter-relacionados o Nacional, Regional e
Hospitalar.

Este modelo conta com uma estratégia voltada inteiramente a divulgação, do


seu trabalho mostrando as famílias que mesmo com a perda, a pessoa pode estar
ajudando outras pessoas, tornando assim o entendimento da sociedade mais
suscetível a doação, mas dando apoio também a profissionais que trabalham
principalmente na área legislativa, promovendo cursos, ensinando que em formas
judiciais onde a morte foi por exemplo violenta, se o falecido for doador na maior
parte das vezes não terá interferência judicial. E há uma atividade permanente para
os indivíduos que participam deste processo de transplantes de Órgão, promovendo
14

cursos para os coordenadores de transplantes, que envolvem a comunicação em


situações tanto críticas quanto em más notícias, para que seja feito de forma
educado essa solicitação do transplante, lembrando sempre da dor que o familiar
deve estar sentindo.

É possível se admirar essa comunicação, este modo personalizado Espanhol


em sempre estar tentando mudar a forma da população ver como o transplante de
órgãos é algo necessário de se entender e valorizar. Na Holanda o senado aprovou
uma Lei que todas as pessoas saudáveis acima de 18 anos serão automaticamente
doadores de órgãos, exceto se o indivíduo enquanto vivo expressar que não tem a
intenção de ser doador, este tipo de Lei já conhecida como “consentimento
presumido” já está em vigor na Espanha desde 1979, sendo ela o pais líder em
transplantes no mundo, junto dela, seguem a França, Bélgica, Portugal, Noruega,
Croácia, Áustria e República Tcheca, as quais possuem uma legislação parecida e
ocupam o topo dos países no transplante em 2016.

Mas agora nos fica a pergunta, como este processo de transplantes de Órgãos
funciona no Brasil? Começaremos falando sobre como funciona a nossa “Fila
Única”, a nossa lista de espera para o transplante, no entanto, ela não é
simplesmente uma fila onde o primeiro da fila irá receber o órgão proveniente ou de
um doador cadavérico ou um doador disposto a isto, para que seja escolhido quem
deve ou não receber este órgão é considerado: o tempo de espera na fila, o grupo
sanguíneo da pessoa, o peso e altura do doador, com nuanças próprias para cada
órgão. E isso acaba gerando certas incertezas quanto a lista de espera brasileira.

Foi realizada uma pesquisa em 2019, que 96% dos transplantes que são feitos
em todo território são transplantes públicos, ou seja, o paciente não arca com este
transplante e é utilizado apenas o SUS, porém esse sistema, possui dois problemas:
a falta de doações e os problemas com as verbas, até porque para um transplante
ser bem sucedido, é necessário tecnologias de ponta, diminuindo a taxa de
mortalidade em cirurgias, promovendo a maior comunicação entre o território para
que se ache os órgãos mais rapidamente.

No site da Correio Braziliense foi feito uma entrevista com Paulo Pêgo onde ele
cita “o copo está meio vazio e meio cheio, pois a vantagem é que todos tem acesso
e o sistema é transparente, entretanto devido à baixa verba diversos hospitais ou
15

não podem ou se recusam a fazer transplantes, por não ter condições ou por
optarem a não terem prejuízos com os mesmos”, é possível repararmos nesta
situação que temos uma alta qualidade de transplantes, porém se faz necessário
mais investimentos, para talvez chegarmos ao 1º pais mundial em transplantes de
órgãos.

Além disso, no sistema atual brasileiro foi descoberto que o acesso psicológico
aos pacientes aumenta a taxa de suscetibilidade nos transplantes, visto que no pós
operatórios as pessoas devem se acostumar não só fisicamente com o órgão, mas
também psicologicamente, principalmente porque elas sabem que este órgão veio
de uma pessoa que provavelmente faleceu e, que tinham família, filhos, pais, avós e,
entender isso e compartilhar dessa solidariedade é algo que aproxima a pessoa a
aceitar este transplante, tornando assim essa taxa maior.

Concluindo nossa linha de raciocínio, uma coisa que também devemos levar
em conta é a propagação de como é importante, doar mesmo que em vida, e
ensinar também as famílias que a doação dos órgãos do ente querido que acabou
de falecer pode ajudar muitas pessoas, e diminuir a espera desta fila de espera
drasticamente dando vida a diversos novos Brasileiros que estavam na fila a anos.

4.6 O transplante de órgãos nas religiões:

A grande parte das religiões tem o ponto de vista de que a prática de


transplante de órgãos é um ato de amor e solidariedade ao próximo; entretanto, em
algumas religiões só é aceito o transplante entre órgãos e tecidos “limpos”, ou seja,
aonde não houve a troca de sangue. Em todas as religiões a doação é uma opção
individual e nos casos do doador falecido, os familiares deve realizar a autorização,
o que no Brasil é uma exigência por lei.

No caso do judaísmo, a doação de órgãos só é permitida, se o receptor for


conhecido, para evitar que o órgão retirado, se não for utilizado, seja descartado,
pois para os judeus o corpo é sagrado e deve ser enterrado de acordo com as suas
éticas e tradições.

O termo de transplante de órgãos tem como significado para a religião um


gesto de amor e altruísmo. A doação também significa olhar e ir além de si mesmo,
16

além das necessidades individuais e abrir-se com generosidade a um bem mais


amplo. Nesse caso, a doação de órgãos não é somente um ato de responsabilidade
social, mas também uma expressão de fraternidade universal que une todos os
homens e mulheres.

"A doação de órgãos responde a uma


necessidade social porque, não obstante
a evolução de muitos tratamentos
médicos, a necessidade de órgãos ainda
é grande" (Francisco, Papa. Mariangela
Jaguraba)

5. RESULTADOS:

5.1 PAI CRUZA EUA DE BICICLETA PARA OUVIR CORAÇÃO DA FILHA


BATER NO PEITO DE OUTRO HOMEM

Um vídeo circulado na internet mostra a emoção de Bill Conner ao encontrar


Loumonth Jack, que recebeu o órgão de sua filha em um transplante. Nas imagens,
Conner é visto usando um estetoscópio para ouvir as batidas do coração. Jack havia
sido informado pelos médicos que teria poucos dias de vida depois de sofrer uma
parada cardíaca, ele foi um dos quatro pacientes que receberam órgãos da filha de
Conner, Abbey, de 20 anos.

Abbey e o irmão foram encontrados inconscientes em uma piscina enquanto


passavam férias em Cancun, no México, em janeiro de 2017. Ela foi transferida para
a Flórida, onde os médicos a mantiveram conectada a um aparelho de respiração,
assistida até que seus órgãos pudessem ser encaminhados para doação. Seu irmão
conseguiu sobreviver.

Conner informou que Abbey tomou a decisão de se tornar uma doadora


quando tinha apenas 16 anos e afirmou “Saber que ele (Jack) está vivo por causa de
Abbey. Abbey está viva dentro dele, é o coração dela que o mantém de pé”, e
acrescentou “Estou feliz por ele e pela família dele, e ao mesmo tempo, pude me
reunir com a minha filha”.
17

A decisão de percorrer mais de 4mil km de bicicleta foi feita para sensibilizar o


público sobre a importância da doação de órgãos e também visitar o Broward Health
Medical Center, na Flórida, onde o corpo de sua filha estava sendo mantido. Mas
durante o trajeto, Conner foi informado sobre a possibilidade de se encontrar com
Jack no dia dos pais.

O centro médico Broward Health Medical Center havia contatado as quatro


pessoas que receberam os órgãos de Abbey para saber se gostariam de se
encontrar com o pai da doadora. Jack foi o único a responder e se disponibilizou a
conhecê-lo. “Ela me salvou e eu não posso recompensá-la. Queria muito, mas não
posso. A única coisa que posso fazer é enviar meu amor à família”.

5.2 ATUAÇÃO ÉTICA E LEGAL DO ENFERMEIRO

O enfermeiro (a) está continuadamente próximo ao paciente, providenciando os


cuidados indispensáveis para a sua recuperação, desempenha papel essencial no
estabelecimento de um programa de transplante com sucesso. Desta forma, é de
fundamental importância que o profissional de enfermagem compreenda, e auxilie o
paciente obrigatoriamente obedecendo às regras éticas da sua profissão. Portanto,
no processo de doação e transplante de órgãos e tecidos, o enfermeiro (a) deve:

- Aplicar a Sistematização da Assistência de Enfermagem SAE em todas as


fases do processo;

- Notificar as Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos-


CNCDO a existência de potencial doador;

- Doador Cadáver: garantir ao responsável legal o direito de decidir sobre o


consentimento livre da doação dos órgãos e tecidos, prevalecendo o consenso
familiar;

- Se um paciente planejar doar seus órgãos ou tecidos certificar-se de que ele


manifestou seu desejo com os familiares;

- Preservar a autonomia, dignidade e os direitos de todos os atores envolvidos


neste processo;
18

- Preparar os pacientes durante o pré, intra e pós-operatório do transplante;

- Manter a família informada quanto ao procedimento cirúrgico;

- Encaminhar programas educativos para postulantes e receptores com o


objetivo de promover o autocuidado no domicílio.

5.3 LEGISLAÇÃO

Não existe uma lei que regulamenta o sigilo, ou seja, não há uma legislação
que proíba a família do doador e o receptor de se conhecerem. Porém, os
profissionais de saúde não recomendam e nem estimulam essa relação por
questões éticas e de privacidade de ambas as partes, manter o anonimato é um
consenso ético. Em contra partida, cresce gradativamente os pedidos de familiares
para conhecer as pessoas que recebem os órgãos.

(Segundo a psicóloga-chefe do Instituto do Coração (Incor), Maria Elenita


Favarato, os prejudicados, em grande parte, é os pacientes, que podem viver
períodos de crise e se deixar influenciar pela vida dos doadores.)

Qual seria a postura correta de um profissional da saúde em situações de


transplantes?

Os profissionais de saúde não devem divulgar a identidade de doadores ou


receptores de transplantes de órgãos e tecidos para familiares veículos de
comunicação e público em geral. Aquele que violar tal conduta responderá civil e
criminalmente.

O único cenário que é possível a identidade ser revelada de forma ética, seria
se ambas as partes envolvidas concordarem com a divulgação, ou seja, por desejo
manifestado, autorizado e concordado previamente tanto do doador como do
receptor (ou todos os seus representantes legais).
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6. ENTREVISTA
6.1 CASO DAYWISON – Vídeo Conferência

JONATAS: Apresentação

- Fazemos parte da UNIP- Universidade Paulista, unidade Chácara Santo


Antônio, hoje na apresentação do trabalho de APS - Atividades Pratica
Supervisionadas, os alunos do curso de enfermagem: Augusto Henrique, Ageu
Silva, Dannielly Lima, Geovana Dias, Igor Martins, Jacqueline Silva, Jonatas Freitas,
Mariana Roque, Maria Souza e Stefanie Almeida, com o entrevistado Srº Daywison
Cavalcante Mota, abordando o tema (Transplantes de Órgãos) que faz parte de sua
realidade desde seus 22 anos, atualmente com seus 38 anos, ele nos contará um
pouco da sua trajetória nos dias de hoje, de como foi que ele descobriu que
precisava de um transplante de rins, desde a fila de espera pelo órgão e as
dificuldades que ele enfrentou depois do transplante, seguindo de perguntas dos
nossos participantes. Mas primeiramente gostaria de agradecê-lo por fazer parte
desse nosso trabalho, mostrando um pouco da realidade de muitos Brasileiros.

JONATAS: Daywison, quem era você antes de descobrir esse problema renal,
como era sua vida, o que fazia, com que trabalhava?

Quais foram os primeiros sintomas?


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AUGUSTO: Daywison você passou por algum acompanhamento psicológico


ao descobrir que precisaria receber um transplante de rins?

Já aconteceu de em algum momento você saber que receberia o transplante,


mas em cima de hora descobrir que foi transplantado em outro paciente ou que
houve alguma complicação?

AGEU: Daywison como foi ficar na fila de espera por um órgão doado?

Que impacto teve na sua vida saber que precisaria receber transplante de rins?

DANNIELLY: Atualmente você mora em qual estado? Como é o sistema de


saúde para as pessoas que assim como você precisam de um acompanhamento
médico?

Hoje após 5 anos de transplantado, você sente ou sofre algum efeito da


cirurgia? Em algum momento você teve medo de que houvesse rejeição do seu
organismo com o novo órgão?

GEOVANA: Daywison, como seus familiares reagiram com a notícia de que


você iria precisar de um transplante de rins, teve uma mobilização, para sabe quem
era compatível ou esta notícia ficou só com as pessoas mais próximas?

Qual a rotina de uma pessoa que passou por um transplante? O que muda?

IGOR: Após receber o transplante qual foi sua maior dificuldade?

Como foi o pós-operatório, a sua reabilitação? Houve alguma complicação?

JAQUELINE: Daywison, como foi o processo do diagnóstico, até a confirmação


de que você precisava de um transplante de rins?

Seus familiares fizeram o teste de compatibilidade, se sim, quem era


compatível? Se não, como você reagiu com a notícia de que não eram compatíveis
com você?

MARIANA: Você sabe se o órgão doado foi voluntário ou se o doador morreu?


Se ele morreu, foi por morte encefálica ou algum acidente?

Como se sente hoje, ao saber que graças a essa pessoa você vive?
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MARIA: O que passou pela sua cabeça, ao saber que teria que fazer
hemodiálise?

Após 11 anos de hemodiálise, qual foi sua reação ao saber que sua espera
tinha acabado e que você receberia o transplante?

STEFANIE: Como foi o apoio de sua família nesses anos de tratamento, e


como é atualmente?

Hoje qual sua ocupação, você tem dificuldades em exercê-la?

Jonatas (fechamento)

Esse foi o relato do Daywison, nos falando um pouco da sua vida e da sua
realidade, assim como é também a realidade de muitas pessoas pelo Brasil inteiro,
que sofrem pela dificuldade do sistema de saúde e da dependência de um novo
órgão. Sabemos que as dificuldades são muitas, como por exemplo a locomoção
para realizar um tratamento tão delicado, assim como também ter que depender de
medicamentos que muitas das vezes têm seus valores abusivos, visto que o
Sistema Único de Saúde em muitos casos não os oferecem à população devido ao
alto custo. Assim como ele ficou tanto tempo na fila de espera, há milhares de
pessoas que também esperam o grande dia de poder receber um novo órgão,
lutando por suas vidas e tentando não desistir de si e do tratamento.

6.2 CASO ALICE


Alice Uyeda, 59 anos, portadora de lúpus e encontra-se na lista de espera.

 Entrevistador: Há quanto tempo você está na lista de espera?


Alice: Há uns 6 meses
 Entrevistador: Você sabe quantas pessoas estão na sua frente?
Alice: Não é possível saber.
 Entrevistador: Você tem esperanças de que um dia você consiga fazer o
transplante?
Alice: Esperança todos temos, mas não sei se conseguirei
 Entrevistador: Você já pensou em desistir? Por quê?
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Alice: Não, nunca pensei, porque amo viver.


 Entrevistador: Você está na lista de espera, mas já tentou encontrar
compatibilidade com algum familiar ou amigo?
Alice: Não.
 Entrevistador: Sabemos que você precisa de um rim, mas há quanto tempo você
faz hemodiálise ou diálise? Como esse procedimento te afeta quando realizado?
Como você se sente fisicamente?
Alice: Um ano! Gosto muito de fazer viagens, trilhas e tomar banho em cachoeira,
mas não dá para fazer nada em locais afastados da cidade, pois fico cansada
depois da diálise!
 Entrevistador: Como você se sentiu quando descobriu que precisaria fazer um
transplante?
Alice: Agradeci a Deus por ter vivido 15 anos com lúpus, fazendo tudo o que
gosto, a partir do momento que não der mais, vou continuar vivendo fazendo
hemodiálise, então vamos! Conheci muita gente que não teve a oportunidade de
fazer hemodiálise, então, sou grata por ainda estar viva! Mesmo com algumas
restrições, ainda tenho esperanças, quem sabe ganho um novo órgão um dia
qualquer?!
 Entrevistador: Em algum momento foi preciso acompanhamento com psicólogo
para te ajudar a aceitar tudo o que estava acontecendo?
Alice: Não, aceitei o que estava acontecendo conversando com Deus, fazendo
artesanato e com a ajuda dos amigos para superar a fase inicial e as dificuldades
que foram aparecendo com a diálise!
 Entrevistador: Você sabe o que pode ter causado a necessidade de um novo
órgão?
Alice: Sim, o lúpus nos rins.
 Entrevistador: Você sente que poderia ter feito algo para evitar a necessidade de
um novo órgão?
Alice: Consegui tratar o lúpus por 15 anos fazendo pulsoterapia, plasmaferese,
quimioterapia e tomando imunossupressores, mas depois de 15 anos o
tratamento não respondeu mais, de qualquer forma, fiz tudo o que poderia ser
feito!
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 Entrevistador: Qual conselho você daria para uma pessoa que acabou de
descobrir que precisa de um transplante?
Alice: Conselho não daria! Eu só diria que é bom que temos uma máquina que
faz o trabalho dos nossos rins enquanto esperamos um novo! É difícil ficar
dialisando 3 a 4 vezes por semana, por 3 a 4 horas, mas estamos vivos, temos
essa oportunidade e precisamos aproveitar, não podemos desistir!

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Concluímos que apesar do Sistema Único de Saúde ser útil e necessário para
a população e principalmente no processo de Transplante de Órgãos, ainda há
muitas falhas, como por exemplo a falta de investimento, falta de órgãos, falta de
verbas, a não distribuição de medicamentos e etc.
Sabemos que muitas dessas falhas a população não pode fazer muita coisa
para melhorar, mas sabemos que a falta de órgãos pode ser mudada. Precisamos
conscientizar, orientar e incentivar a doação, independente se o doador faleceu ou
se está em vida.
Hoje há muitas maneiras de ajudarmos o próximo, podemos doar sangue,
medula óssea, córneas, fígado, coração, pâncreas, pulmão, rim, etc., por isso
precisamos expor nossa opinião e vontade para os nossos familiares, precisamos
deixar claro o que queremos para que eles possam optar, se possível, por doar
nossos órgãos quando falecermos ou até mesmo, se você conhece alguém que
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esteja precisando, se você tem um familiar ou um amigo que esteja precisando, você
pode mudar a vida dele, você pode salvar sua vida.
Infelizmente não podemos obrigar ninguém a doar um órgão, pois a doação
deve ser voluntária, mas podemos orientar e dizer o quanto esse gesto pode
melhorar a qualidade de vida de uma pessoa. Por isso, seja um doador, você pode
salvar uma vida. Se você perdeu algum familiar e está em dúvida se deve ou não
doar os órgãos do mesmo, escolha salvar uma vida, isso não é apenas uma melhora
apenas para aquele paciente, mas para o Brasil e para o mundo.

8. REFERÊNCIAS:

[Espanha, campeã do mundo em doações de órgãos], disponível em:


https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2017/04/17/interna_internacional,86
2838/espanha-campea-do-mundo-em-doacoes-de-orgaos.shtml, 17 abr 2017 17:46

Jaguraba Mariangela [Papa: doação de órgãos, gesto de fraternidade e solidariedade


humana], disponível em: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-04/papa-
francisco-aido-doacao-orgaos-vida-fraternidade.html, 13 abril 2019, 12:08

Faria Caroline [Transplante de Órgãos], disponível em:


https://www.google.com/amp/s/www.infoescola.com/medicina/transplante-de-
orgaos/amp/
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Brasil], disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=361533248007,
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Manoel Carlos [RESOLUÇÃO COFEN Nº 611/2019], disponível em:


http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-611-2019_72858.html, 02 ago 2018
[Morte Encefálica], disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/146morte_encefalica.html#:~:text=Morte
%20encef%C3%A1lica%20%C3%A9%20a%20defini%C3%A7%C3%A3o,bloqueado
%20e%20o%20c%C3%A9rebro%20morre, Jan de 2008

[Doação de Órgãos: transplantes, lista de espera e como ser doador], disponível em:
http://saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-orgaos,

Talleiros Gustavo [O transporte aéreo é vital para o transplante de órgãos no Brasil],


disponível em: https://cnt.org.br/agencia-cnt/transporte-aereo-vital-para-o-
transplante-de-orgaos, 24/07/2019 9h00

Krug Andreia [Doação de órgãos – caso de Ana Carolina], disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=7kh9tAXOjKw, 14 mai 2018

[Pai cruza EUA de bicicleta para ouvir coração da filha bater no peito de outro
homem], disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-40405237, 26 jun
2017.

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https://www.einstein.br/especialidades/transplantes/transplante-orgaos/doacao-
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https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S198380422013000100014&lng=pt&tlng=pt Acesso em: 25
set. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/S1983-80422013000100014

BRASIL. Conselho Federal de Medicina. Resolução Nº 2.217, de 01 de novembro de


2018. Aprova o Código de Ética Médica. Disponível em:
https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2018/2217. Acesso em:
25 set. 2020.

BRASIL. Decreto Nº 9.175, de 18 de outubro de 2017. Regulamenta a Lei nº 9.434,


de 4 de fevereiro de 1997, para tratar da disposição de órgãos, tecidos, células e
partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9175.htm.
Acesso em: 25 set. 2020.

BRASIL. Lei Nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. Dispõe sobre a remoção de


órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá
outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9434.htm. Acesso em: 25 set. 2020.

Brasil. Lei N° 10.211, de 23 de março de 2001. Altera dispositivos da Lei no 9.434,


de 4 de fevereiro de 1997, que "dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes
do corpo humano para fins de transplante e tratamento". Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10211.htm . Acesso em: 25
set. 2020.

Brasil. Lei Nº 9434, de 4 de fevereiro de 1997. Disponível em: www.planalto.gov.br ›


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LELES, Mariana Batista Leite, de 12 fev. 2019. “Como é o acompanhamento


psicológico de candidatos a transplante?”. Disponível em:
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AFP. De 17 abril 2017. “Espanha, campeã do mundo em doações de órgãos“


disponível em:
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2017/04/17/interna_internacional,86
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set 2020.

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COFEN, de 02 agost. 2019. RESOLUÇÃO COFEN Nº 611/2019 Disponível em:


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SILVA, MANOEL C. N., BRASILIA, 06 NOV. 2017. DISPONÍVEL EM:


https://portal.coren-sp.gov.br/codigo-de-etica-dos-profissionais-de-enfermagem/
ACESSADO EM: 17 SET. 2020

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