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Para o diagnostico de morte encefálica o que interessa é a arreatividade supraespinal. Sendo assim, a presença de
sinais de reatividade infraespinal não descarta o diagnostico, tais sinais seriam: reflexos osteotendinosos, cutâneo-
abdominais, cutaneoplantar em flexão ou extensão, cremastérico superficial ou profundo, ereção peniana reflexa,
arrepio, flexores de retirada dos membros inf ou sup, reflexo tonico cervical.
Prova calórica
- canal auditivo não pode estar obstruído por cerume ou qualquer outra condição que dificulte ou impeça a
realização correta do exame.
- deve usar 50ml de soro fisiológico/agua próximo de 0 grau celsius em cada ouvido
- cabeça deve manter elevada em 30 graus durante a prova
- constatar a ausência de movimentos oculares
Teste de apneia
Em coma, o nível sensorial do estimulo para desencadear a respiração é alto, precisa-se da Pco2 de ate 55mmHg,
esse pode determinar um tempo de vários minutos entre a desconexão do respirador e o aparecimento dos
movimentos respiratórios, caso a região pontobulbar ainda esta integra.
O exame clinico deve ser acompanhado de um exame complementar que mostre inequivocadamente a ausencia da
circulaçao sg intracraniana ou atividade elétrica cerebral, ou atividade metabólica cerebral.
Em pacientes com 2 anos ou mais deve ser feito 1 exame complementar abaixo:
- atividade circulatória cerebral : angiografia, cintigrafia radioisotópica, doppler transcraniano, monitoramento da
pressão intracraniana, tomografia computadorizada com xenônio, SPECT.
- atividade elétrica: eletroencefalograma
- atividade metabólica: PET, extração cerebral
Para pacientes abaixo de 2 anos:
- de 1 a 2 anos incompletos: exame é facultativo. No caso de eletroencefalograma são necessarios 2 registros com
intervalo mínimo de 12hrs
- de 2 meses a 1 ano incompleto: 2 eletroencefalogramas com intervalo de 24h
- de 7 dias a 2 meses de idade (incompletos): 2 eletroencefalogramas com intervalo de 48h.
Se for constatada a morte encefálica, copia deste termo de declaração deve obrigatoriamente ser enviada ao órgão
controlador estadual.
Posse do cadáver
O corpo humano é valorizado como a reserva de tecidos e de órgãos, porem não deixa de suscitar a dificuldade de
ordem ética e jurídica pelo de que o corpo é, em principio, inviolavcel e inalienável. Mesmo assim, algumas praticas
não podem ser, em nome desta inviolabilidade, de todo proibidos
Sendo assim, cabe a uma regulamentação a fim que se definam as condições operacionais, fazendo um descarte
apropriado de caráter aceito.
O consentimento do doador é fundamental, mas ele não sera o suficiente sozinho para garantir a permissão dessa
operação, pq quem legitima um ato não é apenas a permissão, mas também a sua necessidade.
O cadáver hoje em dia é muito valorizado. O cadáver é um conjunto de órgãos e tecidos de grande valor para um
vivo, mas isso não torna obrigatório um sacrifício em razão dos principios da inviolabilidade do morto e ao respeito
aos familiares.
O progresso das ciências biológicas e o aprimoramento da técnica trouxe uma nova conceituação, social, moral,
jurídico e medico, no que se refere ao direito sobre o cadáver.
O cadáver é algo próprio, determinado pela tradição e piedade, baseado no culto dos mortos que é mt antigo mas
ainda atual. Ele é um objeto de piedade e homenagem. Os valores morais que ela representa são de muita
importância, por isso é difícil determinar quando o corpo humano deixa de exister.
O cadáver não se destina apenas aos fins didáticos, clínicos ou científicos, mas agora também a fins terapêuticos.
Mesmo sendo um assunto delicado, não nos impede de afirmar que o cadáver já não é mais uma pessoa, passa a ser
uma coisa. Em face do direito, tem que ser uma das duas. Porem, isso não impede o nossos respeito e reverancia e
os nossos sentimentos.
Pertence a família, cabendo de inicio a posse ao estado para o cumprimentos de normas especificas, e depois aos
parentes definitivamente, porem em qualquer tempo o poder publico tem o direito sobre a posse.
É permitidio alguém vender o seu próprio corpo ou a permissão é apenas para quem o cede?
O corpo é de natureza extrapatrimonial. O homem não pode dispor de seu corpo como dinheiro. Ele não é bem
econômico. O cadáver não pode ser usado para fins lucrativos.
O direito civil reconhece o direito patrimonial de uma pessoa jurídica, e não o interesse extrapatrimonial da pessoa
humana.
O homem não pode fazer uso do seu corpo de maneira contraria a dignidade humana, infringindo a lei, a ordem
publica e os bons costumes.
A família do morto tem deveres e direitos, tem como dever respeitar e executar a sua vontade, caso ela seja
permitida.
Direitos do individuo
Se o homem tem direito de viver conforme suas concepções filosóficas e religiosas, ele tem também o direito de
exigir suas vontades sejam respeitas e executadas após sua morte.
O homem que cede seu cadáver a uma instituição cientifica é amparado pela lei e consagrado pelos costumes. A lei
não faz obstáculo. Não impõe que o cadáver seja sepultado nem quando essa sepultaçao seja feita, levando-se em
conta a doação.
Se no testamento esta referido a uma vontade, nada mais justo realizar.
Se foi feita a doação do seu cadáver a uma instituição cientifica, a fins didáticos ou terapêuticos, o seu gesto implica
generosidade e altruísmo em favor aos outros homens e assim permite uma utilidade não menos indiscutível para a
sociedade. So pode ser usado para fins nobres.
Um homem pode exigir necropsia após duas morte. Mas se pedir que não faça, sera convenientemente examinado
se a expressão dessa vontade é compatível com as exigências legais. Em casos de mortes violentas ou suspeitas,
impõe-se a necropsia.
Direitos da família
Não se pode ter nenhum conflito entre a vontade do morto e a da família, a não ser que esta vontade contrarie a
ordem publica ou moral ou ainda que a família não tenha condições para fazer a ultima vontade do morto.
Pode ter conflitos entre os membros da família, porem a prioridade sera dada aquelas a quem a lei civil assegura a
hierarquia da sucessão.
É justo respeitar a vontade da família quando se negam a doar os órgãos de seu parente mesmo quando o mesmo já
tinha se manifestado vivo. Por isso a doação presumida é inconsequente e arbitraria.
A família nunca poderá doar o cadáver se essa não era a vontade do morto.
Necropsia so pode ser realizada com o consentimento da família , caso contrario, constitui abuso.
Em caso de mortes violentas ou suspeitas, os peritos poderão realizar a necropsia após 6h de verificado o óbito, isso
porque somente após esse tempo que começa a aparecer os fenomenos consecutivos, a não ser que a morte seja
devidamente evidenciada.
Direitos da sociedade
A necropsia é de importância social no interesse coletivo do progresso cientifico ou na determinação da causa
jurídica de morte.
Em certos países, o poder publico pode autorizar as instituições hospitalares a praticarem mesmo sem o
consentimento da família, a necropsia pelo interesse da ciência.
Porem, é necessário lembrar que o cadáver nao é simplesmente uma matéria inanimada. O ideal é que encontre
uma maneira de ajustar o respeito e a dignidade do morto com os interesses da família e da sociedade.
A inscrição em determinada CNCDO não impedira que o receptor se submeta a transplante ou enxerto em qualquer
estabelecimento de saúde autorizado, se pela lista sob controle do órgão central do SNT, for o mais indicado para
receber tecidos, órgãos, ou partes retirados e não aproveitados de qualquer procedência.
Caberá aos estabelecimentos de saúde e as equipes especializadas autorizadas a execução de todos os
procedimentos médicos previstos neste decreto, que serão remunerados segundos os respectivos valores fixados
em tabela aprovada pelo ministério da saúde.
Os procedimentos de diagnostico de morte encefálica, de manutenaçao homeostática do doador e da retirada de
órgãos realizados por hosp privados, poderão ser custeados na forma do caput, independente de contrato ou
convenio, mediante declaração do receptor ou no caso de óbito, por sua família, na presença de funcionários da
CNCDO, de que tais serviços não lhe foram cobrados.
Necropias clinicas
A necropia é obrigatória em caso de morte violenta ou suspeita, caso contrario os familiares recebem um termo de
permissão para que no caso de morte dos pacientes, possam reliazar a necropsia clinica.
A morte natural, so esta obrigada a necropsia quando no âmbito dos serviços de verificação de óbito (SVO), nos
casos de falecimento sem assistência médica.
Desta forma, os hospitais precisam de um termo de permissão dos familiares para a realização da necropsia de
interesse clinico e anatopatologico . Esta necessidade é maior nos hospitais universitários.
Segundo o Colégio Americano de Patologistas, estaria indicada a necrosia nas mortes seguidas de complicações
médicas, assim como enfermidades raras que buscam vantagens para a sociedade, entre outros.
Assim, pode se ter um diagnostico seguro e definitivo do óbito, além de obter informações epidemiológicas, estudos,
etc.
Essa pratica deve ser realizada dentro de um equilíbrio que não sacrifique os princípios fundamentais da dignidade
humana nem as necessidades da ciência medica. A necropsia ajuda a ter um diagnostico definitivo e ajudar a curar
outros pacientes.