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Doação de Órgãos
Bárbara Rezende @psi.barbararezende
Conceito - Qual é o seu?
Morte - “Observar a morte em paz de um ser humano nos faz lembrar uma estrela cadente.
É uma entre milhões de luzes do céu imenso, que cintila ainda por um breve momento
para desaparecer para sempre” (E. K-R)
1. Morte Encefálica
Aspectos Neurológicos
● Impossibilidade de transplante cerebral;
● Diagnósticos sem perspectivas neuro-cirúrgicas;
● Procedimentos de neuroproteção:
Etapas:
6º) Conclusão
Legenda:
1 - Reflexo córneo-palpebral;
● Dificuldade de compreensão dos clínicos e das famílias da morte em um indivíduo cujos sinais
vitais (batimentos cardíacos, calor da circulação e movimento dos pulmões) são mantidos por
tecnologia de suporte vital.
● Fantasias relacionadas:
“Como meu familiar está morto se o coração continua batendo?”
“Só há a morte quando o coração para de bater” -> romantização da morte cardíaca
● Dificuldade em compreender a ausência da vida que aparenta existir com as máquinas ligadas
Dificuldades simbólicas na assimilação da ME
Mecânica da morte - 3 mecanismos fisiológicos básicos:
● Parada respiratória primária, que causa uma parada cardíaca secundária através da hipoxemia
● Parada cerebral primária, que através da interrupção do controle das vias aéreas e impulso
respiratório, causa uma parada respiratória secundária e então uma parada cardíaca
Dificuldades simbólicas na assimilação da ME
Implicações:
Onde se fundamenta?
O médico tem o direito de não “acreditar” na morte encefálica, ou seja, ele pode ter valores,
crenças e motivos pessoais que são contrários aos conceitos científicos da morte encefálica.
- A equipe que prestou a assistência ao sujeito não deve ser a mesma que
vai levar o assunto de doação à família.
Doação de órgãos
No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar.
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única,
definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema
Nacional de Transplantes (SNT).
A atuação do SNT tem-se concentrado, sobretudo, na redução do tempo de espera dos pacientes na lista de
transplantes e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes que hoje aguardam pelo procedimento.
Doação de órgãos
● 1 - O primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua
própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei,
parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial.
● 2 - O segundo tipo é o doador falecido. São pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais,
como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).
Coração 04 horas
Pulmão 04 a 06 horas
Rim 48 horas
Fígado 12 horas
Pâncreas 12 horas
Entrevista Familiar
- Trazer esse assunto após o óbito constatado.
(BRASIL, 2017)
Equipe de CIHDOTTS
- Foram criadas em vista das longas filas de espera - política criada para a
melhoria do quadro de doação de órgãos.
“Deixar de investir na possibilidade de que o sujeito volte a viver. Dado que o possível doador ainda
apresenta batimentos cardíacos e respira com a manutenção de equipamentos que viabilizam esse
estado, a permissão para a retirada dos órgãos pode ser encarada como uma sentença de morte
emitida pelos pais a seu próprio filho. Os familiares costumam mostrar, em geral, medo de que a
pessoa ainda esteja viva, sentindo-se responsável pelo desligamento dos aparelhos” (Sadala, 2001).
Níveis de Atuação Dentro da Doação
Extirpação ou remoção do órgão: É necessário verificar legalmente se houve a morte encefálica para
garantir o bom funcionamento dos outros órgãos - toda a equipe deve estar mobilizada
> Envolvimento de membros da família do possível doador com a equipe médica;
Ansiedade;
(TAVARES, 2004)
Sentimentos Relacionados Pós-Transplante
Euforia, bem-estar e alívio pelo novo órgão;
Idealização do doador;
(TAVARES, 2004)
CAMPANHA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Comissão Intra – hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes.
Decreto nº 9.175, de 18 de outubro de 2017 que regulamenta Portaria de Consolidação nº 5 de 28/09/2017.
Dispõe sobre as atribuições da CIHDOTT. Brasília: 2017. Disponível em: <https://saude.to.gov.br/atencao-a-
saude/atencao-a-saude/central-de-transplantes/cihdott/>. Acesso em: 15 set. 2019.
FREITAS, Gabriel R. de et al . Neuroproteção no acidente vascular celebral: opinião nacional. Arq. Neuro-
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2005000500035&lng=en&nrm=iso>.
access on 27 Sept. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2005000500035.
https://pebmed.com.br/cfm-altera-criterios-para-diagnostico-da-morte-encefalica-veja-o-que-muda/
https://pebmed.com.br/protocolo-de-morte-encefalica/
Sadala, M. L. A. (2001). A experiência de doar órgãos na visão de familiares de doadores. Jornal Brasileiro de
Nefrologia, 23 (3), 143-51.
TAVARES, Edite. A vida depois da vida: reabilitação psicológica e social na transplantação de órgãos. Análise
Psicológica, v. 22, n. 4, p. 765-777, 2004.
RODRIGUES, C., Stychnicki, A. S., Boccalon, B., & Cezar, G. S. (2013). Morte encefália, uma certeza? O conceito
de “morte cerebral” como critério de morte. Revista Bioethikos–Centro Universitário São Camilo, 7(3), 271-281.
Morato, E. G. (2009). Morte encefálica: conceitos essenciais, diagnóstico e atualização. Rev Med Minas Gerais,
19(3), 227-236.