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O diagnóstico de morte encefálica no Brasil permanece como uma situação clínica ligada a
potencial chance de doação de órgãos. Acerca desse tema escolha a alternativa correta:
B) A morte encefálica é diagnosticada por dois diferentes médicos, sem vínculos com
centros transplantadores, um deles necessariamente neurologista, neurocirurgião,
emergencista ou intensivista qualificados; devem ser realizados dois exames com
intervalo mínimo de 1 hora, demonstrando ausência de resposta motora, reflexos de
tronco encefálico em paciente normotérmico e com lesão encefálica conhecida e
irreversível. Exige-se exame complementar ao protocolo clínico.
Questão 2
Em caso de parada cardíaca, não se deve proceder às manobras de reanimação, uma vez
que o paciente já está em óbito.
Em caso de parada cardíaca, use atropina em altas doses, faça massagem cardíaca
externa e acompanhe a resposta por meio do reflexo pupilar.
A poliúria que ocorre na morte encefálica deve-se ao uso de manitol e poderá ser
controlada por sua suspensão. O não uso de manitol precisa ser acordado com o
neurologista ou neurocirurgião, visto que sua retirada pode piorar o quadro neurológico.
O uso de vasopressina auxilia no controle do choque e da poliúria; por isto, é associada ao
uso de noradrenalina no potencial doador com instabilidade hemodinâmica e poliúria.
Questão 3
Dois exames clínicos com intervalos de uma hora, que evidenciem ausência de reflexos de
tronco cerebral, são suficientes para confirmar o diagnóstico de morte encefálica.
Questão 4
São necessários dois exames neurológicos clínicos com intervalo mínimo de 1 hora, por
dois médicos, sendo um deles neurologista ou neurocirurgião, não pertencentes às equipes
transplantadoras.
Paciente adulto, com diagnóstico firmado de morte encefálica, aguarda na UTI decisão de
familiares quanto à doação de órgãos. Qual das alternativas abaixo em relação à
manutenção clínica desse paciente não é correta:
Por causa do risco de broncoaspiração inadvertida, o aporte nutricional enteral deverá ser
suspenso, mesmo quando existir a possibilidade de doação intestinal.
Questão 6
O óbito deve ser constatado no momento do diagnóstico de morte encefálica, com registro
da data e horário do mesmo.
Mesmo após a parada cardiocirculatória, vários tecidos podem ser captados, como córnea,
pele e ossos.
Para constatação do diagnóstico de morte encefálica, não é necessário que a causa do
coma seja conhecida e estabelecida.
Questão 7
O teste da apneia é dito positivo quando, mantida uma fonte de oxigênio a 100% na
traqueia do paciente, após um período de observação de dez minutos, não se tem estímulo
ventilatório (ausência de movimentos ventilatórios espontâneos) com um nível de PaCO2
maior que 55 mmHg.
Na morte encefálica, o teste calórico, que consiste na irrigação do tímpano com água
gelada, produzindo um lento desvio do olhar em direção ao estímulo, deverá estar ausente.
Questão 8
A seleção dos métodos mais adequados para diagnóstico de morte encefálica depende da
fisiopatologia, de características próprias do paciente e das medicações empregadas. Quais
são os métodos gráficos de preferência para o diagnóstico seguro de morte encefálica?
Paciente do sexo masculino com 22 anos de idade foi admitido na Unidade de Terapia
Intensiva com depressão neurológica. Foi submetido a tratamento de suporte das condições
vitais. A avaliação neurológica inicial mostrou que o paciente se apresentava em coma com
três pontos na escala de Glasgow. Tratava-se de coma aperceptivo e arreativo, com
ausência de todos os reflexos do tronco cerebral. Realizado o teste de apneia, não mostrou
qualquer movimento respiratório ao longo de quinze minutos. A temperatura axilar era de
35,5°C e a pressão arterial de 100/60 mmHg. Decorrida uma hora, todos os testes foram
repetidos e nenhuma mudança foi verificada, indique a alternativa que representa a conduta
mais adequada.
Realizar eletroencefalograma e, caso este não acuse atividade elétrica, declarar a morte
encefálica do paciente.
Questão 10
Mulher de 25 anos, policial militar, foi vítima de ferimento por arma de fogo no crânio,
durante repressão a assalto a uma escola pública. A paciente foi rapidamente assistida pela
Unidade de Suporte Avançado de Vida, com intubação orotraqueal e instalação de
ventilação mecânica. Na admissão na Unidade de Tratamento Intensivo, apresentava-se em
coma profundo, três pontos na escala de Glasgow. Após seis horas da admissão, foi
realizado o protocolo para determinação da morte encefálica, preconizado pelo Conselho
Federal de Medicina. Quatro horas após novo exame neurológico, seguido de Doppler
transcraniano (que mostrou ausência de fluxo cerebral), foi firmado o termo de Declaração
de Morte Encefálica. A família da paciente, ao ser abordada pela equipe de captação de
órgãos, negou a doação de qualquer órgão. Qual a conduta mais adequada?
Mobilizar os recursos humanos da Unidade de Tratamento Intensivo para que insistam com
a família, a fim de obter o consentimento para doação de órgãos.
Manter os meios artificiais de sustentação das funções vitais, até a parada cardíaca.
Questão 11
Um homem de 67 anos tem uma parada respiratória no hospital. Ele foi encontrado sem
resposta pela equipe de enfermagem, sem pulso ou pressão arterial, com um tempo de
PCR desconhecido. O paciente foi intubado e as medidas de ressuscitação Advanced
Cardiac Life Support (ACLS) foram iniciadas pela equipe de código. Na unidade de terapia
intensiva (UTI), o paciente desenvolve movimentos tônicos das extremidades superiores
com qualquer estimulação. Esses movimentos não param com a infusão de
benzodiazepínicos ou propofol. No exame, os nervos cranianos estão intactos, mas ele não
responde a estímulos visuais ou auditivos. Os ciclos de sono/vigília são preservados. Os
resultados do exame e sua condição persistem por 1 mês, durante o qual o paciente está
cronicamente ventilado por meio de traqueostomia , mas hemodinamicamente estável. Qual
das seguintes opções melhor descreve a condição deste paciente?
Questão 12
Homem 18 anos, andava de moto quando colidiu com ônibus e foi arremessado contra o
poste. Atendido pelo SAMU na cena com fratura exposta em membro inferior esquerdo,
trauma torácico contuso, sem sinais de instabilidade.
Admitido no HOB em cadeira de rodas, sem relato de perda de consciência na cena sem
relato de trauma cervical, foi submetido a método de imagem em toráx ( tomografia) que
nao identificou lesões.
Levado ao BC pela ortopedia foi intubado e sedado para o procedimento de fixação de
fratura , na admissão noturna na UTI sua sedação não foi suspensa de imediato, e no dia
seguinte quando suspensa o paciente nao despertou.
Levado a TC de crânio que mostrou edema cerebral difuso com sinais de Hipertensão
intracraniana, sem possibilidade de abordagem neurocirúrgica.
Aventado a hipótese do trauma de alta energia em toráx ter desencadeado dissecção de
vasos toraco-cervicais com hipofluxo cerebral.
Após 4 horas da suspensão da sedação contínua na avaliação clínica encontra-se em coma
aperceptivo e vem apresentando hipotensão com sinais de má perfusão . Qual a melhor
conduta para o caso?
A- Perguntar aos familiares se querem doar os órgãos do paciente, caso queiram deverá
iniciar noradrenalina e proceder aos testes diagnósticos, se não quiserem não precisa fazer
o protocolo de ME visto que já há vários trabalhos científicos que mostraram que o
protocolo de ME aumenta os custos do hospital.
B- O fato de não ter sangramento na TC de crânio não justifica o coma, devendo o paciente
ser investigado para intoxicações que podem confundir o exame clínico
D- Não abordar a família nesse momento sob nenhuma hipótese a respeito de doação de
órgãos, primeiro estabilizar o doente e checar o tempo de sedação e a meia vida das
drogas utilizadas, posteriormente após o paciente estabilizado e o tempo decorrido
adequado para clearence das drogas, considerar suspeita de ME.
Questão 13
Qual exame no Brasil não pode ser usado no protocolo de ME como método gráfico para
avaliação de fluxo cerebral ?
A- Arteriografia cerebral
B- angiotomografia cerebral
C- Doppler transcraniano
D- Cintilografia.
A no Brasil o diagnóstico de morte encefálica pode ser feito com confirmação por dois
exames médicos feitos por profissionais não vinculados a serviços de transplante.
B no Brasil, para confirmação de morte encefálica, além do exame clínico, deve ser feito
exame complementar que mostre ausência de perfusão ou ausência de atividade elétrica
encefálica.
C no Brasil, é obrigatório que um dos médicos que realiza o teste clinico sejam
neurologistas
Com relação aos novos critérios de morte encefálica, segundo a resolução do Conselho
Federal de Medicina (CFM) nº 2.173/2017, assinale o item correto.
A. A declaração de óbito deve ser preenchida com a data e hora corresponde ao
momento da conclusão do último procedimento para determinação da morte
encefálica.
C Temperatura corporal (esofagiana, vesical ou retal) superior a 34◦C deve ser atingida
antes de iniciar os testes diagnósticos de morte encefálica.
Questão 18
Uma mulher atleta de vôlei , 32 anos, sofreu uma PCR extra-hospitalar após inicio de um
jogo transmitido pela TV, com duração de 25 minutos . O jogo estava sendo transmitido e
causou grande impacto na sociedade. A paciente foi admitida em um hospital e apos 48h de
UTI, evoluiu com suspeita de Morte encefálica. O protocolo de ME foi aberto e no exame
clinico mostrou presença de sinal de Babinski.
Qual a conduta mais correta.
Questão 19
Dentre os reflexos de tronco avaliados no protocolo de ME, qual nao é usado :
A- Fotomotor
B- Óculocefalico
C- Tosse
D- Mandibulo-coclear
E- córneo-palpebral
Questão 20
Um paciente esta no protocolo de ME, o paciente foi submetido a ventilação com Fio2 100%
por 10 min, foi coletado a gasometria arterial e o mesmo obteve PaCo2 de 25 mmHg. Qual
a melhor conduta ?