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Destino do Cadaver

Após a morte, o corpo inanimado do homem pode ter os mais variados destinos. Tais como os
descritos a seguir:

⦁ Imunação simples:

Este é o destino mais comum. Assim que verificado o obito, processam-se as formalidades
legais e com apresentação do atestado de obito e aquisição da certidao de obito pela familia
ou interessados o cadaver é levado aos cemiterios públicos. Ai em caixões proprios, é inumado
o cadaver em sepulturas, tumulos ou jazigos que obedeçam as condicoes do codigo sanitario
ou da legislação de uso do solo do municipio. Recomenda-se que o sepultamento nao deva
ocorrer antes das 24h e nem depois das 36h, a nao ser por motivos especiais. No caso de
epidemias, conflitos e afins ai pode ser feito antes deste prazo.

Nenhuma inumação sera feita sem certidão oficial de registro do lugar do falecimento, com
atestado do medico ou de duas pessoas qualificadas que tiveram presenciado ou verificado a
morte. (Artigo 77, da lei n° 6.015/73, com as corrigendas da lei n° 6.216/75).

⦁ Imunação com necropsia:

A obrigatoriedade das necropsias nas mortes violentas esta disciplinada pela lei processual
penal. Porem, nos casos de morte natural nao há nenhuma regulamentação para esta pratica.
Mas, os hospitais exigem que os familiares, permitam a realização de uma necropsia clinica.

Assim, somente com uma permissão dos representantes legais para o medico realizar uma
necropsia em um paciente que teve uma morte natural.

Temos que reconhecer, que ha situações em que o medico tem dúvidas quanto ao diagnostico
da morte e a necropsia clinica pode ajudar nessa conclusão. é claro que essa pratica deve ser
realizada dentro de um equilibrio que nao sacrifique os principios fundamentais da dignidade
humana nem as necessidas da ciencia medica.

Após a pratica da necropsia dentro desses principios, a inumação do cadáver segue o rito
comum.

⦁ Imersão:

Antigamente, antes do aperfeiçoamento, os corpos que faleciam em alto mar, após as


formalidade legais, eram submersos na agua. Sua finalidade era evitar a putrefação e o mal
estar reinante entre os passageiro e tripulantes.

⦁ Destruição:

A seita do Zaratustra, tinha como costume de colocar os cadaveres para os abutres, por
considerarem a terra, agua e o fogo como coisas sagradas. Assim, eles construiram um edificio
de cinco torres, onde os corpos eram levados para serem destruidos por estes animais e
depois os ossos eram jogados em um poço. Esta edificação era proibida de visitação.

⦁ Cremação:

Muitos paises adotam esta pratica. Entre eles, India, Suiça, Alemanha, Canadá, EUA e
principalmente a Inglaterra que em 1963 ja contava com 177 fornos crematorios. Alguns
estados brasileiros estao aderindo a esta pratica, embora sejam de forma rara.
O conselho federal de medicina, manifestou-se a respeito da cremação apenas para aqueles
que se manisfestam em vida sobre esse desejo atraves de instrumento publico ou particular,
após necropsia ou competente autorização, especialmente nos casos de morte violenta.

As autoridades sanitarias tambem permitem a cremação nos casos de epidemia e calamidades


publicas e também que a familia possa autorizar sempre que nao houver declaração em
contrario.

Nesse processo, cadaver é transformado em cinzas, em fornos eletricos especiais que


suportam temperaturas de 800 a 1000°C, constituido por uma grelha giratoria e um coletor de
cinzas. Processo que varia em torno de 1 a 2 horas no máximo.

O crematório em geral, tem um salão de cerimonia com um visor que permite a visibilidade
para aonde o corpo sera levado. Depois do processo realizado as cinzas sao depositas em uma
caixa de metal, cuja tampa é lacrada, colocada em urnas de bronze.

Este é na verdade a prática mais higienica, economico, pratico e mais humano. Entretanto,
existem algumas objeções de ordens legais, afetivas e religiosas.

Do ponto de vista médico legal, a cremação apresenta o inconveniente de nao poder ser
realizada em uma morte violenta, o que acarretarua especulações e dúvidas sobre a morte e
suas circunstancias, não restando os subsídios de uma possível exumação.

O problema médico legal poderia ser resolvido autorizando-se apenas a cremação nas mortes
naturais após diagnosticos da causa mortis, fornecido pelos serviçõs de veriticação de óbitos
por meio de necropsias e exames anatomopatológicos. No entanto, o paragrafo 2°, do artigo
77, permite a cremação de cadáveres quando houver a prévia manisfestação da vontade do
morto ou no interesse da saúde pública, sendo necessario, ainda, que o atestado de óbito seja
firmado por dois médicos ou por um médico legista, no caso de morte violenta, após
autorização da administração da justiça.

⦁ Liquefação do Cadáver:

Como opção ecologica a cremação, foi comercializada no EUA um aparelho que liquefaz
cadáveres denominado Resomator.

Tal método, em linhas gerais, dissolve o cadáver em água quente alcalinizada. Isso produz
menos gases associados ao efeito estufa que a cremação, usa um sétimo da energia e permite
a retirada de metais poluentes como aqueles das placas evitando assim a contaminação do
meio ambiente.

Consiste na imersão do cadáver em uma solução de agua com hidroxido de potássio, que sera
pressurizada e aquecida a 180°C durante 3 horas. Isso vai dissolver os tecidos e o liquido é
levado ao sistema de esgoto.

Após a retirada de todo o liquído, os ossos sao transformado em cinzas e entregue aos seus
familiares.

⦁ Peças anatômicas e partes do cadáver:

As peças anatômicas ou membros amputados não precisam de uma declaração de óbito,


mesmo que o destino da peça seja o sepultamento. Nesses casos, o hospital deve fazer uma
breve relatório para o cemiterio.
Por outro lado, quando se tratar de esquartejamento, despotejamento ou nas explosões, e
desde que permitam uma identificação criterioso de uma pessoa, não há porque deixar de
expedir o respectivo atestado. Nesse caso, é responsabilidade do médico legal.

⦁ Tempo de manutenção dos cadáveres em IML:

No Brasil, so existe legislação específica para cadáveres para fins didáticos e cientificos por
instituições autorizada de ensino e pesquisa. No que diz respeito ao IML, nao existe nenhuma
norma, apenas bom senso de que mantê-los apenas enquanto houver justificada necessidade.

⦁ Atestados de Óbito:

Este documento ter por finalidade confrmar a morte, definir a causa e satisfazer o interesse
médico sanitario, político e social. Este é um documento público e preenchido por alguém
devidamente habilitado, que faz por obrigação e nao por opção.

Infelizmente, nem sempre a morte sao confirmadas por médicos. Nas localidades onde não
existem tais facultativos, o óbito é confirmado por duas testemunhas idôneas que tiverem
presenciado ou verificado o falecimento.

O código de ética médica, em seu artigo 83, proíbe o médico de atestar o óbito quando nao
tenha assistido o paciente ou verificado pessoalmente o óbitom com excessão ao plantonista
ou susbtituto que tenha assistido pessoalmente o paciente ou nos casos de necropsia, exceto
quando houver indicios de morte violenta.

São obrigados a fazer declaração de óbito os chefes de familia, a respeito de sua mulher,
filhos. A viúva a respeito do seu marido. Os filhos no caso dos pais...

Mesmo que na declaração deva-se colocar a causa mortis, recomenda-se nao preencher, visto
que no caso de morte violenta, como homicidio, só se tem tal conclusão a partir da toxicologia
e da pericia criminalista.

O novo sistema, tem por objetivo padronizar os atestados de óbitos. Onde serão tres vias, a
primeira exclusiva de preenchimento do cartório; a segunda para identificação do morto; e a
terceira destinado a informações sobre o óbito fetal ou sobre morte de menor de 1 ano.

⦁ Quem deve fornecer o atestado de óbito:

Regras:

1. Não assinar atestados em branco nem deixar espaços vazios;

2. Escrever com letra legível ou em letras de forma;

3. Evitar uso de abreviaturas;

4. Certificar-se da identidade do morto;

5. Não assinar atestado de morte em caso de morte violenta;

6. A declaração de óbito fetal é da competencia exclusiva do médico;

7. As partes de cadáver, como cabeça, ossos sao da competencia dos institutos dos
medicos legais;

8. entre outras regras...


O fornecimento do atestado de óbito vai depender de como ocorreu a morte. Por exemplo, a
morte com assistencia médica deve ser fornecida sempre que possível pelo médico que vinha
prestando assistencia ao paciente.

Mortes violentas ou não naturais devera ser fornecida pelo serviços médicos legais.

Mortes naturais deverão ser fornecidas pelos médicos do SVO (serviço de verificação de óbito)
e nas localidades sem SVO devera ser fornecida pelos médicos públicos de sáude mais proximo
do local aonde ocorreu a morte.

⦁ LEI N° 11.976, DE 7 DE JULHO DE 2009

Dispõe sobre a declaração de óbito e a realização de estatistica de óbitos em hospitais públicos


e privados.

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