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1- Prova de Bouchut: ausculta Prova de Middeldorff: oscilação de agulha

implantada no coração Prova de Magnus: cianose ao ligar um dedo Prova de


Halluin: hiperemia conjuntival éter Prova de Ott: pelo não aparecimento de
flictena na aproximação de uma chama Prova de Icard: não distribuição da
fluoresceína injetada intravenosa.

2- Na ausência da impulsão cardíaca, o sangue não mais circula. Todavia, isso


não impede que o sangue possa fluir através dos vasos, preencher as vênulas,
ingurgitar os capilares, movimentado apenas pelos efeitos da força da
gravidade. Destarte, o sangue acaba acumulando-se, por congestão passiva,
naquelas regiões que ocupam a posição mais declive.Este acúmulo passivo do
sangue nas regiões mais declives inicia-se de 20 a 30 min após a morte, sob a
forma de um pontilhado arroxeado fino, denominado sugilação hipostática. Os
livores cadavéricos podem ser observados ainda em vida, na fase agônica ou
terminal, em pessoas extremamente debilitadas e com hipotensão arterial.

3- Enquanto o livor de hipóstase constitui um fenômeno cadavérico,


desencadeado pela estase intravascular do sangue em razão da força da
gravidade, a equimose resulta da infiltração nas malhas do tecido pelo sangue
extravasado. Livor é, portanto, acontecimento post mortem; equimose,
ocorrência intra vitam.

4- A flacidez muscular inicial do corpo, com o passar das horas após o óbito,
transformase em rigidez muscular. O tempo transcorrido entre o decesso e o
surgimento das primeiras manifestações de rigidez cadavérica, embora
variável, gira em torno de 2 h (tempo mínimo de 30 min e tempo máximo de 6
h). Esse fenômeno progressivo segue marcha descendente, obedecendo à
chamada lei de Nysten, sendo atingidos os músculos mandibulares, do
pescoço, do tórax, dos membros superiores, do abdome e dos membros
inferiores, por último. A rigidez dura em torno de 24 a 36 h. Depois, iniciase o
processo inverso – a resolução da rigidez – que se completa entre 48 e 72 h (2
ou 3 dias).

5- A principal diferença que apresenta o espasmo cadavérico em relação à


rigidez cadavérica propriamente dita é que esta última se instala já no cadáver
como parte dos fenômenos consecutivos e é sempre precedida de relaxamento
do tônus muscular, o que não ocorre no primeiro.

6- Exame de corpo de delito é uma importante prova pericial, sua ausência em


caso de crimes que deixam vestígios gera a nulidade do processo. O exame de
corpo de delito pode ser direto, quando os peritos o realizam diretamente sobre
a pessoa ou objeto da ação delituosa, ou indireto, quando não é propriamente
um exame, uma vez que os peritos se baseiam nos depoimentos das
testemunhas em razão do desaparecimento dos vestígios, nessa hipótese, o
exame pode ser suprimido pela prova testemunhal. Exame médico-legal são
importantes para avaliar a situação do indivíduo que cometeu algum ilícito
penal, ajudando a atestar sua absolvição ou culpabilidade. A legislação prevê e
a medicina legal atesta, podendo então o juíz prolatar a sentença. Exumação
significa o ato ou efeito de exumar, desenterrar. Ou seja, é a retirada dos
restos mortais de uma pessoa já falecida. Dentro do aspecto funerário, é o
processo pelo qual um corpo é retirado da sepultura, para alguma finalidade
especial.
7- A exumação pode ser solicitada quando houver dúvidas sobre a causa mortis,
que anteriormente não havia. Ora, se houvesse qualquer dúvida antes do
enterro, não haveria motivo para enterrar sem a realização de perícia médica
sobre o corpo, portanto, a exumação só existe porque a dúvida é posterior à
inumação, que vem a ser o ato de sepultar ou enterrar.
8- De acordo com o Art. 8º da Lei 7.210/84 da LEP: “O condenado ao
cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será
submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários
a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o
condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime
semiaberto”. Logo, entende-se que há uma submissão do condenado ao
exame criminológico, quando o mesmo tenha a cumprir a pena privativa de
liberdade em regime fechado.
9- Morte duvidosa tem como sinais: -Queda de temperatura -Funções
cardiovasculares baixas -Afogamento, intoxicação por CO2 Morte provável tem
como sinais: -Palpitações -Desmaios -Arritmias -Dor no peito -Falta de ar -
Tonturas -Fraqueza Certeza de morte tem como sinais: Sinais imediatos: -
Parada respiratória -Flacidez muscular -Linha isoelétrica no eletrocardiograma
e eletroencefalograma -Insensibilidade geral e dos sentidos Sinais
consecutivos: -Rigidez cadavérica -Rigidez completa de 10 a 12 horas -
Desaparecimento de rigidez após 36 horas -Transformação do ATP em ácido
lático -Evaporação tegumentar -Desidratação muscular provocando a rigidez
cadavérica -Hipóstases
10- Inumação: A inumação consiste na colocação de cadáver em sepultura, jazigo
ou local de consumpção aeróbia. Embalsamento: É uma técnica de
preservação de cadáveres para prevenir a putrefação. Cremação: É uma
técnica que visa reduzir um corpo a cinzas através da queima do cadáver.
11- Exceção dos óbitos por moléstia infecciosa grave, epidemias, conflitos
armados, cataclismos, em que a inumação poderá ser imediata, os
sepultamentos não se processarão antes das 24 horas, nem após 36 horas da
morte.
12- A única restrição verdadeira à cremação é se houver morte violenta . Nesse
caso, ela só poderá ser realizada se a família conseguir autorização judicial.
13- Desidratação tegumentar - Nos cadáveres de adultos, a perda de peso por
desidratação oscila entre 10 e 18 g/kg de peso/dia. A desidratação também pode
ser observada pelas modificações que sofre a pele, como apergaminha mento,
notadamente nos locais em que apresentam escoriações, ou em tegumentos
específicos – mucosas, glande peniana e vulva –, que, quando atingidos,
acabam por se dessecar.
Também no globo ocular, pode-se observar a desidratação por: opacificação da
córnea; surgimento da tela viscosa (tela albuminosa); queda da turgência do
globo ocular; possibilidade de deformar a pupila pela dupla pressão digital (sinal
de Louis); e aparecimento da mancha azul-enegrecida da esclerótica (sinal de
Sommer & Larcher).

Esfriamento do corpo - O cadáver perde calor, progressivamente, até igualar a


temperatura do meio ambiente. Quatro mecanismos físicos contribuem para
processar a perda de calor do corpo: convecção, radiação, condução e
evaporação. A perda de temperatura por evaporação é mínima no cadáver.
A queda da temperatura do corpo é da ordem de 0,8 a 1°C por hora, nas
primeiras 12 h, e de 0,3 a 0,5°C por hora, nas 12 h seguintes. Na prática, admite-
se que o esfriamento se faz, em média, à razão de 1,5°C por hora.
É importante lembrar que tal perda calórica depende muito da temperatura
ambiente, uma vez que, quando esta é superior a 37°C, já não se pode falar
mais em “esfriamento”.
Tampouco se deve confundir o real esfriamento do cadáver – com equalização
de sua temperatura com a temperatura ambiente – com a percepção de “frio”
que se obtém com o seu contato e que depende, exclusivamente, da maior
condutividade do cadáver para a temperatura, o que leva a percebê-lo como
mais frio.

Livores hipostáticos - Na ausência da impulsão cardíaca, o sangue não mais


circula. Todavia, isso não impede que o sangue possa fluir através dos vasos,
preencher as vênulas, ingurgitar os capilares, movimentado apenas pelos efeitos
da força da gravidade. Destarte, o sangue acaba acumulando-se, por congestão
passiva, naquelas regiões que ocupam a posição mais declive.
Este acúmulo passivo do sangue nas regiões mais declives inicia-se de 20 a 30
min após a morte, sob a forma de um pontilhado arroxeado fino, denominado
sugilação hipostática. Este pontilhado fino, por coalescência, transforma-se em
manchas maiores, com coloração cada vez mais escura, atingindo o máximo de
intensidade e extensão por volta de 12 a 15 h após o óbito. A coloração das
manchas de hipóstase é arroxeada, já que a hemoglobina reduzida (Hb–)
confere ao sangue cor mais escura.
Os livores hipostáticos não aparecem nas regiões de apoio, nem em quaisquer
outras partes da pele que sejam submetidas à compressão. De regra, quando
isso acontece, a região mais clara, assim delimitada, guarda a forma do objeto
ou da dobra que a pressionou.
Nas primeiras 12 h seguintes à morte, os livores hipostáticos deslocam-se para
as novas regiões declives, se o cadáver for mudado de posição. Esse fenômeno
é conhecido como migração das hipóstases.
Ultrapassadas as 12 primeiras horas após o óbito, quer pela coagulação
intravascular do sangue nos capilares, quer pela transudação da hemoglobina
que impregna os tecidos, as mudanças de posição do corpo não mais se
acompanham de modificações na localização dos livores. Diz-se, então, que
ocorreu a fixação das hipóstases.
Rigidez - A flacidez muscular inicial do corpo, com o passar das horas após o
óbito, transforma-se em rigidez muscular. O tempo transcorrido entre o decesso
e o surgimento das primeiras manifestações de rigidez cadavérica, embora
variável, gira em torno de 2 h (tempo mínimo de 30 min e tempo máximo de 6
h).
Esse fenômeno progressivo segue marcha descendente, obedecendo à
chamada lei de Nysten, sendo atingidos os músculos mandibulares, do pescoço,
do tórax, dos membros superiores, do abdome e dos membros inferiores, por
último. A rigidez dura em torno de 24 a 36 h. Depois, inicia-se o processo inverso
– a resolução da rigidez – que se completa entre 48 e 72 h (2 ou 3 dias).

14- DESTRUTIVOS:
- Autólise - Processo autodestrutivo de células e tecidos, que se opera sem
interferência externa, decorrente do aumento da permeabilidade das
membranas plasmáticas, que possibilita a liberação de enzimas proteolíticas
contidas nos lisossomos (suicide bags). Isso leva a uma acidez temporária que,
pela putrefação, neutraliza-se e inverte pela alcalinização progressiva com
valores de pH da ordem de 8,0 a 8,5.

- Putrefação - É o processo de decomposição da matéria orgânica por bactérias


e pela fauna macroscópica que acaba por devolvê-la à condição de matéria
inorgânica. A putrefação do corpo não é um processo resultante do evento
morte, apenas. É necessária a participação ativa de bactérias cujas enzimas, em
condições favoráveis, produzem a desintegração do material orgânico. Daí que,
nas condições térmicas que impeçam a proliferação bacteriana, ou pela ação de
substâncias antissépticas, o cadáver não se putrefaz. As bactérias encarregadas
da putrefação do cadáver, na sua maioria, são as mesmas que, em vida, formam
parte da flora intestinal do indivíduo.
Algumas das substâncias intermediárias formadas durante o processo de
decomposição das proteínas são altamente fétidas, tornando-se as
responsáveis pelo cheiro característico dos corpos em putrefação. A
decomposição catalítica dos glicídios e dos lipídios praticamente não exala
odores nauseabundos.
Esse processo de decomposição paulatina é bastante lento. As larvas de insetos
com atividade necrofágica, se deixadas agir livremente, podem destruir o
cadáver em um tempo bem menor: de 4 a 8 semanas.
Com efeito, em um cadáver exposto à intempérie, a putrefação se vê acelerada,
sendo certo que os corpos enterrados têm a sua decomposição retardada até
em oito vezes em relação aos primeiros.
A putrefação desenvolve-se em quatro fases ou períodos distintos e
consecutivos, como demonstrado a seguir:
1.Período cromático (período de coloração, período das manchas): tem início,
em geral, de 18 a 24 h após o óbito, com duração aproximada de 7 a 12 dias,
dependendo das condições climáticas. Inicia-se pelo surgimento de uma
mancha esverdeada na pele da fossa ilíaca esquerda (mancha verde
abdominal), cuja cor se deve à presença de sulfo-hemoglobina. Nos recém-
nascidos e nos afogados, a mancha verde é torácica, e não abdominal.
2.Período enfisematoso (período gasoso, período deformativo): inicia-se durante
a 1a semana e estende-se, aproximadamente, por 30 dias. Os gases produzidos
pela putrefação (notadamente gás sulfídrico, hidrogênio fosforado e amônia)
infiltram no tecido celular subcutâneo modificando, progressivamente, a
fisionomia e a forma externa do corpo. Essa distensão gasosa é mais evidente
no abdome e nas regiões dotadas de tecidos areolares, como face, pescoço,
mamas e genitais externos. Os próprios gases destacam a epiderme do córion,
formando flictenas putrefativas extensas, preenchidas por líquido transudado
3.Período coliquativo (período de redução dos tecidos): inicia-se no fim do
1o mês e pode estender-se por meses ou até 2 ou 3 anos. Caracteriza-se pelo
amolecimento e pela desintegração dos tecidos, que se transformam em uma
massa pastosa, semilíquida, escura e com fetidez intensa, que recebe o nome
putrilagem.
A atividade das larvas da fauna cadavérica (miíase cadavérica) auxilia
grandemente na destruição total dos restos de matéria. Como mencionado, os
insetos e suas larvas podem destruir a matéria orgânica do cadáver com extrema
rapidez (4 a 8 semanas)
4.Período de esqueletização: no final do período coliquativo, a putrilagem acaba
por secar, desfazendo-se em pó. Dessa maneira, surge o esqueleto ósseo, que
fica descoberto e poderá conservar-se por longo tempo.
- Maceração - É o processo de transformação destrutiva em que ocorre o
amolecimento dos tecidos e órgãos quando estes ficam submersos em um meio
líquido e nele se embebem. O mais frequente é que aconteça com a água e o
líquido amniótico.
Na maceração, a pele torna-se esbranquiçada, friável, corruga-se e faz a
epiderme soltar-se da derme e até mesmo se rasgar em grandes fragmentos.
Isto é bastante evidente nas mãos, onde a pele se desprende como “luvas”.
Externamente, a derme, pelas razões apontadas, fica exposta, mostrando-se em
geral vermelha-brilhante, luzidia, por causa do próprio edema que a embebe e a
torna túrgida.

CONSERVADORES:
- Saponificação - É um fenômeno cadavérico que depende de o corpo ou parte
dele ser colocado em um meio que obedeça às duas exigências descritas a
seguir:
•Ambiente muito úmido (pântano, fossa séptica, alagado ou terra argilosa)
•Ausência de ar ou escassa ventilação.
O processo tem início por volta de 2 meses após a inumação e completa-se em
torno de 1 ano. A putrefação deste sofre um desvio; algumas enzimas
microbianas provocam mudanças nas estruturas moles que se transformam em
sabões de baixa solubilidade, conhecidos pela denominação genérica
adipocera. Esta é uma substância inicialmente branco-amarelada, com
consistência mole, aspecto característico de sabão ou de queijo, e com cheiro
próprio, rançoso, sui generis. Com o passar do tempo, essa massa apresenta
uma cor mais escura, amarela-pardacenta, tornando-se mais seca, dura, friável
e quebradiça.

- Mumificação - Nesta modalidade de fenômeno cadavérico, que é uma


dessecação rápida, seu surgimento depende, exclusivamente, das condições
em que o corpo seja colocado:
•Ambiente muito seco, em torno de 6% de umidade relativa do ar
•Temperatura alta, acima dos 40°C
•Ventilação abundante.
O processo tem início imediato, uma vez que se impede a putrefação, e
completa-se entre 6 meses e 1 ano. Todavia, em climas propícios, a mumificação
pode ocorrer em poucas semanas.
Como decorrência da perda de água, a pele fica coriácea, retrai-se, enruga e
endurece, adquirindo coloração terrosa, entre castanho e marrom. O processo
tem início na parte distal dos quirodáctilos e dos pododáctilos, nos lábios, no
dorso e na ponta do nariz e nos pavilhões auriculares. A perda da água de
constituição faz o corpo diminuir notavelmente o seu peso, chegando a atingir o
peso de 5 a 10 kg ao todo.

- Petrificação - É um processo transformativo cada vez mais raro, em que ocorre


a infiltração dos tecidos do cadáver por sais de cálcio, os quais acabam por
precipitar em meio às estruturas celulares e teciduais. Assume o aspecto de uma
verdadeira “calcificação” generalizada. A petrificação ocorre quase
exclusivamente nos embriões ou fetos mortos (intraútero) e mais
frequentemente em casos de gravidez ectópica, tubária ou peritoneal. O
resultado desse processo é a formação de um litopédio (criança de pedra),
somente passível de retirada cirúrgica. Esse processo, hoje em dia, é uma
situação excepcional e praticamente não mais encontrada. Com os avanços da
Medicina Preventiva e a amplificação das redes de atendimento pré-natal, é
praticamente impossível que um óbito fetal passe despercebido por muito tempo,
que seria o lapso necessário para atingir a incrustação calcária.

- Coreificação - É um processo transformativo que ocorre em cadáveres


conservados em urnas metálicas – notadamente de zinco galvanizado –
hermeticamente seladas. O ambiente assim criado dentro da urna inibe
parcialmente os fenômenos de decomposição. A pele do cadáver assume o
aspecto, a cor e a consistência uniforme de couro recentemente curtido. Começa
a observar-se no 1o ano de colocação do cadáver na urna metálica, atingindo
seu máximo no 2o ano. Excepcionalmente, pode completar-se em apenas 2 ou
3 meses.

15) Fase de coloração: Mancha verde abdominal, ao nível do fígado; aparece


entre 16 e 20 horas, após a morte e permanece por 7 dias.
Fase gasosa: Os gases produzidos pelos microrganismos provocam o
entumecimento das cavidades, permanece de 1 a 3 semanas.
Fase coliquativa: Quando ocorre a liquefação dos tecidos; é a fase do
amolecimento e dura vários meses
Fase de esquelitização: É a consequência do processo acima descrito, que pode
levar alguns anos

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