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Interações Medicamentosas  Em geral são as substâncias ativas ácidas que se ligam às proteínas

plasmáticas e deslocam outros fármacos;


Interações Benéficas
 EX: Fenilbutazona desloca os anticoagulantes orais aumentando a
 Sinergismo: dois ou mais medicamentos combinados aumentam potência dos anticoagulantes.
seus efeitos terapêuticos.
Metabolismo
 Potencialização: um medicamento amplifica os efeitos de outro
semelhante, melhorando a resposta terapêutica.  INDUÇÃO ENZIMÁTICA - se o metabolismo de um fármaco serve
para inativá-lo, a indução reduzirá a atividade terapêutica, sendo
Interações Maléficas (ou adversas)
preciso aumentar a sua dose para manter o efeito;
 Antagonismo: dois medicamentos reduzem ou anulam os efeitos um  EX: Fenobarbital aumenta o metabolismo de mais de 60 substâncias
do outro. diferentes – anticoagulantes orais, corticosteróides.
 INIBIÇÃO ENZIMÁTICA - Um fármaco pode inibir o
INTERAÇÃO FARMACÊUTICA: metabolismo e outro por: ocupar o sítio da enzima metabolizante ou
 Incompatibilidades, de caráter físico-químico, que originam a por inativação da enzima - aumento da intensidade e/ou duração da
inativação ou a precipitação de fármacos antes de serem ação;
administrados ao paciente. Eliminação
 EX: Precipitação da anfotericina e eritromicina quando associadas
ao soro fisiológico.  As interações de drogas podem alterar a excreção de outras
substâncias ativas, devido ao aumento ou a diminuição da filtração
INTERAÇÃO FARMACOCINÉTICA glomerular.
Absorção  A interação de fármacos pode originar-se da competição pelos seus
sítios de transporte.
 Inibição: medicamento que pode reduzir a absorção de outro quando  Um fármaco pode bloquear a excreção renal de outro, ao competir
administrado simultaneamente, resultando em concentrações mais pelo mesmo sistema de transporte tubular.
baixas no sangue.  EX: Probenecida (elimina o excesso de ácido úrico) bloqueia a
 Aumento: medicamentos que podem aumentar a absorção de outros, secreção de penicilinas, de algumas cefalosporinas e da
levando a concentrações mais elevadas no sangue. indometacina, prolongando o nível plasmático dessas substâncias.
 EX:
 Alimentos INTERAÇÃO FARMACODINÂMICA
 Modificação do pH – Antiácidos Indiferença Farmacológica
 Esvaziamento gástrico lento – Atropina
 Aumento do peristaltismo – Laxantes  Quando da associação de dois medicamentos, o mecanismo de ação
de um não interfere no mecanismo de ação do outro.
Distribuição
 EX: Quimioterápicos e analgésicos antitérmicos
 A concorrência entre diferentes fármacos pelos mesmos sítios de Sinergismo
ligação nas proteínas plasmáticas tem consequências importantes.
 Um medicamento intensifica os efeitos de outro.
 EX: Medicamento “A” intensifica os efeitos do medicamento “B”
Ácido acetilsalicílico + Diclofenaco sódico.
Antagonismo
 Quando um medicamento diminui os efeitos de outro, dizemos que
ocorre bloqueio, inibição ou antagonismo.
 Ex: Naloxona nos quadros de depressão respiratória causados pela
morfina
REGRAS PARA DETECTAR E PREVENIR INTERAÇÕES
1. Conhecer as substâncias, que com mais frequência podem produzir
reações desfavoráveis e perigosas para o paciente, quando
associadas.
2. Esforçar-se em reduzir sempre ao mínimo o número de
medicamentos a serem administrados a um doente: quanto menor o
número de fármacos, menor o risco.
3. Considerar a possibilidade de uma interação sempre que o paciente
não reage como era de esperar.
4. Considerar que uma interação, ainda que firmemente comprovada,
não ocorre em todos os enfermos, nem com qualquer dose.
5. Os fatores individuais farmacogenéticos são suficientemente
variáveis para modificar de modo substancial os níveis desses
fármacos no organismo.

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