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FARMACODINÂMICA

M.V. Mestranda Rafaela Reis


Farmacodinâmica

Estudo dos diferentes mecanismos de


ação que um medicamento pode
exercer sobre o organismo
Um fármaco não cria uma função no
organismo, ele simplesmente altera
uma função previamente existente
Receptores
Alvos para ação específica: ​

Proteínas de membrana​ A resposta decorrente dessa


ação é o efeito farmacológico​
Proteínas nucleares​
A ligação dos fármacos a
Proteínas citoplasmáticas​ receptores representa então o
principal mecanismo da
farmacodinâmica
Proteínas transportadoras ​

Enzimas ​
Mecanismo de ação
Ação dos medicamentos: ​
Alteram a permeabilidade da Ligação de moléculas lipossolúveis
membrana (canais iônicos)​ Receptores nucleares​
Mecanismo de segundo mensageiro Receptores citoplasmáticos
(moléculas hidrossolúveis)​
Cálcio/Calmodulina ​
Adenosina Monofosfato Cíclico
(AMPc)​
Inusitol Trifosfato (IP3)​
MECANISMO DE
AÇÃO

Alteram permeabilidade da membrana


plasmática (Canais Iônicos)​

Exemplo: Anestésicos locais, bloqueiam canais de


Sódio​
MECANISMO DE
AÇÃO
Mecanismo de segundo mensageiro:
Cálcio/Calmodulina​

Exemplo: Ocitocina, induz o parto por


aumento das contrações uterinas​
MECANISMO DE
AÇÃO
Mecanismo de segundo mensageiro:
Adenosina Monofosfato Cíclico (AMPc)

Exemplo: Hormônios e neurotransmissores​


Se ligam à receptores de membrana com a
finalidade de aumentar a síntese de AMPc

Sístole ventricular é regulada pelo AMPc​

Teofilina, Cafeína, Sildenafila​


MECANISMO DE
AÇÃO
Mecanismo de segundo mensageiro : ​
Inusitol Trifosfato OU Fosfatidil
Inusitol diacilglicerol (IP3) ​

Exemplo: A Prazozina, um antidepressivo


utilizado em gatos com obstrução uretral
bloqueia o IP3. A adrenalina, um
neurotransmissor ativa esta via​
MECANISMO DE
AÇÃO
Ligação de moléculas lipossolúveis​
Receptores nucleares​
Receptores citoplasmáticos​

Exemplo: hormônios esteroides como a


progesterona, testosterona e cortisol​
Medicamentos
ESTRUTURALMENTE ESTRUTURALMENTE
ESPECÍFICOS INESPECÍFICOS

Presença de receptores O efeito farmacológico não


específicos ​ decorre diretamente da
Afinidade ​ afinidade por um receptor,
Medicamentos que e sim da alteração do meio​
necessitam de doses Exemplo: desinfetantes –
menores para produzir alteram o pH do meio,
um efeito farmacológico desfavorecendo o
crescimento e proliferação
de microrganismos​
E qual o alvo de ação?

ENZIMAS!!!​
Interação com enzimas celulares​
Inibem ou ativam determinada
enzima​
Processo inflamatório​
Ativação de 2 enzimas​
Cicloxigenase 1 e 2 (COX 1 e COX 2)
EXEMPLOS: Antibacterianos,
antineoplásicos, digitálicos,
antidepressivos, anti-hipertensivos​
Indutores e Inibidores
(Enzimas)​
Enquanto as drogas que se direcionam
para os receptores são classificadas
como agonistas ou antagonistas, as
drogas direcionadas para as enzimas
são classificadas como inibidoras ou
ativadoras (indutoras)​
EXEMPLO: a lovastatina, utilizada
no tratamento de alguns pacientes
que têm níveis sanguíneos elevados
de colesterol, inibe a enzima HMG-
CoA redutase, fundamental na
produção de colesterol pelo corpo​
Tipo de ligação - RECEPTORES

AGONISTAS: ​ ANTAGONISTAS: ​
Indica que uma determinada Indica que uma determinada
substância, ao ligar-se ao receptor, substância, ao ligar-se ao receptor,
produz uma ação, levando ao bloqueia determinado efeito​
efeito farmacológico​ Ex.: Propranolol - é um
Ex.: Adrenalina – é um agonista antagonista β- adrenérgico,
dos receptores β-adrenérgicos. impede a taquicardia induzida por
Quando se liga a estes receptores catecolaminas​
no coração, a adrenalina aumenta
a frequência cardíaca​
Processo farmacodinâmico​
As interações entre substâncias e
receptores ou enzimas podem ser
reversíveis ou irreversíveis​
Reversíveis: depois de certo tempo
as ligações se desfazem, e o receptor
ou enzima reassume sua função
normal (fisiológica) ​
Irreversíveis: mesmo após
determinado tempo, não há
reversão do efeito​
EXEMPLO: o omeprazol é uma substância que
inibe uma enzima envolvida na secreção do
ácido gástrico. O efeito farmacológico persiste
até que o corpo sintetize mais enzimas​
TEORIA DE ARIËNS​
(Teoria Atividade Intrínseca – 1954)

O efeito farmacológico é proporcional à:​


Afinidade do fármaco pelo receptor para
formar o complexo FR​
Atividade intrínseca é a capacidade de
ativação do receptor, podendo variar de
0 a 1​
A intensidade da resposta é proporcional
a fração (quantidade) de receptores Para produzir efeito não é necessária
ocupados e dependente da atividade somente a formação do complexo
intrínseca fármaco-receptor (FR)
Afinidade e Atividade
Intrínseca
Agonistas: possuem as duas propriedades​
Ligam-se aos receptores (afinidade) ​
Produzem uma resposta no sistema-alvo (atividade intrínseca)​
Antagonistas: possuem afinidade mais nem sempre
atividade intrínseca​
Ligam-se efetivamente aos receptores (afinidade com os
receptores)​
Porém têm pouca ou nenhuma atividade intrínseca – sua
função consiste em impedir a interação das moléculas
agonistas com seus receptores​
Potência e Eficácia
Potência: Eficácia:
Relação entre a concentração ou dose Propriedade de ligação entre
de um medicamento com a produção medicamento-receptor, onde o efeito
de um efeito farmacológico​ máximo será atingido quando todos
Uma maior potência não significa os receptores estiverem ativados.
necessariamente que uma substância O limite entre efeito máximo e
é melhor que a outra​ toxicidade de um fármaco estão
Se dois fármacos têm potências muito próximos​
diferentes, basta utilizar doses Exemplo: O diurético furosemida
maiores do fármaco menos potente​ elimina muito mais sal e água por
Exemplo: dentre os opioides, o meio da urina, que o diurético
fentanil é 70 vezes mais potente que a clorotiazida​
morfina. Sua dose geralmente é dada
em microgramas, enquanto que a
morfina é dada em miligramas​
Índice terapêutico

Efeito mínimo x Efeito tóxico ​


A relação entre as concentrações terapêuticas e
tóxicas é chamada índice terapêutico (I.T.) ​
Ou seja, o IT de um fármaco baseia-se na relação

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