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INTERAÇÃO COM
RECEPTORES
AULA 03
FA B I U L E D E M E L O
ROTEIRO DE AULA
• Conceito de farmacodinâmica
• Receptor e suas interações
• Transdução de sinais
• Agonismo e antagonismo
• Dose-resposta
• Reações adversas ao medicamento
LEMBRAM DA FARMACODINÂMICA?
• Descreve as ações dos fármacos no organismo e as influências das
suas concentrações na magnitude das respostas estuda seus efeitos
à luz de seu mecanismo de ação e interação com os receptores.
• A maioria dos fármacos exerce seus efeitos, desejados ou
indesejados, interagindo com receptores (isto é, macromoléculas-
alvo especializadas) presentes na superfície ou no interior da célula.
• As células possuem muitos receptores diferentes, e para cada um o seu ligante endógeno
(fármaco).
• A intensidade da resposta é diretamente proporcional ao número de complexos fármaco-receptor
• Exemplo: as membranas das células cardíacas, contêm receptores β que ligam e respondem à
epinefrina ou norepinefrina, bem como receptores muscarínicos específicos para acetilcolina.
Essas distintas populações de receptores interagem de modo dinâmico para controlar funções
vitais do coração
• A partir do momento que se forma um complexo fármaco-receptor começa a resposta
farmacológica.
• Neste sentido recordemos que os fármacos mimetizam, modulam ou antagonizam a ação de
certos neurotransmissores, hormônios e outros mediadores químicos que as células utilizam
para comunicar-se.
• É a partir do tipo de resposta biológica que se distingue fármacos Agonistas e Antagonistas
classificação segundo a resposta intrínseca.
O AGONISMO
Agonismo Agonismo Agonismo
total parcial inverso
A resposta é mais parcial, sem
Alguns receptores tomam
Se une ao receptor inibi-la totalmente. Ex: Pinolol
sua forma ativa em
provocando uma resposta (bloqueia parcialmente o
ausência de seus ligandos
máxima receptor beta-adrenérgico
endógenos
cardíaco)
• Os fármacos agonistas mimetizam a ação de um ligante endógeno original no seu receptor (p. ex., o
isoproterenol mimetiza a norepinefrina nos receptores β1 cardíacos).
• A intensidade do efeito do fármaco depende da sua concentração no local do receptor e de sua
farmacocinética.
• Lançando a intensidade da resposta contra as doses crescentes de um fármaco, produz-se uma curva
dose-resposta gradual
• A curva dose-resposta determina duas características importantes dos fármacos: POTÊNCIA e
EFICÁCIA.
O QUE É A POTÊNCIA?
• Medida da quantidade de fármaco necessária para produzir um efeito de determinada
intensidade.
• A concentração de fármaco que produz 50% do efeito máximo (CE50) em geral é usada para
determinar a potência.
• Exemplo: a faixa de doses terapêuticas da candesartana é 4-32 mg; a da irbesartana é de 75-
300 mg. Por isso a candesartana é mais potente do que a irbesartana
O QUE É EFICÁCIA?
• É o tamanho da resposta que o fármaco causa quando
interage com um receptor.
• A eficácia depende do número de complexos
farmacorreceptores formados e da atividade intrínseca do
fármaco (sua capacidade de ativar o receptor e causar a
resposta celular).
• A eficácia máxima de um fármaco (Emáx) considera que todos
os receptores estão ocupados pelo fármaco, e não se obterá
aumento na resposta com maior concentração do fármaco
• A eficácia é uma característica clinicamente mais útil do que
a potência, pois um fármaco com maior eficácia é mais
benéfico terapeuticamente do que um que seja mais potente
VAMOS ESQUENTAR A CUCA UM
POUCO MAIS!!!
• Se 10 mg de naproxeno produzem a mesma resposta analgésica que 100 mg de
ibuprofeno, qual das seguintes afirmativas é correta?
• A dose de fármaco e a proporção da população que responde a ela, pois, para cada indivíduo, o efeito
acontece ou não.
• Curvas dose-resposta quantais são úteis na determinação das doses às quais a maioria da população
responde.
• Elas têm formato similar às curvas dose-resposta, e a DE50 é a dose de fármaco que causa a resposta
terapêutica em metade da população.
• É o aumento da ação farmacológica de uma droga ao empregar outra de forma conjunta. Isto
sucede quando se trata de drogas que tem como objetivo o mesmo efeito.
S IN E R G IS M O D E S O M A S IN E R G IS M O DE P O T E N C I A ÇÃ O
Efeitos colaterais/
secundários
Efeitos tóxicos Alergicos e idiossincrásicos
REAÇÕES DOSE-DEPENDENTE
(TÓXICAS)
• Toxicidade farmacológica: geralmente ocorre em proporção direta à dose. Alguns exemplos:
depressão do SNC produzida pelos barbitúricos (ansiólise até sedação); a hipotensão causada
pela nifedipina é totalmente depende da dose. A toxicidade farmacológica também pode ocorrer
com a dosagem correta: existe fototoxicidade associada à luz solar nos pacientes tratados com
tetraciclinca, clopromazina...
• Toxicidade patológica: se caracteriza por disfunção orgânica causada por sobredose de
medicamento. Um exemplo é a necrose hepática causada por acumulo de NAPQI (um
metabólito do paracetamol), ao esgotar a glutationa.
• Toxicidade genotóxica: radiações ionizantes e quimioterápicos podem lesar o DNA e levar a
toxicidades mutagênicas e carcinogênicas.
REAÇÕES ALÉRGICAS
• Resulta da sensibilização prévia a uma determinada substância química ou outra estruturalmente
similar.
• Geralmente um produto metabólico ou molécula do fármaco (que funciona como um antígeno) se
une a uma proteína (Ig) formando um complexo Ag-AC, levando a produção de anticorpos contra
esta determinado antígeno.
HS III
•Complexos se depositam no endotélio ação destrutiva
•Exemplo: doença do soro
•Difere da HS II porque os anticorpos se dirigem contra antígenos teciduais (alguns ATB
provocam este tipo de reação)