Interações Medicamentosas

Instituto Politécnico de Portalegre
Escola Superior de Saúde de Portalegre

11º Curso de Licenciatura de Enfermagem – B
Docente: Graça Gama
INTERACÇÃO ENTRE MEDICAMENTOS
Discente: Rosália Maria Pinheiro Bicho, nº 12748
Enfermeiro Orientador: Vítor Brito
Março
Interacção entre Medicamentos
2013
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ÍNDICE
1. INTERAÇÃO ENTRE MEDICAMENTOS.................................................................6
1.1. CLASSIFICAÇÃO DAS INTERACÇÕES DE MEDICAMENTOS......................6
1.2. INTERACÇÕES DE MEDICAMENTOS COM ALIMENTOS...........................12
INTERAÇÕES ENTRE MEDICAMENTOS....................................................................13
ANTIBIÓTICOS.............................................................................................................14
1. AMICACINA........................................................................................................14
2. AMOXACILINA +ÁCIDO CLAVULÂNICO.........................................................15
3. AMPICILINA.......................................................................................................16
4. CEFALEXINA.....................................................................................................16
5. CEFAZOLINA.....................................................................................................17
6. CEFTRIAXONA..................................................................................................17
7. CIPROFLOXACINA............................................................................................18
8. CLINDAMICINA..................................................................................................21
9. GENTAMICINA...................................................................................................21
10. IMIPENEM + CILASTATINA...........................................................................22
11. LEVOFLOXACINA..........................................................................................23
12. LINEZOLIDA...................................................................................................25
13. MEROPENEM.................................................................................................26
14. METRONIDAZOL............................................................................................27
15. PIPERACILINA + TAZOBACTAM...................................................................29
16. SULFAMETOXAZOL + TRIMETROPIM.........................................................29
17. VANCOMICINA...............................................................................................32
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ANTIFÚNGICOS............................................................................................................34
1. ACICLOVIR........................................................................................................34
2. ANFOTERICINA B.............................................................................................35
3. FLUCONAZOL....................................................................................................35
MEDICAMENTOS ENDOVENOSOS..............................................................................39
1. AMIODARONA...................................................................................................39
2. ÁCIDO AMINOCAPRÓICO................................................................................42
3. ÁCIDO ACETILSALICILÍCO...............................................................................42
4. CLORETO DE POTÁSSIO................................................................................46
5. CLOROPROMAZINA..........................................................................................48
6. DIGOXINA..........................................................................................................50
7. FENITOÍNA.........................................................................................................53
8. FUROSEMIDA....................................................................................................57
9. HALOPERIDOL..................................................................................................58
10. MIDAZOLAN...................................................................................................59
11. PANTOPRAZOL.............................................................................................61
12. AMINOFILINA.................................................................................................62
13. ACETILCISTEÍNA...........................................................................................62
14. ATEPLASE......................................................................................................62
15. GLUCONATO DE CÁLCIO.............................................................................63
16. CLEMASTINA.................................................................................................64
17. DICLOFENAC.................................................................................................65
CONCLUSÃO.................................................................................................................66
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INTRODUÇÃO
No âmbito do contexto real realizado no Serviço de Medicina da ULSNA –

Portalegre, foi solicitado pelo Enfermeiro Orientador, a elaboração de um trabalho, cuja
temática se refere á interacção entre Medicamentos.
Esta temática tem como objectivo, adquirir um maior conhecimento acerca das
possíveis interacções entre Medicamentos, e quais os efeitos colaterais no organismo.
Esta temática revela-se pertinente, na medida em que, o conhecimento das
propriedades básicas dos fármacos e de sua ação farmacológica é de fundamental
importância para a realização de uma terapêutica adequada, considerando que o corpo
humano é um sistema complexo formado por uma infinidade de substâncias que
fatalmente entrarão em contato com os fármacos ingeridos.
Hoje em dia a longevidade da população mundial é crescente, e com isso,
observa-se um aumento na incidência de doenças crónicas degenerativas e consequente
um aumento no uso de medicamentos. O emprego concomitante de múltiplos fármacos
torna-se comum e traz consigo riscos elevados de interacções entre medicamentos. Por
outro lado, as associações de fármacos podem trazer benefício terapêutico em situações
específicas, quando há reforço da eficácia (analgésico não opioide + analgésico
opioide), preservação do efeito de um dos fármacos associados (anestésico local +
simpaticomimético) e redução da resistência microbiana (esquema tríplice com
antituberculosos).
Em qualquer circunstância é imprescindível o reconhecimento das eventuais
interacções existentes entre os medicamentos previamente prescritos aos pacientes,
para, fundamentalmente, controlar os riscos potenciais daí provenientes.
Assim, podemos caracterizar a Interação medicamentosa como a influência
recíproca de um medicamento sobre outra substância. Ou seja, quando um medicamento
é administrado isoladamente, produz um determinado efeito. Porém, quando este é
associado a outro medicamento, a alimentos ou a outras substâncias (como o tabaco ,
drogas de abuso, ou mesmo substâncias que o paciente possa entrar em contato, como
inseticidas, produtos de limpeza, cosméticos etc.) ocorre um efeito diferente do
esperado, caracterizando uma interação.
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Quando dois medicamentos são administrados concomitantemente a um paciente,

eles podem agir de forma independente ou interagir entre si, com aumento ou
diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de ambos.
O desfecho de uma Interacção Medicamentosa pode ser perigoso quando promove
aumento da toxicidade de um fármaco. Por exemplo, pacientes que fazem uso de
varfarina podem ter sangramentos se passarem a usar ácido acetilsalicílico sem reduzir a
dose do anticoagulante.
Algumas vezes, a interacção reduz a eficácia de um fármaco, o que pode ser tão
nocivo quanto a toxicidade. Por exemplo, tetraciclina sofre alteração por antiácidos e
alimentos lácteos, sendo excretada nas fezes sem produzir o efeito antimicrobiano
desejado. As interacções benéficas terapeuticamente aumentam a eficácia dos fármacos
associados (ex.: associação de diuréticos a anti-hipertensivos) ou exercem efeito
reparador sobre a reacção adversa consequente ao uso de um deles (ex.: diurético
retentor de potássio corrige a hipopotassemia induzida por tiazidas).
Além disso, é preciso estar ciente da farmacodinâmica dos fármacos envolvidos na
terapêutica para se evitar interações prejudiciais e possíveis efeitos adversos das drogas
aumentando os riscos ao paciente.
Por isso é importante que os profissionais da saúde atentem para a frequência da
ocorrência das Interacções Medicamentosas e para o impacto que possam ter sobre a
saúde dos pacientes.
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1. INTERAÇÃO ENTRE MEDICAMENTOS
1.1. CLASSIFICAÇÃO DAS INTERACÇÕES DE MEDICAMENTOS
Os medicamentos interagem com o organismo de diversas formas. A forma mais

comum de actuação é a formação de ligações químicas em locais específicos chamados
receptores. Quanto melhor for a adaptação entre o receptor e o medicamento, melhor a
resposta. Os medicamentos que se ligam a um receptor para desencadear uma resposta,
denominam-se por agonistas, e os medicamentos que se ligam a um receptor mas não
estimulam uma resposta, são designados por antagonistas. Ainda existem os agonistas
parciais, que tema função de se ligar a um receptor para estimular uma resposta, mas
inibem outras.
Os medicamentos uma vez administrados, passam por quatro etapas de

características únicas: Absorção, Distribuição (ligação a proteínas plasmáticas e fluxo
sanguíneo), metabolismo e excreção. Estas quatro etapas fazem parte de uma das quatro
principais categorias de Interacções Medicamentosas, a qual se denomina por
farmacocinética.
Existem ainda três categorias de Interacções Medicamentosas, que se denominam
por farmacodinâmica, de efeito e farmacêutica, as quais irei abordar posteriormente.
Muitas Interacções Medicamentosas, podem ser explicadas por alterações
através de enzimas biotrans-formadoras, presentes no fígado e em tecidos extra-
hepáticos, podendo-se destacar as enzimas do citocromo hepático P450 (CYP), as quais
são afectadas pela administração de muitos fármacos.
A administração de dois substratos da mesma enzima ou de um substrato com
inibidor ou indutores enzimáticos envolvem o risco de interacção, podendo levar ao
aumento (toxicidade) ou redução (ineficácia terapêutica) das concentrações plasmáticas
dos fármacos administrados. Para colmatar estes efeitos adversos ou falhas terapêuticas,
recorre-se ao ajuste das doses administradas.
As alterações observadas em conjunto com as interacções farmacocinéticas,
ganham extrema importância, de acordo com o aumento ou redução das concentrações
sanguíneas e tecidulares de um medicamento, ou dos seus metabolitos.
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Ao se avaliar o risco potencial, extensão e interacção farmacocinética, é

necessário considerar os factores relacionados ao fármaco (potência, dose/concentração
do inibidor/ indutor, índice terapêutico do substrato, extensão da biotrans-formação do
substrato pela enzima afectada, presença de metabolitos activos ou tóxicos) e ao
paciente (predisposição genética, susceptibilidade a efeitos adversos, factores
epidemiológicos).
Uma interacção farmacocinética clinicamente relevante pode ser esperada
quando um fármaco de baixo índice terapêutico é administrado com potente inibidor ou
indutor da sua principal via de bio transformação.
Em contrário, e tendo os fármacos muitas vias de bio transformação, a inibição
de enzimas, pode apresentar um limitado efeito sobre a sua biodisponibilidade. Nesse
caso, o resultado da interacção pode ser apenas ao nível do aumento mínimo nas
concentrações plasmáticas do fármaco afectado.
O Quadro 1 apresenta os mecanismos das interacções farmacocinéticas e o Quadro2,
alguns exemplos de interacções farmacocinéticas comuns na prática clínica.
Quadro 1 – Mecanismos das interacções farmacocinéticas

Na absorção
 Alteração no pH gastrintestinal.
 Alteração na motilidade gastrintestinal.
 Má absorção causada por fármacos.
Na distribuição
 Competição na ligação a proteínas plasmáticas.
 Hemodiluição com diminuição de proteínas plasmáticas.
Na bio transformação
 Indução enzimática (por barbituratos, carbamazepina, glutetimida, fenitoína,
primidona, rifampicina e tabaco).
 Inibição enzimática (alopurinol, cloranfenicol, cimetidina, ciprofloxacino,
dextropropoxifeno, dissulfiram, eritromicina, fluconazol, fluoxetina, isoniazida,
cetoconazol, metronidazol, fenilbutazona e verapamil).
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Na excreção
 Alteração no pH urinário.
 Alteração na secreção tubular renal.
 Alteração no fluxo sanguíneo renal.
 Alteração em excreção biliar e ciclo êntero-hepático.
Quadro 2 – Exemplos de interacções farmacocinéticas

Processo Agente precipitante Agente afectado Mecanismo proposto
Absorção Sais de alumínio, tetraciclina quelação, diminuição
cálcio, micofenolato mofetila da ação antimicrobiana
magnésio e ferro vitamina A (não determinado)
Sais de ferro paracetamol (não determinado)
Sais de zinco contraceptivos orais aceleração do
Metoclopramida esvaziamento gástrico
Rifampicina, alteração de flora e
ampicilina menor absorção,
tetraciclina, sulfas, com falha na
cefalotina e cefalexina contracepção
Distribuição Ácido acetilsalicílico naproxeno competição pelas
Sulfonamidas tolbutamida proteínas
Epinefrina anestésicos locais plasmáticas
vasoconstrição,
preservação anestésica
Biotransformação Barbitúricos varfarina, indução enzimática
Suco de pomelo antidepressivos inibição enzimática
(grapefruit) albendazol, indução enzimática
Carbamazepina antagonistas indução enzimática
Tabaco do cálcio, ciclosporina, inibição enzimática
Alopurinol hipolipemiantes, metabolismo
Dissulfiram sildenafila diminuído
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Metronidazol benzodiazepínicos metabolismo

Isoniazida fenitoína diminuído
Cimetidina teofilina indução enzimática
Propofol azatioprina indução enzimática
Ciprofloxacino álcool etílico, retardo na depuração
Nefazodona metadona inibição enzimática
Rifampicina, claritromicina inibição enzimática
rifabutina álcool indução enzimática
contraceptivos orais (para todos)
propranolol, quinidina,
teofilina, fenobarbital,
carbamazepina,
varfarina
imipramina, triptanas
alfentanila
glibenclamida,
teofilina
Loratadina
varfarina,
contraceptivos
orais, ciclosporina,
teofilina,
glicocorticoides,
cetoconazol,
itraconazol,
quinidina, nifedipino,
midazolam, digoxina,
digitoxina, verapamil,
inibidores de protease,
zidovudina
Processo Agente precipitante Agente afectado Mecanismo proposto
Excreção Bicarbonato de sódio barbitúricos, ácido aumento de excreção por
Diuréticos osmóticos acetilsalicílico alcalinização
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Probenecida lítio urinária

Tiazidas penicilinas aumento de excreção
Inibidores da ECA lítio retardo na excreção
lítio redução de excreção
aumento na reabsorção
tubular
As interacções farmacodinâmicas decorrem do efeito sinérgico ou antagónico entre

fármacos administrados no local da actividade biológica (receptor, enzima), envolvendo
os mecanismos pelos quais os efeitos desejados se processam e, assim, alterando a
acção de um ou ambos os medicamentos.
Um fármaco pode aumentar o efeito do agonista (sinergia) por estimular a

receptividade do seu receptor celular ou inibir enzimas que o inactivam no local de
acção. A diminuição de efeito (antagonismo) pode dever-se à competição pelo mesmo
receptor, tendo o antagonista puro maior afinidade e nenhuma actividade intrínseca.
Um exemplo de interacção sinérgica no mecanismo de acção é o aumento do

espectro bacteriano de trimetoprima e sulfametoxazol que atuam em etapas diferentes
do mesmo trajecto metabólico. Já o antagonismo ocorre no uso de naloxona frente à
toxicidade de opioides.
O Quadro 3 apresenta alguns exemplos de interacções farmacodinâmicas comuns na

prática clínica.
Quadro 3 – Exemplos de interacções farmacodinâmicas

Agente Agente afectado Interacção Mecanismo
precipitante resultante proposto
Trimetoprima sulfametoxazol Sinergia Actuação em
etapas diferentes de
mesma rota
metabólica
Aminoglicosídeos pancurônio Sinergia Sensibilização de
receptor
Neostigmina suxametônio Sinergia Inibição de
enzimas
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inativadoras
Naloxona morfina Antagonismo Competição por
receptor
Flumazenil benzodiazepínicos Antagonismo Competição por
receptor
Ondansetrona tramadol Antagonismo Bloqueio de
receptores
Outra categoria de Interacções Medicamentosas, designa-se pelas Interacções de

efeito, que ocorrem quando dois ou mais fármacos em uso conjunto têm acções
farmacológicas similares ou opostas, actuando em sítios e por mecanismos diferentes.
Estas interacções podem produzir sinergias ou antagonismos sem modificar a
farmacocinética ou o mecanismo de acção dos fármacos envolvidos, como por exemplo,
a potencialização do efeito sedativo de hipnóticos e anti-histamínicos pelo etanol.
Por fim, temos as Interacções farmacêuticas, também chamadas de
incompatibilidade de medicamentos, que ocorrem in vitro, isto é, antes da administração
dos fármacos no organismo, quando se misturam dois ou mais numa mesma seringa, ou
recipiente. Estas interacções ocorrem devido a reacções físico-químicas entre os
fármacos em mistura, havendo ou não alteração macroscópica (alteração de cor,
precipitação) que as identifique.
1.2. INTERACÇÕES DE MEDICAMENTOS COM ALIMENTOS
A via preferencial escolhida para a administração de medicamentos é a oral,

entre outras razões, por sua comodidade e segurança. Assim, é de importância
fundamental conhecer os fármacos cuja velocidade de absorção e/ou quantidade
absorvida podem ser afectadas na presença de alimentos.
Nesse caso, a interdição de alguns alimentos ou a definição de horário de administração
longe da ingestão de alimentos são medidas cruciais. Fármacos, incluindo
antimicrobianos, antiácidos e laxativos, podem, por sua vez, afectar a absorção de
nutrientes.
A absorção dos nutrientes e de alguns fármacos ocorre por mecanismos
semelhantes e frequentemente competitivos e, portanto, apresentam como principal sítio
de interacção o trato gastrintestinal.
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Alimentos atrasam o esvaziamento gástrico e reduzem a absorção de muitos

fármacos; a quantidade total absorvida de fármaco pode ser ou não reduzida. Contudo,
alguns fármacos são preferencialmente administrados com alimento, seja para aumentar
a absorção ou para diminuir o efeito irritante sobre o estômago.
Há muitos fármacos para os quais as interacções com alimentos são inexistentes
ou negligenciáveis.
INTERAÇÕES ENTRE MEDICAMENTOS
Há interacções que podem ser benéficas e muito úteis, como na co prescrição

deliberada de anti-hipertensivos e diuréticos, em que esses aumentam o efeito dos
primeiros por diminuírem a tolerância dos primeiros. Supostamente, a incidência de
problemas é mais alta nos idosos porque a idade afecta o funcionamento de rins e
fígado, de modo que muitos fármacos são eliminados muito mais lentamente do
organismo.
De acordo com a classificação das interacções medicamentosas referido
anteriormente, estas em consonância com a sua gravidade, ainda se podem classificar
em:
a) Contra-indicado: Quando os fármacos não podem ser administrados em conjunto.
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b) Maior: A interacção pode ameaçar a vida do paciente, requerendo ou não

intervenção médica para minimizar ou prevenir os efeitos adversos.
c) Moderado: A interacção pode resultar numa exacerbação da condição do paciente
requerendo ou não uma alteração na terapia
A maioria das interacções medicamentosas classificam-se em grau moderado,

seguidas pelas interacções de grau maior. Além disso, elas dependem das condições do
paciente, ou seja, uma mesma interacção em indivíduos diferentes poderá resultar em
níveis de severidade desiguais.
Portanto os profissionais de saúde devem estar atentos às informações sobre
interacções medicamentosas e devem ser capazes de descrever o resultado da potencial
interacção e sugerir intervenções apropriadas.
Todavia, é quase impossível lembrar de todas as interacções medicamentosas
conhecidas e de como elas ocorrem, por isso, irei através da construção de uma tabela,
abordar as interacções mais importantes, bem como o grau, efeitos, mecanismos de
acção e conduta com outros medicamentos.
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ANTIBIÓTICOS
1. AMICACINA
INTERAÇÃO
Medicamento Grau Efeitos Mecanismos de Acção Conduta
Os amiglicosídeos como a Se possível, evitar a administração em
Aumenta os efeitos tóxicos da amicacina possuem uma conjunto, caso não seja, acompanhar o
Succinilcolina succinilcolina como a depressão actividade bloqueadora estado respiratório e oxigenação do
Maior respiratória. neuromuscular, portanto teria paciente.
um efeito aditivo com os
bloqueadores neuromuscular.
Furosemida Moderado Aumento de nefrotoxicidade e Efeito aditivo ou toxicidade Monitorar função renal, e realizar testes
Ototoxicidade. sinérgica. audiométricos.
Ibuprofeno Moderado Pode aumentar os efeitos nefrotóxicos e Diminui a excreção de Os intervalos de dosagem da amicacina
ototóxicos da Amicacina. amicacina resultando num devem ser aumentados quando a amicacina
aumento da semivida é administrada com ibuprofeno.
plasmática.
Monitorar a função renal.
Indometacina Moderado Pode aumentar os efeitos nefrotóxicos e Diminui a excreção de Monitorar os níveis de amicacina.
ototóxicos da Amicacina. amicacina resultando num Monitorar a função renal após o início ou
aumento da semivida interrupção da indometacina.
plasmática.
2. AMOXACILINA +ÁCIDO CLAVULÂNICO
INTERAÇÃO
Metotrexato Maior Aumenta os efeitos tóxicos A amoxacilina compete com o metotrexato Se possível, evitar a administração em
do metotrexato. na secreção tubular, diminuindo a sua conjunto. Caso não seja, monitorar os
excreção, e aumentando os níveis séricos. sintomas da intoxicação pelo metotrexato,
que inclui leucopenia, trombocitopenia, e
ulcerações de pele.
Venlafexina Maior Aumenta o risco da Apesar de vários estudos relatarem esta O uso desses dois medicamentos em
síndrome serotoninérgica. interacção, o mecanismo ainda é conjunto deve ser desencorajado.
desconhecido. Acompanhar atentamente os sintomas da
síndrome serotoninérgica. Se esta se
desenvolver, interromper o agente agressor
e providenciar cuidados de suporte.
Varfarina Moderado Aumenta o risco de Apesar de vários estudos relatarem esta Monitorar a coagulação sanguínea do
sangramento. interacção, o mecanismo ainda é paciente.
desconhecido.
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3. AMPICILINA
INTERAÇÃO
Inibidores da bomba Moderado Diminui os efeitos da ampicilina. Produzem uma ampla e duradoura inibição Administrar a ampicilina na forma IV
de protões da secreção gástrica. A ampicilina tem a ou IM.
( Omeprazol, sua absorção aumentada na presença do
lanzoprazol etc..) ácido gástrico.
4. CEFALEXINA
INTERAÇÃO
Colestiramina Moderado Diminui a eficácia da Diminuição da absorção. Administrar a cefalexina 1h antes ou 4
cefalexina. a 6h depois.
Metformina Moderado Aumento dos efeitos A metformina tem sua secreção tubular diminuída Se possível, evitar a administração em
hipoglicemiantes. quando associado os fármacos catiónicos como a conjunto, caso não seja, monitorar a
cefalexina aumentando assim a concentração glicemia.
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plasmática do medicamento.
5. CEFAZOLINA
INTERAÇÃO
Medicamento Grua Efeitos Mecanismos de Acção Conduta
Varfarina Moderado Aumenta o risco de Sinergismo de acção. A cefazolina diminui a Se possível, evitar a administração em
sangramento. síntese de factores de coagulação conjunto. Caso não seja monitorar o tempo de
dependentes de vitamina K, causando protrombina, e observação do paciente quanto a
hipoprotrombonemia. sinais de hemorragia.
6. CEFTRIAXONA
INTERAÇÃO
Substância que Contra Risco de morte por eventos Quando a ceftriaxona é administrada com Evitar misturar estes medicamentos numa mesma
contenha cálcio Indicado cardiopulmonar. substância que contenham cálcio, como solução. Caso for necessário a administração,
(gluconato de cálcio, gluconato de cálcio, acetato de cálcio, realiza-las em vias separadas ou lavar o sistema
fosfato de cálcio, ocorre precipitação. com solução fisiológico.
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ringer lactato,
ringer simples)
Ciclosporina Moderado Aumenta a toxicidade da Diminuição do metabolismo hepático. Se possível, evitar a administração em conjunto.
ciclosporina (disfunção renal, Caso não seja, monitorar os pacientes para possíveis
parestesias e colestase). efeitos tóxicos.
7. CIPROFLOXACINA
INTERACÇÃO
Tizanidina Contra Hipotensão e efeito sedativo. A ciprofloxacina inibe o citocromo O uso em conjunto é contra-indicado, devido
indicado CYP1A2 diminuindo a metabolização A hipotensão e sedação severas. Outra terapia
hepática da tizanidina, elevando os antiespasmódica é indicado.
níveis séricos.
Amiodarona Aumenta os riscos de Efeito aditivo no prolongamento do A administração em conjunto de uma classe I e
cardiotoxicidade, causando intervalo QT corrigido. III antiarrítmicas e a ciprofloxacina não é
Antiarrítmicos de Maior arritmia cardíaca severa, recomendada. Se o em conjunto for inevitável,
classe I (Quinidina, taquicardia ventricular e monitorar o intervalo QT e observar o paciente
procainamida, disopira fibrilação. quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
mida)
Hipoglicemiantes orias Maior Causa hipoglicemia e Estudos mostram que esta associação Se possível, evitar a administração em
(Acarbose, às vezes hiperglicemia. leva geralmente a hipoglicemia e às conjunto, caso não seja, monitorar a glicemia,
clorpropamida, vezes a hiperglicemia, no entanto o ajustando a dose da insulina caso necessário.
glimeperida,glipizida) mecanismo de acção permanece
desconhecido.
Insulina
Sinvastatina Maior Aumenta o risco de miopatia Inibição do metabolismo da Se esta associação for inevitável, acompanhar o
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e rabdomiólise. sinvastatina. paciente para os sinais e sintomas de miopatia

ou rabdomiólise (dor muscular, sensibilidade
ou fraqueza). Monitorar os níveis de CK.
Sucralfato Maior Diminui a eficácia da Diminui a absorção devido à quelação. Se uso em conjunto não puder ser evitado, a
ciprofloxacina quando ciprofloxacina deverá ser administrada pelo
administrado os dois menos 2h antes ou 6h após o sucralfato.
medicamentos por via oral.
Teofilina Maior Aumenta o risco de A ciprofloxacina diminui a excreção da Se possível, evitar a administração em
toxicidade da teofilina teofilina, elevando os níveis conjunto. Caso não seja, monitorar os pacientes
( náuseas, vómitos, plasmáticos. para possíveis efeitos tóxicos.
palpitações e convulsões)
Antiácidos Moderado Diminuição da eficácia da Diminui a absorção devido à quelação Se uso em conjunto não puder ser evitado, a
administrado os dois menos 2h antes ou 6h após o antiácido.
medicamentos por via oral Bloqueadores H2 como a ranitidina é uma
alternativa.
Cálcio Moderado Diminuição da eficácia da Diminui a absorção devido à quelação Se uso em conjunto não puder ser evitado, a
administrado os dois menos 2h antes ou 6h após medicamentos que
medicamentos por via oral. contenham cálcio.
Corticóides Moderado Aumenta o risco de ruptura Esta interacção está bem estabelecida, Evitar essa associação em pacientes idosos,
(dexametasona, de tendão. entretanto o mecanismo de acção é com história de dor, inflamação ou ruptura de
betametasona, desconhecido. tendão. Durante a associação não realizar
prednisona etc..) exercícios.
Cloroquina Moderado Diminuição da eficácia Aumenta a excreção urinária de Na administração desses medicamentos deve-
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da ciprofloxacina, quando ciprofloxacina, reduzindo seus níveis se controlar a eficácia terapêutica da

administrado os dois séricos. ciprofloxacina. Considere administrar
medicamentos por via oral. ciprofloxacina 4h antes da cloroquina
reduzindo o efeito sobre a excreção da
ciprofloxacina.
Diclofenac Moderado Aumenta a toxicidade da Desconhecido. Estar atento para os sinais e sintomas de uma
ciprofloxacina (nervosismo, possível intoxicação por ciprofloxacina.
náuseas diarreia).
Fenitoína Moderado Aumenta ou diminui os níveis Desconhecido. Monitorar possíveis efeitos tóxicos da
de fenitoína. fenitoína ou ineficácia da mesma,
Sulfato ferroso Moderado Diminuição da eficácia da Diminui a absorção devido à quelação. De preferência evitar a associação ou escolher
ciprofloxacina quando uma outra via para o antibiótico (IV).
administrado os dois Caso associação for inevitável administrar a
medicamentos por via oral. ciprofloxacina pelo menos 2h antes ou 6h após
medicamentos que contenham ferro.
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8. CLINDAMICINA
INTERACÇÃO
Eritromicina Maior 1º Aumenta os riscos de 1º Efeito aditivo no prolongamento do A administração em conjunto de clindamicina e
cardiotoxicidade, causando intervalo QT corrigido. eritromicina não é recomendada.
arritmia cardíaca severa, 2º Competição pelas proteínas plasmáticas. Se o uso em conjunto for inevitável, monitorar o
taquicardia ventricular e intervalo QT e observar o paciente quanto aos
fibrilação. 2º Efeitos sinais de uma possível intoxicação.
antagónicos.
9. GENTAMICINA
INTERAÇÃO
Succinilcolina Maior Aumenta os efeitos tóxicos da A gentamicina tem efeito aditivo com Se possível, evitar a administração em
succinilcolina como a os bloqueadores neuromuscular. conjunto, caso não seja, acompanhar o estado
depressão respiratória. respiratório e oxigenação do paciente.
Vancomicina Maior Nefrotoxicidade. Efeitos nefrotóxicos aditivos. Se possível, evitar a administração em
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Estudos comprovam que a incidência conjunto, principalmente em idosos, ou

de nefrotoxicidade foi de 13% e 14% pacientes com disfunção renal. Caso a
maior do que a vancomicina e a administração foi inevitável monitorar a
gentamicina usadas separadamente. função renal cuidadosamente.
Ciclosporina Moderado Aumento da nefrotoxicidade. Efeito aditivo ou nefrotoxicidade Monitorar a função renal.
Sinérgica.
Furosemida Moderado Aumento de nefrotoxicidade e Efeito aditivo ou toxicidade sinérgica. Monitorar função renal, e realizar testes
Ototoxicidade. audiométricos.
Indometacina Moderado Pode aumentar os efeitos Diminui a excreção de gentamicina Monitorar os níveis de gentamicina.
nefrotóxicos e ototóxicos da resultando num aumento da Monitorar a função renal após o início ou
Amicacina. meia vida plasmática. descontinuação da indometacina.
10.IMIPENEM + CILASTATINA
INTERACÇÃO
Ácido Valpróico Maior Diminui os efeitos Redução dos níveis de ácido valpróico Considerar terapia alternativa de antibiótico
anticonvulsivantes. foi constatada quando administrado ou de anticonvulsivante, caso não seja possível,
com imipenem, entretanto o mecanismo monitorar quanto a possível diminuição dos
permanece desconhecido. efeitos do ácido valpróico.
Ganciclovir Contra-indicado Convulsão Desconhecido. Estes medicamentos não devem ser administrados,
generalizada. a menos que o potencial benefício supera o risco
da terapêutica.
Teofilina Maior Aumenta a Desconhecido. Se possível, evitar a administração em conjunto.
toxicidade da Caso não seja, monitorar os pacientes para esses
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teofilina (náuseas, possíveis efeitos.

vómitos, palpitações
e convulsões).
Ciclosporina Moderado Neurotoxicidade Diminuição do metabolismo da Se possível, evitar a administração em conjunto.
(confusão mental, ciclosporina, aumentando seus níveis Caso não seja, monitorar os pacientes para
agitação, tremores). séricos. possíveis efeitos neurotóxicos.
11.LEVOFLOXACINA
INTERACÇÃO
Tizanidina Contra indicado Hipotensão e efeito A levofloxacina diminui a O uso em conjunto é contra-indicado, devido
Sedativo. metabolização hepática da hipotensão e sedação severas. Outra terapia
tizanidina, elevando os níveis antiespasmódica é indicada
séricos.
Amiodarona Maior Aumenta os riscos de Efeito aditivo no prolongamento A administração em conjunto de uma classe I e III
cardiotoxicidade, causando do intervalo QT corrigido. antiarrítmicas e a ciprofloxacina não é
Antiarrítmicos de arritmia cardíaca severa, recomendada. Se o uso em conjunto for inevitável,
classe I (Quinidina, taquicardia ventricular e monitorar o intervalo QT e observar o paciente
procainamida,disopira fibrilação. quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
mida)
Clorpromazina, Maior Aumenta os riscos de Efeito aditivo no prolongamento A administração em conjunto não é
Droperidol, Fluconazol cardiotoxicidade, causando do intervalo QT corrigido. recomendada. Se o uso em conjunto for inevitável,
arritmia cardíaca severa, monitorar o intervalo QT e observar o paciente
taquicardia ventricular quanto aos sinais de uma possível
24
e fibrilação. intoxicação.
Hipoglicemiantes orias Maior Causa hipoglicemia e às Estudos mostram que esta Se possível, evitar a administração em conjunto,
(Acarbose, vezes hiperglicemia. associação leva geralmente a caso não seja, monitorar a glicemia, ajustando a
clorpropamida, hipoglicemia e às vezes a dose da insulina caso necessário.
glimeperida,glipizida), hiperglicemia, no entanto o
Insulina mecanismo de acção permanece
desconhecido.
Metadona Maior Aumenta os riscos de Efeito aditivo no prolongamento A administração em conjunto de não é
Cardiotoxicidade do intervalo QT corrigido. recomendado. Se o uso em conjunto for inevitável,
causando arritimia monitorar o intervalo QT e observar o paciente
cardíaca severa, quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
taquicardia ventricular
e fibrilação.
Sucralfato Maior Diminui a eficácia da Diminui a absorção devido à Se uso em conjunto não puder ser evitado, a
levofloxacina quando quelação. levofloxacina deverá ser administrada pelo menos
administrado os dois 2h antes ou 6h após sucralfato.
medicamentos por via
oral.
Teofilina Maior Aumenta o risco de A levofloxacina diminui a Se possível, evitar a administração em conjunto.
toxicidade da teofilina excreção da teofilina, elevando os Caso não seja, monitorar os pacientes para
(náuseas, vómitos, níveis plasmáticos. possíveis efeitos tóxicos.
palpitações e
convulsões).
Varfarina Maior Aumenta o risco de Estudos demonstraram que esta Se possível, evitar a administração em conjunto.
Sangramento. associação elevou o tempo de Caso não seja monitorar o tempo de
protrombina, entretanto o protrombina, e observação do paciente quanto a
mecanismo de acção permanece sinais de hemorragia.
desconhecido.
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Cálcio Moderado Diminuição da eficácia da Diminui a absorção devido à Se uso em conjunto não puder ser evitado, a
levofloxacina quando quelação. levofloxacina deverá ser administrada pelo menos
administrado os dois 2h antes ou 6h após medicamentos que contenham
medicamentos por via oral. cálcio.
Corticóide Moderado Aumenta o risco de Esta interacção está bem Evitar essa associação em pacientes idosos, com
(dexametasona, ruptura de tendão. estabelecida, entretanto o história de dor, inflamação ou ruptura de tendão.
betametasona, mecanismo de acção é Durante a associação não realizar exercícios
prednisona etc..) desconhecido.
Sulfato ferroso Moderado Diminuição da eficácia Diminui a absorção devido a De preferência evitar a associação ou escolher
da ciprofloxacina quando quelação. uma outra via para o antibiótico (IV).
administrado os dois Caso associação for inevitável administrar a
medicamentos por via oral. ciprofloxacina pelo menos 2h antes ou 6h após
medicamentos que contenham ferro.
12.LINEZOLIDA
INTERACÇÃO
Antidepressivos Tricíclicos Contra Aumenta o risco da síndrome A linezolida por possuir acção Teoricamente não devem ser
Principalmente a indicado Serotoninérgica (Hipertermia, como inibidor da MAO, pode ter administrados em conjunto, mas se
amitriptilina hipertensão, hiperreflexia, um efeito aditivo serotoninérgico. clinicamente a associação for justificada,
mudanças no estado mental). acompanhar os pacientes para os sinais e
Buspirona sintomas de síndrome serotoninérgica.
Carbidopa
IRS (fluoxetina,
26
citalopram etc.).
Dopamina e Contra Aumenta os efeitos anti- A linezolida por possuir acção Se os sinais de pressão arterial não forem
Dobutamina indicado hipertensivos. como inibidor da MAO, pode ter Monitorados adequadamente, está contra
um efeito aditivo. indicado esta associação.
Metildopa Contra Aumenta o risco da síndrome A linezolida por possuir acção É contra-indicado, procurar outra terapia
indicado Serotoninérgica (Hipertermia, como inibidor da MAO, pode anti-hipertensiva.
hipertensão, hiperreflexia, ter um efeito aditivo
mudanças no estado mental). serotoninérgico.
Agonista β Maior Aumenta o risco de A linezolida é um inibidor da Apesar dos achados serem com o
Adrenérgicos taquicardia, hipomania e MAO, elevando os níveis de albuterol, a administração em conjunto de
agitação. Neutrotransmissores adrenérgicos, linezolida e agonista β adrenérgicos
Terbutalina assim os efeitos dos agonista β requer um monitoramento desses
adrenérgicos podem ser sintomas.
exacerbados.
Bupropiona Maior Aumenta o risco da síndrome A linezolida por possuir acção Evitar a associação, entretanto se isto for
Serotoninérgica (Hipertermia, como inibidor da MAO, pode ter acompanhar os pacientes para os sinais e
hipertensão, hiperreflexia, um efeito aditivo serotoninérgico. sintomas da síndrome serotoninérgica.
mudanças no estado mental).
Mecanismo desconhecido.
Lítio
Mecanismo desconhecido.
Metadona
Rifampicina Moderado Diminuição da eficácia da Mecanismo desconhecido. Uso em conjunto destes medicamentos
linezolida. exige um monitoramento da diminuição
da eficácia da linezolida.
27
13.MEROPENEM
INTERACÇÃO
Ácido Valpróico Maior Diminui os efeitos Redução dos níveis de ácido Considerar terapia alternativa de antibiótico
anticonvulsivantes. valpróico quando administrado com ou de anticonvulsivante, caso não seja possível
meropenem, entretanto o evitar esta junção, monitorar quanto a possível
mecanismo permanece diminuição dos efeitos do ácido valpróico.
desconhecido.
14.METRONIDAZOL
INTERACÇÃO
Dissulfiram Contra-indicado Episódios psicóticos e confusão Mecanismo desconhecido. O uso em conjunto destes dois
mental. medicamentos está contra-indicado.
Não administrar metronidazol em
pacientes que fez uso de dissulfiram
nos últimos 14 dias.
Amiodarona Maior Aumenta o risco de O metronidazol inibe o citocromo A administração em conjunto de

cardiotoxicidade, aumentando o P450 aumentando os níveis amiodarona e o metronidazol não são
intervalo QT. séricos da amiodarona. recomendados. Se o uso em conjunto
for inevitável, monitorar o intervalo
QT e observar o paciente quanto aos
sinais de uma possível intoxicação.
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Varfarina Maior Aumenta o risco de O metronidazol inibe o citocromo Se possível, evitar a administração
sangramento. P450 aumentando os níveis em conjunto. Caso não seja monitorar
Dicumarol, e séricos da Varfarina, Dicumarol, e o tempo de protrombina, e
Femprocumona Femprocumona. observação do paciente quanto a
sinais de hemorragia.
Carbamazepina Moderado Aumenta a toxicidade da O metronidazol inibe o citocromo Se possível, evitar a administração
carbamazepina (náuseas, P450 aumentando os níveis em conjunto. Caso não seja,
tonturas e séricos da carbamazepina. monitorar quanto aos sinais de
diplopia). toxicidade da carbamazepina.
Ciclosporina Moderado Neurotoxicidade (confusão O metronidazol inibe o citocromo Se possível, evitar a administração
mental, P450 3A4 aumentando os níveis em conjunto. Caso não seja,
agitação, tremores). séricos da Ciclosporina. monitorar os pacientes para possíveis
efeitos neurotóxicos.
Colestiramina Moderado Diminui a eficácia do A colestiramia reduz a absorção Administrar estes medicamentos em
metronidazol. do metronidazol. horários diferentes com intervalos de
2h.
Fenitoína Moderado Aumenta o risco de toxicidade 1º O metronidazol pode inibir o Se possível, evitar a administração
da fenitoína ou diminui os citocromo P450 aumentando os em conjunto. Caso não seja,
efeitos níveis séricos da fenitoína. monitorar quanto a possíveis
do metronidazol (depende do 2º A fenitoína pode induzir o sintomas de intoxicação de fenitoína
paciente). citocromo P450 , aumentando o (ataxia, sonolência, nistagmo
metabolismo do metronidazol {movimento involuntário e
diminuindo seus convulsivo do globo ocular})
níveis séricos. Avaliar a eficácia do metronidazol.
Lítio Moderado Aumenta a toxicidade do lítio Redução da excreção renal do Se possível, evitar a administração
(fraqueza, tremores, sede lítio. em conjunto. Caso não seja,
excessiva e confusão). monitorar quanto a possíveis
sintomas de intoxicação de lítio
(náusea, diarréia, poliúria, polidipsia,
tremores nas mãos, fraqueza
29
muscular, confusão, pulso irregular)

OBS: Níveis acima de 1,5 mEq / L de
litio são geralmente associadas com
alguns efeitos tóxicos, enquanto
níveis acima de 2 mEq / L resultar em
grave toxicidade.
15.PIPERACILINA + TAZOBACTAM
INTERACÇÃO
Metotrexato Moderado Aumento da toxicidade do A piperacilina diminui a secreção Se possível, evitar a administração em
Metrotrexato. renal tubular pelo mecanismo da conjunto. Caso não seja, monitorar os
competição, aumentando os níveis níveis de metrotrexato, a possíveis sinais de
séricos do metrotrexato. toxicidade.
16.SULFAMETOXAZOL + TRIMETROPIM
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INTERACÇÃO
Terfenadina Contra- Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, Efeito aditivo no A administração em conjunto destes dois
indicado causando arritmia cardíaca severa, prolongamento do medicamentos é contra-indicada.
taquicardia ventricular e fibrilação. intervalo QT corrigido.
Amiodarona
Claritromicina
Cloroquina A administração em conjunto destes dois
Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, medicamentos não é recomendada.
Fluconazol
causando arritmia cardíaca severa, Efeito aditivo no Avaliar o risco e benefício. Se o uso em
Fluoxetina Maior taquicardia ventricular e fibrilação. prolongamento do conjunto for inevitável, monitorar o
Haloperidol intervalo QT corrigido. intervalo QT e observar o paciente
Octreotida quanto aos sinais de uma possível
Procainamida intoxicação.
Vasopressina
Amitriptilina, Maior Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, Efeito aditivo no A administração em conjunto de

Nortriptilina causando arritmia cardíaca severa, prolongamento do sulfametoxazol e um antidepressivo
taquicardia ventricular e fibrilação. intervalo QT corrigido. tricíclico (ATC) não é recomendada.
Se o uso em conjunto for inevitável,
monitorar o intervalo QT e observar o
paciente quanto aos sinais de uma
possível intoxicação.
Varfarina Maior Aumenta o risco de sangramento. O mecanismo não foi Se possível, evitar a administração em
elucidado, acredita-se que conjunto. Caso não seja monitorar o
possa ser um por tempo de protrombina, e observação do
uma diminuição do paciente quanto a sinais de hemorragia.
metabolismo hepático ou
um deslocamento da
ligação da Varfarina com
31
as proteínas plasmáticas.
Mas em ambos os casos
haveria um aumento nos
níveis séricos da droga.
Ciclosporina Moderado 1º Aumento da nefrotoxicidade. 1º Sinergismo nefrotóxico. Monitorar a função renal e possível
2º Diminuição dos efeitos da 2º Desconhecido. diminuição do efeito da ciclosporina,
ciclosporina. principalmente em pacientes
imunodeprimidos.
Clorpropamida Moderado Aumento dos efeitos hipoglicemiantes. O sulfametoxazol diminui Se possível, evitar a administração.
as ligações da Em conjunto, caso não seja, monitorar a
clorpropamida as glicemia.
proteínas plasmáticas,
aumentando sua fracção
livre, potencializando seus
efeitos.
Dicumarol Moderado Aumenta o risco de sangramento. A sulfa pode inibir o Se possível, evitar a administração em
metabolismo do conjunto. Caso não seja monitorar o
dicumarol, além de tempo de protrombina, e observação do
deslocá-lo das proteínas paciente quanto a sinais de hemorragia.
plasmáticas, aumentando
seus níveis séricos.
Digoxina Moderado Aumenta o risco de toxicidade da Diminuição da secreção Em pacientes que recebem digitálicos e
digoxina. tubular renal da digoxina. trimetoprim por mais de sete dias,
monitorar as concentrações séricas de
digoxina e acompanhar o paciente para
os sinais e sintomas de toxicidade
(náuseas, vómitos, arritmias).
Enalapril e inibidores Moderado Hipercalemia grave tem sido relatada Efeitos aditivos da Evitar o uso de IECA com trimetropin,
da ECA com em conjunto de IECA e inibição da secreção principalmente em pacientes com
sulfametoxazol. potássio e da diminuição disfunção renal. Caso seja administrado,
32
de aldosterona. monitorar os níveis séricos de potássio.

Metformina Moderado Aumento dos efeitos hipoglicemiantes. A metformina tem sua Se possível, evitar a administração em
secreção tubular diminuída conjunto, caso não seja, monitorar a
quando associado os glicemia.
fármacos catiónicos como
sulfametoxazol,
aumentando assim a
concentração plasmática
da droga.
17.VANCOMICINA
INTERACÇÃO
Gentamicina Maior Nefrotoxicidade. Efeitos nefrotóxicos aditivos. Se possível, evitar a administração em conjunto,
Estudos comprovam que a principalmente em idosos, ou pacientes com
incidência de nefrotoxicidade foi disfunção renal. Caso a administração for
de 13% e 4% maior do que a inevitável monitorar a função renal
vancomicina e a gentamicina cuidadosamente.
usadas separadamente.
Amicacina Moderado Nefrotoxicidade. Efeitos nefrotóxicos aditivos.Se possível, evitar a administração em conjunto,
principalmente em idosos, ou pacientes com
disfunção renal. Caso a administração foi
inevitável monitorar a função renal
cuidadosamente
Metformina Moderado Aumento dos efeitos A metformina tem sua secreção Se possível, evitar a administração em conjunto,
33
hipoglicemiantes. tubular diminuída quando caso não seja, monitorar a glicemia.

associado os fármacos catiónicos
como a vancomicina, aumentando
assim a concentração plasmática
da droga.
Succinilcolina Moderado Potencializa os efeitos Permanece desconhecido. Monitorar os pacientes quanto aos sinais e
dos bloqueadores sintomas de um efeito exacerbado dos

musculares podendo bloqueadores e se necessário ajustar a dose.
causar depressão
respiratória.
Varfarina Moderado Aumenta o risco de Embora estudos comprovem esta Se possível, evitar a administração em conjunto.
Sangramento. interacção o mecanismo ainda Caso não seja monitorar o tempo de
permanece desconhecido. protrombina, e observação do paciente quanto a
sinais de hemorragia.
ANTIFÚNGICOS
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1. ACICLOVIR
INTERACÇÃO
Ácido Valpróico Moderado Diminuição da eficácia do Aumento do trânsito gastrintestinal, Considerar uma outra terapia antiviral,
ácido valpróico e Fenitoína, diminuindo a absorção de ácido caso não seja possível monitorar os
aumentando a probabilidade de valpróico e Fenitoína níveis plasmáticos de ácido valpróico e
Fenitoína
convulsão. Fenitoína.
Meperidina Moderado Aumento da estimulação do Aumenta as concentrações séricas Monitorar o paciente para um risco
SNC podendo ocasionar do metabólito normeperidina da maior de estimulação do SNC e
convulsão meperidina convulsões quando administrar aciclovir
e meperidina
35
2. ANFOTERICINA B
INTERACÇÃO
Ciclosporina Maior Aumento da nefrotoxicidade Efeito aditivo ou nefrotoxicidade Apesar dos achados serem em pacientes
sinérgica que sofreram transplante de medula óssea,
o uso em conjunto destas drogas deve ser
desencorajado, se não for possível avaliar
constantemente a função renal.
Moderado Hipocalemia e toxicidade Diminuição de potássio sérico Os níveis de potássio devem ser
Digitoxina e Digoxina digitálica acompanhados, juntamente com a função
cardíaca em pacientes que receberam esta
combinação. Cloreto de potássio pode ser
necessário para suplementação.
3. FLUCONAZOL
INTERACÇÃO
Medicamentos Grau Efeitos Mecanismos de Acção Conduta
Terfenadina Contra indicado Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, Efeito aditivo no A administração conjunta destes dois
causando arritmia cardíaca severa, prolongamento do medicamentos é contra-indicada.
taquicardia ventricular e fibrilação intervalo QT corrigido
36
Alprazolam Maior Aumento dos efeitos tóxicos do O fluconazol inibe Se possível, evitar a administração rm
alprazolam ( sedação excessiva e citocromo P450 3A4 conjunto, caso não seja, monitorar os
efeito hipnótico prolongado) diminuindo a sinais e sintomas de uma possível
metabolização hepática intoxicação.
do alprazolam, elevando
seus níveis séricos
Amiodarona,Cloroquina Maior Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, Efeito aditivo no A administração em conjunto não é
causando arritimia cardíaca severa, prolongamento do recomendada. Avaliar risco benefício.
Clorpromazina,Claritromic
taquicardia ventricular e fibrilação intervalo QT corrigido Se o uso em conjuntofor inevitável,
ina monitorar o intervalo QT e observar o
paciente quanto aos sinais de uma
Droperidol,
possível intoxicação.
Eritromicina,Antiarrítmico
s classeI
Fluoxetina,Haloperidol
Levofloxacina,Octreotide
Risperidona,,Sulfametoxaz
ol
Trimetropina
Amitriptilina Maior Aumenta o risco de toxicidade da 1º O fluconazol inibe o Aconselha-se precaução quando
amitriptilina e aumenta os riscos citocromo p450 fluconazol e amitriptilina são utilizados
cardiotóxicos diminuindo o Em conjunto. Monitorar o intervalo QT
metabolismo hepático da e observar o paciente quanto aos sinais
amitriptilina de uma possível intoxicação
2º Efeito aditivo no
prolongamento QT
Citalopram Maior Aumenta o risco da síndrome O fluconazol inibe o Se possível, evitar a administração em
37
Serotoninérgica (Hipertermia, citocromo CYP2C19 conjunto, caso não seja, acompanhar os

hipertensão, hiperreflexia, diminuindo o pacientes para os sinais e sintomas da
mudanças no estado mental metabolismo do síndrome serotoninérgica.
citalopram aumentando
seus níveis séricos
Fentanil Maior Aumenta ou prolonga os efeitos opióides O Fluconazol inibe o Monitorar o paciente para sinais e
citocromo P450 3A4 sintomas de um possível efeito
aumentando os níveis exacerbado do fentanil
séricos dos derivados do
fentanil
Nevirapina Maior Aumento dos efeitos adversos da Apesar da A administração de nevirapina e
nevirapina coadministração de fluconazol não é recomendada.
nevirapina e fluconazol Os doentes devem ser cuidadosamente
resultar em um aumento monitorizados para os efeitos adversos
de 100% da nevirapina.
aproximadamente nos
níveis de nevirapina, o
mecanismo de acção
permanece desconhecido.
Nitrofurantoína Maior Risco de toxicidade hepática e pulmonar Desconhecido Se possível, evitar a administração em
conjunto, caso não seja, acompanhar os
pacientes para os sinais e sintomas da
toxicidade hepática e pulmonar.
Moderado Aumenta os efeitos tóxicos da amlodipina O Fluconazol inibe o Monitorar o paciente para sinais e
(tontura, hipotensão, dor de cabeça, citocromo P450 3A4 sintomas de um possível efeito
Nifedipina
edema periférico e rubor facial aumentando os níveis exacerbado da amlodipina
séricos dos derivados da
amlodipina
38
Carbamazepina Moderado Aumenta os efeitos tóxicos da O Fluconazol inibe o Monitorar o paciente para sinais e
Carbamazepina (nistagmo, diplopia, dor citocromo P450 3A4 sintomas de um possível efeito
de cabeça, apneia, convulsão e coma). aumentando os níveis exacerbado da Carbamazepina
séricos dos derivados da
Carbamazepina
Cimetidina Moderado Diminui a eficácia do fluconazol A cimetidina diminui a A administração em conjunto de
absorção gastrintestinal cimetidina e fluconazol não é
recomendada. Se não puder ser evitado,
adminisitrar a cimetidina pelo menos
duas horas após o fluconazol.
Ciclosporina Moderado Neurotoxicidade (confusão mental, O Fluconazol inibe o Se possível, evitar a administração
agitação, tremores) citocromo P450 3A4 Em conjunto. Caso não seja, monitorar
aumentando os níveis os pacientes para possíveis efeitos
séricos dos derivados da neurotóxicos
ciclosporina
Fenitoína Moderado Aumento o risco de toxicidade da O Fluconazol inibe o Se possível, evitar a administração
fenitoína ( ataxia, hiperreflexia e citocromo P450 Em conjunto. Caso não seja, monitorar
tremores) aumentando os níveis os pacientes para possíveis sinais e
séricos dos derivados da sintomas dos efeitos tóxicos da
fenitoína fenitoína
Hipoglicemiantes Moderado Efeitos hipoglicemiantes O Fluconazol inibe o Se possível, evitar a administração em
orais, principalmente citocromo P450 conjunto, caso não seja, monitorar a
(tolbutamida, aumentando os níveis glicemia, ajustando a dose do
glipizida,glimeperida) séricos dos derivados dos hipoglicemiante caso necessário.
hipoglicemiantes
39
MEDICAMENTOS ENDOVENOSOS
1. AMIODARONA
INTERAÇÃO
A amiodarona é um inibidor do
CYP3A4; quando substâncias
biotransformadas por este citocromo
são administradas com a amiodarona,
Lidocaína Contra-indicado Toxicidade. Monitorar aumento da toxicidade da amiodarona.
pode ocorrer aumento das
concentrações séricas dessas
substâncias, com aumento de sua
toxicidade.
Hipopotassemia é um desencadeante
Hipotassemia e Deve-se, antes, prevenir e, se possível, corrigir a
Metilpredenisolona Maior da mesma forma que a bradicardia e
Bradicardia. hipopotassemia.
um espaço QT longo pré-existente.
Náuseas, vómitos Diminuição do metabolismo hepático
Aminofilina Maior Monitorar o desenvolvimento de sinais e sintomas.
e palpitações. da aminofilina pela amiodarina.
Haloperidol Maior Risco de Efeitos cardíacos aditivos. Monitorar o desenvolvimento ou não de sinais e
40
toxicidade
cardíaca,
sintomas relacionados com a toxicidade.
arritmias
cardíacas.
Pode aumentar o A amiodarona eleva as
risco de concentrações plasmáticas de
A dosagem de fenitoína deve ser reduzida logo que
toxicidade devido fenitoína através da inibição do
surgirem sinais de grandes doses, e determinados os
a fenitoína citocromo P450 2C9. A combinação
níveis de fenitoína plasmática.
(ataxia, de fenitoína com amiodarona pode,
Deve-se ajustar a dose de qualquer um dos fármacos se
Maior hiperflexia, portanto, resultar em grandes doses
Fenítonina necessário. Como os efeitos podem aparecer após várias
tremor) e/ou de fenitoína, resultando em sinais
semanas, é necessário acompanhamento do caso por
diminuição das neurológicos. Provavelmente, ocorre
longo período de tempo.
concentrações diminuição do metabolismo de
plasmáticas da fenitoína e aumento do metabolismo
amiodarona. de amiodarona.
Arritmias Uso em conjunto deve ser feito com cautela. Observar
Cloropromazina Maior Efeitos cardíacos aditivos.
ventriculares. risco-benefício. Monitorar ocorrência de arritmias.
Hidrocortisona Maior Risco de Efeitos cardíacos aditivos. Monitorar frequência cardíaca e níveis séricos de
arritmias; potássio e magnésio.
Hipocalemia;
41
Hipomagnesemia
Pode gerar
Caso a administração desses agentes não puder ser
aumento do risco
evitada, deve-se aconselhar o paciente a informar
de miopatia ou de
Suspeita-se que seja através da imediatamente quaisquer dores musculares,
rabdomiólise,
inibição do metabolismo da sensibilidade ou fraqueza. Pravastatina, fluvastatina e
Sinvastatina Maior devido ao
sinvastatina (relacionado a rosuvastatina não são metabolizadas pela CYP3A4 e
aumento das
CYP3A4). podem ser alternativas terapêuticas mais seguras.
concentrações
plasmáticas de
sinvastatina.
Pode resultar em
intoxicação
Monitorar o desenvolvimento ou não de sinais e
devido ao
sintomas relacionados com toxicidade da digoxina, e
aumento da acção Desconhecido. Múltiplos
ajustar a dose administrada de acordo com a necessidade
Digoxina Moderado da digoxina mecanismos provavelmente estão
(podendo-se diminuir a dose de digoxina cerca de 50%).
(náuseas, envolvidos.
O controlo dos níveis séricos de digoxina pode auxiliar
vómitos, arritmias
no ajuste posológico.
cardíacas)
42
2. ÁCIDO AMINOCAPRÓICO
INTERACÇÃO
A tretinoína liga-se às proteínas
Aumento plasmáticas. Após atingir o seu valor Monitorar o paciente via hemograma. Monitorar o paciente quanto aos
Tretinoína Maior do risco de máximo, a sinais clínicos como dor no peito, falta de ar, hemoptise, hematúria, perda
trombose súbita da visão, dor, vermelhidão ou inchaço.
concentração plasmática diminui.
3. ÁCIDO ACETILSALICILÍCO
INTERACÇÃO
Risco de hemorragia. Diminuição da função Estar atento a possível hemorragia, e controlo do
Enoxaparina Sódica Maior
plaquetária. número de Plaquetas.
Pantoprazol Maior Revestimento entérico dos Inibidores da bomba de Monitorar presença de efeitos secundários. Os pacientes
salicilatos pode dissolver mais protões, mediados pelo com risco de graves distúrbios gástricos, devido à
rápido, aumentando os efeitos aumento do pH gástrico, liberação de salicilatos no estômago, devem evitar o uso
gástricos secundários. podem promover em conjunto destes agentes.
dissolução e liberação
mais rápida de salicilatos
43
com revestimento entérico.
Risco de ulceração
gastrintestinal em concentrações
Provavelmente, os
séricas subterapêuticas de ácido
corticosteróides estimulam
acetilsalicílico. Monitorar as concentrações plasmáticas do salicilato
o metabolismo hepático de
Os corticosteróides podem quando iniciar ou finalizar
Prednisolona Maior salicilatos, podendo
reduzir os níveis séricos e a o uso de corticosteróides.
também
eficácia dos salicilatos, e o uso
aumentar a eliminação
descontinuado de
renal.
corticosteróides pode aumentar
os níveis dos salicilatos.
Considerar a monitoração do paciente para alguma

Pode ocorrer a diminuição dos
mudança na actividade do valproato de sódio, caso o
níveis plasmáticos do salicilato
Ranitidina Maior Desconhecido. tratamento com aciclovir seja iniciado ou
com consequente diminuição do
interrompido. Ajustar a dose do valproato de sódio
seu efeito anticoagulante.
adequadamente.
Valproato de Sódio Maior Pode ocorrer aumento das Deslocamento de valproto Quando ácido acetilsalicílio for
concentrações de valproato de de sódio (na forma de administrado por pacientes que esteja utilizando
sódio livre, possibilitando a ácido valpróico) por valproato de sódio, devem ser monitorados:
ocorrência de intoxicação com ligação de proteínas a As concentrações séricas do valproato de sódio (na
44
receptores do ácido
forma de ácido valpróico), possíveis sintomas de
acetilsalicílico. Ácido
toxicidade devido ao valproato de sódio, e enzimas
acetilsalicílico pode
valproato de sódio. hepáticas.
também alterar as vias
metabólicas do valproato
de sódio.
Isto pode conduzir a um

decréscimo do nível sérico
de salicilato ou aumento
do risco de toxicidade
salicílica quando a
metilprednisolona for Devem ser monitorados:
Aumento da depuração do ASS
Metilpredenisolona Maior retirada. O ácido As concentrações séricas do ASS, possíveis sintomas de
em altas doses.
acetilsalicílico deve ser toxicidade quando a metilpredenisolona for retirada.
utilizado com cautela em
combinação com
corticosteróides em
pacientes com
hipoprotrombinemia.
Heparina Maior Risco de Hemorragia. Aumento do risco de Se possível, evitar a administração em conjunto. Caso
45
hemorragia pelos
corticosteróides. não seja monitorar o tempo de protrombina, e
Diminuição da função observação do paciente quanto a sinais de hemorragia.
plaquetária.
Actividade dos beta Hipertensão: monitorar pressão cardíaca. Em caso de
bloqueadores na diminuição da Hipertensão: salicilatos suspeita
pressão cardíaca e sobre podem inibir a biossíntese de interacção, deve-se considerar a diminuição da
a fracção de ejecção do de prostaglandinas dosagem do salicilato, mudando para um agente anti-
ventrículo esquerdo pode ser envolvidas na actividade agregante não-salicilato ou usando alguma alternativa
Propranolol Moderado
atenuada por salicilatos. anti-hipertensiva dos beta- terapêutica anti-hipertensiva.
bloqueadores. Insuficiência cardíaca: monitorar fracção de ejecção do
Insuficiência cardíaca: ventrículo esquerdo e
desconhecido. estado clínico do paciente.
4. CLORETO DE POTÁSSIO
INTERACÇÃO
Enalapril Contra-Indicado Podem elevar Um nível demasiado elevado de Evitar misturar estes medicamentos numa mesma solução.
46
Caso for necessário a administração dos dois

medicamentos, realiza-las em vias separadas ou lavar o
potássio no sangue pode ter
demasiado os efeitos secundários graves que sistema com solução fisiológico.
Ciclosporina níveis de potássio implicam risco de vida.
Monitorizar os níveis de Potássio no sangue e efeitos
no sangue.
secundários como arritmia, dor no peito,
Desconhecido.
Butilescopolamina Deve-se regularmente medir as concentrações séricas de

potássio e ajustar a suplementação de potássio, conforme a
Riscos de lesões
Maior necessidade.
GI.
Anticolinérgicos, como a
Atropina
Atropina, podem favorecer lesões
da mucosa GI em doentes a fazer
preparados de KCL.
Hidrocortisona Maior Pode prejudicar o Cloreto de potássio é um tipo de Se possível, evitar a administração em conjunto. Caso não
funcionamento do medicamento denominado seja, monitorar os níveis de cloreto de potássio no sangue.
cloreto de electrólito. O corpo necessita de
potássio. uma quantidade correcta de
Prednisolona
potássio, substância que promove
o funcionamento adequado dos
47
seus músculos, coração e outros

órgãos. Sem as quantidades
adequadas de potássio, o seu
coração pode começar a bater de
forma anormal, o que pode pôr em
risco a sua vida.
Os primeiros sinais da presença de
níveis demasiado elevados de
Pode aumentar a
Digoxina potássio no sangue são a arritmia, Se possível, evitar a administração em conjunto. Caso não
ocorrência de
Maior dor no peito, possível enfarte do seja, monitorar algum destes sintomas, deve consultar
efeitos
miocárdio, fraqueza muscular, urgentemente o médico.
secundários.
paralisia ou insuficiência
respiratória.
5. CLOROPROMAZINA
INTERACÇÃO
Enalapril Maior Os efeitos Adição ou sinergismo de Administrar com cautela estes fármacos em combinação. Se
farmacológicos dos actividades farmacológicas. ocorrer hipotensão, tratamento auxiliar pode ser necessário.
48
IECA podem ser

aumentados.
Provavelmente,
anticolinérgicos antagonizam a
acção das fenotiazinas
Efeitos terapêuticos de
directamente no sistema
fenotiazinas podem ser
nervoso central, envolvendo Individualizar a dose de fenotiazinas conforme a necessidade.
Escopolamina Maior diminuídos pela acção
mecanismos colinérgicos. A
central de
aceleração do metabolismo das
anticolinérgicos.
fenotiazinas também pode estar
envolvida no mecanismo desta
interacção.
Os efeitos
farmacológicos da Monitorar os níveis plasmáticos de fenitoína e observar se o
fenitoína podem ser paciente apresenta sinais de intoxicação. Alterar a dose
Fenitoína Maior Desconhecido.
aumentados e os da conforme a necessidade.
clorpromazina
diminuídos.
Pode ocorrer a elevação Suspeita-se que as fenotiazinas
Observar a resposta clínica do paciente ao haloperidol quando
Haloperidol Maior dos níveis plasmáticos de inibam o metabolismo do
for
haloperidol, aumentando haloperidol (pela CYP2D6).
49
o risco de surgimento de
efeitos secundários. Com
iniciado, interrompido ou modificado o tratamento com
possível surgimento de
clorpromazina.
arritmia cardíaca.
A clorpromazina pode inibir o

Pode ocorrer aumento metabolismo de primeira Pode ser necessária a diminuição da dosagem durante a
Propranolol Maior dos efeitos de um ou de passagem do propranolol, com administração.
ambos os fármacos. consequente aumento dos seus
efeitos farmacológicos.
A depuração do Essa diminuição ocorre pela
Monitorar as concentrações séricas e os efeitos do valproato
Valproato de Sódio Moderado valproato de sódio pode inibição do metabolismo do
de sódio, ajustando a dose se necessário.
diminuir. valproato de sódio.
6. DIGOXINA
INTERACÇÃO
Doxiciclina Maior Pode resultar no aumento dos A digoxina pode ser Monitorar os níveis séricos de digoxina, vigiando se
níveis séricos de digoxina, metabolizada por bactérias no há sinais de efeito excessivo da digoxina. A
com consequentes efeitos trato gastrintestinal. Com isso, diminuição da dose de digoxina pode ser necessária.
50
a doxiciclina pode reverter o

processo de metabolização da
tóxicos (náuseas, vómitos, digoxina através da alteração
arritmias cardíacas). Os da flora gastrintestinal,
efeitos podem persistir por permitindo que maior
meses após o término do uso concentração de digoxina seja
de doxiciclina. absorvida com consequente
aumento dos seus níveis
séricos.
Medir os níveis plasmáticos de potássio e de
Aumento da excreção urinária magnésio
Efeitos tóxicos decorrentes da de potássio e magnésio, (administrar suplemento aos pacientes que
digoxina (náuseas, vómitos, afectando a acção do músculo apresentarem níveis diminuídos). Prevenir
Furosemida Maior
arritmias cardíacas), podem cardíaco. Outros factores futuras perdas com restrição de sódio na dieta ou com
ocorrer. também podem estar o uso de diuréticos poupadores de
envolvidos. potássio.
Pantoprazol Maior Pode aumentar os níveis Possivelmente, através do A magnitude dos efeitos esperados não é
séricos de digoxina, com aumento da absorção de clinicamente importante na maioria dos casos. No
consequente risco de digoxina. entanto, devido à estreita janela
intoxicação (náuseas, terapêutica da digoxina, deve-se ficar atento a
51
possíveis indícios de intoxicação.

vómitos, arritmias).
Diazepam Maior Toxicidade. Pode aumentar os níveis e o Monitorar o paciente e os níveis de digoxina.
risco de toxicidade de
digoxina.
Maior A hipocaliémia pode aumentar
Toxicidade pelos glicosídeos Monitorizar o aumento da toxicidade e corrigir a
Dexametasona o risco de toxicidade pelos
cardíacos. hipocaliémia.
glicosídeos cardíacos.
Nenhuma precaução adicional parece ser necessária
além da monitoração rotineira de sinais
Níveis plasmáticos de Desconhecido. Depuração
de intoxicação decorrentes da digoxina, podendo ser
Enalapril Moderado digoxina podem ser renal da digoxina pode ser
necessária monitoração dos seus níveis
aumentados ou diminuídos. alterada.
plasmáticos.
Os níveis séricos de digoxina Desconhecido.

Monitorar a acção da digoxina. O monitoramento dos
podem ser aumentados, com Anticolinérgicos
níveis séricos pode auxiliar na adequação da dose a
consequente elevação de sua provavelmente reduzem a
Escopolamina Moderado ser administrada. Problemas podem ser evitados com
acção. motilidade gastrintestinal, com
o uso de digoxina.
consequente aumento do tempo
de absorção.
52
Os níveis séricos de digoxina Em caso de suspeita de interacção, monitorar os

podem ser diminuídos, com níveis séricos e a actividade da digoxina. Aumentar
Fenitoína Moderado Desconhecido.
isso sua acção pode ser acção dose de digoxina, caso necessário.
reduzida.
Através da acção da
Monitorar se há diminuição ou não da resposta
metoclopramida sobre a
Pode ocorrer diminuição dos terapêutica e dos
Metoclopramida Moderado actividade gástrica pode
níveis de digoxina. níveis séricos de digoxina. A dose de digoxina pode
ocorrer diminuição na absorção
ser aumentada caso necessário.
de digoxina.
7. FENITOÍNA
INTERACÇÃO
Fenobarbital Maior Pode ocorrer aumento ou Alterações no metabolismo. Monitorar as concentrações plasmáticas de ambos os
diminuição dos níveis fármacos, as suas actividades, e os sintomas clínicos,
séricos de fenitoína, e particularmente quando for iniciado ou terminado o uso
aumento dos níveis de de ambos.
fenobarbital. Os efeitos da
fenitoína e do fenobarbital
53
são imprevisíveis.
Pode ocorrer aumento do
risco de manifestação dos
Monitorar concentrações séricas de fenitoína, como
efeitos tóxicos da fenitoína Fluconazol pode inibir o
também observar se há o desenvolvimento de efeitos
Fluconazol Maior (ataxia, hiperreflexia, metabolismo hepático da
tóxicos.
nistagmo, tremores), como fenitoína.
também em aumento dos
seus efeitos farmacológicos.
Monitorar se há o desenvolvimento da perda do controle
de sintomas psiquiátricos ou surgimento de efeitos
Desconhecido. No entanto, secundários do haloperidol quando o uso de fenitoína é
Fenitoína pode diminuir as
suspeita-se que ocorra indução iniciado ou finalizado, respectivamente.
Haloperidol Maior concentrações séricas do
do metabolismo do
haloperidol.
Haloperidol.
Pantoprazol Maior Pode ocorrer aumento dos Inibe o metabolismo oxidativo Considerar a monitoração dos níveis séricos de
níveis séricos de fenitoína, hepático de fenitoína. fenitoína, como
resultando em aumento dos também a observação do desenvolvimento de
seus efeitos tóxicos (ataxia, intoxicação ou diminuição da actividade da
hiperreflexia, nistagmo, fenitoína (caso o uso de pantoprazol seja iniciado ou
54
interrompido). Ajustar a dosagem de fenitoína conforme

tremor) e farmacológicos. a necessidade.
Os efeitos da prednisolona
podem diminuir quando
utilizada com fenitoína,
Aumento do metabolismo da
Prednisolona podendo continuar mesmo
Maior prednisolona via beta- Ajustar a dose de cada fármaco conforme a necessidade.
após o término do uso de
hidroxilação.
fenitoína (até 3 semanas
depois).
Observar mudanças na resposta clínica do paciente e

Pode ocorrer aumento das
Possivelmente, através da monitorar as concentrações séricas de fenitoína quando
concentrações de fenitoína,
Ranitidina Maior inibição do metabolismo for iniciado ou interrompido o uso de ranitidina. Ajustar
elevando seus efeitos
hepático da fenitoína. a dose de fenitoína conforme indicado.
farmacológicos e tóxicos.
Risco de hipotensão e Depleção de cotecolaminas e Não são necessárias precauções especiais, podendo-se
Dopamina Maior
bradicardia. depressão cardíaca. acompanhar a situação cardiovascular.
Depressão cardíaca aditiva e Monitorar a Frequência Cardíaca e desenvolvimento ou
Lídocaina Maior Efeitos Cardíacos Aditivos.
toxicidade. não de sinais e sintomas relacionados com a toxicidade.
55
Monitorar a resposta clínica do paciente. Se houver

Diminuição da eficácia da
suspeita de interacção, pode ser necessária a
Diminuição da eficácia da sinvastatina, através da
Sinvastatina Moderado administração de alternativa terapêutica adequada (por
sinvastatina. diminuição das suas
exemplo, pravastatina).
concentrações plasmáticas.
Redução da absorção oral de

Aumento da dose administrada de furosemida pode ser
Pode resultar na diminuição furosemida. Podem existir
Furosemida Moderado necessário. Monitorar actividade diurética.
da eficácia da furosemida. mecanismos adicionais.
valproato de sódio pode

promover diminuição da
Pode resultar em níveis ligação de proteínas Monitorar as concentrações de fenitoína livre e os níveis
alterados tanto de valproato plasmáticas a fenitoína, séricos de valproato de sódio. Ajustar a dose de ambos
Valproato de Sódio Moderado
de sódio quanto de inibindo, dessa forma, seu os fármacos conforme a necessidade.
fenitoína. metabolismo. Já a fenitoína
pode aumentar o metabolismo
do valproato de sódio.
Diminuição da eficácia do Aumento do metabolismo de Uso conjunto destes medicamentos exige um
Midazolam Moderado
midazolam. Midazolam. monitoramento da diminuição da eficácia da Fenitoína.
Diazepam Moderado Alteração da concentração Desconhecido. Uso conjunto destes medicamentos exige um
56
plasmática de fenitoína. monitoramento da diminuição da eficácia da linezolida.

Indução do metabolismo
Diminuição da eficácia da Uso conjunto destes medicamentos exige um
Dexametasona Moderado hepático da dexametasona pela
dexametasona. monitoramento da diminuição da eficácia da linezolida.
fenitoína.
Indução do metabolismo
Diminuição da eficácia da Uso conjunto destes medicamentos exige um
Hidrocortisona Moderado hepático da hidrocortisona pela
hidrocortisona. monitoramento da diminuição da eficácia da linezolida
fenitoína.
Podem aumentar a
depuração da
Inibição pela Fenitoína do
metilprednisolona, Monitorizar os níveis séricos de Metilpredenisolona e
Metilpredenisolona Moderado metabolismo da
requerendo assim maiores ajustar a dose conforme a necessidade.
Metilpredenisolona.
doses desta última para
alcançar a resposta desejada.
8. FUROSEMIDA
INTERACÇÃO
Apresentam efeitos sinérgicos Provavelmente, através Acompanhar os pacientes, averiguando a presença

Hidroclorotiazida Maior
que podem resultar em diurese de algum mecanismo (ou não) de desidratação e anormalidades
57
electrolíticas
profunda e sérias anormalidades

tubular renal. no início da terapia combinada.
electrolíticas.
Metilprednisolona
A hipocaliémia pode
Dexametasona aumentar o risco de
intoxicação digitálica, e Monitorar frequência cardíaca e níveis séricos de
Maior Hipocaliémia.
aumento de insulina ou potássio.
Hidrocortisona de outros
hipogliceminantes.
Prednisolona
Alteração da concentração da Monitorizar as concentrações da aminofilina
Aminofilina Moderado Desconhecido.
aminofilina. através do aumento da produção de urina.
58
9. HALOPERIDOL
INTERACÇÃO
Em caso de sintomas psicológicos, deve-se interromper o
Pode ocorrer toxicidade no
Ambos podem reduzir tratamento com ambos (dependendo da situação terapêutica),
sistema nervoso central
Metildopa Maior os níveis cerebrais de substituindo-os por alternativas terapêuticas apropriadas.
(demência, psicoses) ou
dopamina.
parkinsonismo reversível.
Deve-se evitar esta combinação. Pode ser necessário diminuir a

Efeitos farmacológicos de
Provavelmente, por dose administrada um ou de ambos.
Propranolol Maior ambos os fármacos podem
sinergismo de efeito.
ser aumentados.
Risco acrescido de Tratamento com medicamentos anticolinérgicos, mas, se a

Metoclopramida Maior Reacções extrapiramidais. reacções reacção persistir, recomenda-se que o uso de haloperidol seja
extrapiramidais. suspenso.
10.MIDAZOLAN
INTERACÇÃO
Pantoprazol Maior Depressão do SNC No SNC existem neurónios GABA, Monitorar o paciente para um risco maior de estimulação
59
(diminuir a dose de recebendo essa denominação por terem do SNC.

midazolan de 30-50% se como neurotransmissor o ácido γ-
Monitorar aumentos dos efeitos do midazolan. Ajuste de
for utilizado em aminobutírico (GABA). A ligação do
dose do midazolan se necessário.
simultâneo). Diminuição GABA a um receptor na membrana
Clemastina
do metabolismo e celular provoca abertura de um canal de
eliminação das cloreto. O influxo de iões de cloreto
benzodiazepínicos. causa discreta hiperpolarização,
Morfina
promovendo um potencial de membrana
pós-sináptico inibitório. As
benzoazepinas ligam-se a sítios
Diazepam alostéricos específicos do receptor
GABA, e potenciam a acção do GABA,
aumentando a afinidade do GABA ao
seu sítio de ligação, com isso
Hidroxizina
aumentando a frequência de abertura
dos canais de cloreto. Este fato, por sua
vez, acarreta aumento da
hiperpolarização e posterior inibição da
despolarização do neurónio, e assim,
diminuindo a excitabilidade neural.
60
11.PANTOPRAZOL
INTERACÇÃO
Medicamento Grau Efeitos Mecanismos de Efeito Conduta
Prolonga e aumenta os Inibição pelo Pantoprazol do Monitorizar os níveis séricos do Diazepam, e ajustar a dose
Diazepam Moderado
efeitos do Diazepam. metabolismo do diazepam. conforme a necessidade.
Moderado Redução da absorção. O pantoprazol, através do Alertar o paciente para sobre o risco de potencialização dos
aumento da motilidade efeitos do Pantoprazol
Ranitidina
gástrica diminui o tempo
necessário para a Ranitidina e
Atropina atingirem o intestino
delgado, e serem rapidamente
absorvida.
Atropina
61
12.AMINOFILINA
INTERACÇÃO
Diminuição do metabolismo
Náuseas, vómitos e
Ranitidina Moderado hepático da aminofilina pela Monitorizar o desenvolvimento de sinais e Sintomas.
palpitações.
ranitidina.
13.ACETILCISTEÍNA
INTERACÇÃO
Pode absorver a acetilcisteína Monitorar se há diminuição ou não da resposta
Carvão Activado Moderado Diminuição da acetilcisteína. e diminuir a sua actividade terapêutica e dos níveis séricos da acetilcisteína. A dose
como antídoto. de acetilcisteína pode ser aumentada caso necessário.
62
14.ATEPLASE
INTERACÇÃO
A utilização conjunta, pode aumentar o risco de
Não utilizar estes dois medicamentos em
hemorragia, embora estesa gentes sejam
Heparina Maior Risco de hemorragia. conjunto. Caso seja necessário, observação de
frequentemente usados em simultâneo ou
hemorragia.
sequencialmente.
15. GLUCONATO DE CÁLCIO

INTERACÇÃO
A hipercalcemia aumenta o risco de
Risco de toxicidade dos Monitorar desenvolvimento ou não de sinais e sintomas
Digoxina Maior toxicidade dos glicosídeos
glicosídeos cardíacos relacionados com a toxicidade.
cardíacos.
Maior Síndrome leite-alcalis O carbonato de cálcio eleva os Deve-se evitar esta associação de medicamentos, mas,
níveis de PH, originando caso seja necessária, deve-se monitorizar o nível sério
(Ingestão exagerada de leite
hipercalcémia, acidose metabólica e de cálcio.
ou anti-ácidos ricos em
falência renal por diminuírem a
Furosemida
cálcio)
excreção renal de cálcio.
63
16. CLEMASTINA
INTERACÇÃO
Diazepam Maior Depressão do SNC. Existe a presença tanto de receptores Monitorar o paciente para um risco maior de
H1 e H2, que inibem os efeitos estimulação do SNC.
vasoconstritores da histamina, que
Monitorar aumentos dos efeitos do fentanil.
em certo grau bloqueiam fortemente
Ajuste de dose do fentanil se necessário.
os efeitos que resultam num aumento
da permeabilidade capilar, inibindo o
prurido e o eritema produzido. Estes
receptores inibem a liberação da
histamina endógena, em pequenas
doses, que podem estimular ou inibir
o sistema nervoso, podendo
64
apresentar actividade anestésica.

Anticolinérgicos podem alterar da
Efeitos colinérgicos aditivos com
Atropina Moderado absorção de outros fármacos por Motorizar a motilidade GI.
anti-histamínicos.
diminuição da motilidade GI.
17. DICLOFENAC
INTERACÇÃO
Se possível, evitar a administração em conjunto.
O risco é aumentado com o uso
Caso não seja monitorar o número de plaquetas, e
Heparina Maior Risco de hemorragia simultâneo de fármacos que afectam
observação do paciente quanto a sinais de
a função das plaquetas.
hemorragia.
Provavelmente, anti-inflamatórios Doses correctivas do Diclofenac conforme
estimulam o metabolismo hepático
Riscos de efeitos adversos
Prednisolona Maior necessário; monitorar as concentrações plasmáticas
da Prednisoslona, podendo também
GI.
do Diclofnac quando iniciar ou finalizar o uso da
aumentar a eliminação renal. Prednisolona.
65
CONCLUSÃO
Ao elaborar este trabalho, concluo que embora ocorram muitas interacções entre
medicamentos, somente uma pequena parte delas é clinicamente relevante.
O tratamento com múltiplos medicamentos está associado com a ocorrência de
Interacções Medicamentosas, reacções adversas, erros de medicação e o aumento do
risco de hospitalização. Habitualmente, quando é inevitável o uso de múltiplos
medicamentos, os potenciais benefícios das associações devem ser cotejados com o
risco da ocorrência de Interacções Medicamentosas clinicamente relevantes,
considerando a disponibilidade de alternativas.
Os profissionais de saúde devem estar atentos às informações sobre Interacções
Medicamentosas, e serem capazes de descrever o resultado da potencial interacção e
sugerir intervenções apropriadas. Também é da responsabilidade dos profissionais de
saúde aplicar a literatura disponível para uma situação e individualizar recomendações
com base em características específicas de um paciente.
É importante ter conhecimento acerca dos fármacos com baixo índice
terapêutico ou que requeiram manutenção estrita de concentração sérica (ex.:
digitálicos, fenitoína, carbamazepina, varfarina, teofilina, lítio, aminoglicosídeos,
imunossu-pressores, citotóxicos etc.), identificar os principais indutores (barbitúricos,
carbamazepina, feni-toína, primidona, rifampicina, taba-co) e inibidores (alopurinol,
cloran-fenicol, cimetidina, dissulfiram, ci-profloxacino, eritromicina, flucona-zol,
fluoxetina, isoniazida, cetoco-nazol, metronidazol e verapamil) enzimáticos, e por fim é
importante maior vigilância com os pacientes idosos como grupo de maior risco, devido
à redução das funções hepática e renal e das situações que exigem uso de múltiplos
medicamentos.

Interações Medicamentosas

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Instituto Politécnico de Portalegre

Escola Superior de Saúde de Portalegre

Docente: Graça Gama

INTERACÇÃO ENTRE MEDICAMENTOS

Discente: Rosália Maria Pinheiro Bicho, nº 12748

Enfermeiro Orientador: Vítor Brito

1.1. CLASSIFICAÇÃO DAS INTERACÇÕES DE MEDICAMENTOS......................6

1.2. INTERACÇÕES DE MEDICAMENTOS COM ALIMENTOS...........................12

INTERAÇÕES ENTRE MEDICAMENTOS....................................................................13

2. AMOXACILINA +ÁCIDO CLAVULÂNICO.........................................................15

10. IMIPENEM + CILASTATINA...........................................................................22

15. PIPERACILINA + TAZOBACTAM...................................................................29

16. SULFAMETOXAZOL + TRIMETROPIM.........................................................29

15. GLUCONATO DE CÁLCIO.............................................................................63

No âmbito do contexto real realizado no Serviço de Medicina da ULSNA –

Quando dois medicamentos são administrados concomitantemente a um paciente,

1. INTERAÇÃO ENTRE MEDICAMENTOS

1.1. CLASSIFICAÇÃO DAS INTERACÇÕES DE MEDICAMENTOS

Os medicamentos interagem com o organismo de diversas formas. A forma mais

Os medicamentos uma vez administrados, passam por quatro etapas de

Ao se avaliar o risco potencial, extensão e interacção farmacocinética, é

Quadro 1 – Mecanismos das interacções farmacocinéticas

Quadro 2 – Exemplos de interacções farmacocinéticas

Metronidazol benzodiazepínicos metabolismo

Probenecida lítio urinária

As interacções farmacodinâmicas decorrem do efeito sinérgico ou antagónico entre

Um fármaco pode aumentar o efeito do agonista (sinergia) por estimular a

Um exemplo de interacção sinérgica no mecanismo de acção é o aumento do

O Quadro 3 apresenta alguns exemplos de interacções farmacodinâmicas comuns na

Quadro 3 – Exemplos de interacções farmacodinâmicas

Outra categoria de Interacções Medicamentosas, designa-se pelas Interacções de

1.2. INTERACÇÕES DE MEDICAMENTOS COM ALIMENTOS

A via preferencial escolhida para a administração de medicamentos é a oral,

Alimentos atrasam o esvaziamento gástrico e reduzem a absorção de muitos

INTERAÇÕES ENTRE MEDICAMENTOS

Há interacções que podem ser benéficas e muito úteis, como na co prescrição

b) Maior: A interacção pode ameaçar a vida do paciente, requerendo ou não

A maioria das interacções medicamentosas classificam-se em grau moderado,

2. AMOXACILINA +ÁCIDO CLAVULÂNICO

e rabdomiólise. sinvastatina. paciente para os sinais e sintomas de miopatia

da ciprofloxacina, quando ciprofloxacina, reduzindo seus níveis se controlar a eficácia terapêutica da

Estudos comprovam que a incidência conjunto, principalmente em idosos, ou

Medicamento Grau Efeitos Mecanismos de Acção Conduta

teofilina (náuseas, possíveis efeitos.

Amiodarona Maior Aumenta o risco de O metronidazol inibe o citocromo A administração em conjunto de

muscular, confusão, pulso irregular)

Amitriptilina, Maior Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, Efeito aditivo no A administração em conjunto de

de aldosterona. monitorar os níveis séricos de potássio.

hipoglicemiantes. tubular diminuída quando caso não seja, monitorar a glicemia.

dos bloqueadores sintomas de um efeito exacerbado dos

Serotoninérgica (Hipertermia, citocromo CYP2C19 conjunto, caso não seja, acompanhar os

com revestimento entérico.

Considerar a monitoração do paciente para alguma

Isto pode conduzir a um

Caso for necessário a administração dos dois

Butilescopolamina Deve-se regularmente medir as concentrações séricas de

seus músculos, coração e outros

IECA podem ser

A clorpromazina pode inibir o

a doxiciclina pode reverter o

possíveis indícios de intoxicação.

Os níveis séricos de digoxina Desconhecido.

Os níveis séricos de digoxina Em caso de suspeita de interacção, monitorar os