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Projeto de Pesquisa
Beira
2023
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1 Indice
1 Introdução....................................................................................................................................5
2 Problematização...........................................................................................................................6
3 Objectivos.....................................................................................................................................7
3.1 Geral.....................................................................................................................................7
3.2 Específicos............................................................................................................................7
4 Justificativa..................................................................................................................................8
5 CAPÍTULO II: Fundamentação teórica....................................................................................9
5.1 Unidade de tratamento intensivo........................................................................................9
5.1.1 Historial........................................................................................................................9
5.1.2 Definição.......................................................................................................................9
5.1.3 Classificação...............................................................................................................10
5.2 Condições para a admissão de pacientes na unidade de tratamento intensivo..............10
5.3 Priorização de pacientes na unidade de tratamento intensivo........................................11
5.4 Condições específicas ou patologias determinadas apropriadas para admissão em
unidade de tratamento intensivo..................................................................................................11
5.5 Medicamentos....................................................................................................................12
5.5.1 Classificação dos medicamentos...............................................................................12
5.5.2 Problemas relacionados com medicamentos............................................................13
5.6 Eventos adversos a medicamentos (EAM).......................................................................13
5.7 Incompatibilidade Medicamentosa...................................................................................14
5.8 Interação medicamentosa..................................................................................................14
5.9 Classes de medicamentos mais prescritos na unidade de tratamento intensivo............15
5.10 Atenção farmacêutica........................................................................................................16
5.10.1 Historial......................................................................................................................16
5.10.2 Conceitos.....................................................................................................................17
6 Capítulo III. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS......................................................18
6.1 Quanto a natureza.............................................................................................................18
6.2 Quanto a forma de abordagem do problema...................................................................18
6.3 Quanto aos objetivos..........................................................................................................18
6.4 Quanto aos procedimentos técnicos..................................................................................18
6.5 Quanto ao método de pesquisa..........................................................................................18
6.6 Quanto ao critério de Inclusão..........................................................................................18
6.7 Quanto ao critério de exclusão..........................................................................................19
6.8 Técnicas de coleta de dados...............................................................................................19
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6.9 Quanto a estratégia de seleção..........................................................................................19
6.10 Apresentação de resultados...............................................................................................19
7 Cronograma de actividades......................................................................................................20
8 Orçamento..................................................................................................................................21
9 Referências bibliográficas.........................................................................................................22
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2 Introdução
0 projecto de pesquisa com o tema: Contribuições da atenção farmacêutica na unidade de
tratamento intensivo, enquadra-se na cadeira de farmácia hospitalar e clínica. Terá como
finalidade a elaboração de monografia para a conclusão do curso de Licenciatura em
Farmácia na Universidade Católica de Moçambique (UCM)-Beira.
Terá como seu objetivo principal conhecer as contribuições da atenção farmacêutica na
unidade de tratamento intensivo.
A escolha do tema deve-se ao facto de unidade de tratamento intensivo ser um local pelo qual
os pacientes tendem a ter problemas relacionados aos medicamentos (PRMs), segundo os
dados publicados pela Organização Mundial da Saúde em 2016, mostraram que 1 milhão de
pacientes morrem em ambientes hospitalares em todo mundo devido a erros que podem ser
evitáveis.
Em Moçambique, o ministério da saúde afirma que a maioria das mortes hospitalares são
provenientes dos cuidados intensivos, e estas, estão relacionadas com o uso inadequado de
medicamentos, reações adversas e interações medicamentosas ( MISAU, 2018).
Para alcançar os objetivos traçados nesta pesquisa, será realizado um estudo descritivo de
carácter bibliográfico, onde aa informações serão colectadas a partir de livros, dissertações,
teses, artigos, periódicos e sites de internet como SciELO, Google académico, BVS e
PubMed.
O projecto de pesquisa, estará estruturado em três (3) capítulos: capítulo I será apresentado a
introdução, problema, objetivos e justificativa; capítulo II fundamentação teórica e capítulo
III procedimentos metodológicos, cronograma e orçamento do projecto.
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3 Problematização
No âmbito hospitalar, a unidade de tratamento intensivo é um local que os pacientes estão
mais vulneráveis aos problemas relacionados aos medicamentos (PRMs). Isto pode estar
associado tanto a natureza crítica de suas doenças, como também a presença da polifarmácia,
o uso de medicamentos de alto risco e constantes mudanças na farmacoterapia devido a
instabilidade hemodinâmica que os mesmos apresentam. Dessa forma, os eventos adversos e
suas consequências têm dimensões mais graves em pacientes sob cuidados intensivos e estão
frequentemente relacionados em desfechos fatais Ou necessidade de medidas adicionais de
suporte à vida resultando no aumento do tempo de internação ( Santiago et al, 2019).
Anualmente, estima-se que 1 milhão de pacientes morrem em hospitais em todo mundo
devido aos erros evitáveis. A Organização Mundial da Saúde e outros estudos, afirmam que
essas mortes tem surgido devido ao problemas relacionados com os erros de medicação,
reações adversas medicamentosas, uso inadequado de fármacos, falta de monitoramento
farmacoterapêutico assim como a falta de educação e orientação ao paciente (OMS, 2016).
Em Moçambique, o ministério da saúde afirma que a maioria das mortes nos pacientes em
cuidados intensivos estão meramente relacionados ao uso inadequado de medicamentos,
reações adversas medicamentosas, automedicação, uso inadequado de medicamentos assim
como interações medicamentosas ( MISAU, 2018).
De acordo com Coelho (2012), a taxa de mortes nos cuidados intensivos por causa de uso de
medicamentos esta entre 5,4 a 33% por ano.
Scrignoli, Texeira e Leal (2016), concluíram que são taxas de interações entre os fármacos
mais prescritos nos serviços de cuidados intensivas: interações graves 7,6%, interações
moderadas 60,2%, e interações leve 3,3%
Santo, et al. (2013) acrescentam que, devido a complexidade dos serviços oferecidos nos
cuidados intensivos requerem por sua vez a administração de vários fármacos que na sua
maioria injetável com consequência a taxa de incompatibilidade entre fármacos está entre
10% a 78%.
Diante as informações acima expostas, surge a seguinte questão: Quais são as contribuições
da atenção farmacêutica para pacientes em unidade de tratamento intensivo?
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4 Objectivos
4.1 Geral
• Conhecer as contribuições da atenção farmacêutica na unidade de tratamento
intensivo.
4.2 Específicos
• Descrever as principais actividades da atenção farmacêutica na unidade de tratamento
intensivo;
• Identificar as contribuições da atenção farmacêutica na unidade de tratamento
intensivo;
Descrever a importância da atenção farmacêutica na unidade de tratamento intensivo.
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5 Justificativa
A escolha do tema justifica-se pelo fato da unidade de tratamento intensivo ser um local pelo
qual os pacientes necessitam de um acompanhamento contínuo de profissionais qualificados
devido as condições que os mesmos apresentam. Isto porque, os pacientes ficam susceptíveis
à problemas relacionados aos medicamentos ( PRMs) devido a uma farmacoterapia que está
em constante modificação. Sendo assim, o paciente necessita de uma terapia medicamentosa
adequada e eficaz. Portanto, ter profissionais como o farmacêutico inserido na equipe de
saúde, poderá trazer resultados clínicos positivos, representando as últimas oportunidades de
Identificar, corrigir ou minimizar possíveis riscos associados à terapêutica escolhida evitando
que os erros aconteçam, assim, melhorando a bem estar do paciente.
O presente estudo justifica-se também em dois âmbitos: Académico e Profissional.
Relevância Académica: no âmbito académico a pesquisa poderá servir como fonte de
consulta fornecendo aos académicos informações necessárias para pesquisas futuras na
mesma temática ou em matéria relacionada ao uso de medicamentos nos cuidados intensivos.
Relevância Profissional: no âmbito profissional o estudo se relevará, por abordar uma
temática vital para profissão farmacêutica, tendo em conta que, visa, para além de ilustrar as
contribuições da atenção farmacêutica na unidade de tratamento intensivo, também trazer a
tona o papel do profissional Farmacêutico em atividades ligadas á dispensa e distribuição de
medicamentos.
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6 CAPÍTULO II: Fundamentação teórica
6.1 Unidade de tratamento intensivo
6.1.1 Historial
Segundo Batista e Rocha (2019), a história do surgimento das unidades de tratamento
intensivo nos remete a varias “eras” assim chamada pela contribuição de vários personagens
importantes nesse contexto, onde iniciou com a chamada “era Florence” A Unidade de
Terapia Intensiva é idealizada como Unidade de Monitoração de paciente grave através da
enfermeira Florence Nightingale (A primeira Enfermeira Intensivista que preconizou a
unidade de tratamento intensivo) (Batista & Rocha, 2016).
A Unidade de Terapia Intensiva foi criada em 1926, em Boston pelo Dr. Walter Dandy. A
ideia era que, alocando os pacientes mais graves próximos aos profissionais da saúde,
facilitaria o monitoramento e o atendimento (Honorato et al., 2016).
6.1.2 Definição
A Unidade de Tratamento intensivo, é caracterizada pela dependência hospitalar destinada a
cuidados diretos e intensivos a pacientes com quadros graves ou que apresentem riscos que
comprometem sua saúde, podendo inclusive levar ao óbito ( Morais, 2021).
Esta unidade visa uma recuperação hábil do paciente, acompanhado de uma assistência
multiprofissional capacitada e preparada para agir sobre a complexidade, o estresse e a
sobrecarga de trabalho que este tipo de serviço proporciona ( Nascimento et al., 2013).
A unidade de tratamento intensivo é sinônimo de complexidade e gravidade, com taxas de
óbito de 5,4 a 33% , porém, têm-se visto e analisado o aprimoramento contínuo de novas
tecnologias necessárias ao suporte e manutenção indispensáveis ao paciente (Mantovanelli &
Júnior, 2021).
As unidades de tratamento intensivo desempenham um papel decisivo na chance de
sobrevida e pacientes gravemente enfermos. Esse departamento corresponde a 30% dos
recursos financeiros da unidade hospitalar, mesmo que possuam menos de 10% dos leitos
ocupados ( Batista et al, 2019).
Estes recursos terapêuticos incentivam a longevidade e a cura, mesmo quando as perspectivas
esgotam-se e a morte é inevitável.
Concomitantemente aos avanços terapêuticos ocorridos nas últimas décadas, apontasse a
evolução da terapia medicamentosa, recurso nitidamente inquestionável, com inúmeros
benefícios ao individuo, por vezes possibilitando a cura ( Oliveira et al, 2022).
Entende-se por terapia medicamentosa o ramo da farmacologia médica como um recurso
terapêutico à base de medicamentos que visam à profilaxia, diagnóstico e tratamento das
doenças, focando na longevidade e cura do paciente ( Calvante et al., 2019)
Estes, possuem diversas classificações:
Quanto a sua origem: podem ser natural, animal, vegetal ou artificial;
Quanto ao foco de ação: são organotrópicos ou etiotrópicos;
Quanto à ocasião de uso: elenca-se em preventivo, substitutivo, usados para suprimir
a causa da doença ou sintomático;
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Quanto aos efeitos no indivíduo: como por exemplo, efeitos tóxicos, adversos,
sistêmicos, secundários e terapêuticos (Calvante et al., 2019).
6.1.3 Classificação
As unidades de tratamento intensivo podem ser divididas em:
Adulto;
Pediátrico;
Pediátrica Mista e Neonatal.
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Potencialidade para o paciente se beneficiar das intervenções na Unidade de
tratamento intensivo e prognóstico (SCCM, 2016).
6.3 Priorização de pacientes na unidade de tratamento intensivo
Pacientes que necessitam de intervenções de suporte de vida, com alta probabilidade
de recuperação e sem nenhuma limitação de suporte terapêutico (Morais, 2021).
Tratamentos incluem: suporte ventilatório, drogas vasoativas contínuas, etc. Nesses
pacientes, não há limites em se iniciar ou introduzir terapêutica necessária. Exemplo:
instabilidade hemodinâmica, pacientes em insuficiência respiratória aguda necessitando de
suporte ventilatório ( Morais, 2021).
Pacientes criticamente enfermos mas que têm uma probabilidade reduzida de
sobrevida pela doença de base ou natureza de sua doença aguda (Morais, 2021)
Esses pacientes podem necessitar de tratamento Intensivo para aliviar uma doença aguda,
mas limites ou esforços terapêuticos podem ser estabelecidos como não intubação ou
reanimação cardio-pulmonar ( Morais, 2021).
6.4 Condições específicas ou patologias determinadas apropriadas para admissão em
unidade de tratamento intensivo
Sistema cardiovascular
Choque cardiogênico;
Arritmias Complexas requerendo monitorização contínua e intervenção;
Insuficiência cardíaca congestiva aguda com insuficiência respiratória e/ou
requerendo suporte hemodinâmico;
Emergências hipertensivas;
Parada cardio-respiratória (Pós-reanimação);
Tamponamento cardíaco com instabilidade hemodinâmica;
Aneurisma dessecante da aorta;
Bloqueio cardíaco completo ou situações de bloqueio associados a distúrbios
hemodinâmicos aos quais são necessários tratamento intensivo e/ou marca passo
temporário ( Morais, 2021).
Pneumologia
Insuficiência respiratória aguda necessitando de suporte ventilatório;
Embolia pulmonar com instabilidade hemodinâmica;
Pacientes em unidade intermediária com deterioração espiratória.
Neurologia
Doença vascular Cerebral aguda com alteração do nível de consciência.
Coma metabólico tóxico ou anóxico;
Hemorragia Intracraniana com risco de herniação;
Hemorragia sub-aracnóide aguda;
Meningite com alteração do estado mental ou comprometimento respiratório;
Hipertensão intracraniana;
Pós-operatório do SNC;
Status epilepticus;
Trauma crânio encefálico grave ( Morais, 2021).
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Farmacologia ( ingestão/overdose
Instabilidade hemodinâmica;
Coma com instabilidade respiratória ou não;
Convulsão de difícil controle ( Morais, 2021)
Gastroenterologia
Hemorragia digestiva persistente com sinais de choque;
Insuficiência hepática fulminante;
Pancreatite grave;
Gastrenterite com choque;
Perfuração esofágica com ou sem mediastinite;
Úlceras gastroduodenais complicadas/perfuradas ( Morais, 2021).
Endocrinologia e metabolismo
Cetoacidose diabética complicada;
Distúrbios hidroeletrolíticos e acido-básico graves;
Crise tireotóxica ou coma mixedematoso com instabilidade hemodinâmica;
Estado hiperosmolar com coma e/ou Instabilidade hemodinâmica;
Outros problemas endócrinos com crise adrenal com instabilidade hemodinâmica
( Who, 2020).
Cirurgia
Pacientes de pós-operatório necessitando de monitoração hemodinâmica e suporte
ventilatório ( Who, 2020).
Sistema renal
Insuficiência renal aguda
Diversos
Choque séptico com instabilidade hemodinâmica;
Lesões por choque elétrico, afogamento, hipotermia;
Hipertermia maligna;
Distúrbios hemorrágicos complicados;
Politraumatizados ( Who, 2020).
6.5 Medicamentos
Os Medicamentos são produtos farmacêuticos, tecnicamente obtidos ou elaborados, com
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico (Lei nº 5.991 de
17/12/1973) ( Toneto et al., 2013).
6.5.1 Classificação dos medicamentos
o Quanto ao número de substâncias activas
- Simples: aqueles que contém apenas um princípio activo;
- Compostos: apresentam dois ou mais princípio activo ( ANVISA, 2012)
o Quanto a via de administração
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- Enteral: oral, sublingual, retal;
Reações adversas a medicamentos (RAM): São efeitos indesejáveis que ocorrem como
resultado do uso correto de um medicamento, dentro das doses terapêuticas recomendadas.
Essas reações podem ser previsíveis, como náuseas, sonolência ou tontura, ou imprevisíveis,
como reações alérgicas graves (França et al.,, 2021).
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Erros de medicação: São falhas no processo de uso de medicamentos, que podem ocorrer
em qualquer etapa, desde a prescrição até a administração. Isso inclui erros de prescrição,
dispensação, administração incorreta de medicamentos, confusão de nomes de medicamentos,
entre outros ( França et al., 2021).
Incompatibilidade física: Ocorre quando dois medicamentos não podem ser misturados em
uma mesma solução ou quando a mistura de medicamentos resulta em alterações físicas,
como precipitação, formação de cristais ou mudança de cor. Essa incompatibilidade pode
ocorrer quando medicamentos são misturados em uma seringa, frasco ou bolsa de infusão
( Paes et al., 2017).
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resultando em diminuição da eficácia terapêutica ou aumento dos efeitos colaterais ( Tonello
et al., 2013).
Interações por mecanismo de ação: Ocorre quando dois medicamentos atuam no mesmo
alvo ou via de ação no organismo, resultando em uma potencialização ou antagonismo dos
efeitos terapêuticos. Por exemplo, dois medicamentos que atuam para diminuir a pressão
arterial podem ter um efeito aditivo, levando a uma queda excessiva da pressão arterial
( David et al., 2013)
Interações por efeito aditivo ou sinérgico: Ocorre quando dois medicamentos com efeitos
semelhantes são administrados juntos, resultando em um efeito maior do que a soma dos
efeitos individuais. Por exemplo, a combinação de dois analgésicos pode proporcionar um
alívio da dor mais eficaz do que cada medicamento isoladamente ( David et al., 2013).
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6.10 Atenção farmacêutica
6.10.1 Historial
No século XX, o papel do farmacêutico associava-se à produção e comercialização de
produtos medicinais, além disso, esse profissional apresentava grande vínculo com equipes
de saúde e com o próprio paciente. No entanto, essa atuação tradicional sofreu uma
diminuição, a partir da Segunda Guerra Mundial, em função do desenvolvimento da indústria
farmacêutica (Chagas, 2013,p.11).
Esse fato levou a um descompasso entre a formação do profissional e as ações demandadas
pela sociedade, gerando uma frustração em alguns profissionais, pois os conhecimentos
adquiridos na graduação já não eram mais aplicados de forma permanente na prática diária e
acabavam se perdendo (Chagas, 2013, p.11).
A partir desta, o farmacêutico relacionado à área assistencialista distanciou-se das equipes de
saúde e dos pacientes, passando a ser visto apenas como um dispensador de produtos.
Nesse contexto surgiram, na década de 1960, líderes profissionais e educadores norte-
americanos que organizaram um movimento profissional com a finalidade de questionar a
formação e as atitudes do farmacêutico, bem como corrigir possíveis erros cometidos no
exercício de sua profissão.
Além disso, discutia-se o conceito de “orientação ao paciente” cuja consequência foi à
criação do termo Farmácia Clínica, a qual é “compreendida como uma atividade que
permitiria novamente aos farmacêuticos participar da equipe de saúde, contribuindo com seus
conhecimentos para melhor cuidado com a saúde do paciente” (Chagas, 2013, p.11).
Segundo o Comitê de Farmácia Clínica, da Associação dos Farmacêuticos de Hospitais dos
EUA, a Farmácia Clínica é uma ciência da saúde cuja responsabilidade é assegurar, mediante
a aplicação de conhecimentos e funções relacionadas com o cuidado dos pacientes, que o uso
dos medicamentos seja seguro e apropriado, necessitando de educação especializada e/ou
treinamento estruturado. Requer, além disso, que a coleta e interpretação de dados sejam
criteriosas, que exista motivação pelo paciente e que existam interações interprofissionais
( Chagas, 2013, p.11).
Entretanto, a atividade clínica exercida pelo farmacêutico não deve ser restrita a uma
determinada área, pois a exposição de agravos relacionados aos efeitos medicamentosos está
presente em qualquer ambiente em que haja usuários de medicamentos (Chagas, 2013, p.11).
A Farmácia Clínica, por sua vez, significou a introdução da orientação prática farmacêutica
ao paciente, mesmo apresentando ainda alguns conceitos que enfatizavam o medicamento e
não o paciente. A partir de então surgiu, entre o final da década de 1980 e o início de 1990, o
conceito de Atenção Farmacêutica, a fim de redirecionar o farmacêutico clínico à prestação
de serviços para a assistência individual (Chagas, 2013, p.11).
6.10.2 Conceitos
O termo Atenção Farmacêutica foi utilizado pela primeira vez por Mikeal (1975) como
Sendo:
“a assistência que um determinado paciente necessita e recebe, que assegura um uso seguro e
racional de medicamentos’’ (Nascimento, 2020).
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Posteriormente, em publicações de ciências farmacêuticas, a primeira definição de atenção
farmacêutica surgiu em um artigo publicado por BRODIE et al (1980):
“em um sistema de saúde, o componente medicamento é estruturado para fornecer um padrão
aceitável de atenção farmacêutica para pacientes ambulatoriais e internados. Atenção
Farmacêutica inclui a definição das necessidades farmacoterápicas do indivíduo e o
fornecimento não apenas dos medicamentos necessários, mas também os serviços para
garantir uma terapia segura e efetiva. Isto inclui mecanismos de controle que facilitem a
continuidade da assistência”.
Na ótica da OMS a Atenção Farmacêutica é:
“um conceito de prática profissional na qual o paciente é o principal beneficiário das ações do
farmacêutico. A atenção farmacêutica é o compêndio das atitudes, os comportamentos, os
compromissos, as inquietudes, os valores éticos, as funções, os conhecimentos, as
responsabilidades e as habilidades dos farmacêuticos na prestação da farmacoterapia com o
objetivo de obter resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do
paciente” (OMS, 2016).
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) propõe que Atenção Farmacêutica seja:
“um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica.
Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-
responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma
integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma
farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a
melhoria da qualidade de vida” (Nascimento, 2014).
De acordo com Cipole et al. (2013), Atenção Farmacêutica pode ser definida como:
“Prática na qual o farmacêutico assume a responsabilidade por satisfazer as necessidades
farmacoterapêuticas, proporcionar melhoria da qualidade de vida do paciente rumo ao
alcance de objetivos terapêuticos definidos e responde por esse compromisso.
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7 Capítulo III. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
7.1 Quanto a natureza
Pesquisa prática ou aplicada: caracteriza-se por seu interesse prático, isto é, os resultados
obtidos serão aplicados ou utilizados imediatamente, na resolução de problemas que ocorrem
na realidade ( Lakatos, 2017).
A pesquisa do presente estudo, portanto, é aplicada por tentar gerar conhecimentos que serão
aplicados no intuito de resolucionar problemas específicos ligados a atenção farmacêutica na
unidade de tratamento intensivo.
7.2 Quanto a forma de abordagem do problema
Pesquisa qualitativa: Consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem
espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que se
presumem relevantes, para analisá-los (Lakatos, 2010). É aquele que busca por resultados
qualificáveis.
Portanto, a pesquisa é qualitativa por tentar trazer resultados qualificáveis que serão
apresentados em forma de textos, tabelas.
7.3 Quanto aos objetivos
Pesquisa descritiva: segundo Silva & Menezes (2014, p.21) a pesquisa descritiva é aquela
que visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou
estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta
de dados: observações sistemáticas e questionários.
A pesquisa do presente estudo portanto, é descritiva porque irá descrever as contribuições da
atenção farmacêutica na unidade de tratamento mediante a observação e avaliação de
resultados existentes.
7.4 Quanto aos procedimentos técnicos
Pesquisa bibliográfica: é aquela elaborada a partir de materiais já publicados. Inclui
principalmente livros, artigos, dissertações,teses, períodicos atualmente disponibilizados na
internet.
O presente estudo é bibliográfico, porque irá se basear na utilização de materiais já
publicados ou estudados, como teses, dissertações, livros, períodos, artigos e sites de internet
para a sua elaboração.
7.5 Quanto ao método de pesquisa
Método dedutivo: é um tipo de estrutura de raciocínio lógico que, para chegar a uma
determinada conclusão específica, utiliza uma ideia generalizada. Isto é, parte de verdades
gerais e conclusões já conhecidas e existentes (Monteiro,2014).
A pesquisa todavia é dedutiva por tentar trazer por meio da dedução, o levantamento das
ideias gerais sobre a atenção farmacêutica em pacientes na unidade de tratamento intensivo
para chegar a uma determinada conclusão específica sobre a importância da mesma.
7.6 Quanto ao critério de Inclusão
Serão inclusas literaturas na língua Portuguesa, Inglesa e Espanhola, que abordarão matérias
citadas nos descritores em consideração a datação das publicações onde serão selecionadas a
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partir de 2012 a 2023, contudo serão incluídas algumas obras com a datação fora deste
período.
7.7 Quanto ao critério de exclusão
Serão excluídas no estudo todas as literaturas que não abordarão assuntos relacionados ao
tema ou apresentarem data da publicação inferior a 2012 e publicações em idiomas,
diferentes dos mencionados acima.
7.8 Técnicas de coleta de dados
A coleta de dados será feita por meio de consultas de livros, artigos, dissertações, teses,
períodos, documentos, monografia, e sites obtidos através da internet nos motores de busca
como: Google académico, PubMed, BVS (biblioteca virtual em saúde), Sientific Electronic
Library Online (SciELO), com o uso de palavras: unidade de tratamento intensivo, Atenção
Farmacêutica.
7.9 Quanto a estratégia de seleção
A estratégia de seleção será feita de forma de pesquisa bibliográfica, envolvendo livros,
artigos, dissertações, períodicos, documentos e sites de internet, publicados desde o período
de 2013 a 2023. Onde serão selecionados, informações de diferentes idiomas como
português, inglês e espanhol.
7.10 Apresentação de resultados
A apresentação dos resultados será feita através de meios computacionais como software da
Microsoft, em particular a Word e Excel, auxiliados com abordagem da revisão literária.
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8 Cronograma de actividades
Meses
Atividades
Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out
. . . . . . . . .
Escolha de
tema
Formação
de temas e
objetivos
Submissão
de proposta
do tema
Busca de
referências
bibliográfic
as
Elaboração
do projeto
Submissão
do projeto
Elaboração
da
monografia
Submissãod
a
monografia
Defesa da
monografia
19
9 Orçamento
20
10 Referências bibliográficas
21
https://www.metis.med.up.pt/index.php/Como_utilizar_uma_sonda_nasog%C3%A1st
rica.Paula, C.C.,
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