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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Ciências de Saúde


Curso de Licenciatura em Farmácia

Armando Manecas Bizeque

Relatório de Estagio em Farmácia Hospitalar e Clinica

Beira
2020
Armando Manecas Bizeque

Relatório de Estagio Farmácia Hospitalar e Clinica

Relatório apresentado á
coordenação do curso de
Licenciatura em Farmácia da
Universidade Católica de
Moçambique, Faculdade de
ciências de saúde, como requisito
parcial de conclusão do estagio
em Farmácia Hospitalar.
Orientadores do estágio
1. Msc. Manuel Américo
Canivete
2. dra. Anita Caetano Semente

Os supervisores de Estagio:
dr. Simone Armando Chunguane
dr. Paulino Alberto Franque

Período: De dia 26 de Outubro a


20 de Novembro de 2020

Beira
2020
Relatório de Estagio em Farmácia Hospitalar e Clinica

Avaliado por:________________________________
Nota:____________________________ (________)

________________________
(Armando Manecas Bizeque)

Beira
2020
I

I. Lista de abreviaturas
FILAs…………………………Ficha Individual de Levantamento de Anti-retrovirais
PF……………………………..Perfil Fármacoterapêutico

HCB………………………….Hospital Central da Beira

NID…………………………….Número de Identificação do Doente

PRMs…………………………...Problemas Relacionados aos Medicamentos

S/P………………………….….Sem/Peso

TARV……………………….…Tratamento Anti-retroviral.
Índice
I. Lista de abreviaturas...............................................................................................................................................I
CAPÍTULO I..................................................................................................................................................................1
1. Introdução..............................................................................................................................................................1
CAPÍTULO II.................................................................................................................................................................2
2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO..............................................................2
2.1. Identificação do local de estágio...................................................................................................................2
2.2. Sector de estágio I.........................................................................................................................................2
2.3. Sector do Estagio II.......................................................................................................................................3
2.4. Apresentação do local e sector de estágio.....................................................................................................3
2.4.1. Breve histórico do Hospital Central da Beira (HCB)...........................................................................3
2.4.2. Infra-estrutura do sector da Farmácia Publica......................................................................................4
2.4.4. Infra-estrutura do sector da Cirurgia I e II............................................................................................4
CAPÍTULO II.................................................................................................................................................................6
3. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NA FARMÁCIA PUBLICA-HCB..........................................................6
3.1. FARMÁCIA PUBLICA-HCB......................................................................................................................6
3.1.1. Assepsia do Local.................................................................................................................................6
3.1.2. Dispensa de Medicamentos ao Publico................................................................................................6
3.1.3. Actualização de Ficha Individual de Levantamento de Anti-retrovirais (FILAs)................................7
3.1.4. Pré- empacotamento de Medicamentos................................................................................................7
3.1.5. Lançamento de Receitas de TARV no Livro-diário de registo de anti-retrovirais...............................8
3.1.6. Registo dos movimentos nas Fichas de Stock......................................................................................8
3.1.7. Recepção dos medicamentos a partir do depósito Fornecedor;............................................................8
3.2. Cirurgia I e II-HCB.......................................................................................................................................9
3.2.1. Análise de Cardex.................................................................................................................................9
3.2.2. Abastecimento para as enfermarias dependentes (Dose unitária)........................................................9
3.2.3. Descarregamento de medicamentos nas Fichas de Stock...................................................................10
3.2.4. Perfil Fármacoterapêutico (PF)..........................................................................................................10
3.2.5. Ficha Fármacoterapêutica...................................................................................................................11
3.2.5.1. Cirurgia I e II/ Caso- I....................................................................................................................11
3.2.5.2. Cirurgia I e II/ Caso- II..................................................................................................................13
CAPITULO IV..............................................................................................................................................................16
4. CONCLUSÕES E SUGESTÕES........................................................................................................................16
5. Referencias Bibliográficas...................................................................................................................................17
CAPÍTULO I
1. Introdução

Este relatório surge no âmbito do Plano Curricular do 4º ano, I semestre do Curso de licenciatura
em Farmácia na Universidade Católica de Moçambique, tendo sido realizado de 26 de Outubro a
20 de Novembro de 2020. O Estágio foi realizado no Hospital central da Beira, concretamente na
Farmácia publica e na enfermaria da Cirurgia I e II respectivamente, tendo sido desenvolvidas
actividades inerentes a Farmácia Hospitalar e Clinica. Sendo esta uma unidade curricular de
carácter obrigatório, este estágio é uma importante vertente de formação, uma vez que este traz a
solidificação dos conhecimentos teóricos adquirido no processo de aprendizagem, especialmente
na área da farmácia Hospitalar/ Clinica, conhecimentos este necessário para a garantia da
efectividade e a segurança no tratamento.

O estágio tinha por finalidade conhecer na prática o papel do profissional farmacêutico dentro de
uma farmácia hospitalar bem como identificar suas principais atribuições dentro da farmácia
hospitalar, assim como sua participação nas equipas multidisciplinares. Teve duração de quatro
(4) semanas, tendo decorrido de 26 de Outubro a 20 de Novembro de 2020, nos dias normais de
expediente das 7H:00min a 11H:00min, com um total de 80horas.

Deste modo, o estágio foi de grande importância, em vista a preparar-me para um pleno
conhecimento de todas as actividades realizadas no campo farmacêutico. Em termos estrutural o
relatório está organizado em quatro (4) capítulos, sendo capitulam I constituído por introdução,
capitulo II identificação e apresentação do campo de estágio, Capitulo III actividades
desenvolvidas e por fim Capitulo IV é referente a Conclusões e sugestão assim com as
referências bibliográficas.

1
CAPÍTULO II
2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO

Neste capítulo, o estudante deve informar sobre a identificação dos local de estágio e de todos os

Sectores nos quais realizou o estágio.

2.1. Identificação do local de estágio

Nome: Hospital Central da Beira

Bairro: Macuti

Endereço: Av Mártires Revolução

Cidade/Província: Beira-Sofala

Telefone: +258 23 312 071

url: http:// e-mail:

2.2. Sector de estágio I

Nome do Sector de Estágio: Farmácia Publica-HCB

Data de início: 26 de Outubro de 2020

Data de término: 06 de Novembro de 2020

Carga Horária Semanal: 20Horas

Carga Horária Total: 40Horas

Orientadores no Sector de Estágio: Manuel Américo Canivete

Supervisor de Estágio da UCM: Paulino Alberto Fraque

2
2.3. Sector do Estagio II

Nome do Sector de Estágio: Cirurgia I e II

Data de início: 09 de Novembro de 2020

Data de término: 20 de Novembro de 2020

Carga Horária Semanal: 20Horas

Carga Horária Total: 40Horas

Orientadores no Sector de Estágio: Anita Caetano Semente

Supervisor de Estágio da UCM: Paulino Alberto Fraque.

2.4. Apresentação do local e sector de estágio


2.4.1. Breve histórico do Hospital Central da Beira (HCB)

Antigamente o actual Hospital Central da Beira (HCB) era designado por Hospital Rainha Dona
Amélia, que compreendia a residência das irmãs actualmente a direcção do Hospital. Com o
aumento da densidade populacional foi construído em 1964 o edifício do bloco principal. Com a
independência Nacional, o governo moçambicano através do Decreto-lei nº 05/1975, de 19 de
Agosto, conjugado presidencial da Machava do dia 24 de Julho de 1975, o conselho de ministros
decretou a nacionalização das clinicas privadas com vista a tornar a saúde aos serviços da
maioria, por considerar que a medicina privada, servia da doença com método de
enriquecimento. Por isso, o dia 24 de Junho de1975 é considerado como o dia das
nacionalizações. Foi nesse período a partir do 19 de Agosto de 1975 que todas missões passaram
a pertencer o Estado, onde a Missão de Macuti, a parte da igreja passou a chamar-se Sagrado
Coração de Jesus, a parte do Hospital (Rainha Dona Amélia) passou a chamar –se de Hospital
Central da Beira.

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2.4.2. Infra-estrutura do sector da Farmácia Publica

O sector da Farmácia Publica alocado no Hospital Central da Beira possui dois compartimentos
nomeadamente a farmácia pública propriamente dita assim como o depósito de medicamentos. A
equipa técnica da farmácia Publica é formada por total de 8 profissionais da farmácia onde (1 é
um técnico superior, 2 técnicos médio, 1 técnico básico, 4 técnicos voluntários da farmácia) e um
servente.

2.4.3. Principais actividades que são realizadas no sector da Farmácia Publica


 Assepsia
 Dispensa de Medicamentos
 Recepção dos medicamentos a partir do depósito Fornecedor;
 Inventário;
 Registo de Ficha Individual de Levantamento de Anti-retrovirais (FILAs);
 Pré-empacotamento de Medicamentos;
 Lançamento de Receitas de TARV no Livro-diário de registo de anti-retrovirais;
 Actualização dos movimentos nas Fichas de Stock.
2.4.4. Infra-estrutura do sector da Cirurgia I e II
2.4.4.1. Cirurgia I

Recursos humanos: a cirurgia I é composta por uma equipa multidisciplinar constituída por um
total de 17 enfermeiros; 15 Médicos onde 8 são médicos generalistas e 7 Especialistas; 4 agentes
de serviço; um administrativo; 1 técnico de acção social; 2 copeiros e 3 a tendentes e por fim 1
administrativo.

2.4.4.2. Cirurgia II

Recursos humanos: a cirurgia II também é composta por uma equipe multidisciplinar a saber:
11 medicos onde 9 são médicos especialistas e 2 são médicos generalistas; 11 enfermeiros onde
10 são técnicos com ensino médio e tecnico com ensino superior; 4 agentes de serviço; 2
voluntarias onde uma é voluntária é técnica media da farmácia e o outra é técnica com ensino
médio da enfermagem; 3 a tendente; 1 técnico da farmácia; 1 técnico de acção social e por fim 1
administrativo.

Infra-estruturas: a cirurgia II é composta por um total de 7 quartos e 54 camas.

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2.4.4.3. Principais actividades que são realizadas no sector da Cirurgia I e II
 Assepsia;
 Análise de Cardex;
 Abastecimento para as enfermarias dependentes (Dose unitária);
 Descarregamento de medicamentos nas Fichas de Stock

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CAPÍTULO II
3. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NA FARMÁCIA PUBLICA-HCB
3.1. FARMÁCIA PUBLICA-HCB

3.1.1. Assepsia do Local

Define-se como sendo um conjunto de técnicas usadas para inibir a penetração de


microrganismos num ambiente que obviamente não o tem, logo um ambiente asséptico é aquele
que esta isenta de infecção (Moriya & Modena, 2008).

Realizei a assepsia do local de trabalho com o objectivo de eliminar os possíveis contaminantes


existentes no local bem como evitar a contaminação cruzada. Esta actividade foi efectuada com
auxílio de gases e álcool a 70%.

Com esta actividade supracitada aprendi que antes da realização de qualquer actividade na
farmácia deve-se realizar a assepsia do local de modo a garantir a higienização do local.

3.1.2. Dispensa de Medicamentos ao Publico

Dispensação é o acto farmacêutico de distribuir um ou mais medicamentos a um paciente,


geralmente como resposta á apresentação de uma prescrição elaborada por um profissional
autorizado. Neste acto, o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado de
medicamento (Marine et al 2003; Arias, 1999, cit.em Angonesi & Renno, 2011)

Dispensei medicamentos na Farmácia Publica mediante a apresentação da receita médica


observando os princípios básicos da prescrição médica nomeadamente n o de formulário de
medicamento, carimbo, assinatura do prescritor, duração de tratamento, dosgem, dose, posologia,
e nome genérico do medicamento.’

Aprendi que um medicamento só pode ser dispensado da farmácia para o público mediante a
apresentação da receita medica obedecendo os itens supra citado.

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3.1.3. Actualização de Ficha Individual de Levantamento de Anti-retrovirais
(FILAs)
Ficha individual de Levantamento ARVs: é um instrumento individual usado para o registo de
dados referentes aos aviamentos de ARVs a partir das Farmácias na unidade sanitária (Isse,
Cuco, Couto, Macome et al, 2015).

A actualização das FILAs objectiva a controlar a adesão ao tratamento anti-retroviral do doente.


Realizei esta actividade mediante a recepção do cartão do Doente, cujo na base do mesmo
identifiquei a FILA no ficheiro móvel e actualizei a data do próximo levantamento de ARVs.

Com esta actividade aprendi que é indispensável a actualização das FILAs para identificar os
Doentes aderentes e não aderentes ao tratamento.

3.1.4. Pré- empacotamento de Medicamentos

Réembalagem é essencialmente utilizada quando é necessário haver fraccionamento de


Comprimidos ou quando a individualização da forma farmacêutica não permite manter no blister
a informação necessário referente a DCI, dosagem, lote, prazo de validade. Este processo de ré
embalagem visa assegurar a existência de medicamento prescrito na dose prescrita com
segurança e qualidade. (Machado, 2014).

Realizei o pré-empacotamento de medicamento com o objectivo de dispensar os medicamentos


prescritos na receita medica na quantidade certa, uma vez que os mesmos vêm nos frascos de
100, 500 e 1000 medicamentos. Efectuei esta actividade com auxílio de um contador de
medicamento, cujo mesmo possibilita a contagem dos medicamentos na quantidade pretendida, e
em seguida coloquei os medicamentos nos cartuchos. De salientar que antes dessa actividade
verifiquei se os medicamentos estavam em condições adequadas para ser pré-empacotadas, isto,
no que concerne a prazo de validade e propriedades organolepticas.

Aprendi que na ausência de medicamentos em carteiras pode se empacotar os mesmos e


dispensar para o doente ambulatório.

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3.1.5. Lançamento de Receitas de TARV no Livro-diário de registo de anti-
retrovirais
Livro-diário de Registo de Anti-retrovirais: é um instrumento utilizado para o registo de
dados referentes aos aviamentos de ARVs, pacientes que iniciaram TARV pela 1ª vez a partir
das Farmácias na unidade sanitária (Isse, Cuco, Couto, Macome et al, 2015).

Efectuei o lançamento de receitas de TARV no livro-diário de registo de ARVs para o melhor


controlo dos Doentes em TARV bem como para controlo da aderência ao TARV. Com auxílio
da receita médica registei o NID, a data, as quantidades do medicamento dispensadas, a linha
terapêutica conforme vem escrito no livro-diário de registo de ARVs.

Aprendi que não basta somente aviar uma receita de ARVs ao doente, mas porem há necessidade
do preenchimento de alguns modelos que auxiliam na gestão desses medicamentos, dentre os
quais destaca-se o livro de registo diário de ARVs.

3.1.6. Registo dos movimentos nas Fichas de Stock


Ficha de Stock: é o instrumento obrigatório no registo de entradas, saídas, Inventário bem como
da quantidade de reforço pedida ao depósito Fornecedor (Fernandes, Elyas, Soma, Namburete,
Gasuguru, Chunguane, 2008).

Efectuei a actualização das Fichas de Stock com o objectivo de registar os movimentos de


entradas e saídas de medicamentos. Realizei esta actividade com auxílio de uma Guia de
remessa/ Entrada para o registo das entradas a partir do depósito fornecedor.

Com esta actividade aprendi que a Ficha de Stock é um instrumento extremamente indispensável
para a gestão e controlo de medicamentos.

3.1.7. Recepção dos medicamentos a partir do depósito Fornecedor;


Recepção de Medicamentos: é o acto de conferência em que se verifica a quantidade dos
produtos solicitados e recebidos, ou seja, se os medicamentos entregues estão em conformidade
com as condições pré-estabelecidas no edictal e conforme nota fiscal (Blatt, Campos, Becker,
2011).

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Realizei a recepção de fármacos do depósito de HCB para farmácia pública, e carreguei os
medicamentos em caixas apropriadas, identificadas com o nome da farmácia e com o livro da
requisição. Durante a recepção dos medicamentos comprovei as quantidades escritas na guia de
remessa e a quantidade entregue bem com o prazo de validade.

Aprendi que durante a recepção dos medicamentos deve se conferir os medicamentos de modo a
identificar as possíveis discrepâncias entre a quantidade aviadas e quantidades patentes na guia
de remessa.

3.2. Cirurgia I e II-HCB


3.2.1. Análise de Cardex

Realizei a actividade supracitada com o objectivo de avaliar se a medicação feita pelo doente
estava em conformidade com diagnóstico clinico, não só mas também, avaliar se havia alguma
incompatibilidades no que concerne a dose, frequência da administração, forma farmacêutica, via
de administração dos medicamentos administrados bem como as possíveis interacções
medicamentos, reacções alérgicas e contra-indicações. Efectuei esta actividade com auxilio do
processo clinico do doente (diários clinico, Cardex) e Fichas de analise de Cardex, onde fiz o
preenchimento das Fichas.

Aprendi que m ediante as Fichas de análise Cardex é possível fazer o estudo do Cardex e
detectar as possíveis incompatibilidades com a medicação que esta sendo realizada pelo doente.

3.2.2. Abastecimento para as enfermarias dependentes (Dose unitária)


Dispensação: consiste numa em que os medicamentos solicitados são separados na Farmácia e
enviados para fase enfermaria onde o paciente se encontra (Filho, Frezza, Matsuno, Teresinha,
Cassiolato, Bitar, Pereira & Favero, 2013).

Fiz o abastecimento de medicamentos para a enfermaria dependente de modo a fazer a reposição


de stock bem como suprir as necessidades da enfermaria. Realizei esta actividade mediante a
observação dos medicamentos que estavam em falta na enfermaria, ou seja, através dos cardex
foi possível constatar quais são os medicamentos que os doentes internados estavam a fazer e ver
se havia necessidade de fazer a reposição de stock ou não, tendo em conta o stock existente na
enfermaria.

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Aprendi que deve-se fazer uma reposição constante de medicamentos nos serviços de
internamento de modo a garantir sempre a existência de medicamentos nas enfermarias
favorecendo assim que o doente sempre tenha a sua disposição os medicamentos patentes na sua
folha terapêutica.

3.2.3. Descarregamento de medicamentos nas Fichas de Stock


A ficha de stock é de uso diário e é utilizada a nível das enfermarias para registar os movimentos
de medicamentos (entradas e saídas) e tem como objectivo aumentar a transparência na gestão
dos medicamentos, controlar a quantidade de medicamentos existentes (Fernandes, Elyas, Soma,
Namburete, Gasuguru, Chunguane, 2008).

Realizei esta actividade com o objectivo de actualizar a ficha de stock as quantidades dos
medicamentos existentes. Efectuei esta actividade com auxílio de uma caneta de cor azul e o
modelo 3 (Ficha de stock) dos medicamentos e procedi com preenchimento do mesmo.

Aprendi que após do aviamento de um medicamento para o sector dependente deve-se sempre
proceder com o descarregamento (registo de saídas) na ficha de stock.

3.2.4. Perfil Fármacoterapêutico (PF)

É uma anotação cronológica de informação de fundamental importância, pois demostra uma


relação permanente entre o profissional de farmácia, paciente, medico bem como os enfermeiros,
sobretudo nas farmácias ambulatórias ou das enfermarias.

Realizei a actividade do preenchimento da ficha fármacoterapêutica com a finalidade de


identificar, prevenir ou tratar os problemas relacionados aos medicamentos pelo paciente bem
como identificar, prevenir as interacções medicamento-medicamento e medicamento-alimento,
para ale de outros objectivos. Efectuei esta actividade com base na consulta do processo clinico
do doente bem como através da interacção com o doente para a obtenção de outros dados
subsequentes necessários para o preenchimento da ficha Farmacoterapêutica.

Aprendi que através desta ficha fármacoterapêutica pode-se reduzir a morbidade associada a ma
utilização dos recursos terapêuticos.

3.2.5. Ficha Fármacoterapêutica


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3.2.5.1. Cirurgia I e II/ Caso- I
3.2.5.1.1. Identificação do Paciente.

Letras iniciais do nome completo do Paciente: J. F. M NID: 18408 N° da cama: 59

Ocupação: Comerciante Idade: 40 Sexo: M Peso: S/P Limitação: Visão

Outras limitações: Não referiu.

Alergia: Não apresentou qualquer reacção alérgica ao tratamento.

3.2.5.1.2. Averiguação
3.2.5.1.2.1. Diagnostico feito pelo médico, com a respectiva data

No dia 10 de Novembro de 2020 foi feito o diagnóstico clinico pelo médico Cirurgia II e os
resultados mostraram a existência de Carcinoma epidermoide da Boca.

3.2.5.1.2.2. Objectivos terapêuticos

Teve-se como objectivo terapêutico alivia da dor bem como tratar a causa com
quimioterapia/Cirurgia.

3.2.5.1.2.3. Dados subjectivos:

O doente queixa-se de dores na face, dificuldade de se alimentar, febre.

3.2.5.1.2.4. Dados objectivos:

Os sinais observados no doente foram: inflamação na face direita.

3.2.5.1.2.5. Terapia Farmacológica

No dia 11 de Novembro de 2020 o J. F. M. começou com a medicação de Ampicilina, sódica Inj.


500 mg – Ampola de 6/6h por via intravenosa; Metronidazol 250mg numa dose de 500mg (2cp)
de 8/8h por via oral, Ibuprofeno de 400mg de 8/8h por via oral.

3.2.5.1.2.6. Terapia não Farmacológica

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Não foi aplicada nenhuma terapia não farmacológica.

3.2.5.1.2.7. Problemas relacionados com Medicamentos

Questionei o doente quanto ao surgimento de qualquer complicação desde o início do tratamento


farmacológico. No entanto, o paciente alegou que não apresentava nenhuma complicação.

3.2.5.1.2.8. Reacções adversas ao Medicamentosas

Não referiu qualquer reacção adversa ao medicamento

3.2.5.1.2.9. Proposta da solução:

Não aplicável, pois a paciente não referiu qualquer reacção adversa.

3.2.5.1.2.10. Interacções medicamento-medicamento medicamento-


alimento

De um modo geral, a medicação não apresentava nenhuma incompatibilidade.

3.2.5.1.2.11. Proposta da solução

Não aplicável, pois verifiquei nenhuma interacção medicamentosa.

3.2.5.1.2.12. Sobredosagem, subdosagem medicamento inadequado

De modo geral, não verifiquei nenhuma sobredosagem, subdosagem bem como a prescrição de
um medicamento inadequado.

3.2.5.1.2.13. Proposta da solução

Não aplicável, pois não verifiquei nenhum nenhuma sobredosagem ou administração de


medicamentos com doses subterapêuticas bem com administração de medicamentos
inadequados.

3.2.5.1.2.14. Cumprimento da prescrição medica

Não registei situações de omissão da dose, posologia, ou seja, todos os medicamentos foram
administrados ao paciente.

3.2.5.2. Cirurgia I e II/ Caso- II

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3.2.5.2.1. Identificação do Paciente.

Letras iniciais do nome completo do Paciente: B. M. NID: 3318 N° da cama: 6

Ocupação: Não referiu Idade: 59 Sexo: F Peso: 49,3 Limitação: Não referiu

Outras limitações: Não referiu.

Alergia: Não apresentou qualquer reacção alérgica ao tratamento.

3.2.5.2.2. Averiguação
3.2.5.2.2.1. Diagnostico feito pelo médico, com a respectiva data

No dia 14 de Novembro de 2020 foi feito o diagnóstico clinico pelo médico e os resultados
mostraram a existência tumor abdominal e anemia moderada.

3.2.5.2.2.2. Objectivos terapêuticos

Teve-se como objectivo terapêutico tratar a anemia bem como remover o tumor abdominal.

3.2.5.2.2.3. Dados subjectivos:

O doente queixa-se de dores abdominais, fadiga, anorexia.

3.2.5.2.2.4. Dados objectivos:

Durante a interacção com doente o mesmo referiu dores abdominais intensas. E na busca do
diagnostico definitivo o medico cirurgião pediu a realização de exames de Hemograma,
Bioquímica, Glicemia e radiografia do Torax.

3.2.5.2.2.5. Terapia Farmacológica

No dia 14 de Novembro de 2020 a B. M. começou com a medicação com Paracetamol 500mg de


8/8h por via oral; Multivitamina 1cp/dia por via oral, Ceftriaxona Inj. 1 g/4 mL numa dose de 1g
de 12/12h por via intravenosa; Lactato de ringer/solução de Hartmann Inj. - fr. 1000 ml, por via
intravenosa; Sulfato ferroso numa dose de 200 mg de sulfato ferroso (65 mg de ferro elementar)
de 12/12h por via oral.

3.2.5.2.2.6. Terapia não Farmacológica

13
Não foi aplicada nenhuma terapia não farmacológica.

3.2.5.2.2.7. Problemas relacionados com Medicamentos

Questionei o doente quanto ao surgimento de qualquer complicação desde o início do tratamento


farmacológico. No entanto, o paciente alegou que não apresentava nenhuma complicação.

3.2.5.2.2.8. Reacções adversas ao Medicamentosas

Não referiu qualquer reacção adversa ao medicamento

3.2.5.2.2.9. Proposta da solução:

Não aplicável, pois a paciente não referiu qualquer reacção adversa.

3.2.5.2.2.10. Interacções medicamento-medicamento medicamento-


alimento

De um modo geral, a medicação não apresentava nenhuma incompatibilidade.

3.2.5.2.2.11. Proposta da solução

Não aplicável, pois não verifiquei nenhuma interacção medicamentosa.

3.2.5.2.2.12. Sobredosagem, subdosagem medicamento inadequado

De modo geral, não verifiquei nenhuma sobredosagem, subdosagem bem como a prescrição de
um medicamento inadequado.

3.2.5.2.2.13. Proposta da solução

Não aplicável, pois não verifiquei nenhum nenhuma sobredosagem ou administração de


medicamentos com doses subterapêuticas bem com administração de medicamentos
inadequados.

3.2.5.2.2.14. Cumprimento da prescrição medica

Não registei situações de omissão da dose, posologia, ou seja, todos os medicamentos foram
administrados ao paciente.

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Recomendações Finais: No processo clinico do doente não vinha todos os dados necessários
para o preenchimento da Ficha fármacoterapêutica. Entretanto, recomendo aos profissionais de
saúde afecto no sector da cirurgia I e II sobretudo os enfermeiros e médicos, a prestarem mais
atenção no que diz respeito ao lançamento de dados no processo clinico do doente, de modo a
facilitar o trabalho de outros profissionais que pretendam fazer a recolha de dados nesses
processos.

15
CAPITULO IV
4. CONCLUSÕES E SUGESTÕES

Finda esta etapa é chegado o momento de avaliar o meu percurso, o que para me se torna fácil,
pois tive a oportunidade de aprender com uma equipa multidisciplinar a altamente motivada.
Pude consolidar e aplicar os conhecimentos que fui adquirindo ao longo do curso bem como
adquiri as novas aprendizagem na prática, tal como contribuiu para aquisição de competências
que serão úteis no desempenho da profissão farmacêutica. Tive a oportunidade de participar
diariamente nas distintas actividades realizadas pelo farmacêutico na Farmácia hospitalar, o que
me permitiu uma visão real da sua participação no circuito de medicamento.

Portanto, fiquei satisfeita ao constatar o quão valioso é o papel do farmacêutico no Hospital. No


entanto, durante a minha estadia no HCB especificamente nos sectores onde estive alocado,
deparei-me com algumas situações que merecem destaque. Notei que a um a fraco
acompanhamento do profissional da saúde sobretudo os enfermeiros e médicos ao estudante tal
como a participação do farmacêutico na área da farmácia hospitalar. Quanto ao fraco
acompanhamento, isso contribuiu negativamente na aquisição de dados, pois eu não conseguia
entender alguns termos e não tinha alguém disponível para esclarecer as minhas dúvidas, pois o
profissional encontrava-se a efectuar outras actividades. Como sugestão, na minha opinião penso
que deveria haver mais acompanhamento dos profissionais aos estudantes de modo a transmitir
um conhecimento sólido, não só mas também, deveria haver um acompanhamento e participação
activa dos profissionais de farmácia aos doentes tanto como na área da farmácia hospitalar
respectivamente, de modo a melhorar os resultados terapêuticos e contribuindo assim para o
alcance de resultados terapêutico.

Em suma, acredito que este estágio foi fundamental para conhecer uma realidade completamente
diferente da farmácia hospitalar/ Clinica.

16
5. Referencias Bibliográficas
1. Angonesi, D., Renno, M. U. P. (2011). Dispensação farmacêutica: proposta de um
modelo para pratica.
2. Blatt, C. R.,Campos, C. M. T., Becker, I. R. T. (2011). Gestão de assistência
Farmacêutica.
3. Fernandes, A., Elyas, B., Soma, D., Namburete, D., Gasuguru, D., Chunguane, D. et al.
(2008). Manual de Procedimentos dos Centros de Saúde: Gestão, Controlo e dispensa de
medicamentos. (3ª Ed).
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