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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES

CÂMPUS DE SANTIAGO
PRÓ-REITORIA DE ENSINO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

MARIA EDUARDA ESTIVALET ALVES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO FARMACÊUTICO B

SANTIAGO – RS
MARIA EDUARDA ESTIVALET ALVES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO FARMACÊUTICO B

Relatório apresentado como


requisito parcial à obtenção da
aprovação na Disciplina de
Estágio Farmacêutico B, Curso
de Farmácia, Departamento de
Ciências da Saúde da
Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões –
Câmpus de Santiago.

Orientadora: Profa. M. Liana


Pedrolo canterle

SANTIAGO – RS
2022
MARIA EDUARDA ESTIVALET ALVES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO FARMACÊUTICO B

Relatório apresentado como


requisito parcial à obtenção da
aprovação na Disciplina de
Estágio Farmacêutico B, Curso
de Farmácia, Departamento de
Ciências da Saúde da
Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões –
Câmpus de Santiago.

Santiago, 25 de novembro de
2022.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 5
2 OBJETIVOS .................................................................................................. 7
2.1 Objetivo geral ............................................................................................ 7
2.2 Objetivos específicos ............................................................................... 7
3 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO FARMACÊUTICO B .......................... 8
3.1 Informações pertinentes sobre o estágio ............................................... 8
3.2 Infraestrutura do local do estágio ........................................................... 8
3.3 Descrição das atividades desenvolvidas no decorrer do estágio ........ 9
3.3.1 Dispensação de medicamentos ............................................................. 10
3.3.2 Dispensação de medicamentos de controle especial ............................ 11
3.3.3 Registro e escrituração sobre medicamento de controle especial ......... 12
3.3.4 Controle de estoque, verificação da validade de medicamentos e
descarte de medicamentos vencidos ........................................................ 12
3.3.5 Acompanhamento de Serviços Farmacêuticos ...................................... 13
3.3.6 Verificação de temperatura e umidade ambiental e da geladeira .......... 13
4 CONCLUSÕES............................................................................................ 15
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 16
1 INTRODUÇÃO

Antes de adentrar-se às atividades desenvolvidas em si na Central de


Abastecimento Farmacêutico (CAF), convém realizar uma breve explanação
sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), como forma de contextualizar o que foi
observado e vivenciado. O SUS trata-se de um dos maiores sistemas de gestão
de saúde pública do mundo, pois garante acesso integral, universal e gratuito a
toda a população do Brasil, abrangendo desde procedimentos simples até
complexas cirurgias e transplantes de órgãos (BRASIL 2022)
A partir da Constituição Federal de 1988, a saúde passou a ser um direito
de todos e um dever do estado, nos termos do artigo 196 da Carta Republicana
(Constituição Federal, 1988). Observa-se a relevância de tal informação, posto
que até então a assistência fornecida pelo pelo estado era apenas para os
trabalhadores vinculados à previdência social. Observa-se que atualmente o
SUS é regulamentado pela Lei 8.080/90, a qual define seus princípios,
organização, objetivos, responsabilidade dos entes, direitos e deveres dos
cidadãos, entre outros (BRASIL, 1990).
A Lei nº 8.080/1990 inclui no campo de atuação do SUS
a assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica (art. 6º, I, d), com a
distribuição de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, conforme
as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença a ser
tratada. (BRASIL, 1990). Além disso, abre caminho para que a atuação do
farmacêutico vá além do ciclo da assistencia farmacêutica, e tenha no paciente
seu foco principal.
Dentro desse contexto, conforme a Resolução nº 338, de 06 de maio de
2004, define-se que a assitência farmacêutica é o conjunto de práticas voltadas
à promoção, à proteção e a recuperação da saúde tanto individual quanto
coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial que visa promover o
acesso e o seu uso racional (BRASIL, 2004).
Como forma de melhor garantir segurança aliada à eficácia no
desempenho desta assistência, o profissional utiliza de importantes documentos
norteadores que auxiliam no melhor desempenho da função, os quais são: a
Política Nacional de Medicamentos (PNM), regulamentada por meio da Portaria
GM/MS 3916/1998, pela Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
(RENAME), além da Resolução n 338/2004, que define a Política Nacional de
Assistência Farmacêutica, conforme citado acima.
Por fim, é importante atentar-se para o conceito de Farmácia Básica, a
qual é descrita como um estabelecimento capaz de racionalizar a distribuição
de medicamentos essenciais e permite o tratamento eficaz e a menor custo das
doenças mais comuns que afetam a população brasileira. Ela é também
destinada de maneira exclusiva à atenção básica de saúde na rede do SUS, em
âmbito ambulatorial (BRASIL,1997)
A partir deste contexto, são apresentadas nas paginas subsequentes as
atividades desempenhadas durante o estágio farmacêutico B, na CAF, órgão
ligado à Secretaria de Saúde de Santiago-RS, responsável pela assistência
farmaceutica municpal.
1 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Analisar e compreender a rotina e a atuação do profissional


farmacêutico no âmbito da saúde pública, bem como o funcionamento da
farmácia básica de uma forma global.

2.2 Objetivos específicos

- Verificar como ocorre a dispensação de medicamentos na esfera da


saúde pública municipal;
- Observar a estrutura (ambiente, estoque, sistema de informação,
descarte, etc..) e a dinâmica do fornecimento de medicação pelo município de
Santiago à sua população;
- Verificar como ocorre na prática a dispensação de medicamentos, suas
exigências legais e a atenção farmacêutica ao público, realizadas pelo
profissional farmacêutico;
- Acompanhar as atividades diárias da CAF, como controle de estoque,
verificação e controle de temperatura e umidade, descarte de medicamerntos
vencidos.
3 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO FARMACÊUTICO B

3.1 Informações pertinentes sobre o estágio

O Estágio Farmacêutico B foi realizado na empresa Farmácia Básica,


CNPJ 87.897.740/0001-50, localizada no município de Santiago-RS, no período
de 07 de julho a 27 de julho de 2022, no horário das 08:00 às 14:00 horas,
totalizando 80 horas, conforme previsto no regulamento do estágio. A supervisão
local ficou a cargo da farmacêutica Thaís Andrielly de Freitas Melo (CRF-RS nº
551403) e a orientação da professora Liana Pedrolo Canterle (CRF-RS nº 9306)

3.2 Infraestrutura do local do estágio

O presente estágio foi realizado na Farmácia Básica, um dos setores da


da Central de Abastecimento farmacêutico, situado na rua Dr. Rivota, 353,
Centro do município de Santiago.
Em relação à infraestrutura, a farmácia conta com um espaço que, ainda
que possa ser melhorado, atende de forma completa e satisfatória às
necessidades da população. Logo na entrada, observa-se o quão empenhada
está a gestão municipal em cumprir suas obrigaçoes legais, uma vez que há
acessibilidade por meio de uma rampa de acesso.
Adentrando-se efetivamente na primeira sala, encontra-se um espaço de
espera com algumas cadeiras disponíveis ao público. Na sala de atendimento e
dispensação de medicamentos existem três guiches, todos equipados com
computadores. Pode-se também observar a disponibilização dos seguintes
documentos disponíveis ao público: alvará sanitário, cujo orgão expedidor é o
responsável pela vigilância sanitária municipal; a certidão de regulariedade
técnica emitida pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF), nos termos da
Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 44, de 17 de agosto de 2009; e O
Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros, expedido pelo respectivo
orgão.
No ambiente acima descrito basicamente era realizada toda a parte de
atendimento ao público, contando com serviços como dispensação de
medicamentos e orientações aos pacientes. Posterior aos guiches ficam,
também visível ao público, uma prateleira com uma grande variedade de
medicamentos, tais como antimicrobianos, anti-inflamatórios, analgésicos entre
outros; e um armário com anticoncepcionais e alguns injetáveis.
Em uma porta ao fundo da referida sala, há armários disponíveis para
medicação controlada, que ficam devidamente chaveados, de acesso exclusivo
aos farmacêuticos. Juntamente nesse ambiente ficam as geladeiras destinadas
ao termolábeis, os armários dos antibióticos, parte do estoque do Programa
“Farmácia Solidária”, bem como computadores relacionados às atividades
administrativas. No mais, a estrutura conta com uma sala para uso exclusivo das
farmacêuticas, dois banheiros e uma copa. Mais ao fundo está localizada uma
parte destinada a um estoque maior de medicamentos, fraldas e suplementos
alimentares.
Quanto ao quadro de funcionários, a Farmácia Básica conta com os
seguintes colaboradores: 03 farmacêuticas, 02 técnicas de farmácia; 08
estagiários e uma auxiliar de serviços gerais.
Convém destacar que há na estrutura um moderno sistema de
informação, denominado “Sistema Integrado de Gestão de Serviços de Saúde
(SIGSS), responsável pela movimentação e arquivamento de dados essenciais
à dinámica do serviço de fornecimento de medicação pelo município.

3.3 Descrição das atividades desenvolvidas no decorrer do estágio

Por ocasião do estágio foram realizadas as seguintes atividades:


dispensação de medicamentos, verificação e controle de validade dos
medicamentos, controle de estoque, manipulação do sistema integrado de
gestão do serviço de saúde. Observa-se que a dispensação de medicamentos
também ocorria para as unidades báscias de saúde do municipio, como:
Estratégias de Saúde da Família (ESFs), Presídio Estadual de Santiago, Asilo
Santa Isabel e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Nas páginas
subsequentes, serão apresentadas, de forma articulada, as atividades
anteriormente citadas.
3.3.1 Dispensação de medicamentos

Quanto à dispensação de medicamentos no CAF, esta tinha como


pressuposto básico e obrigatório a apresentação do receituário fornecido pelo
SUS, cujas informações no ato eram lançadas no sistema Integrado de Gestão
do serviço de saúde (SIGSS). Para fins de dispensação, o referido sistema
solicitava os seguintes dados: nome e número do cadastro no CRM do médico
responsavél por emitir o receituário, nome completo do paciente, nome do
medicamento e quantidade a ser dispensado. Importante ressaltar que o sistema
está interligado com as ESFs, o que possibilita o acesso ao cadastro de
pacientes, seja ultilizando seu nome completo, seja por meio de seu número de
Cadastro de pessoa física(CPF) ou cartão SUS, permitindo também acesso ao
histórico de dispensação de medicamentos de cada usuário do SUS.
Observa-se que, nos termos da RDC nº44, de 17 de agosto de 2009 cabe
ao farmacêutico o dever de, por ocasião da dispensação de medicamentos,
conferir a legitimidade e veracidade dos dados contidos na receita (BRASIL,
2009). Ou seja, havia rigorosa verificação documental antes da efetiva
dispensação de medicamentos.
Para a maioria dos medicamentos, principalmente para doenças crônicas,
como diabetes e hipertensão arterial, por serem de uso contínuo, o tratamento
era fornecido para um período correspondente a dois meses. Salienta-se que
para os pacientes insulino-dependentes e gestantes portadoras de diabetes,
uma vez comprovada a necessidade por laudo médico, o CAF disponibilizava
completo tratamento mediante a disponibilização de aparelhos glicosímetros,
tiras de verificação de glicose, seringas e agulhas.
Por fim, destaca-se que os medicamentos dispensados à população em
geral também eram para aqueles em situação de vulnerabilidade tais como,
presidiários e idosos moradores de casas asilares, sendo que a apresentação
da receita médica se dava por meio de um responsável por esses locais.
3.3.2 Dispensação de medicamentos de controle especial

No tocante à dispensação de medicamentos de controle especial no


período de estágio, pode-se constatar que esses eram armazenados em um
armário com chaves destinado exclusivamente para esta espécie de medicação.
Também observou-se que a responsabilidade da medicação constante no
referido armário tratava-se de uma atividade destinada ao farmacêutico, nos
termos da Portaria nº344, de 12 de maio de 1998.
Ainda no que refere-se à portaria acima citada, convém ressaltar, que a
mesma é responsável por aprovar o Regulamento Técnico relativo a medicação
de controle especial. Observa-se que essas substâncias estão dispostas em
listas nos seguintes termos: A1 e A2 entorpecentes, A3 psicotrópicas, B1 e B2
psicotrópicas, C1 outras substâncias relacionadas a controle especial, C2
retinóicas e C3 imunossupressores (BRASIL, 1998).
Ao tratar-se da efetiva dispensação de medicação de controle especial
em si, em um primeiro momento era necessário observar se todos os itens
constantes no receituário estavam devidamente preenchidos. Assim analisava-
se a data de emissão, prazo de validade, nome do medicamento, quantidade
correta que deveria ser dispensada, dosagem,posologia, tempo de tratamento,
dados relacionados ao médico emissor da receita, em fim, tudo aquilo exigido
pela Portaria n° 334 de 1998 (BRASIL, 1998). Importante salientar que essa
espécie de medicação esta sujeita a uma receita de controle especial, com prazo
de validade de um mês, nos termos da referida portaria. Observa-se também
que devido ao CAF ser um orgão municipal a receita deve ser originária do
sistema SUS.
Ainda no que se refere aos receiturários em si, convém ressaltar que eram
recebidas duas espécies de receitas de medicamentos controlados, sendo uma
identificada pela letra “B” (cor azul) e outra pela letra “C1” (cor branca). Na
notificação de receita do tipo B havia um número de notificação cuja finalidade
era o rastreio e registro pelo órgão de Vigilância, sendo emitida em apenas uma
via, que ficava retida no CAF. Já quanto ao Receituário de Controle Especial do
tipo C, continha duas vias, sendo que a primeira fica armazenada na farmácia
municial e a segunda via era devolvida ao paciente para orientaçao sobre a
posologia.
Quanto aos antimicrobianos, tais como azitromicina 500 mg, amoxicilina
500 mg entre outros, sua dispensação é regulamentada pela RDC N° 471 de 23
de fevereiro de 2021, cuja validade da receita se dá pelo período de 10 dias
(salvo casos de tratamento contínuo em que o período de validade é 3 meses) a
partir da data de emissão (BRASIL, 2021). Ainda quanto a esta medicação,
observa-se que ao ser dispensada conferia-se na receita nome do
paciente,carimbo do profissional emissor, assinatura, data e posologia, sendo
esse documento em duas vias. Após a conferência lançava-se os dados no
sistema SIGSS, entregava-se a medicação ao paciente juntamente com a
primeira via do receituário na qual constava o carimbo de entregue, sendo que a
segunda via ficava retida junto ao orgão municipal.

3.3.3 Registro e escrituração sobre medicamento de controle especial

Referente ao registro e escrituração de medicamentos de controle sob


controle especial, tais procedimentos eram realizados por meio do sistema
SIGSS, onde os dados eram lançados e salvos, ate mesmo como forma de
facilitar eventual apuração por parte das autoridades sanitárias.
Salienta-se que ao final de cada mês era emitido um relatório de
dispensação e estoque, cujas finalidades eram o armazenamento e a
disponibilização dos dados para fins de verificação dos órgãos de vigilância e
Conselho Regional de Farmácia.

3.3.4 Controle de estoque, verificação da validade de medicamentos e descarte


de medicamentos vencidos

Em um primeiro momento, o controle de estoque se dava, traçando um


paralelo entre a medicação entregue pelas distribuidoras e os dados constantes
na nota fiscal. Nesse momento era possível avaliar o lote, data de fabricação e
a validade da mediação, sendo que uma vez realizada tal verificação, dava-se
sua entrada no sistema SIGSS. Em um segundo momento os medicamentos
eram guardados no estoque por ordem de vencimento e saídas dos lotes, tudo
tomando por base as informações constantes no sistema SIGSS.
Importante salientar que, a conferência entre estoque físico e o virtual era
feita rotineiramente, de forma cruzar as informações de um e de outro, o que
facilitava a correta dispensação de medicamentos.
Já quanto aos medicamentos de uso controlado, o rigor na verificação de
validade e estoque era maior, o que, exigia atividade de controle mais frequente.
Além disso, havia a realização de um inventário mensal dessa medicação, bem
como uma contagem total bimestralmente.
Por fim quanto ao descarte de medicamentos, em um primeiro momento,
ha de ressaltar-se que o orgão municipal seguia o que é determinado na RDC
n° 222/2018, que reje as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de
Serviços de Saúde (BRASIL, 2018). Assim, depois de identificado os
medicamentos vencidos, estes eram separados e acondicionados em sacos
específicos, com base no risco químico, sendo que nas referidas sacolas havia
a descrição do que nelas continham. Observa-se que o recolhimento ficava a
cargo da empresa ANSUS de forma mensal.

3.3.5 Acompanhamento de Serviços Farmacêuticos

Por ocasião do período de estágio, basicamente os serviços de orientação


farmacêutica ocorriam junto ao guiches de atendimento, nos quais os pacientes
poderiam sanar dúvidas referentes ao correto uso da medicação dispensada.
Há de salientar que serviços como curativos, aferição de temperatura
corporal e pressão arterial e aplicação de injetáveis não eram disponibilizados
no CAF, posto que eram realizados por órgãos ligados à Secretaria de Saúde do
Município, tais como as Estratégias de Saúde Familiar (ESFs) localizados nos
bairros da cidade, bem como o Sistema Integrado de Saúde, cuja sede fica em
frente ao CAF.

3.3.6 Verificação de temperatura e umidade ambiental e da geladeira

No que tange a verificação de temperatura e umidade do ambiente essas


se davam por meio do instrumento denominado termohigrômetros. Quanto a
temperatura ambiental, esta poderia variar entre 15 °C e 30 °C e a umidade entre
60% a 80%, nos termos descritos na RDC N°44 de 2009 (BRASIL, 2009 ). Já a
temperatura da geladeira, destinada ao estoque de termolábeis, deveria estar
com uma temperatura entre 2 °C a 8° C, conforme determina a RDC n°430 de 8
de outubro de 2020 (BRASIL, 2020).
No mais, caso a temperatura e/ou umidade estivessem fora dos padrões
acima citados, para regularizá-las ultilizava-se os aparelhos de ar condicionado.
Por fim, em eventual problema com os refrigeradores dos termolábeis, os
medicamentos eram colocados provisóriamente em caixas térmicas com barras
de gelo até o conserto ou troca do refrigerador.
4 CONCLUSÕES

O estágio farmacêutico B serviu para compreender a atividade do


profissional farmacêutico junto ao Sistema Ùnico de Saúde, tendo uma dimensão
das suas reais atribuições e responsabilidades.
Também pode-se observar o quão necessária e indispensável é a
participação do profissional farmacêutico na dispensação de medicação por
meio da Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF). Ademais, por ocasião
do estágio foi possvel compreender as determinações legais que rejem a
atuação do profissional farmacêutico junto aos órgãos de saúde pública.
Ainda nesse contexto, pode-se atestar as -importantes- diferenças no
tocante à dispensação de medicamentos comuns para com àqueles controlados.
Também foi possível compreender o funcionamento do sistema de informação e
lançamento de dados cujo registro é de salutar importância na dinâmica do
serviço prestado.
Já com relação ao estoque verificou-se como ocorre a entrega de
medicamentos perante órgãos públicos, o controle de validade, bem como o
descarte dos remédicos vencidos.
No mais, por ocasião do estágio entendeu-se como ocorrem outras
atividades desenvolvidas pelo município no âmbito da saúde pública tais como:
“Farmácia Solidária”, fornecimento de medicação aos presos, dispensação de
remédios àqueles em condições asilares, etc.
Enfim, ficou evidente a importância deste período de estágio, pois
somente desta forma foi possível aliar a teoria dada em sala de aula com a
prática.
REFERÊNCIAS

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria no 344, de 12 de maio de 1998.


Aprova o Regulamento Técnico sobre substancias e medicamentos sujeitos a
controle especial. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder
Executivo, Brasília, DF, 12 maio, 1998.

BRASIL. Lei n° 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições


para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 19
de set, 1990.

BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº 388, de 06 de maio de 2004.


Aprova a Politica Nacional de Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da
União, 2004.

BRASIL. RDC n o 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas


Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e
da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em
farmácias e drogarias e dá outras providências. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 13 de jul, 2007. Seção 1,
p. 86

BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 471, de 23 de fevereiro


de 2021. Dispõe sobre os critérios para a prescrição, dispensação, controle,
embalagem e rotulagem de medicamentos à base de substâncias classificadas
como antimicrobianos de uso sob prescrição, isoladas ou em associação,
listadas em Instrução Normativa específica. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 fev. 2021.

BRASIL. RDC n° 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas


de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras
providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder
executivo, Brasília, DF, 28 mar. 2018.

BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da


Diretoria Colegiada nº 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas
Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da
dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços
farmacêuticos em farmácias e drogarias. Diário Oficial da União, 2009.

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