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Curso: TMG
CADEIRA: Enfermagem e primeiros socorros
Turma: 19
Tema:
Intoxicação, Envenenamento e Alergia
Curso: TMG
CADEIRA: Enfermagem e primeiros socorros
Turma: 19
Tema:
Intoxicação, Envenenamento e Alergia
Formandos:
Isabel Luzenda Nº 9
Jerónimo Januário Nº 10
Joaquina Salimo Nº 11
Mercia Fernando Nº 15
Sebastião Abel Nº 31
Chelton Felizardo Nº 32
Soares Manuel Nº 34
Tercia Francisco Nº 36
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1.1. OBJECTIVOS
1.1.1. Gerais
Descrever intoxicação, envenenamento e Alergia medicamentosa e oferecer ao clínico
subsídios para uma maior compreensão dessa problemática de grande relevância para a saúde
pública.
1.1.2. Específicos
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2. INTOXICAÇÃO
2.1. CONCEITO DE
Intoxicação é a introdução de uma substância tóxica no organismo. As intoxicações podem
ocorrer por medicamentos e por substâncias químicas. Existem vários tipos de intoxicação,
mas os acidentes em geral ocorrem com a ingestão de excesso de medicamentos ou por
substâncias químicas.
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concentração.
Natureza da substância química – se é um gás, um líquido, vapor, etc. Isto tem relação com
a forma de entrada deste tóxico no organismo, que veremos mais abaixo.
Susceptibilidade individual - algumas pessoas são mais sensíveis do que outras a
determinados agentes químicos.
2.4. A absorção das substâncias químicas pelo organismo humano se dá por diferentes
formas:
Por inalação – podemos absorver uma substância química nociva pela respiração, quando
estamos em um local contaminado.
Pela pele - certas substâncias podem penetrar no organismo através da pele, mesmo que o
contacto seja breve, mesmo sem escoriações ou ferimentos.
Por ingestão – podemos ingerir substâncias químicas nocivas acidentalmente quando nos
alimentamos em locais contaminados ou através das mãos, por hábitos inadequados de
higiene.
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tratamento. Entretanto, podemos suspeitar de envenenamento ou intoxicação em qualquer
pessoa que manifeste os sinais e sintomas descritos abaixo.
Sinais evidentes, na boca ou na pele, de que a vítima tenha mastigado, engolido, aspirado ou
estado em contato com substâncias tóxicas, como por exemplo: salivação, aumento ou
diminuição das pupilas dos olhos, sudorese excessiva, respiração alterada e inconsciência;
Hálito com odor estranho;
Modificação na coloração dos lábios e interior da boca, dependendo do agente causal.
Dor, sensação de queimação na boca, garganta ou estomago;
Sonolência, confusão mental, torpor ou outras alterações de consciência.
Náuseas e vómitos;
Diarreia;
Lesões cutâneas, queimaduras intensas com limites bem definidos ou bolhas.
Convulsões;
Queda de temperatura, que se mantém abaixo do normal;
Paralisia.
Os conhecimentos básicos de primeiros socorros são fundamentais, pois podem salvar uma
vida. Procure ler o Manual de Primeiros Socorros da Fundação Oswaldo Cruz.
Em todos os casos de envenenamentos e intoxicações, é importante investigar da área onde a
pessoa foi encontrada, na tentativa de identificar com a maior precisão possível o agente
causador do envenenamento, ou encontrar pistas que ajudem nesta identificação. Muitos
indícios são úteis nesta dedução: frascos de remédios, produtos químicos, materiais de
limpeza, bebidas, seringas de injeção, latas de alimentos, caixas e outros recipientes.
Muitas pessoas supõem que exista um antídoto para a maioria ou a totalidade dos agentes
tóxicos. Infelizmente isto não é verdade. Existem apenas alguns produtos específicos para
certos casos e que, mesmo assim, necessitam de orientação médica para serem usados.
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Os detergentes que prometem lavar mais branco, possuem em sua composição soda caustica,
fosfatos e cloro.
Os desinfectantes possuem ácido clorídrico e amônia.
No bar temos vinho, wisky e aguardente, que possuem na sua composição o álcool etílico.
O álcool que utilizamos na limpeza doméstica é álcool etílico.
Os refrigerantes possuem na sua composição ácido fosfórico
Os desodorizantes possuem tetracloroidróxido de alumínio e estearato.
O agradável pinho silvestre, por exemplo, pode conter amônia e compostos benzênicos.
Os inseticidas "spray" possue esteres ácidos (permetrina e piridina).
Nos perfumes e loções, que possuem um agradável aroma, poderão ser encontrados,
derivados cianídricos; derivados benzênicos e tolueno.
Como você pode ver observar é uma infinidade de substâncias químicas que nem temos
noção que aqueles produtos que consideramos “tão inofensivos” possam conter.
Porém, existem algumas recomendações que são interessantes de serem observados por todos
nós, na rotina da nossa residência:
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alcance de crianças;
Mantenha os produtos em suas embalagens originais. Nunca coloque um produto tóxico em
outra embalagem para que não seja confundido com algo sem perigo;
Saiba quais produtos domésticos são tóxicos. Produtos comuns como enxaguantes bucais
podem ser nocivos para crianças;
Dê preferência a embalagens de segurança. Tampas de segurança não garantem que a criança
não abra a embalagem, mas podem dificultar bastante, a tempo que alguém intervenha;
Nunca deixe produtos venenosos, sem atenção enquanto os usa;
Não crie novas soluções de limpeza misturando diferentes produtos designados para outro
fim;
Sempre leia os rótulos e bulas, siga corretamente as instruções para dar remédios às crianças,
baseado no peso e idade, e use apenas o medidor que acompanha as embalagens de
medicamentos infantis;
Nunca se refira a um medicamento como doce. Isto pode levar a criança a pensar que não é
perigoso ou que é agradável de comer. Como as crianças tendem a imitar os adultos, evite
tomar medicamentos na frente delas;
Quando adquirir um brinquedo para a criança, certifique-se que ele é atóxico, ou seja, não
contém componentes tóxicos;
Jogue fora medicamentos com data de validade vencida e outros venenos potenciais. Procure
em sua garagem, banheiro ou outras áreas de armazenamento por produtos de limpeza ou de
trabalho que você não utiliza;
Instale detectores de fumaça em sua casa. É estimado que estes detectores, projetados para
soar um alarme antes que o nível de monóxido de carbono (fumaça) acumulado seja perigoso,
podem prevenir metade das mortes por envenenamento por monóxido de carbono. Se o
alarme soar, deixe a casa imediatamente e ligue para o departamento de Bombeiros ou
serviço de emergência médica;
Mantenha telefones de emergência próximos aos aparelhos de telefone de sua casa. Peça para
os avós, parentes e amigos fazerem o mesmo.
2.9. Diagnostico de intoxicação ou envenamento
Identificação do veneno
Às vezes, análises de sangue e urina
Raramente, radiografias abdominais
A identificação do veneno é útil para o tratamento. O rótulo dos frascos e a obtenção de
informações da pessoa, de seus familiares ou de colegas de trabalho são as melhores formas
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de o médico ou o centro antiveneno identificar tóxicos ou venenos. Se não existirem rótulos,
é possível identificar regularmente os medicamentos através de suas identificações e cor no
comprimido ou cápsula. Os testes de laboratório possuem menos probabilidades de
identificarem o veneno, sendo que muitos medicamentos e venenos não podem ser
prontamente identificados ou avaliados por parte do hospital. Por vezes, no entanto, as
análises da urina e do sangue podem ser úteis para essa identificação. Por vezes, as análises
do sangue revelam a gravidade do envenenamento, mas somente com um número muito
pequeno de venenos.
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testes e tirarem as devidas conclusões.
2.10. Tratamento de envenamento / intoxicação
Algumas pessoas que foram intoxicadas devem ser internadas. Com uma rápida assistência
médica, a maioria se recupera por completo.
2.10.2 Antídotos
Apesar de a maioria dos venenos e medicamentos não possuir antídotos específicos (ao
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contrário da percepção popular proveniente da televisão e de filmes), alguns têm, de fato,
antídotos próprios. Algumas substâncias comuns que podem necessitar de antídotos
específicos incluem paracetamol (o antídoto é a N-acetilcisteína) e opioides como heroína e
fentanila (o antídoto é a naloxona). Algumas mordidas e picadas venenosas também têm
antídotos (consulte Mordidas de serpentes). Nem todas as pessoas que foram expostas a um
veneno precisam tomar seu antídoto. Muitas pessoas recuperam espontaneamente. Mas, no
caso de envenenamento grave, os antídotos podem salvar a vida da pessoa.
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2.11.1. Prevenir novas exposições
O objectivo comum do tratamento hospitalar é manter os pacientes com vida até que o
veneno tenha desaparecido ou tenha se tornado inativo pelo organismo. Finalmente, o fígado
inativa a maior parte das substâncias tóxicas, que também podem ser expelidas na urina.
3. ALERGIA
A alergia múltipla a fármacos é rara e se caracteriza pela propensão do indivíduo a apresentar
reacções contra antibióticos de grupos químicos diferentes ou contra outros fármacos; no
entanto, com exceção dos antibióticos ßlactâmicos, os mecanismos para outros fármacos
parecem não envolver mecanismos imunológicos de liberação dahistamina.
3.1. Classificação
As reacções adversas a medicamentos podem ser agrupadas em três categorias: as do tipo A,
previsíveis e comuns, relacionadas com a actividade farmacológica da droga; as do tipo B,
imprevisíveis e incomuns, dependentes de características dos pacientes; e as do tipo C,
relacionadas com o aumento estatístico da ocorrência de uma doença em pacientes expostos a
um medicamento frente à sua frequência basal em não expostos.
Aproximadamente 80% das reacções adversas a medicamentos são do tipo A, enquanto que
as do tipo B compreendem em torno de 6 a 10%. Apesar de mais raras, as reacções do tipo B
constituem a maior parte das notificações espontâneas recebidas pelos sistemas de fármaco
vigilância nos EUA, dado o carácter peculiar e imprevisível das mesmas, bem como sua
gravidade.
As reacções do tipo B incluem manifestações de intolerância a fármacos, reacções
idiossincrásicas e reacções alérgicas. Elas geralmente são identificadas após o medicamento
ter sido comercializado, durante o processo de fármaco vigilância. Utiliza-se a denominação
reação alérgica a medicamentos quando há participação de anticorpos circulantes específicos
e/ou linfócitos específicos sensibilizados.
Utiliza-se a denominação “reação alérgica a medicamentos quando há participação de
anticorpos circulantes específicos e/ou linfócitos específicos sensibilizados.
Reações pseudo-alérgicas ocorrem quando há manifestações semelhantes às de uma reação
alérgica, mas com a ausência da especificidade imunológica.
As RAs são agrupadas de acordo com a classificação de Gell & Coombs 16,20. As reações do
tipo I ou imediatas são mediadas por anticorpos IgE específicos associados a mastócitos e
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basófilos, e suas manifestações clínicas podem seranafilaxia 21e urticária/angioedema. Nas do
tipo II oucitotóxico, medicamentos e/ou seus metabólitos podem se aderir inespecificamente
à superfície de eritrócitos, plaquetas e neutrófilos, propiciando a ligação de anticorpos, com
conseqüente lise celular por mecanismos de ativação do sistema do complemento (C) ou de
citotoxicidade celular mediada por anticorpos. Ahipersensibilidade do tipo III,também
denominada de “doença do soro”, ocorre devido à deposição de complexos imunes em vasos,
membranas basais da pele ou do glomérulo, ativação do sistema do C, aumento de
permeabilidade vascular e recrutamento de neutrófilos. O dano tissular se origina a partir da
liberação das enzimas líticas dos neutrófilos e da ativação do C.
Por fim, a hipersensibilidade do tipo IV ou tardia é causada pela interação do antígeno com
linfócitos T inflamatórios e/ou citotóxicos na ausência de anticorpos.
Embora esta classificação fisiopatológica seja útil para algumas reações alérgicas, ela não
permite, na maioria das vezes, inferir, pelo quadro clínico, qual o mecanismo imunológico
envolvido, como ocorre, por exemplo, nos rashes, na necrólise epidérmica tóxica e na reação
de Stevens Johnson.
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como a terapêutica até então utilizada no seu controle. Além disso, a abordagem laboratorial
é de extrema valia.
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4. CONCLUSÃO
5. Referencia Bibliográfica:
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Rang, H. P.; Dale,M.M. et Ritter, J.M..Farmacologia. 4 ed. Rio deJaneiro: Guanabara
Koogan, 2001. 703 p.
Nasi, L.A. et al. Rotinas em Pronto – Socorro. Porto Alegre:Artes Médicas, 1994. p. 449-72.
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force report: future research needs for prevention and management of immune-mediated drug
hypersensitivity reactions. J Allergy Clin Immunol. 2002;109:
S461-78.
2. Thong BY-H, Leong K-P, Tang C-Y, Chng H-H. Drug allergy in a general hospital: results
of a novel prospective inpatient reporting system. Ann Allergy Asthma Immunol.
2003;90:342-7.
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