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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO ÍNDICO

CURSO DE FARMÁCIA

PLANTAS MEDICIONAIS PARA USO NA SAÚDE

Adélia Ricardo Mazuze 02

Chongoene,2024
Índice Pág
1. Introdução............................................................................................................................2
1.1. Objectivo do Trabalho.....................................................................................................3
1.1.1. Objectivo Geral............................................................................................................3
1.2.Metodologia de Trabalho......................................................................................................3
2.1.1.Alergia................................................................................................................................4
2.2.2 Tipos de Alergias.........................................................................................................4
2.2.2.1 Alergias respiratórias......................................................................................................4
2.2.2.1.1 Causas da Alergias respiratórias..................................................................................4
2.2.2.1.2.Sintomas das Alergias Respiratórias............................................................................5
2.2.2.1.3. Farmacos usados para Alergias Respiratórias.............................................................5
2.2.2.2.2.Farmacos usados para Dermatite Atópica....................................................................5
2.2.2.2.3.Farmacos usados para Dermatite de Contacto.............................................................6
2.2.2.4.5. Farmacos usados para Urticária..................................................................................6
2.2.2.3. Alergias Oculares...........................................................................................................7
2.2.2.4. Alergias Alimentares.....................................................................................................7
2.2.2.5.Farmacos usados para Alergias Alimentares..................................................................7
2.2.2.5. Alergias a Medicamentos...............................................................................................8
2.2.2.6. Alergia ao Látex.............................................................................................................8
2.2.8 Farmaco usado para Infecção Alergica de Forma Geral....................................................9
2.3.1 Conceito de Anestesia......................................................................................................11
2.3.2. Agentes Anestésicos.......................................................................................................11
2.3.3. Tipos de Anestesia.........................................................................................................12
2.3.3.1 Anestésico local............................................................................................................12
2.2.3.2.4. Efeitos dos Anestésicos Locais.................................................................................14
2.2.3.3.1.Anestesia Regional ou locorregional........................................................................14
2.2.4.2. Técnicas de Anestesia Geral.......................................................................................15
2.2.4.3. Medicamentos adjuvantes da anestesia geral e usados em procedimentos anestésicos
de curta duração........................................................................................................................16
2.2.3.5.1 Anestesia Espinhal.....................................................................................................18
2.2.3.5.1 Tecnica da Anestesia Espinhal...................................................................................18
2.2.3.5.1 Anestesia plexular......................................................................................................18
3.Conclusão...............................................................................................................................19
4.Ficha Biblioteca.....................................................................................................................23
1. Introdução
A Farmacologia se apresenta como uma ciência que tem bases e fundamentos em áreas como
Fisiologia, Patologia, Bioquímica, Química Orgânica dentre outras. Para tanto, essa dinâmica
requer que o aprendizado se efective na interface entre essas disciplinas e assim, seja possível
avançar nos temas específicos da própria área. De facto, isso atribui a Farmacologia um
caráter mais denso e, portanto, um pouco mais complexo e desafiador. Logo, encontrar o
método de estudo que melhor se adapte ao seu perfil e rotina enquanto aluno é uma das
melhores formas de conseguir se aprofundar nessa área.
No que tange o conhecimento dos fármacos e as profissões da área da saúde, o curso de
Farmácia tem uma certa peculiaridade, pois sua grade curricular contempla desde diversas
disciplinas na área de Química, inclusive, a Química Farmacêutica, Fisiologia, Patologia,
Bioquímica, até a relação da Farmacologia com a prática clínica, como na Farmácia Clínica e
na Farmacoterapia. Essa relação com a prática clínica não é exclusiva de farmacêuticos, é
vista também na formação de médicos e enfermeiros.
Entretanto, o farmacêutico tem a missão de promover o uso racional de medicamentos como
uma das suas áreas de atuação, seja na farmácia comunitária privada ou pública, seja na
assistência farmacêutica, seja na farmácia hospitalar ou no âmbito de demais serviços de
saúde.
O papel do farmacêutico como mediador entre a prescrição e o paciente é fundamental. O seu
conhecimento em Farmacologia é basilar para orientar sua prática e nortear sua missão
enquanto promotor do uso racional dos medicamentos e educador em saúde. Além da
actuação na etapa da dispensação, pode-se elencar seu papel na análise de prescrição,
avaliação de interação medicamentosa, farmacovigilância, farmacoepidemiologia,
farmacoeconomia e demais actividades que contemplam a Farmácia Clínica e a promoção do
cuidado farmacêutico.

Deste modo, evidencia-se a magnitude da Farmacologia para a prática e formação de


farmacêuticos que venham a actuar em áreas direta ou indiretamente ligadas aos
medicamentos. Assim, o presente trabalho de pesquisa debruça sobre os farmacos usados para
infecções alérgicas e para anestesia.
1.1. Objectivo do Trabalho

1.1.1. Objectivo Geral


 Estudar os Farmacos usados para Infecções Alérgicos;
 Estudar os Farmacos usados para Anestesia.

1.1.2.Objectivos Especifico

 Definir o conceito de Infecções Alérgicos;


 Descrever os Farmacos usados para Infecções Alérgicos;
 Definir o conceito de Anestesia;
 Descrever os Farmacos usados para Anestesia.
.

1.2.Metodologia de Trabalho
Para e realização deste trabalho ira se recorrer a pequisa bibliográfica, em manuais fisicos e
electronicos.
2.Resumo Teorico

2.1.1.Alergia
É uma resposta exagerada e excessiva do sistema imunológico contra substâncias diversas que
entram em contato com o organismo, seja pela via respiratória, pela via cutânea ou até mesmo
por ingestão. Isso ocorre após a exposição a uma série de agentes, em indivíduos predispostos
geneticamente. É também chamada de reação de hipersensibilidade.(EDGCOMBE,2004)

2.2.2 Tipos de Alergias

Segundo (EDGCOMBE,2004),Ninguém nasce alérgico. Para que a alergia se desenvolva, o


indivíduo deve entrar em contato, pela primeira vez, com a substância causadora.
Na pessoa alérgica, as células de defesa produzem uma grande quantidade de histamina. Uma
reação alérgica é caracterizada por sintomas segundo os tipos abaixo como:

2.2.2.1 Alergias respiratórias


De acordo(GOUVEIA,1991), As alergias que afectam as vias aéreas são as mais comuns entre
a população, principalmente nas crianças e adolescentes. São elas que provocam a rinite e a
asma alérgica e que também podem estar associadas a outras doenças respiratórias, como a
sinusite.

2.2.2.1.1 Causas da Alergias respiratórias


Segundo (GOUVEIA,1991), os grandes vilões das alergias são os chamados de alérgenos e/ou
irritantes. Entre eles, podemos citar:
 Fumaça e/ou poluição;
 Fungos, mofo e ácaros;
 Pólen;
 Pó ou poeira;
 Tabaco;
 Pelos de animais;
 Perfumes, produtos de limpeza e outros odores fortes.
 As mudanças de temperatura e umidade das estações mais frias também desempenham
um fator de risco.
2.2.2.1.2.Sintomas das Alergias Respiratórias
Os sintomas característicos são as crises de espirros, congestão nasal, coriza aquosa e
possível irritação da garganta e dos olhos, que podem ficar avermelhados. (GOUVEIA,1991)
O nariz tende a ficar mais seco e há mais irritação na mucosa, provocando as alergias. Por
isso, o inverno é a estação em que os casos de doenças respiratórias aumentam
É importante consultar um médico para o diagnóstico correto, pois muitos sinais se
assemelham aos da gripe e dos resfriados.

2.2.2.1.3. Farmacos usados para Alergias Respiratórias


Para (GOUVEIA,1991), O passo mais importante é evitar o contato com o agente alérgeno
para amenizar e controlar as crises. Também é recomendado manter os ambientes de convívio
sempre limpos e arejados. Medicamentos antialérgicos e os corticosteroides nasais podem ser
prescritos para o tratamento.
2.2.2.2.1 Alergias de pele
A reação inflamatória da pele está associada ao contacto com fatores externos e dá sinais em
todas as partes do corpo. Apesar dos sintomas serem parecidos, existem diferentes tipos de
doenças alérgicas da derme. (GOUVEIA,1991),

i. Dermatite atópica
É uma das alergias cutâneas mais comuns e pode vir acompanhada de rinite alérgica ou asma.
Se caracteriza pelo ressecamento da pele, causando erupções com crostas e coceira na região.

Causas da Dermatite Atópica


É uma doença genética, mas que tem como fatores desencadeantes a alergia a ácaros, pólen,
mofo, animais, fragâncias, produtos de pele ou limpeza e tecidos. Também pode estar
associada a temperaturas muito frias ou muito quentes, infecções, estresse e alguns alimentos.

2.2.2.2.2.Farmacos usados para Dermatite Atópica


Para tratá-la, é importante evitar as substâncias que causam alergias e banhos muito quentes
para não piorar os sintomas. A hidratação diária da pele e o uso de produtos específicos são
cuidados necessários. Em alguns casos, o médico poderá indicar medicamentos antialérgicos
por causa das coceiras. (GOUVEIA,1991)
ii. Dermatite de contato
Existem dois tipos de dermatite de contato. A irritativa é aquela que pode aparecer já na
primeira vez do contato com substâncias químicas como sabonetes, detergentes e solventes.
As fissuras aparecem apenas no local em que o produto entrou em contato com a pele e
podem queimar, doer ou coçar.

Causas e Sintomas da Dermatite de Contato


A alérgica, por sua vez, pode surgir após várias exposições, com sintomas mais intensos e
erupções que se estendem a outras partes do corpo. A lista de agentes causadores inclui
cosméticos, medicamentos, produtos químicos, bijuterias, relógios roupas e até plantas.

2.2.2.2.3.Farmacos usados para Dermatite de Contacto


De acordo com (GOUVEIA,1991), O tratamento deve ser recomendado por um profissional e
depende da gravidade do quadro, mas pode incluir medicações orais, injetáveis e pomadas de
corticosteróides. A higienização e hidratação da pele são indispensáveis para ajudar em sua
recuperação, bem como evitar os fatores alérgenos.

iii. Urticária
Causa da Urticária
Irritação cutânea muito associada a alimentos, calor ou frio, medicamentos e outros estímulos.
Provoca lesões avermelhadas que incham, acompanhadas de muita coceira. Os sintomas
geralmente desaparecem em menos de seis semanas, mas na forma crônica podem durar mais.

Sintomas da Urticária
Há casos mais graves em que a urticária também gera inchaço intenso das pálpebras, lábios,
língua e/ou garganta, chamado de angioedema. Como esse quadro pode causar dificuldade de
respiração, a anafilaxia é uma possível complicação.

2.2.2.4.5. Farmacos usados para Urticária


Como nas demais alergias de pele, a primeira recomendação é identificar o fator
desencadeante e procurar controlá-lo. O quadro sempre deve ser avaliado por um
dermatologista para a prescrição de antialérgicos. Alguns casos crônicos podem exigir
tratamentos mais avançados. (VIEIRA,2010),
2.2.2.3. Alergias Oculares
Segundo (VIEIRA,2010), Os olhos, por sua sensibilidade natural, estão muito suscetíveis a
alergias causadas por alérgenos comuns. É nesse cenário que aparece a alergia ocular mais
conhecida, a Conjuntivite Alérgica. Entre 40% e 60% das vezes, ela está relacionada aos
casos de rinite alérgica, asma ou dermatite atópica.

Diferente das outras, essa conjuntivite não é contagiosa e é mais frequente nas estações
quentes por ser provocada especialmente por ácaros e pólens. A reação alérgica causa
irritação e vermelhidão nos olhos, coceira e lacrimejamento. Nenhum tratamento específico é
necessário, mas colírios podem ajudar a aliviar os sinais.

2.2.2.4. Alergias Alimentares


Aluz de (VIEIRA,2010), São as reações imunológicas associadas a algumas proteínas de
alimentos.
Causas das Alergias Alimentares
As alergias alimentares surgem após ingerir alimentos alergênicos, como morango, frutos do
mar, amendoim, leite, pimentas ou tomate, soja, trigo, ovo, peixes, mariscos e à lactose, que
na verdade é uma intolerância.
Sintomas das Alergias Alimentares
Os sintomas de alergia alimentar, entre as manifestações mais frequentes da condição
podemos citar a urticária e desequilíbrios gastrointestinais. Algumas pessoas também
apresentam dermatite atópica, inchaços e síndrome oral alérgica, que afeta a garganta. 50%
dos casos de anafilaxia são devido a alergias alimentares.

2.2.2.5.Farmacos usados para Alergias Alimentares


Esse é um grupo de alergias que exige atenção já que só é possível descobrir ao ingerir o
alimento em questão. Elas podem ser presentes desde a infância e em alguns casos sumirem
com o passar dos anos ou só aparecerem na fase adulta. O tratamento mais eficaz é tirar o
alimento da dieta. (VIEIRA,2010),
2.2.2.5. Alergias a Medicamentos
Para (VIEIRA,2010), A praticamente todos os medicamentos podem provocar reações
adversas, como avisado nas bulas. As reações alérgicas estão entre elas, sendo algumas
facilmente controláveis e outras muito graves, até mesmo fatais. Esse também é um dos
motivos que torna a automedicação perigosa.
Sintomas das Alergias a Medicamentos
A alergia a medicamentos causa sintomas parecidos com os outros tipos de alergia, como o
surgimento de bolinhas vermelhas na pele, coceira, urticária, inchaços, asma, rinite, diarreia,
dor de cabeça e cólicas intestinais.

As reações alérgicas a medicamentos geralmente provocam urticárias, erupções cutâneas,


inchaços, crises de asma e rinite. No entanto, dependendo do organismo, também podem levar
a dificuldades respiratórias, queda de pressão arterial e ao choque anafilático.

Farmaco usado para Alergias a Medicamentos


Após identificar um medicamento que causou reação alérgica, é importante sempre informar o
nome ao médico antes de qualquer tratamento ou cirurgia, para evitar que o problema se
repita.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a doença chamada de Farmacodermia
é uma reação específica a medicamentos. Pode ser por excesso de uso, efeito colateral ou a
reação alérgica e causa manifestações na pele, mucosas, cabelos e unhas.
Esses sintomas surgem com o início do uso do medicamento (principalmente anti-
inflamatórios, antibióticos e dipirona), e melhoram quando o tratamento é suspenso.

2.2.2.6. Alergia ao Látex


De acordo com (VIEIRA,2010), Embora menos frequentes que as demais, alguns indivíduos
também apresentam alergias a materiais e substâncias do nosso dia a dia, esta, desencadeia
reações no organismo quando em contacto com essa borracha natural.

Por não possuir uma cura, esse tipo de alergia costuma ser incômoda, já que o material está
presente em balões de festa, preservativos e luvas dos médicos e dentistas. Nos quadros mais
leves, provoca urticárias, rinite, angioedema e asma, mas pode chegar a desconfortos
respiratórios sérios e até ao choque anafilático.
2.2.8 Farmaco usado para Infecção Alergica de Forma Geral
De acordo com(BOLMENTE,2023), os farmacos que podem ser usados para alergias são:

i. Anti-histamínicos

Os anti-histamínicos são os medicamentos mais usados para tratar sintomas alérgicos,


como alergia nasal, na pele ou nos olhos, rinite alérgica ou urticária.
ii. Descongestionantes

Os descongestionantes são muito usados como complemento dos anti-histamínicos


para sintomas de congestão e secreção nasal, porque ajudam a desinchar os tecidos
inflamados, aliviando a congestão nasal, vermelhidão e o muco
iii. Corticoides
Os corticoides atuam reduzindo a inflamação associada às alergias, mas geralmente
são usados em casos mais graves. Estes medicamentos também se encontram
disponíveis na forma de comprimidos, xaropes, gotas orais, cremes, pomadas, colírios,
soluções nasais ou dispositivos para inalação e devem ser usados somente com
indicação médica porque apresentam muitos efeitos colaterais.
iv. Broncodilatadores

Em alguns casos pode ser necessário recorrer ao uso de broncodilatadores, como o


salbutamol, budesonida ou brometo de ipratrópio, por exemplo, que facilitam a
entrada do ar nos pulmões, sendo indicados para o tratamento de alergia respiratória
como é o caso da asma
v. Cromonas
As cromonas, como o cromoglicato dissódico ou o nedocromil sódico, possuem ação
antialérgica e anti-inflamatória, que impedem a liberação de histamina, que causa
reações alérgicas.

Geralmente, o uso das cromonas é preventivo, pois esses remédios demoram alguns
dias para ter o efeito máximo esperado, por isso são usados continuamente
vi. Imunossupressores
Os imunossupressores, como o pimecrolimo ou tacrolimo, são remédios com ação
antialérgica pois agem reduzindo a ação do sistema imunológico, o que ajuda a aliviar
os sintomas de alergia na pele, especialmente no caso da dermatite atópica ou eczema.

Geralmente esses remédios são indicados pelo médico quando os cremes com
corticoide não foram eficazes para reduzir os sintomas da dermatite atópica, ou
quando a pessoa tem alergia aos corticoides
vii. Antileucotrienos

Os antileucotrienos, como o montelucaste ou zafirlucaste, agem diminuindo a ação de


substâncias chamadas leucotrienos, responsáveis pela inflamação dos pulmões ou da
mucosa nasal, e por isso são indicados para o tratamento de algumas alergias
respiratórias, como asma ou rinite alérgica

2.3.1 Conceito de Anestesia


Anestesia é o estado de total ausência de dor e outras sensações durante uma operação, exame
diagnóstico ou curativo. Ela pode ser geral, isto é, para o corpo todo; ou parcial também
chamada regional, quando apenas uma região do corpo é anestesiada.
Ela dura o tempo necessário para que o Cirurgião faça seu trabalho. Oferece, ainda, abolição
da dor por tempo variável após o procedimento. (BOLMENTE,2023)

2.3.2. Agentes Anestésicos


De acordo com (BOLMENTE,2023) Um agente anestésico é uma droga que leva ao estado de
anestesia. Uma ampla variedade de drogas são usadas na prática anestésica moderna. Muitas
são raramente utilizadas fora da anestesia, embora outras possam ser comumente utilizadas
por todas as especialidades médicas.

Os anestésicos são classificados em duas categorias: anestésicos gerais, os quais causam perda
reversível da consciência (anestesia geral), e anestésicos locais, que causam anestesia local
reversível e perda de nocicepção.

2.3.3. Tipos de Anestesia

segundo (BOLMENTE,2023), há três diferentes tipos de anestesia:

 Anestesia local;
 Anestesia regional;
 Anestesia geral;
 Anestesia Espinhal;
 Anestesia plexular.

2.3.3.1 Anestésico local


Anestésico local pode ser definido como uma droga que pode bloquear de forma reversível a
transmissão do estímulo nervoso no local onde for aplicado, sem ocasionar alterações no nível
de consciência. (BOLMENTE,2023)

A classificação estrutural dos anestésicos locais Os anestésicos locais possuem em sua


maioria um grupo aromático (lipossolúvel, hidrofóbico) associado a um grupo amina (polar,
hidrofílico). Esses dois grupos são ligados por uma cadeia intermediária que determina a
classificação do anestésico local como amida ou éster.

 Os exemplos de amidas são a lidocaína, bupivacaína e prilocaína.


 Os exemplos de ésteres incluem a cocaína e ametocaína.
Na anestesia local, um local específico do corpo é entorpecido, como, por exemplo, a mão.

2.3.3.1.2. Farmacocinética dos Anestésicos Locais

Os anestésicos locais devem ser infiltrados em áreas próximas aos nervos que devem ser
bloqueados incluindo pele, tecido subcutâneo e espaços intratecal e epidural.
(BOLMENTE,2023)
Parte das drogas será absorvida para a circulação sistêmica: a quantidade dependerá do fluxo
sanguíneo no tecido onde foi administrado o anestésico e dos efeitos que a droga ou seus
aditivos podem desencadear na circulação local.
Alguns anestésicos locais em baixas concentrações possuem propriedade vasodilatadora, o
que aumenta sua absorção sistêmica.
Por isso a indústria farmacêutica investe em preparações que minimizem esse efeito através
da adição de um vasoconstritor como a adrenalina ou fenilefrina.
A cocaína apresenta efeito vasoconstritor. A distribuição das drogas é influenciada pelo seu
grau de ligação tecidual e plasmática. Quanto maior a ligação protéica, maior será a duração,
uma vez que a fração livre da droga é disponibilizada mais lentamente.
As amidas e os ésteres são metabolizados de formas diferentes. Ésteres (exceto a cocaína) são
rapidamente metabolizados por esterases plasmáticas em metabólitos inativos, e
consequentemente apresentam curta meia vida.
Os metabólitos dos ésteres são excretados pelos rins. A cocaína é hidrolisada no fígado.
As amidas são metabolizadas pelas amidases hepáticas. Esse processo é mais lento, o que
determina uma meia vida mais longa, por isso podem apresentar efeito cumulativo em caso de
doses repetidas. A prilocaína apresenta metabolização extra-hepática.

2.2.3.1.3. Uso clínico dos Anestésicos Locais


Para (BOLMENTE,2023), Anestésicos locais estão disponíveis como soluções injetáveis,
sprays, cremes e géis. Eles são preparados como um sal de hidrocloreto para permitir que
sejam dissolvidos em água, resultando em uma solução ácida.
Devido à nova legislação, alguns anestésicos locais mais recentes são descritos em que
anestésico local pode afetar o feto durante a gravidez .
Por essa razão 10mL de bupicavaína a 0,5% (mistura racêmica) contém menos moléculas de
anestésico local que 10mL de levobupivacaína a 0,5%. A maioria das preparações de
anestésicos locais contém um agente conservante, como o metabissulfato de sódio a 0,1%,
com ou sem fungicida. Frascos para múltiplas doses contêm 1mg/mL do conservante metil
para-hidroxibenzoato.
A droga também pode ser associada (pelo fabricante ou pelo médico) a outros anestésicos
locais ou a drogas aditivas para ampliar seus afeitos. Aditivos comumente utilizados incluem
a adrenalina 1/200.000, o bicarbonato (ex. 0,15mL da solução a 8,4% adicionados à
bupivacaína 10mL 0,5%) ou a glicose (80mg/mL).
2.2.3.2.4. Efeitos dos Anestésicos Locais
Segundo (BOLMENTE,2023),Os anestésicos locais podem ser tóxicos de acordo com a dose
aplicada e o grau de absorção sistêmica. Todos podem ser perigosos, principalmente a
bupivacaína.
A toxicidade clínica está relacionada aos efeitos da droga em outras membranas excitáveis no
sistema nervoso central e cardiovascular.
Os efeitos centrais incluem parestesia nos lábios, dificuldade na articulação das palavras,
redução do nível de consciência e convulsões. As múltiplas alterações em canais iônicos
cardíacos, podem levar à arritmias e redução da contratilidade miocárdica.
No caso da bupivacaína os efeitos cardíacos são de difícil tratamento pelo alto grau de ligação
protéica desse anestésico, tornando difícil sua remoção do miocárdio. Em contrapartida, a
lidocaína pode ser usada clinicamente por seus efeitos cardíacos antiarrítmicos.
Em pacientes que apresentem alterações na farmacocinética dos anestésicos locais pela
presença de comorbidades como a insuficiência cardíaca ou hepática (redução do
metabolismo da droga), por alterações de proteínas plasmáticas ou pela interação com outras
drogas, deve-se estar mais atento à possibilidade de toxicidade do AL. Cada droga possui seus
efeitos colaterais específicos. O PABA, metabólito dos ésteres, pode desencadear reações
alérgicas.
A prilocaína é metabolizada em O-toluidina que pode causar metahemoglobinemia em
indivíduos suscetíveis. A cocaína é um potente vasoconstritor e pode ocasionar sérios
problemas em pacientes que utilizam outras medicações com propriedades vasoconstritoras,
como os inibidores da monoamino oxidase (IMAO).

2.2.3.3.1.Anestesia Regional ou locorregional


A luz de (VIEIRA,2010), Neste tipo de anestesia é bloqueada a sensibilidade à dor numa
região do corpo, sendo os medicamentos anestésicos locais injetados junto aos nervos
responsáveis pela perceção de dor nessa região.

2.2.3.3.2.Técnicas da Anestesia Regional

Bloqueio de nervos periféricos, que consiste na administração do anestésico local junto da


raiz do plexo nervoso ou de nervos periféricos com a finalidade de bloquear a sensação de dor
na região que é inervada;
Anestesia do neuroeixo (epidural ou subaracnoideia), que consiste na administração do
medicamento anestésico local no espaço epidural ou subaracnoideu, junto da medula espinal,
permitindo o bloqueio da sensibilidade no tórax, abdómen e/ou membros inferiores.

Estas técnicas podem também ser associadas a anestesia geral – anestesia combinada –,
quando se pretende um controlo da dor mais eficaz no pós-operatório.

2.2.4.1. Anestesia Geral

A anestesia geral é uma técnica anestésica que promove eliminação da dor, daí o nome
anestesia, paralisia muscular, abolição dos reflexos, amnésia e, principalmente, inconsciência.
A anestesia geral faz com que o paciente torne-se incapaz de sentir e ou reagir a qualquer
estímulo do ambiente, sendo a técnica mais indicada de anestesia nas cirurgias complexas e de
grande porte. (VIEIRA,2010),

2.2.4.2. Técnicas de Anestesia Geral


De acordo com (VIEIRA,2010), a anestesia geral possui quatro fases:

i. Pré-medicação;
ii. Indução;
iii. Manutenção;
iv. Recuperação .

A fase de pré-medicação é feita para que o paciente chegue ao ato cirúrgico calmo e
relaxado. Normalmente é administrado um ansiolítico (calmante) de curta duração, como o
midazolam, deixando o paciente já com um grau leve de sedação. Deste modo, ele entra na
sala de operação sob menos estresse.

A fase de indução é normalmente feita com drogas por via intravenosa, sendo o Propofol a
mais usada atualmente.

Após a indução, o paciente rapidamente entra em sedação mais profunda, ou seja, perde a
consciência, ficando em um estado popularmente chamado de coma induzido.

O paciente apesar de estar inconsciente, ainda pode sentir dor, sendo necessário aprofundar
ainda mais a anestesia para a cirurgia poder ser realizada. Para tal, o anestesista também
costuma administrar um analgésico opióide (da família da morfina) como o Fentanil.
No início da fase de manutenção as drogas usadas na indução, que têm curta duração,
começam a perder efeito, fazendo com que o paciente precise de mais anestésicos para
continuar o procedimento.

Nesta fase, a anestesia pode ser feita com anestésicos por via inalatória ou por via
intravenosa. Na maioria dos casos a via inalatória é preferida. Os anestésicos são
administrados através do tubo orotraqueal na forma de gás junto com o oxigênio, sendo
absorvidos pelos alvéolos do pulmão, passando rapidamente para a corrente sanguínea.
Alguns exemplos de anestésicos inalatórios são o óxido nitroso e os anestésico halogenados
como o halotano, sevoflurano e desflurano, drogas administradas continuamente durante
todo o procedimento cirúrgico.

Quando o paciente já se encontra com total controle dos reflexos das vias respiratórias, o
tubo orotraqueal pode ser retirado. Neste momento, apesar do paciente já ter um razoável
grau de consciência, ele dificilmente se recordará do que aconteceu nesta fase de
recuperação devido aos efeitos amnésicos das drogas

2.2.4.3. Medicamentos adjuvantes da anestesia geral e usados em procedimentos


anestésicos de curta duração

Segundo (VIEIRA,2010), No período pré-operatório, administra-se tratamento farmacológico


pré-anestésicoque tem como propósito produzir noite tranquila de sono, diminuir a ansiedade,
permitir a indução suave da anestesia, com mínimo de estresse físico e psicológico, reduzir a
necessária quantidade de anestésicos no procedimento cirúrgico, determinar a amnésia para
acontecimentos do período pré-operatório e aliviar a dor pré-operatória, quando existente.

i. Benzodiazepínicos são usados para sedação intravenosa durante realização de


anestesias regionais ou locais e procedimentos diagnósticos. Seus representantes tem
variedade de início e duração de efeito. O início de ação é usualmente mais rápido
com midazolam, seguido por diazepam. A duração de efeito depende da dose
empregada. Porém, depois de administração em bolo de doses equipotentes de
midazolam ou diazepam, a recuperação é provavelmente semelhante, porque ambos
têm idêntico padrão de redistribuição.
ii. Citrato de fentanila é analgésico opioide que produz intensa analgesia, reduzindo a
necessidade de anestésicos gerais durante o procedimento cirúrgico e diminuindo as
alterações hemodinâmicas produzidas por estímulo doloroso. Pode ser empregado
durante indução e manutenção da anestesia. Atinge pico de efeito em 2-3 minutos e
tem menor duração (30 minutos) do que a morfina, oferecendo vantagem em cirurgias
de ambulatório
iii. Cloridrato de midazolam é benzodiazepínico que permite utilização por via
intramuscular e tem efeito mais previsível na indução anestésica do que diazepam,
necessitando menor ajuste de doses. Produz inconsciência e amnésia rapidamente
(pico em 2-3 minutos). Provoca mínima irritação venosa em comparação a diazepam.
Seu curto efeito é vantajoso em cirurgias de ambulatório, procedimentos diagnósticos
e anestesias regionais.
iv. Diazepam é benzodiazepínico com propriedades hipnóticas, ansiolíticas, amnésicas e
de relaxamento muscular de origem central. Uso concomitante a anestésicos gerais
permite reduzir as doses deles, com menos efeitos adversos. Não tem propriedade
analgésica, mas permite redução das doses de opioides.
v. Sulfato de Atropina é anticolinérgico bem menos usado atualmente em pré-
tratamento anestésico, porque anestésicos inalatórios são pouco irritantes para as vias
aéreas, reduzindo a necessidade de fármacos que atenuem produção de secreções
(antissialagogos). É mais usado para contrapor-se à bradicardia ou assistolia durante a
anestesia geral, o que é frequente em crianças. Como pode aumentar a frequência
cardíaca, seu emprego é prejudicial em cardiopatas e em pacientes com febre,
desidratação, tireotoxicose e em uso de digitálicos.
vi. Sulfato de Morfina, protótipo do grupo dos analgésicos opioides, pode ser empregado
em pré-tratamento farmacológico quando há presença de dor, antes da indução e
durante a manutenção da anestesia para dar potência na sedação e no pós-
operatório para obtenção de analgesia. No entanto, administrada na ausência de dor,
pode induzir disforia e alta frequência de outros efeitos adversos (náuseas, vômitos,
depressão respiratória e agitação ocasional).
2.2.3.5.1 Anestesia Espinhal
Divididas entre raquidianas e peridural, as anestesias espinhais podem também ser
combinadas, como raqui-peridural. Em ambos os casos, são realizadas aplicações de soluções
anestésicas, produzindo anestesia em apenas alguns segmentos do corpo. (BOLMENTE,2023)

2.2.3.5.1 Tecnica da Anestesia Espinhal


A luz de (BOLMENTE,2023), Para a anestesia raquidiana, uma agulha de pequeno calibre é
inserida nas costas do paciente para atingir o espaço subaracnoide, localizado dentro da
coluna espinhal. Assim, é possível injetar o anestésico no líquido espinhal (chamado liquor),
produzindo dormência temporária e relaxamento muscular.

O anestésico presente na coluna espinhal bloqueia os nervos que passam pela coluna lombar,
impedindo que os estímulos dolorosos vindos dos membros inferiores e do abdômen
consigam chegar ao cérebro.

A raquidiana é a anestesia mais utilizada para cesarianas e procedimentos ortopédicos em


membros inferiores (pernas). Já para a realização da anestesia peridural, é preciso administrar
o anestésico no espaço epidural, próximo à medula espinhal.

Assim como a raquidiana, ocorre a perda da sensibilidade dos membros inferiores e do abdômen.
Nesse tipo de anestesia é possível instalar um cateter no espaço epidural, permitindo o tratamento da
dor de forma eficaz com doses de anestésicos subsequentes.

2.2.3.5.1 Anestesia plexular


Segundo (BOLMENTE,2023) Realizada nos plexos nervosos, a anestesia plexular é indicada
para cirurgias em membros, como braços e pernas, visto que oferecem o bloqueio da dor
somente nessa área, com duração média que pode variar entre 3 a 6 horas.
2.2.3.6 Farmacos Utilizados como Anestésicos

i. Barbitúricos

Os barbitúricos actuam no sentido de deprimir diversas áreas do cérebro, causando


sonolência, dificuldades de concentração, raciocínio prejudicado, relaxamento e sensação de
calma. Devido a essas propriedades, essas substâncias são utilizadas em remédios para dor de
cabeça, epilepsia, controle de úlceras pépticas, pressão sanguínea alta e para dormir.
(BOLMENTE,2023)

ii. Benzodiazepínicos (BZD)

Benzodiazepínicos são medicamentos hipnóticos e ansiolíticos com efeitos notáveis. Amplo


índice terapêutico que apresentam, ainda, propriedades anticonvulsivante, relaxante muscular
e amnésica. (BOLMENTE,2023)
iii. Propofol

Propofol é indicado para indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos


cirúrgicos. Isto significa que Propofol faz com que o paciente fique inconsciente ou sedado
durante operações cirúrgicas ou outros procedimentos. (BOLMENTE,2023)

iv. Etomidato

Etomidato é um fármaco anestésico hipnótico de curta ação administrado por via endovenosa
geralmente utilizado em indução de anestesia geral. É utilizado em procedimentos rápidos
como redução de fraturas e cardioversão. (BOLMENTE,2023)

v. Ketamina ou Cetamina
Ketamina ou Cetamina, é um fármaco de efeito anestésico utilizado para induzir ou
manter anestesia, e também no tratamento de dores intensas. (BOLMENTE,2023)

vi. Analgésicos Opioides

Analgésicos opioides são indicados para alívio de dores moderadas a intensas,


particularmente de origem visceral. Em doses terapêuticas são razoavelmente seletivos, não
havendo comprometimento de tato, visão, audição ou função intelectual. Comumente não
eliminam a sensação dolorosa e, sim, reduzem o sofrimento que a acompanha, com os
pacientes sentindo-se mais confortáveis. (BOLMENTE,2023)
3.Conclusão

 Finda a Realização de trabalho concluiu se que:

 Infecções Alergicas saouma respostas exagerada e excessiva do sistema imunológico


contra substâncias diversas que entram em contato com o organismo, seja pela via
respiratória, pela via cutânea ou até mesmo por ingestão;
 As infecções Alérgicas podem de natureza respiratórias, Oculares, Alimentares,
Medicamentos e Látex;
 Anestesia é o estado de total ausência de dor e outras sensações durante uma operação,
exame diagnóstico ou curativo. Ela pode ser geral, isto é, para o corpo todo; ou parcial
também chamada regional, quando apenas uma região do corpo é anestesiada e local;
 Existem farmacos eficientes que podem ser usados para o tratamento tanto de infecção
alérgica bem como para anestesia.
4.Ficha Biblioteca

 EDGCOMBE Hilary, RADCLIFFE Graham Hocking John, Tutorial de Anestesia da


semana Farmacologia dos Anestésicos Locais,Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Editora, 2004 ,6PP ;
 GOUVEIA M A, LABRUNIE G M, Complicações da Anestesia Regional, Sociedade
Brasileira de Anestesiologia Editora, 1991, 38pp;
 VIEIRA Joaquim Edson, Anestesias loco-regionais: Agentes Anestésicos e efeitos
fisiológicos Disciplina de Anestesiologia, FMUSP Editora, 2010, 28pp;
 BOLMENTE Rafael, Cirurgia Ortognática e da ATM Cirurgia Bucomaxilofacial
Implantes,São Paulo, 2023 12 pp

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