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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

GOVERNO DA CIDADE DE MAPUTO

DIRECÇÃO DE SAÚDE DA CIDADE DE MAPUTO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE DE INFULENE

CURSO DE TÉCNICO DE MEDICINA PREVENTIVA E SANEAMENTO DO MEIO

CADEIRA DE SAÚDE OCUPACIONAL

TEMA: DOENÇAS PROFISSIONAIS NOS SECTORES PRODUTORES DE


AGRICULTURA E PECUÁRIA, INDUSTRIA AÇUCAREIRA E TÊXTIL

DISCENTE: ROSA JOÃO TAIBO SABE NR: 714, TURMA: 3

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Índice
1. Introdução............................................................................................................................................3
2. Objectivos............................................................................................................................................4
2.1. Objectivo Geral............................................................................................................................4
2.2. Objectivos Específicos.................................................................................................................4
3. Doenças Profissionais nos Sectores Produtores de Agricultura e Pecuária, Industria Açucareira e
Têxtil...........................................................................................................................................................5
3.1. Sector da Agricultura...................................................................................................................5
3.2. Sector da Pecuária........................................................................................................................5
3.2.1. Os riscos ocupacionais nos sectores de agricultura e pecuária.............................................6
3.2.2. As doenças profissionais na agricultura e pecuária..............................................................7
3.2.3. Medidas de prevenção..........................................................................................................7
3.3. Industria Açucareira.....................................................................................................................8
3.3.1. Riscos ocupacionais na indústria Açucareira.......................................................................8
3.3.2. Doenças ocupacionais na indústria açucareira...................................................................10
3.4. Industria Têxtil..........................................................................................................................10
3.4.1. Riscos ocupacionais na indústria têxtil..............................................................................10
3.4.2. Doenças ocupacionais na indústria têxtil...........................................................................11
3.4.3. Medidas de prevenção........................................................................................................11
4. Conclusão..........................................................................................................................................13
5. Referências bibliográficas.................................................................................................................14

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1. Introdução
A doença profissional não tem cura. A Organização Internacional de Trabalho, estima que
2,3 milhões de trabalhadores morrem vítimas de acidente de trabalho e doenças relacionadas
como trabalho. 2,02 Milhões de trabalhadores morrem por ano vítimas de doença profissional
Diariamente 5.500 dos 6.300 mortos são devido aos riscos emergentes e ergonómicas, radiação
electromagnética e psico-sociais.
As doenças profissionais matam seis vezes mais que os acidentes de trabalho. A falta de
conhecimento, experiência, sistema de informação deficiente assim como os programas de
Segurança no Sector de Trabalho constituem um obstáculo para o conhecimento da dimensão do
problema A mobilidade dos trabalhadores, o tipo de contracto torna os mais vulneráveis às
doenças profissionais por falta de programas de Segurança no Sector de Trabalho.
A vítima de doença profissional acarreta muitos custos derivados da lesão: perda de
rendimento, sofrimento, dor, tratamento médico, moral, social e profissional. Físico Funcional:
dano produzido no corpo com perturbação funcional. Profissionais: Perda de serviços, perda da
reputação, atraso no cumprimento dos compromissos, perda na produtividade, falta de motivação
do trabalhador e absentismo. Psicológicos: Variam de indivíduo para indivíduo – Sentimento de
culpa; Outros entregam-se à dor e ao sofrimento; Isolamento dos familiares, colegas, amigos. O
conhecimento da doença ajuda na recuperação do doente evitando tratamentos inapropriados,
depressão, separação conjugal e perda de esperança. Económicos: a baixa produtividade e
capacidade para o trabalho leva o trabalhador e sua família à pobreza pela condição física do
trabalhador que é incapaz de responder às exigências da produção quer no seu local de trabalho e
hobbies.
Pretende-se com o presente estudo, descrever as Doenças Profissionais nos Sectores
Produtores de Agricultura e Pecuária, Industria Açucareira e Têxtil.

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2. Objectivos
2.1. Objectivo Geral
 Analisar as Doenças Profissionais nos Sectores Produtores de Agricultura e Pecuária,
Industria Açucareira e Têxtil

2.2. Objectivos Específicos


 Descrever a actividade desenvolvida em cada um dos sectores;
 Identificar os riscos ocupacionais de cada sector;
 Indicar as doenças ocupacionais causadas pelos riscos em cada sector;
 Estabelecer medidas de prevenção dos riscos e das doenças ocupacionais em cada sector.

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3. Doenças Profissionais nos Sectores Produtores de Agricultura e Pecuária, Industria
Açucareira e Têxtil
3.1. Sector da Agricultura
Uma definição sucinta, tal como "a agricultura é a arte de cultivar os campos", é de tal
forma vaga e pouco informativa que está longe de poder transmitir a ideia da complexidade e dos
objectivos da actividade. Além disso, na agricultura empresarial moderna a arte, cada vez mais,
cede o seu lugar à ciência.
Definições mais requintadas e elaboradas afirmam que "a agricultura consiste no esforço
para situar a planta cultivada nas condições óptimas de meio (clima, solo) para lhe tirar o
máximo rendimento em quantidade e em qualidade" (Diehl, 1984). Esta definição, sendo
elucidativa do ponto de vista técnico, peca por negligenciar o conceito de agricultura como
actividade económica e social.
Na realidade o objectivo económico da agricultura, num sistema de produção capitalista
ou empresarial (Barros, 1975) não é a maximização do rendimento, mas sim do lucro, o que,
como se sabe da teoria microeconómica da produção, não coincide com o máximo rendimento1.

Podemos definir o sector de agricultura como sendo um conjunto de técnicas usadas


para cultivar plantas, com a finalidade de obter alimentos e matéria-prima para as indústrias.

3.2. Sector da Pecuária


A pecuária corresponde a uma actividade económica voltada para a criação de gado2 em
áreas rurais, com finalidade de produzir alimentos para o consumo humano e outras matérias-
primas, sendo considerada uma das mais antigas actividades da humanidade3.
A Pecuária é o conjunto de processos técnicos usados na domesticação de animais para
obtenção de produtos com objectivos económicos. Também é conhecida como criação animal.
Apesar do significado do nome estar relacionado à cabeça de gado, em estatística a
pecuária tem um sentido mais amplo, que inclui a criação animal desde abelhas a búfalos. A
produção animal é a principal fonte de proteína para a população humana, e tem grande valor
económico e estratégico para os países.

1
https://www.bibliotecaagptea.org.br/agricultura/agricultura_geral/livros/AGRICULTURA%20GERAL%20-
%20APOSTILA.pdf
2
Pecus em latim significa cabeça de gado. O termo Pecúnia (moeda, dinheiro) reflecte o uso dos animais criados
para abate na antiga Roma como reserva de valor económico.
3
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/instrumentos_de_coleta/doc3558.pdf

5
A pecuária pode ser definida como uma ciência que estuda as técnicas de criação de
animais domésticos, as suas diversas particularidades, sua alimentação, tratamento, reprodução e
maneio geral. Esta actividade tem como objectivo a produção de bens alimentares,
melhoramento de condições económicos e sociais.

3.2.1. Os riscos ocupacionais nos sectores de agricultura e pecuária

Na agricultura e na pecuária os riscos (…) estão presentes em tarefas onde existe um


contacto directo (ou indirecto) com organismos vivos (criação de animais, cultivo, adubação de
terras, etc.).

A exposição dos agricultores a estes organismos ocorre sempre que entrem em contacto
com4:
 Materiais naturais ou orgânicos: argilas, terra, matéria de origem vegetal (feno, palha,
forragens, algodão, etc.)
 Intoxicações pela exposição a agentes químicos (produtos fitofarmacêuticos1, venenos,
adubos); as vias de contaminação podem ocorrer por absorção digestiva (ingestão),
inalação ou dérmica (resultante de salpico)
 Infecções por exposição a agentes biológicos como doenças animais (zoonose)
transmissíveis ao ser humano
 Surdez e problemas circulatórios devido à exposição ao ruído e vibrações produzido pelas
máquinas (tractores e alfaias agrícolas)
 Acidentes de trabalho com a ocorrência de cortes, amputação, esmagamento,
cisalhamento, fracturas, entorses, electrização, morte
 Substâncias de origem animal: lã, pelo, etc.
 Poeiras orgânicas: farinhas, partículas de descamação, pós orgânicos de grãos, feno, etc.
 Resíduos orgânicos e águas residuais
 Sangue e outros fluidos corporais
 Fertilizantes de origem orgânica: bagaço de oleaginosas, farinhas de sangue, de resíduos
de couro, etc., ureia, estrume, águas sujas, etc.

4
http://negocios.maiadigital.pt/hst/sector_actividade/agro_pecuaria/folder.0005/document.0006

6
3.2.2. As doenças profissionais na agricultura e pecuária
 Doenças profissionais como pneumoconioses – pulmão do sulfatador, cancro da pele,
dermatófitas; tétano; leptospirose; brucelose; alterações cardiovasculares; patologias
osteoarticulares.
 Cancro da pele resultante da exposição às radiações ultravioletas.

3.2.3. Medidas de prevenção

As medidas de prevenção incidem quer a nível intrínseco (na aquisição de equipamentos que
possuam sistemas de segurança integrados) quer através do cumprimento de procedimentos de
trabalho seguros e do estabelecimento de regras de boas práticas5:
 Fazer um controlo veterinário dos animais
 Reduzir a utilização de aerossóis
 Reduzir a produção de pó (ex: humedecer o feno antes de o manusear, colocar água por cima
do plástico que cobre os silos antes de os destapar)
 Instalar, nos locais de trabalho, condutas herméticas e sistemas de transporte de cereais e
alimentos fechados
 Manter os níveis de humidade em locais interiores abaixo dos 80% (reduz a quantidade de
microrganismos em suspensão)
 Proporcionar uma correcta ventilação dos locais de trabalho
 Evitar o contacto com animais doentes (estes devem ser colocados de quarentena e separados
dos animais sãos). Ao tratar estes animais devem-se usar luvas apropriadas.
 Utilizar conservantes para as forragens
 Em locais fechados deve proceder-se regularmente ao revolver do feno (para evitar a
formação de fungos)
 Proceder à desinfestação e desratização regular
 Limpar e desinfectar com regularidade os locais de trabalho e de permanência de animais,
utilizando processos húmidos
 Eliminar equipamento contaminado (com sangue, etc.)

5
Idem

7
 Retirar o lixo e os dejectos que se encontrem perto dos locais de trabalho para contentores ou
locais próprios
 Proteger-se adequadamente contra picadas de insectos ou mordeduras de animais (aplicar
repelentes nas roupas, junto às mãos e aos pés)
 Ao tosquiar os animais utilizar máscaras de protecção respiratória, óculos de protecção, luvas
adequadas e roupa de trabalho
 Assegurar a vigilância médica e a vacinação dos trabalhadores
 Evitar mexer nos olhos com as mãos sujas ou após o contacto com animais
 Lavar e/ou desinfectar as mãos e braços após o contacto com animais ou sempre que se
considere necessário
 Não fumar, comer ou beber durante o trabalho
 Respeitar as medidas de prevenção estabelecidas para os riscos químicos originados pela
presença de poeiras
 Utilizar Equipamentos de Protecção Individual adequados durante o trabalho (protecção
respiratória, roupa de trabalho e luvas).

3.3. Industria Açucareira


É uma actividade económica que tem por finalidade transformar matéria-prima (cana de
açúcar e o seu cultivo) em produtos comercializáveis (açúcar), utilizando força humana,
máquinas e energia. Refere à toda cadeia de produção de açúcar. O modo de ser do trabalho no
corte da cana é marcado por um ritmo acelerado, tendo em vista que deve estar perfeitamente
articulado com as exigências de matéria-prima para a industrialização do açúcar, O corte da cana
é apenas uma parte de um processo industrial altamente organizado, demandando todo um
preparo logístico.

3.3.1. Riscos ocupacionais na indústria Açucareira


Segundo Penatti, 2012, os riscos ambientais estão presentes em todas as actividades
humanas, inclusive nas actividades profissionais em diferentes ambientes de trabalho. Em
relação ao ambiente de trabalho, os riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos,
químicos, biológicos, ergonómicos ou de acidentes que podem possuir a capacidade de causar
danos à saúde dos trabalhadores em função de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo
de exposição.

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Segundo Oliveira, 2008, para a especificação dos riscos ambientais, são considerados a
função em que o trabalhador desempenha na instituição e as condições de trabalho a que está
submetido. O risco biológico advém da exposição a vírus, bactérias, protozoários, fungos,
parasitas e bacilos; o risco físico, de radiações ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações, frio,
calor, pressões anormais e humidade; o risco químico, a substâncias, compostos ou produtos
químicos, gases, vapores, neblinas, névoas, fumos e poeiras; o risco ergonómico é proveniente
do esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura
inadequada, trabalho em turno e nocturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e
repetitividade, imposição de ritmo excessivo, controle rígido de produtividade e outras situações
causadoras de stress físico e/ou psíquico (Oliveira, 2008). Outros riscos ambientais são
representados por resíduos de agrotóxicos, utilizados no plantio da cana-de-açúcar, e a presença
de animais peçonhentos nas lavouras, principalmente cobras.
Físicas: ruído excessivo, temperatura elevada, humidade constante, iluminação deficiente e
água quente e pressurizada; Químicas: cal virgem, vapores dos processos produtivos e ácidos
relacionados à preparação do caldo da cana-de-açúcar (ácido clorídrico e sulfúrico); Orgânicas:
material particulado do bagaço de cana-de-açúcar (Bicinose) e população microbiana do bagaço
de cana-de-açúcar (Bagaçoze); Mecânicas: escadas de acesso a equipamentos industriais,
válvulas e equipamentos de acionamento manual, exigências ergonómicas e posturais intensas
para o acionamento e a utilização de equipamentos mecânicos, má conservação de equipamentos
industriais e de manutenção do parque fabril; Fisiológicas: prolongamento da jornada de trabalho
pela realização de horas extras; turnos nocturnos e rotatividade mensal dos turnos de trabalho;
psíquicas: ritmo e intensidade de trabalho acelerado durante o turno matutino, intensificação das
actividades na entressafra, perturbação do espaço fora do trabalho pela realização constante de
horas extras durante a manutenção do parque industrial e incerteza quanto à permanência no
emprego em safras posteriores.
O ruído presente no ambiente industrial também é uma fonte potencial que ameaça à
integridade dos trabalhadores. Em análise dos riscos vocais dos trabalhadores de (…) açúcar,
Coutinho et al. (2011, p.271) indicou que o grupo “composto por trabalhadores expostos a ruído
e partículas respiráveis e sílica livre cristalizada, foi considerado o grupo mais predisposto a
desencadear sintomas vocais e sensações laríngeas e, consequentemente, alterações na voz”.
Além dos agravos a saúde que decorreriam da pressão sonora, o ruído limitaria a comunicação

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dos mesmos, o que poderia dificultar a comunicação em situações emergências e preventivas.
acidentes Outra fonte potencial de risco de ocorrência de acidentes do trabalho é a manutenção
industrial.

3.3.2. Doenças ocupacionais na indústria açucareira


As doenças ocupacionais nessa indústria foram divididas em nove grupos e classificadas de
acordo com a CID10: doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo; doenças do
aparelho respiratório; doenças do sistema nervoso; outros sintomas e sinais gerais; dor não
especificada; doenças da pele e do tecido subcutâneo; doenças do aparelho geniturinário; outros
transtornos dos dentes e de suas estruturas de sustentação; lesões e envenenamentos e outras
consequências de causas externas.
A Rabdomiólise. A doença é conhecida há milhares de anos. A patologia provém da quebra
e necrose do tecido muscular, o que libera substâncias intracelulares para a corrente sanguínea.
As causas de rabdomiólise podem ser agrupadas em 10 grupos: 1) traumáticas; 2) relacionadas
com a actividade muscular excessiva; 3) alterações da temperatura corporal; 4) oclusão ou
hipoperfusão dos vasos musculares; 5) tóxicas; 6) farmacológicas; 7) alterações electrolíticas e
endócrinas; 8) infecciosas; 9) doenças musculares inflamatórias e 10) miopatias metabólicas.

3.4. Industria Têxtil


A indústria têxtil tem, como objectivo, a transformação de fibras em fios, de fios em
tecidos e de tecidos em peças de vestuário, artigos têxteis para o lar e uso doméstico ou em
artigos para aplicações técnicas6.

3.4.1. Riscos ocupacionais na indústria têxtil


Entre os inúmeros riscos os quais vivenciam o trabalhador de uma indústria têxtil citam-
se: risco físico (ruído, vibração, radiação e extremos de temperatura); risco químico (poeira,
substâncias perigosas e corantes); risco mecânico (acidentes com máquinas e quedas); risco
ergonómico (postura inadequada, movimentos repetitivos e esforço físico); risco psicossocial
(stress, cobrança e insatisfação) entre outros que traz malefícios a saúde que vão além dos
visíveis e mensuráveis (BRASIL, 2002).

6
http://www.acismoz.com/wp-content/uploads/2017/06/Estrategia%20para%20o%20Desenvolvimento%20do
%20Sector%20Textil%20e%20de%20Confeccoes.pdf

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3.4.2. Doenças ocupacionais na indústria têxtil
As doenças de coluna são muito frequentes no mundo do trabalho, sendo a mais comum a
dor lombar, conhecida como lombalgia. As dores na coluna estão relacionadas com as chamadas
“afecções músculo-esqueléticas”. Essas dores são conhecidas como dores nas “costas” e muitas
vezes, pode levar o indivíduo à “incapacidade física”, impedindo-o de realizar determinados
tipos de tarefas. A coluna pode ser afectada em toda sua extensão: pescoço ou região cervical;
costas ou região dorsal e lombar que corresponde a região abaixo da cintura (cintura pélvica).
As Lesões por Esforços Repetitivos / Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho)
são doenças provenientes da organização e relações do trabalho. As principais causas são os
movimentos repetitivos, posturas inadequadas por muito tempo, tarefas monótonas e sem
criatividade, ritmo intenso e imposto, sobrecarga mental e pressão para produzir

3.4.3. Medidas de prevenção


Para que as actividades da indústria têxtil sejam realizadas com a maior segurança, além da
capacitação dos profissionais, faz-se necessário que todas as normas de segurança sejam
observadas, principalmente no que se refere ao uso de Equipamentos de Protecção Individual,
sendo eles:
 Óculos de protecção
 Gorro ou touca apropriada
 Protector auricular
 Sapato de segurança
 Luvas de protecção
 Protecção respiratória (máscaras para o uso de produto tóxico (Permanganato de
potássio)
 Avental
Para prevenir os pontos citados acima, separamos cinco dicas para o arranjo físico e as
instalações de máquinas:
1. As áreas de circulação devem ser mantidas permanentemente desobstruídas.
2. Os pisos dos locais de trabalho onde houver máquinas e equipamentos e das áreas de
circulação devem ser nivelados, mantidos limpos e livres de objectos, ferramentas e
quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes.

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3. As instalações eléctricas das máquinas e equipamentos devem ser mantidas de modo a
prevenir, por meios seguros, os perigos de choque eléctrico, incêndio, explosão e outros
tipos de acidentes.
4. Os materiais como tecidos, roupas, moldes e retalhos, devem ser guardados em locais
específicos longe de fonte de calor, locais húmidos e fiações inadequadas.
5. Manter sempre o local de trabalho sempre bem ventilado, com boa iluminação.

4. Conclusão
De um modo geral, os trabalhadores estão expostos aos seguintes riscos: Físicos –
iluminação, ruídos, humidade, calor, frio: Químicos - fumos, poeiras, vapores; Biológicos -

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fungos, bactérias, vírus; Psicológicos: pausas, atenção, monotonia; Ergonómicos: esforço físico,
posturais corporais; Segurança: piso, elevadores; Ambientais: resíduos sólidos, líquidos.
Surge como resultado da exposição aos riscos: Doença Profissional silicose; Doença
agravada pelo trabalho - Asma; Doença Relacionada com o trabalho - Lombalgias
São medidas de prevenção dos riscos e das doenças cupacionais: Melhorar o sistema de
saúde e segurança no trabalho a nível - nacional - a Inspeção deve incluir o sistema de saúde e
segurança no trabalho; Mobilização e sensibilização dos intervenientes - Empandeirar os países
através da colaboração; Melhorar a implementação de leis e regulamentos sobre as doenças
profissionais privilegiando os acordos colectivos

5. Referências bibliográficas
Costa, Eulávia da. Doenças Profissionais. Ministério da Saúde. Maputo, 28 de Abril de 2017.
Acessado no dia 15 de Junho de 2020, Disponível em:

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http://www.mitess.gov.mz/sites/default/files/pressrelease/files/MISAU%20Doencas
%20Profissionais.pdf

Santo, et al. Percepção de trabalhadores de uma indústria têxtil sobre os riscos de seu ambiente
de trabalho. Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG-V.2-N.1-Jul./Ago. 2009.
https://www.unileste.edu.br/enfermagemintegrada/artigo/v2/Orcione_pereira_Aline_espirito_san
to_e_Janine_de_paula.pdf

Adeilson, José de Luna; de Lourdes Florêncio Santos, Maria. Prevenção de riscos ambientais na
agro-indústria canavieira (Estudo da interface meio ambiente x acidentes do trabalho). 2002.
Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Gestão e Políticas Ambientais,
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2002. Disponível em
http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFPE_37e2987f2c3ee154ddb7a383c13d0d3c

Silva, Taís Fernanda Oliveira; RUMIN, Cassiano Ricardo. Acidentes de trabalho no


processamento industrial da cana-de-açúcar. Omnia Saúde, v.13, n.2, p.18-26, 2016.

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