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FACULDADE DE AGRONOMIA E ENGENHARIA FLORESTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL


PREPARAÇÃO DO PROJECTO FINAL
PROTOCOLO
TEMA:
ANÁLISE DO IMPACTO DA COVID 19 NA COMERCIALIZAÇÃO DE MADEIRA E
COMBUSTÍVEIS LENHOSOS NOS MERCADOS NA CIDADE DE MAPUTO

Discente: Supervisor:

Leila Natacha M. Mianga Doutor Eng. Mário Paulo Falcão

Docentes:
Dra. Faura Amade

Dr. Arsénio Ndeve

Dra. Sandra Chemane

Maputo, Fevereiro 2023


Análise Do Impacto Da Covid 19 Na Comercialização De Madeira E Combustíveis Lenhosos
Nos Mercados Na Cidade De Maputo

Conteúdo
1 Introdução ............................................................................................................................................ 3
1.1 Contextualização ........................................................................................................................... 3
1.2 Definição do Problema.................................................................................................................. 4
1.3 Justificativa.................................................................................................................................... 5
1.4 Objectivos ..................................................................................................................................... 6
1.4.1 Objectivo Geral ................................................................................................................... 6
1.4.2 Objectivos Específicos......................................................................................................... 6
2 Revisão Bibliográfica............................................................................................................................. 7
2.1 Combustíveis ................................................................................................................................. 7
2.2 Diferentes tipos de consumidores ................................................................................................ 8
2.2.1 Consumidores domésticos. ................................................................................................. 8
2.2.2 Consumidores não domésticos. .......................................................................................... 8
2.3 Factores que influêciam o consumo de combustíveis .................................................................. 9
2.3.1 Sector Florestal em Moçambique .................................................................................... 10
2.3.2 Cadeia de Valor da Madeira e Combustíveis lenhosos .................................................. 11
2.3.3 Produção e consumo de madeira e combustíveis Lenhosos........................................... 12
2.4 Contexto do Covid-19 ................................................................................................................. 13
2.4.1 COVID-19 em Mozambique ............................................................................................ 14
2.4.2 Impactos e implicações das restrições para o Setor Florestal ....................................... 14
3 Matérias e Métodos ........................................................................................................................... 15
3.1 Localização e descrição da Área de Estudo................................................................................. 15
3.2 Processo de amostragem e levantamento de dados .................................................................. 16
3.3 Amostragem................................................................................................................................ 16
3.4 Levantamento dos dados ............................................................................................................ 17
4 Resultados Esperados ......................................................................................................................... 17
5 Referências bibliográficas ................................................................................................................... 18
6 Anexos .................................................................................................... Erro! Marcador não definido.
6.1 Plano de Actividades ....................................................................... Erro! Marcador não definido.
6.2 Orçamento ...................................................................................... Erro! Marcador não definido.

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1 Introdução

Neste capítulo são apresentados aspectos referentes a contextualização sobre os impactos da


Covid-19 numa abordagem global à uma abordagem local, é apresentado o porquê de desenvolver
essa pesquisa e estudar o impacto do Covid-19 na comercialização de madeira e combustíveis
lenhosos nos mercados da cidade de Maputo, sua justificativa e igualmente expostos os objetivos
do trabalho.

1.1 Contextualização
A madeira é o combustível mais comumente usado pela maioria das pessoas no mundo, e para
alguns é a única fonte de energia. Apesar do alto uso per capita de energia fóssil em países
industrializados, globalmente cerca de 14% da energia primária é derivada de biomassa, sendo que
quase toda a energia proveniente de combustíveis sólidos é originária de recursos florestais (Brand,
2000).

De acordo com o Banco Mundial (2018), Moçambique tem 34 milhões de hectares (ha) de floresta
natural, cobrindo 43% da sua área. O ecossistema florestal predominante é o miombo, que cobre
cerca de dois terços da área florestal total. Outros ecossistemas florestais incluem biodiversidade
reconhecidos internacionalmente, como as florestas costeiras no Sul, florestas de montanha
africanas no centro de Moçambique e florestas secas costeiras no Norte e a segunda maior área de
mangais de África.

A nível nacional, o sector florestal é um importante contribuinte para a economia, através da


geração de renda e emprego, bem como matéria-prima para impulsionar o crescimento e
desenvolvimento de Moçambique. A pandemia impactou significativamente a vida das pessoas e
a economia global, a gravidade dos impactos se revelou em perda de vidas, emprego e renda,

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choques na economia global e pressões crescentes sobre a natureza, entre outros fatores. (FAO,
2020).

Levando isso em consideração, o presente estudo pretende avaliar os impactos da pandemia nas
cadeias de valor da madeira e combustíveis lenhosos da cidade de Maputo, de acordo com as suas
respectivas áreas de atuação do sector, uma vez que diversos setores da economia nacional foram
afectados pela pandemia. Problema e justificativa do estudo

1.2 Definição do Problema


Os impactos negativos da crise do covid-19 na produção e comercialização de produtos florestais
colocaram em risco importantes meios de subsistência e indústrias, particularmente as indústrias
de base florestal que alcançaram progressos no fornecimento de produtos sustentáveis. As políticas
de quarentena e auto isolamento impostas por muitos países ao redor do mundo para conter a
propagação de casos levou à paralisação de muitas empresas, reduzindo o emprego e a atividade
econômica em todo o mundo. Como resultado, alguns países foram afetados por taxas de
crescimento negativas significativas do Produto Interno Bruto (PIB) e maiores taxas de
desigualdade e pobreza (Suumarez et al, 2021).

Segundo a FAO (2020), as restrições às atividades físicas afetaram todos os aspectos da produção
florestal sendo os produtores maiores e formais os mais propensos a implementar as diretrizes do
governo, mas com um risco considerável de que os produtores e processadores informais
continuem as actividades para garantir alguns retornos econômicos. As dificuldades em garantir
licenças legítimas de extração de madeira devido ao impacto das restrições de bloqueio nas
operações do governo forçaram alguns a se envolverem na extração ilegal de madeira.

Com isso entende-se a necessidade de se realizar o presente trabalho de modo a perceber ate que
ponto a cadeia de comercialização de madeira e combustíveis lenhosos é afectado pela Pandemia
e que impactos causa na subsistência das famílias envolvidas.

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1.3 Justificativa
O combustível lenhoso tem uma variedade de aplicações na vida social e económica das famílias
rurais e urbanas, gerando grandes benefícios e também desgraças em suas vidas quotidianas. A
biomassa lenhosa está envolvida em medicamentos, pastagem para o gado, conservação de
produtos (agrícolas, pescados e pecuária), recreações comunitárias noturnas, comunicações
(inter)intra-regionais nas zonas rurais e comercialização para obtenção de dinheiro e outros bens.
Os efeitos estão dependentes de um bom uso e aproveitamento dos recursos florestais disponíveis
numa dada região para um determinado número de consumidores (Zaqueu, 1998).

Muitos estudos foram realizados sobre o consumo de combustível lenhoso, como no caso de
Chaposa (2000) feito na Tanzânia, PNUD (1998-2000) feito na África Austral, PNUD/BM (1997)
feito em Moçambique, Geldenhuys (1997) feito na África Austral, e em outras grandes cidades,
países e regiões em todo o mundo no geral sobre o tema em estudo. No entanto, nas vilas, incluindo
nas zonas rurais, os níveis de consumo do combustível lenhoso são desconhecidos. Uma maior
procura deste combustível é verificada em todos os lugares onde o homem está presente, tornando
imperativo que estudos muito profundos sejam feitos ao nível das vilas e zonas rurais.

De acordo com o PNUD em 1998, houve grandes mudanças políticas e socioeconômicas em


Moçambique nos últimos dez anos, incluindo a abertura de grandes áreas florestais após o acordo
geral de paz e o crescimento econômico que resultou no aumento do PIB em 1997 e 1998. No
entanto, é provável que esses estudos não sejam mais relevantes para a realidade atual, tornando
necessária a atualização deles.

Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o consumo de combustível lenhoso na vila de
Marracuene, identificando os fatores que influenciam seu uso e comparando-os com a cidade de
Maputo e alguns países africanos.

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1.4 Objectivos

1.4.1 Objectivo Geral


Analisar o impacto da pandemia de COVID-19 na comercialização de madeira e combustíveis
lenhosos nos mercados da cidade de Maputo, nos anos de 2019 e 2020, utilizando técnicas de
análise estatística e Sistemas de Informação Geográfica.

1.4.2 Objectivos Específicos

✓ Analisar o impacto da pandemia de COVID-19 na comercialização de madeira e


combustíveis lenhosos nos mercados da cidade de Maputo, a partir da compilação e análise
de dados estatísticos sobre a produção, comercialização e preços desses produtos antes e
durante a pandemia.

✓ Investigar a influência das restrições de mobilidade e das medidas de distanciamento social


na comercialização de madeira e combustíveis lenhosos, a partir da aplicação de
questionários aos vendedores e consumidores desses produtos nos mercados selecionados.

✓ Mapear a distribuição espacial dos mercados de madeira e combustíveis lenhosos na cidade


de Maputo, utilizando técnicas de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), e avaliar a
influência da localização dos mercados na comercialização desses produtos, considerando
as restrições de mobilidade e o impacto da pandemia de COVID-19.

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2 Revisão Bibliográfica

2.1 Combustíveis

De acordo com Santos (2013), combustível é qualquer substância que possa ser queimada ou
utilizada para gerar calor. É uma substância divisível que, em uma reação nuclear, pode
desencadear uma reação em cadeia, onde os agentes necessários para a reação são produzidos pela
própria reação. Segundo Brouwer e Falcão (2001), os combustíveis podem ser classificados em
dois grupos: combustíveis lenhosos e não lenhosos.

Os combustíveis lenhosos são aqueles cujo consumo envolve a biomassa lenhosa, como lenha e
carvão, Onde:

• Santos (2013) define lenha como uma substância genérica de madeira usada para alimentar
a combustão. É a biomassa retirada diretamente das espécies florestais, incluindo ramos,
caules e raízes, com a finalidade de ser utilizada como combustível.
• O carvão, por sua vez, é um combustível de cor marrom a negra formada pela
decomposição parcial do material vegetal, protegido do ar e geralmente sujeito à pressão e
ao calor (Santos, 2013).

Os combustíveis não lenhosos, por outro lado, não envolvem a biomassa lenhosa em sua utilização,
como petróleo, gás e eletricidade, entre outros:

• De acordo com Santos (2013), o petróleo líquido é obtido por destilação do petróleo
natural e é usado como combustível em fogareiros e candeeiros.
• O gás, por sua vez, é uma substância que ocupa continuamente todo o espaço em que está
localizado, independentemente do tamanho do espaço, desde que a temperatura seja
mantida constante (Santos, 2013).
• A electricidade é uma forma de energia que pode ser facilmente transformada em outras
formas, como calor e luz (Marcos, 2011).

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Na cidade de Maputo, os combustíveis lenhosos e não lenhosos são amplamente utilizados tanto
para o consumo doméstico quanto para o não doméstico, dependendo do nível socioeconómico do
agregado familiar e da disponibilidade de combustíveis. A eletricidade é frequentemente utilizada
para iluminação e máquinas, embora também possa ser utilizada em algumas padarias. O petróleo
e o diesel são principalmente usados para máquinas, enquanto o gás, a lenha e o carvão são
utilizados principalmente na cozinha (Brouwer e Falcão, 2001).

2.2 Diferentes tipos de consumidores

Brouwer e Falcão (2001) afirmam que, na cidade de Maputo, existem dois tipos de consumidores
de combustíveis: consumidores domésticos e consumidores não domésticos. Os consumidores
domésticos são aqueles cujo objetivo é principalmente para consumo familiar, como cozinhar,
enquanto os consumidores não domésticos são indústrias, padarias, hospitais, hotéis e barracas,
cuja finalidade é principalmente comercial.

2.2.1 Consumidores domésticos.

É comum observar que mesmo os agregados familiares com alto poder econômico não abrem mão
do uso de combustíveis lenhosos (carvão) como fonte alternativa de outros combustíveis. Muitas
famílias utilizam uma combinação de diferentes tipos de combustíveis de acordo com seu poder
econômico (Brouwer e Falcão, 2001).

2.2.2 Consumidores não domésticos.

No estudo realizado na cidade de Maputo, foram identificadas diversas categorias de consumidores


não domésticos, incluindo indústrias gerais, indústrias de cerâmica, hotelaria
(restaurantes/barracas, hotéis), padarias, consumidores institucionais (hospitais, instalações
militares) e consumidores particulares agrupados consoante a sua condição económica e área de
residência. No entanto, tanto os consumidores domésticos quanto os não domésticos podem utilizar
vários tipos de combustíveis, e a sua escolha depende de diversos fatores.

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2.3 Factores que influêciam o consumo de combustíveis

De acordo com Zaqueu (2007), o combustível lenhoso desempenha um papel crucial na vida
doméstica das pessoas, não só para a preparação de alimentos, mas também como fonte de
rendimento. Na zona rural, existem preferências por determinadas espécies lenhosas tanto para
venda como para consumo doméstico, com base em hábitos e cultura locais. Embora todas as
espécies lenhosas sejam potencialmente fornecedoras de combustível, certos aspectos, como fogo
forte, pouco fumo, resistência à humidade e capacidade de arder continuamente, influenciam a
escolha de uma determinada espécie.

Algumas espécies são consideradas tabu ou possuem poderes mágicos, como é o caso do
embondeiro, e outras que não atendem a esses requisitos são vendidas ou utilizadas para a produção
de carvão (Zaqueu, 2007).

Existem vários fatores que podem influenciar o uso de um determinado combustível, incluindo
fatores sociais e culturais, bem como fatores econômicos. Como afirmado por Cruz (2010),
Mahomede (2003) e Brouwer et al. (1999), a área de residência, o nível de vida, a densidade
populacional, a distribuição populacional entre as áreas urbana e rural, a disponibilidade local de
produtos florestais e a disponibilidade de substitutos a preços competitivos são alguns dos
principais fatores que influenciam o consumo de combustível em Moçambique.

Além disso, a obtenção de biomassa lenhosa para uso energético, seja nos mercados ou fora deles,
envolve fatores econômico-financeiros e ambientais, como a distância percorrida para coletar
lenha, o tempo de preparação da viagem para a floresta, o tempo necessário para o corte de lenha
ou produção de carvão e a presença ou ausência de alternativas energéticas, de acordo com
Mahomed (2003).

Brouwer e Falcão (2001) investigaram a influência de alguns desses fatores no consumo de


combustível na cidade de Maputo. Eles descobriram que a influência do sexo do chefe do agregado
familiar não foi comprovada, enquanto a área e o tipo de residência, o rendimento e o tamanho do
agregado familiar tiveram um efeito estatisticamente significativo no consumo de combustível.
Em resumo, a escolha do combustível a ser utilizado depende de uma variedade de fatores,
incluindo disponibilidade, custo, cultura local e preferências pessoais.

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2.3.1 Sector Florestal em Moçambique

Moçambique é um dos poucos países da África Austral que ainda detém uma considerável área de
florestas nativas e outras formações lenhosas, compostas principalmente por Miombo, Mecrusse e
Mopane (Magalhães, 2018).

As florestas são um importante contribuinte para a economia do país, uma fonte de emprego, renda
e de subsistência nas zonas rurais de Moçambique, fornecem bens e serviços às comunidades
locais, incluindo alimento, energia, medicamentos, materiais de construção e mobiliário. Em
algumas comunidades rurais, as florestas de miombo contribuem com quase 20% do rendimento
monetário familiar e 40% do rendimento de subsistência contribuindo com cerca de US $ 330
milhões para o PIB em 2011 (Banco Mundial, 2018).

A floresta nativa em Moçambique constitui a principal fonte de madeira da indústria nacional, de


materiais de construção rural, lenha, carvão, animais bravio, produtos medicinais e outros (Chitará,
2003).

A Exploração compreende um conjunto de medidas e operações ligadas à extracção de produtos


florestais para satisfação das necessidades humanas. De acordo com a legislação em vigor no país,
a exploração florestal deve ser feita mediante dois regimes: o regime de licença simples e o regime
de concessão florestal (Gonçalves, 2004).

O regime de licença simples destina-se apenas a cidadãos nacionais singulares ou coletivos e as


comunidades locais que queiram explorar os recursos florestais para fins comerciais, industriais e
energéticos. Esta licença é válida por um ano e limita-se a um volume máximo de 500 m3/ano ou
equivalente, para qualquer espécie (DNFFB, 2002).
A concessão florestal corresponde a uma área de domínio público delimitada, concedida a um
operador através de contrato de concessão florestal, destinado à exploração florestal para o
abastecimento da indústria, mediante um plano de maneio previamente aprovado. Este contrato

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tem duração de 50 anos renováveis e é permitido a qualquer pessoa interessada em explorar os
recursos florestais para fins comerciais, industriais ou energéticos (DNFFB, 2002).

Com excepção de Maputo, a maioria das províncias satisfaz a procura interna de madeira a partir
dos seus próprios recursos florestais. A movimentação de madeiras ocorre das florestas para as
cidades e vilas, que constituem os principais centros de transformação e consumo, dentro da
mesma província. O movimento interprovincial observa-se no sentido Norte - Sul e destina- se ao
abastecimento da região do grande Maputo (Chitará, 2003).

2.3.2 Cadeia de Valor da Madeira e Combustíveis lenhosos


Segundo Falcão (2013), A província de Gaza é actualmente a principal área de produção de carvão
que abastece a cidade de Maputo. Sendo detentora do maior número de licenças de carvão vegetal
em todo o país na última década. Dentro de Gaza, a produção de carvão move-se constantemente
para novas áreas de floresta de mopane (Colophospermum mopane) com o aumento da distância
para Maputo. O distrito de Mabalane tem a maior produção de carvão licenciado (Baumert et al.,
2015).

Com excepção de Chicualacuala, Mabalane e Magude, onde existem estações de comboio, a maior
parte do Carvão Vegetal que chega à cidade de Maputo é trazida por camiões pequenos ou grandes.
Animais e carrinhos de mão são usados apenas para transportar carvão em pequenas distâncias,
como das áreas de produção para a estrada principal ou do mercado na cidade para o local de varejo
(Atanassov et al., 2012).

Assume-se que a madeira é obtida na floresta e é fornecida pelos exploradores e intermediários.


Uma parte da madeira é processada com serra manual nas serrações localizadas próximo ou dentro
das florestas e é fornecida aos comerciantes. Grande parte da madeira é serrada mecanicamente
nas serrações localizadas próximo as vilas ou cidades dos locais mencionados como fontes de
aquisição. Após a serragem a madeira é vendida aos comerciantes que por sua vez transportam
perante uma guia fornecida durante a aquisição para os mercados onde revendem ao consumidor
final (Malate, 2014).

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A cadeia de valor do carvão vegetal descreve o conjunto de actividades necessárias para conduzir
o negócio, desde a sua concepção, colheita de matéria-prima, transformação, embalagem,
comercialização e entrega aos consumidores finais e seu descarte após uso (cinzas e embalagens)

A cadeia de valor para a produção de carvão inicia-se nas áreas rurais onde os recursos florestais
se encontram disponíveis sendo os primeiros actores envolvidos os produtores de carvão. Para a
produção de carvão são utilizados métodos tradicionais que requerem grandes volumes de madeira
para a queima. Os fornos utilizados são itinerantes (não são fixos) e tradicionais, ou seja,
construídos com material local (estacas, capim e solo) com um formato rectangular e são
geralmente estabelecidos em locais na floresta, cuja selecção depende da quantidade de espécies
existentes e visa minimizar a distância de transporte da madeira ao local da queima (Mate, 2016;
Falcão 2013).

Madeira Carvão Transporte Mercado consumo

Fig.1 cadeia de valor do carvão vegetal

2.3.3 Produção e consumo de madeira e combustíveis lenhosos

Nos países em desenvolvimento, o combustível lenhoso (combustível e carvão) é particularmente


importante, tanto para uso doméstico e para venda, com estimativa de 880 milhões de pessoas em
todo o mundo gastando parte de seu tempo coletando lenha ou produzindo carvão vegetal. Mais
de 40 milhões pessoas, 1,2% da força de trabalho global são envolvido no comércio de lenha e
carvão vegetal e atividades de abastecimento dos centros urbanos. (FAO, 2020)
A crescente demanda por carvão vegetal, devido ao crescimento populacional e à urbanização,
levou ao aumento das taxas de extração de madeira, principalmente em torno dos centros urbanos,
atualmente, milhões de pessoas rurais e urbanas em todo o mundo obtêm parte de sua subsistência

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da cadeia de valor do carvão. O acesso quase aberto aos recursos florestais, os baixos requisitos de
investimento e os baixos custos de oportunidade do trabalho devido à falta de atividades
alternativas geradoras de renda e à baixa produtividade agrícola tornam a produção de carvão uma
atividade lucrativa para a população rural. (Ahrends, 2010; Zulu, 2013; Macqueen, 2011; Banco
Mundial, 2011)

A produção do carvão é uma actividade praticada por indivíduos em quase idade de reforma cuja
média é de 51 anos, sendo que 88,8 % dos produtores entrevistados possuem alguns anos de
escolaridade do nível primário (Chavana, 2014).

Apenas alguns produtores estão atualmente licenciados, principalmente os transportadores ou os


atacadistas que normalmente compram da população local possuem licenças. Embora a lei florestal
e seus respectivos regulamentos prevejam que os produtores devem ser os licenciados, o processo
de licenciamento é uma clara tentativa de ter algum controle sobre a produção de carvão, o que é
difícil devido à capacidade limitada que o Governo tem de controlar as vastas áreas florestais
(Atanassov et al., 2012).

Chavana (2014), quantificou técnica e teoricamente duas classes de produtor comummente


encontrados no negócio do carvão, produtores tipo 1 os que produzem carvão vegetal e vendem
localmente e os produtores tipo 2 os que produzem e vendem na cidade de Maputo. Sendo que
para os produtores tipo 2 o transporte detém maior participação dos custos totais (26,6%), isto
porque este grupo de produtores percorre aproximadamente 300 km para poder colocar seu produto
a venda.

Segundo del Gatto (2003), é extremamente difícil contabilizar o consumo efectivo de carvão
vegetal, especialmente nos grandes centros urbanos. No caso de Moçambique, calcula-se que
somente 1-5% da produção corrente de carvão vegetal se encontra registada, ou seja, mais de 8
milhões de sacos por ano poderão estar a ser produzidos fora do controlo das autoridades oficiais.

2.4 Contexto do Covid-19

A pandemia da doença causada pelo novo coronavírus (covid-19) tornou-se um dos grandes
desafios do século XXI. O vírus que causa o covid-19 saltou de animais para humanos, tornandose

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rapidamente transmissível entre as pessoas. Identificada pela primeira vez na China em 2019, a
doença se espalhou rapidamente, evoluindo em poucos meses de uma epidemia na China para uma
pandemia global no início de 2020 (Brito et al,2020; Pepke, 2020).

2.4.1 COVID-19 em Mozambique


O impacto começou em Moçambique algum tempo antes da chegada do próprio vírus. Enquanto a
Europa, Ásia e América já relataram números crescentes de casos de covid-19 durante o primeiro
trimestre de 2020, Moçambique permaneceu livre da doença e implementou inicialmente uma série
de contramedidas na tentativa de impedir a entrada do vírus (Betho, 2021).

No final de março de 2020, o Presidente da Republica anunciou a implementação do estado de


emergência. Esteve inicialmente em vigor por 120 dias e, após um curto período provisório, foi
renovado por mais 30 dias antes que a nova legislação sobre calamidades entrasse em vigor. Os
primeiros 120 dias foram concebidos para tentar prevenir a doença, enquanto a fase posterior da
emergência/calamidade parece aceitar tanto a existência do vírus quanto a necessidade de
vislumbrar um 'novo normal' combinado com uma lenta abertura da economia. Embora o governo
tenha conseguido evitar o extremo de implementar um bloqueio completo, a pandemia combinada
com as medidas de mitigação trouxe um alto custo para a economia (Brito et al, 2020).

Betho (2021) em seu estudo para avaliar o impacto do COVID-19 e do estado de emergência na
economia moçambicana, sugeriu que Moçambique perdeu um crescimento total de 3,6 por cento
em 2020 devido à COVID-19 e que o emprego total caiu 1,9 por cento em comparação com um
cenário sem a pandemia, sendo que a maior parte do crescimento e das perdas de emprego era
resultante da redução da procura de produtos moçambicanos pelo resto do mundo. Os resultados
do mesmo estudo indicam que o fator de produção capital e trabalho urbano são mais afetados do
que o trabalho rural, evidenciam a elevada dependência de Moçambique em alguns itens de
exportação.

2.4.2 Impactos e implicações das restrições para o Setor Florestal

O distanciamento físico, restrição de movimento e fechamento de estabelecimentos de mercado


parecem ter um impacto imediato na governança. Problemas com a certificação podem estar

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relacionados a interrupções nas atividades de auditoria devido a medidas de saúde pública e
restrições de viagem em resposta à pandemia do covid-19 (Attah, 2021).

Segundo a FAO (2020), A distribuição dos impactos sofridos pelas empresas foi ligeiramente
diferente entre os subsetores florestais. As atividades de silvicultura, extração de madeira e
comércio foram particularmente impactadas pela demissão permanente de trabalhadores, o setor
de papel e celulose indicou impactos positivos em seus negócios (40%), como aumento nas vendas
ou até mesmo nenhum problema (30%).

3 Matérias e Métodos
3.1 Localização e descrição da Área de Estudo
A Cidade de Maputo localiza-se na baía de Maputo com uma extensão de 300 km2 limitado a
Oeste pelo Vale do Infulene, a este, separa a Cidade de Maputo da Cidade da Matola, a Este pelo
Oceano Índico, a sul pelo Distrito de Matutuine e a Norte pelo Distrito de Marracuene. Em termos
organizacionais a Cidade do Maputo apresenta 7 Distritos Municipais nomeadamente: KaMavota,
KaMubukwana, KaTembe, KaNyaka, Nlhamankulu, KaMaxaquene e KaMphumo (Pimentel,

2015).

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Representação da área de estudo: Cidade de Maputo

3.2 Processo de amostragem e levantamento de dados


Para a realização do presente trabalho serão visitados os mercados Benfica, Junta, Xiquelene,
Xipamanine, Missão Roque e Magoanine, que fazem parte da cidade de Maputo.

3.3 Amostragem
Para determinar o número total de comerciantes de madeira e combustíveis lenhosos nos mercados
em estudo ira contactar-se um responsável por cada estaleiro, de forma a obter o número total de
comerciantes por cada estaleiro. Com base nos dados obtidos será determinado o universo de
comerciantes em cada mercado.

A selecção da amostra a ser entrevistada será feita com base na amostragem por acessibilidade.
Este método de amostragem é não-probabilístico e é utilizado para seleccionar os elementos aos

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quais se tem acesso de modo a representar o universo. Seguindo a metodologia proposta por
Nichols (1991), para pesquisas exploratórias em que o objectivo é descrever o sentimento em
relação a um certo problema não é necessário usar uma grande amostra, sendo um tamanho de
amostra entre 30 a 50 o suficiente.

3.4 Levantamento dos dados


A recolha de dados ira decorrer no mês de Janeiro no ano 2023, começando com a identificação
dos mercados e de seguida a realização do inquérito com base em um questionário, no qual será
dirigido aos proprietários e funcionários que comercializam a madeira e combustíveis lenhosos
nos mercados em estudo. O questionário do inquérito incluíra tanto questões relativas à situação
familiar como à dos negócios e condições de trabalho dos comerciantes, de modo a capturar estas
duas dimensões na análise do impacto da pandemia COVID-19 sobre a comercialização de madeira
e combustíveis lenhosos na cidade de Maputo.

4 Resultados Esperados

No final deste estudo, esperas-se identificar se:

✓ Os comerciantes enfrentaram uma deterioração acentuada das condições de negócio e de


mercado durante a pandemia;

✓ Devido à perturbação enfrentada pelas cadeias de abastecimento poderá ter ocorrido queda
no número de clientes, pelo aumento dos preços;

✓ As famílias dos comerciantes podem ter enfrentado dificuldades em satisfazer as


necessidades alimentares e nutricionais básicas;

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✓ Alguns comerciantes podem ter cessado completamente o trabalho.

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