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RELATÓRIOS E ÉTICA EM
NEUROPSICOLOGIA
Ana Rita Belo
2021/2022
Estudo de caso, escrita de relatórios e ética em neuropsicologia
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1
Estudo de caso, escrita de relatórios e ética em neuropsicologia
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Isto deixa claro que o estudo de caso é um método que só deve ser usado
por um psicólogo, terapeuta ou psiquiatra, ou seja, alguém com uma qualificação
profissional para diagnosticar e tratar um comportamento atípico (ou seja,
patológico ou disfuncional) ou desenvolvimento atípico.
Phineas Gage:
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Kim Peek:
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Anna O:
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Kitty Genovese:
Chirs Sizemore:
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Pequeno Alberto:
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Vantagens:
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Limitações:
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Relatórios Neuropsicológicos
Modelo de avaliação neuropsicológica:
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Princípios:
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• Clarificação de objetivos;
• Resposta às questões explícitas e implícitas subjacentes ao pedido de
avaliação;
• Escolha fundamentada dos instrumentos;
• Justificação das recomendações;
• Apresentação de afirmações credíveis e persuasivas.
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Por outro lado, em termos de Tempo Despendido para a sua escrita, são os
relatórios forenses que exigem mais tempo.
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No que reporta à
percentagem do relatório que é
dedicada às impressões e
recomendações, denota-se uma
crescente importância das
mesmas ao longo dos anos.
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Formulação/sumário/conclusões:
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Teste de hipóteses:
Teste de hipóteses:
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Tomada de Decisão:
Princípios de redação/escrita:
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Exigências/critérios de avaliação:
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1. Identificação.
2. Contextualização do pedido.
3. Dados sociodemográficos:
3.1 Escolaridade;
3.2 História profissional;
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Artigo 3º - atribuições:
Princípios gerais:
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Princípios específicos:
1. Consentimento informado;
2. Privacidade e confidencialidade;
3. Relações profissionais;
4. Avaliação psicológica;
5. Prática e intervenção psicológicas;
6. Ensino, formação e supervisão psicológicas;
7. Investigação
4. Avaliação Psicológica:
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4.6 — Instrumentos
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5.2 – Formação
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5.11 – Instalações
5.13 – Honorários
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cliente, podendo este ser referenciado a outro profissional que possa continuar o
processo de intervenção de uma forma adequada.
7. Investigação:
Os investigadores avaliam:
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Especial atenção deve ser dada aos casos em que os participantes não têm
capacidade para dar consentimento informado e voluntário pelo facto de a sua
autodeterminação ser limitada.
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Passos/Etapas Questão
Clarificar o problema questão/ética Qual é o problema/questão ética?
Obrigações para com as partes Quem são as partes interessadas/
interessadas envolvidas e a minha obrigação para
com elas?
Recursos éticos e legais Que recursos/referências me podem
informar sobre o problema/questão?
Examinar crenças e valores pessoais Como é que as minhas crenças e
valores podem afetar/enviesar as
minhas decisões?
Opções, soluções e consequências Quais são as minhas opções/soluções
possíveis?
Plano em prática/pôr o plano em Que opção/solução devo escolher?
prática
Teste ou avaliação do resultado e Qual o resultado/como funcionou e é
(possível) revisão necessário algo mais/fazer
modificações?
Isto é: documentar o processo.
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1. Definições;
2. Objetivo e alcance;
3. Educação e treino;
4. Ambientes de trabalho;
5. Assuntos éticos e clínicos:
A. Consentimento informado:
Questões éticas e legais de consentimento informado,
confidencialidade, autonomia e relacionadas com os direitos
humanos surgem no contexto da avaliação de crianças e adultos,
bem como de “adultos vulneráveis”, como pacientes com
dificuldades intelectuais, atrasos de desenvolvimento ou demência,
incluindo aqueles que já possuem responsáveis legais.
Para um paciente com demência ou dificuldades intelectuais há um
responsável nomeado pelo tribunal?
Para uma criança, se os pais são divorciados, quem tem a guarda
legal para dar o consentimento para a avaliação e quem tem o
direito de receber a divulgação completa dos resultados?
B. Problemas dos pacientes em avaliações de terceiros:
Os neuropsicólogos podem avaliar alguém a pedido de terceiros
(por exemplo, seguradora, advogado, juiz ou oficial de audiência
de educação especial), como parte de um processo legal,
avaliação de incapacidade ou audiência de processo de
educação especial.
Nestes casos, o neuropsicólogo esclarece a natureza do
relacionamento com o terceiro referente, estabelecendo que o
neuropsicólogo fornecerá uma opinião franca e objetiva com base
nos resultado da avaliação (Bush & NAN Policy & Planning
Committee, 2005).
No início da avaliação, o neuropsicólogo estabelece os objetivos da
avaliação, descreve em linguagem clara os tipos de informações
solicitadas ao paciente e os tipos de procedimentos de teste a
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Epilepsia
Existem dois tipos de incidência:
• Infância;
• Início da idade adulta.
Situações raras:
• Encefalopatias epiléticas;
• Síndrome de West;
• Síndrome Lenox-Gastaut (grave, mas não muito frequente).
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• Idade de início antes dos 5 anos contribui para resultados inferiores nas
escalas de inteligência.
• Início precoce com frequência mais ativa.
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Baron (2018) sugere elaborar o relatório apenas depois de ter sido realizada
uma sessão de devolução de informação com os pais.
Uma figura vale mais do que mil palavras (Miller & Maricle, 2019).
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a) Diferenciação pedagógica;
c) O enriquecimento curricular;
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Realização de
testes sem limite
de tempo;
Fazer revisões
utilizando
questões
semelhantes às
dos testes;
Possibilitar testes
orais;
Permitir o uso da
calculadora;
Fornecer testes
em formato
ampliado;
Realizar testes
com consulta
do livro;
Realizar o teste
numa sala à
parte;
Fornecer folha
de resposta de
acordo com a
disciplina (por
exemplo papel
quadriculado
para
matemática);
Fornecer testes/
exames em
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formatos
alternativos
(como áudio,
braille, etc.)
De notar que existem tarefas mais e menos exequíveis, pelo que é importante
dar exemplos de acomodações e diferenciações específicas.
c) O apoio psicopedagógico;
e) O apoio tutorial.
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• O RNP deve ser redigido num tom colaborativo, nem exigente nem
deferencial.
Face a conflitos pais/escola, o relatório deve evitar tomar posição e deve ser
escrito num tom colaborativo, sem ser demasiado exigente ou julgador.
Testes de leitura:
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A cotação envolve:
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O efeito da extensão é visível quanto mais extensa for a palavra, mais lenta e
menos precisa será a leitura, sendo indicativo do uso da via fonológica/sublexical.
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A PAL 21 – prova escrita por ditado (Festas, Martins & Leitão, 2007) integra a
bateria de avaliação psicolinguística das afasias e de outras perturbações da
linguagem para a população portuguesa (PAL-PORT). É constituída por 60 palavras
e pseudopalavras (regulares e irregulares) que são ditadas uma a uma.
Dislexia:
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Erros a evitar:
Interpretação errónea:
Inflexibilidade interpretativa.
Enviesamento confirmatório.
Recomendações inadequadas:
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Não incluir dados, redigir o RNP de forma linear, como se se tratasse de uma
síntese.
Secções:
1. Elementos de identificação;
2. Motivo para avaliação;
o Quem encaminhou;
o Que questões colocam;
3. Informação contextual;
o Particular destaque à história da escolaridade;
o Desempenho académico da criança;
o Medidas de apoio ao ensino e à aprendizagem;
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• Observações escolares;
• Funções sensoriomotoras básicas;
• Processos cognitivos;
• …
• Capacidades linguísticas;
• Conhecimento adquirido: leitura;
• Conhecimento adquirido: linguagem escrita;
• Conhecimento adquirido: matemática;
• Funcionamento sócio emocional e comportamentos adaptativos.
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• Crianças com défices visuais: usar testes verbais, não usar testes verbais
que requeiram visão, usar um teste adaptado para crianças com
deficiência visual, por exemplo as Escalas de Desenvolvimento Mental
de Griffiths, adaptadas para a baixa visão por Ferreira e Albuquerque
(2017);
• Crianças com défices motores: usar testes verbais, não usar testes
verbais com uma forte componente motora ou que requeiram precisão
e velocidade motoras, ter atenção aos testes cronometrados;
• Crianças com défices linguísticos: verificar se está afetada a
componente recetiva e/ou expressiva, verificar quais as dimensões
afetadas, se a componente expressiva estiver afetada procurar
assegurar que existe um canal alternativo de comunicação;
• Há que considerar questões linguísticas e culturais, que podem ter
efeitos na validade da avaliação.
• Parâmetros cognitivos;
• Funcionamento social pré-mórbido;
• DUP;
• Idade de início da doença;
• Sintomas negativos;
• Insight;
• Género;
• Suporte familiar;
• Capacidade funcional;
• Variância residual.
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Tipos de intervenção:
• Restituição;
• Aprendizagem estratégica compensatória e ambiental;
• Treino curto e ensino de métodos;
• Computorizado/não computorizado;
• Formato individual ou grupal.
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Tipos de intervenção:
• Administração:
o Individual;
o Pares de doentes;
o Em grupo;
• Pode incluir:
o Estímulos verbais, visuais e auditivos;
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Há diferentes subprogramas:
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• Estratégias de treino:
o Aprendizagem sem erros;
o Aprendizagem gradual;
o Prática massiva;
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o Reforço positivo;
• Estratégias de processamento da informação:
o Verbalização;
o Redução da informação;
o Subdividir a tarefa em pequenos passos;
o Simplificação de tarefas;
o Utilização de lembretes;
o Agrupamento;
o Ensaios;
o Uso de mnemónicas;
o Categorização;
o Organização;
o Planear…
• Traumatismo cranioencefálico;
• Acidente vascular cerebral;
• Quadros demenciais.
• Informação sociodemográfica;
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• Informação clínica;
• Queixas atuais.
• Informação sociodemográfica;
• Informação clínica;
• Natureza do pedido de avaliação – no qual se insere o processo
judicial.
• Informação sociodemográfica;
• Informação clínica;
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• É adquirida;
• Persiste e tende a piorar com o tempo;
• E envolve défices em múltiplos domínios do funcionamento, como
linguagem, memória, competências visuoespaciais, entre outras.
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Doença de Alzheimer:
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Relatórios de Intervenção
Há muitos tipos de intervenção.
O objetivo, para quem é, o que vão fazer com o relatório impacta na escrita
do mesmo.
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Notas do progresso:
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Método SOAP:
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