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contemporâneas
(Psicanálise)
História da Psicologia
Profa. Ma. Maria Cristiane Nali
1º. Módulo: Introdução à psicologia
UNISAL - Campinas
27 de abril de 2023
CA 11- Escolas – Psicanálise
“ Fim do século XIX e início do século XX foi marcado pelo surgimento das grandes escolas de
Psicologia. Entre elas está a Psicanálise, que surgiu na mesma época do Funcionalismo e da Gestalt
e, como estas, contrapunha-se à Psicologia clássica de Wundt (Estruturalismo). A Psicanálise foi a
que mais se distanciou de outras escolas, pois o objeto das suas investigações eram as pessoas
portadoras de perturbações mentais (de modo especial a histeria), dando ênfase à sexualidade e à
infância como a etapa decisiva para o desenvolvimento do caráter (personalidade), da angústia e das
neuroses. Daí, o caráter revolucionário, original e criativo da Psicanálise.”
Epistemologia e ética da/na psicanálise
• Primórdios do pensamento e clínica psicanalítica.
-Método
-Tratamento Objeto :
Inconsciente
FREIBERG
MORAVIA
TCHECOSLOVAQUIA
• (Roudinesco)
Caso DORA
• Histérica de 18 anos levada a Freud por seu pai devido a uma intenção
de suicídio, enunciada em uma carta, seguida de um acesso de
desmaio. Ela apresentava sintomas de depressão, transtornos de caráter
e alguns sintomas somáticos, como tosse nervosa, dispneia e afonia.
• A análise de “Dora” terminou no fim de 1899 [1900]; a história clínica
foi escrita nas duas semanas seguintes, mas só foi publicada em 1905.
• Através desse caso, Freud procurou provar a validade de suas teses
sobre a neurose histérica — etiologia sexual, conflito psíquico,
hereditariedade sifilítica — e expor a natureza do tratamento
psicanalítico, muito diferente da catarse e da hipnose, e já então
fundamentado na interpretação do sonho e na associação livre.
(Roudinesco, 1998)
Caso Dora - por Roudinesco, 1998
• “Outubro de 1901- Ida Bauer visitou Freud para dar início ao tratamento, que
duraria exatamente onze semanas.
• Afetada por diversos distúrbios nervosos — enxaquecas, tosse convulsiva,
afonia, depressão, tendências suicidas —, ela acabara de sofrer uma terrível
afronta.
• Consciente, desde longa data, do “erro” paterno e da mentira em que se apoiava a
vida familiar, ela havia rejeitado as propostas amorosas que Hans Zellenka (Sr.
K.) lhe fizera à margem do lago de Garda e o esbofeteara. E então tinha eclodido
o drama: ela fora acusada por Hans e por seu pai de ter inventado a cena de
sedução. Pior ainda, fora reprovada por Peppina Zellenka (Sra. K.), que
suspeitava que ela lesse livros pornográficos”
Sexualidade Infantil
• Hipótese da sexualidade infantil:
• “Influenciados pelo ponto de vista de Charcot quanto à origem traumática da
histeria, estávamos de pronto inclinados a aceitar como verdadeiras e etiologicamente
importantes as declarações dos pacientes em que atribuíam seus sintomas a
experiências sexuais passivas nos primeiros anos da infância - em outras palavras, à
sedução.”
• “Quando essa etiologia se desmoronou sob o peso de sua própria improbabilidade e
contradição em circunstâncias definitivamente verificáveis, ficamos, de início,
desnorteados. A análise nos tinha levado até esses traumas sexuais infantis pelo
caminho certo e, no entanto, eles não eram verdadeiros.”
• “Se os pacientes histéricos remontam seus sintomas e traumas que são fictícios, então
o fato novo que surge é precisamente que eles criam tais cenas na fantasia, e essa
realidade psíquica precisa ser levada em conta ao lado da realidade prática. E essas
fantasias destinavam-se a encobrir a atividade auto-erótica dos primeiros anos de
infância, embelezá-la e elevá-la a um plano mais alto. E agora, de detrás das fantasias,
toda a gama da vida sexual da criança vinha à luz.” (Freud, 1914)
Interpretação dos sonhos
• “Pouco preciso dizer sobre a interpretação de sonhos. Surgiu como os
prenúncios da inovação técnica que eu adotara quando, após um vago
pressentimento, resolvi substituir a hipnose pela livre associação.”
(FREUD, 1914)
• Mais tarde, descobri a característica essencial e a parte mais
importante da minha teoria dos sonhos, ou seja, que a distorção dos
sonhos é conseqüência de um conflito interno, uma espécie de
desonestidade interna.
Referência Bibliográfica
FREUD, S. (1914) História do movimento psicanalítico. In: FREUD, S.
Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de
Sigmund Freud. v.14. Rio de Janeiro: Imago, 1996, p. 15-34.
Disponível no Pergamum.
ROUDINESCO & PLON. Dicionário de Psicanálise; tradução Vera
Ribeiro, Lucy Magalhães; supervisão da edição brasileira Marco
Antonio Coutinho Jorge. — Rio de Janeiro: Zahar, 1998. Disponível no
Pergamun.